25°: "Tragédia"
JUNO CORREU PARA SALVAR PIPPER.
_ Está viva!_ gritou Juno.
_ O que diabos está acontecendo? _ Hannah se levantou aflita.
_ Não parece ter ninguém do lado de fora_ El, já estava na porta, procurava qualquer tipo de pista de algo que pudesse ter nos atacado.
Eu me juntei a Juno o mais rápido que pude.
_ Temos que levar Pipper a um hospital, ela está viva, mas não está bem._ Juno parecia transtornada_ o que aconteceu aqui?
_ Não faço ideia, mas parece que tem alguém atrás de nós.
_ Eu não te escuto Karl._ Disse Juno, irritada com minha tentativa.
_ Karl... _ Disse Pipper gemendo de dor._ é tão bom vê-lo._ seus olhos quase não se abriam, mas brilhavam_ me leve para ver seu quadro depois?
Seu corpo amoleceu, ela perdera a consciência, estava muito machucada.
_ Preciso leva-la.
Outro estouro irrompeu a janela, jogando Hannah na parede.
_ HANNAH!!_ El gritou correndo para a sala.
Se levantando no meio da sala havia um homem alto e robusto, vestia uma armadura roxa, tinha uma adaga curvada em suas mãos e estava flamejante além de sua ponta o que a fazia parecer maior. A luz roxa vibrava com a animação do rapaz.
_ Preparem-se jovens._ Ele parecia uma criança em loja de doces.
_ Se prepare você._ disse El que correu e deu uma voadora no homem.
O moço da armadura roxa se defendeu sem sair do lugar, segurou os pés de El e o lançou pela janela que ele tinha acabado de entrar.
_ Que comesse então._ Disse ele guardando a adaga._ Prazer, meu Nome é Harry, estou feliz em conhece-los, convido-os a sair, que tal? vamos para fora?
A última palavra ele agarrou Hannah e a lançou pela porta.
_ Próooximo!!_ Disse olhando para mim.
_ Nem com o diabo que isso vai ficar assim_ Meu corpo doía a cada movimento, entretanto abri as asas e voei para fora empurrando o Harry porta a fora.
_ Enfim alguém que não precisa de minha ajuda para voar!_ Harry juntou as mãos e me deu uma "martelada" nas costas que me jogou no chão.
Meu rosto afundou na lama, Harry deslizando os pés pelo asfalto molhado parou 3 metros a minha frente de pé, sorria alegre.
_ Espero me divertir com vocês.
_ Vai sim._ El já se levantara e vinha para dar uma rasteira em Harry.
Com uma rapidez inesperada, Harry deu um pulo e deixou El passar.
_ Sr. Gunes! Ainda vivo? Não esperava encontra-lo no meu local de ataque._ Harry disse pousando no chão.
_ Cale-se Harry, você não é bem vindo aqui._ El levantou num giro de força para chutar a cabeça de Harry, a velocidade imposta no chute era o suficiente para quebrar o maxilar com facilidade.
Harry segurou o chute com uma mão.
_ Assassinos não deveriam ser tratados dessa forma_ disse afastando a perna de El enquanto ainda a segurava._ principalmente por antigos amigos.
_Não somos amigos_ disse El.
Hannah vendo que a situação era crítica também não perdeu tempo. Com um salto e um giro tão rápido quando o de El, ela acertou a nuca de Harry fazendo-o cambalear para frente e soltar El.
_ Quando alguém diz que você não é bem vindo, você se retira._ disse Hannah ao pousar no chão.
_ Isso ai._ Falei levantando as assas.
_ Não se metam._ Disse El severo._ Essa luta é minha.
_ Lembro da outra vez que você decidiu lutar sozinho._ eu refutei._ Estamos juntos nessa.
_ Esta decidido então._ Harry disse se levantando._ Matarei todos juntos. E a partir de agora são todos alvos.
_ Puta que pariu._ El estava mais irritado conosco do que com Harry._ Se preparem.
Harry levantou. Seu rosto estava sério, estava concentrado.
_Oh trabalho._ Harry respirou fundo.
Com um pulo ele foi para trás de Hannah, segurou-a pela cabeça e jogou o corpo dela para trás. Com um estrondo ela bateu as costas no chão e quicou duas vezes.
No chão ela grunhiu de Dor.
Com uma corrida circular Harry enrolou El com o braço pelo pescoço e se jogou no chão junto com ele, o rapaz parecia um lutador de vale tudo.
De lado El caiu no chão. Se levantando num salto Harry veio desgovernado na minha direção.
Abri instantaneamente as assas e voei a pelo menos 4 metros do chão ele passou por debaixo de mim e continuou correndo, com um pulo e três passadas na fachada da casa de Pipper ele pulou na minha direção e segurou em meus calcanhares.
_ Não está na hora de fugir meu pombinho!_ se balançando ele se jogou para frente e passou as pernas por baixo dos meus braços, segurou as duas assas com os pés apertando-as contra meus ombros, ainda segurando meus calcanhares ele forçou um giro em queda para que eu afundasse novamente a cabeça no chão._ Hora de virar um avestruz.
Com um forte vento eu me girei e caí de costas no chão.
_ Bons reflexos_ Disse Harry se levantando_ Mas mesmos assim foi doloroso.
A a névoa se tornou chuva, rala, me levantei depressa, ficar no chão me tornaria um alvo fácil.
Ele se adiantou, me lançou três murros rápidos, dois passaram e um me socou, na minha distração ele me deu um chute na barriga que me jogou para trás.
Olhei em volta, Hannah estava sentada, El segurava o lado que bateu no chão, sentia dor, era explícito em sua face.
Juno saiu a Porta com Pipper nas costas.
_ Dois em um? Parece promoção de lanche!_ Com todos no chão Harry não viu preocupação em ir direto para as duas.
Sem hesitar nós três corremos em direção a Harry, fui o primeiro a atacar, com um soco que foi desviado e eu fui jogado no chão com a própria força do meu golpe. Em seguida Hannah passou uma rasteira tirando os pés de Harry do chão, no ar El o acertou com um chute na direção oposta das meninas.
Mesmo sem equilíbrio Harry se defendeu do ataque parou afastado a alguns metros, de pé.
_ A união faz a força dizem, isso até chega a ser injusto._ Harry parecia um pouco chocado, como se não acontecesse normalmente algo como aquilo._ Vou matar cada um e acabar com a união._ decidiu rapidamente.
_Invoque uma tempestade!_ disse Hannah para mim.
_ Preciso de um pouco de tempo_ respondi, mas eu não tinha forças para isso.
_ Bando de incompetentes terminem comigo na mão, como bons lutadores.
_ Se ele usar a força dele estamos acabados, é melhor que não haja tempestades no momento._ El disse, parecia conhecer muito Harry.
Harry avançou. Veio com tudo para nós três, a briga foi de murros, ponta pés, empurrões e principalmente de defesa. Os golpes de Harry eram fortes e difíceis de desviar, a sua defesa era pertinente e quase impossível de passar, nós três o golpeávamos e acabávamos sendo jogados para longe.
_ Vamos fazer assim_ Disse ele empolgado, depois de empurrar nós três para longe ao mesmo tempo._ Vocês tem potencial, então vou matar apenas um e voltar para uma luta melhor em algum tempo.
_ Sem negociação de morte, desgraçado._ El estava irritado.
_ Exato, sem negociação, já foi decidido, por mim! Estou apenas avisando._ Harry deu um sorriso e mudou o estilo de luta.
Ele avançou, seus movimentos não eram somente para defesa, estava agora em modo de ataque, não tinha tempo para tentar golpeá-lo, ele nos acertava múltiplas vezes em inúmeros locais diferentes, a dor era agoniante.
Com um chute ele jogou El no chão, me segurou pelo cabelo e Hannah pelo pescoço.
_ Uni, Duni, Tê._ disse olhando para mim e para Hannah._ O escolhido foi você._ Estávamos acabados, não tinha como ninguém fazer nada. Ele me jogou para a parede, ao lado de Juno e Pipper, eu não conseguia me mover._ Prometo uma morte rápida.
Surgiu novamente a lamina em sua mão, cravou em diagonal no meio de seu abdômen, seus órgãos vitais haviam sido danificados, a lamina se desfez fazendo o sangue correr para fora da ferida.
Segurando o corpo de Hannah no ar ele a segurou com força, escorriam lágrimas do seu olho, ela sentiu seu fim antes dele chegar. A aura de Harry começou a brilhar estava concentrado como um leão que alivia a dor de um veado com a morte.
O corpo de Hannah começou a vibrar agonizantemente, era possível ver sua pele criar pequenas ondas próximo a mão de Harry. O sangue escorreu, agora pelos seus ouvidos e nariz e só então Harry a soltou. Ela caiu com um baque abafado na grama.
A chuva molhava seu corpo no chão, agora ela trazia meu sentimento a tona, como uma tempestade de verão o céu desabou. Ela estava morta!
_ NÃÃÃÃO!!!_ UM TROVÃO RETUMBOU COM O MEU GRITO DESESPERADO.
O ódio me consumiu, aquela era minha amiga mais próxima desde sempre, a que sempre me escutava e estava do meu lado, a única que sempre quis cuidar de mim independente do perigo.
Harry olhava para ela no chão, frio, a chuva que escorria no seu rosto trazia a impressão de que ele chorava por Hannah, pelo que havia feito, quase estava triste.
_ Você a matou‽_ El parecia irado._ Quem permitiu que você a matasse?
Harry olhou com muito mais ira para El, que retumbou para trás e voltou ao chão.
_ Por hora será apenas ela, cumpri minha missão, e irei cumprir minha promessa._ Ele me olhou com desdém e pena._ Você não merece a vida que tem jovem, essa é a verdade sobre tudo isso, espero que morra logo. Você não tem preparo nem noção do sofrimento que vai lhe afligir.
Este não era o mesmo Harry de antes, o empolgado e sádico, ele me dizia essas palavras de forma trágica, como quem achava que a morte seria uma fuga melhor do que o resto de minha vida.
_ Por hora, adeus._ o chão tremeu e se abriu dois, com asas abertas Harry se jogou sumindo em um abismo que se fechou seguida.
El estava imóvel na chuva, eu não tinha reação, estava afundado na parede, Juno olhava desacreditada, horrorizada, Pipper estava ainda desacordada.
Eu sentia angústia, ódio, tristeza e tantos outros sentimentos ruins que eu não sabia o que fazer, não sabia se chorava, gritava ou simplesmente me forçava a crer que aquilo era real. Minha vontade era correr e ver se ela ainda tinha algum sinal de vida, mas meu corpo e mente não estavam mais em sintonia, mesmo de longe eu podia ver seus olhos sem vida, inertes sua armadura evaporando do seu corpo, em cor opaca, nem a armadura estava tentando mais curá-la.
Tudo que me passava na mente era cada momento que eu tinha a visto sorrir, cada momento que ela tinha me feito rir. Lembrava das vergonhas que passamos e do tempo em que passamos juntos.
Minha mente me trazia clamor pela vida dela, não me entrava na cabeça que ela não ia poder mais se envolver nos meus problemas para me salvar.
Repugno, por ter deixado que ela se envolvesse tanto.
Desprezo, por ter mantido como algo normal.
Ira, por ter me envolvido em algo que eu podia ter negado.
Eu era incapaz de ter qualquer tipo de raciocínio lógico.
No fim, a única ação que consegui foi: me soltar da parede, andar até ela na chuva e me ajoelhar em um choro de sofrimento amargurado que não permitiu que o Sol pudesse iluminar o dia, nem mesmo um raio foi capaz de mostrar uma Fagulha de luz.
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