↞ Gaia

Itálico - Conversa em grego

*** - Mudança de POV e/ou cenário



Akio-san direcionou os garotos até o carro e em seguida tomou o caminho de volta a escola, quando retornaram conseguiram ver as dimensões da investida de Gaia. Prédios foram dizimados e ainda tinha um pouco de fumaça no local, com certeza Ryker não havia poupado esforços para atacar o lugar.

— Nanami, Haibara, Gojo sigam para a enfermaria — deu a ordem para os mais novos. — E depois voltem para seus dormitórios até segunda ordem.

O homem acompanhou até que eles entrassem no prédio e logo em seguida na distância depois de já se separar dos garotos ouviu gritos vindo do lado oposto do terreno.

— Qual é o problema de vocês, porque iriamos destruir nossa própria casa? [Nome] é a vítima aqui! Precisamos encontrá-la antes que seja tarde demais! — o japonês tinha um sotaque forte assim como a protegida de Akio tinha nos primeiros meses.

O assistente não esperou e correu em direção aos berros exasperados de uma mulher, quando chegou aos campos de treinamento reconheceu Miller, a antiga professora grega e com ela — ajoelhados ao chão prontos para serem executados —, os alunos que escaparam da tragédia do monastério.

— O que você estava fazendo nos arredores da escola então? Logo depois do ataque?

— Eu já disse — mesmo de joelhos seus olhos eram como lâminas afiadas, orgulho e força transparecendo por sua postura. Não era a toa que outros feiticeiros estavam por perto e em alerta com ela. — Estamos vigiando Gaia a meses, sabíamos que viriam atrás de [Nome]. Não era para as coisas terem acontecido desse jeito, não chegamos a tempo de avisar.

— A sentença foi dada estrangeira, não há mais nada que possa fazer.

— Vocês e seus pensamentos antiquados, eu não queria fazer isso. Mas já que é o caso, Carter!

Nesse instante um dos garotos desapareceu e outros entraram no campo causando uma confusão e atacando os assistentes e feiticeiros. Eram os clones, Ethan Carter era um recém-formado com uma técnica única e excepcional pelo que se lembrava. Seus clones replicavam até mesmo sua energia amaldiçoada em algum nível.

Akio até então esteve reprimindo seus sentimentos agindo com profissionalismo perante sua instituição contratante, mas, detrás daquela máscara que tinha se obrigado a vestir não queria nada além de resgatar a garota. Desenvolveu mais do que apenas apresso por [Nome], ela trouxe cor para seu mundo e alegria para seu mundo monocromático e solitário. Brincava e agia como um pai, no fundo, talvez se sentisse assim mesmo.

Tomou então uma decisão, tirou do bolso do palito cartas e em seguida as arremessou na direção de alguns colegas, já estava na linha de sucessão de investigação e uma eventual condenação. Então que concretizasse realmente bom antes de partir deste mundo.

Se adiantou até Miller liberando seus pulsos — Tem um carro atrás daqueles prédios, precisamos nos mover rápido se quisermos uma chance.

Ela disse algumas instruções em grego para o garoto em seu lado, e se virou para Akio — Não sei quem é, mas já agradeço.

— Deixe para depois — ele mesmo olhou em volta antes de correr com os dois estrangeiros em direção ao carro, sem perder tempo e sabendo que logo mais assistentes viriam em sua direção sentou-se no volante e não demorou em tirar o pequeno grupo dali.

Os carros da escola não eram feitos para correr, mas o sedã preto sob o comando de Akio Kimura poderia estar numa pista de corrida e ninguém diria o contrário. O garoto grego gritava algo no banco de trás e a mulher que se virou num salto berrou também em seguida.

— Da onde diabos você saiu?!

Uma rápida olhada no espelho e o assistente viu alguns cabelos claros bem distintos — Gojo-kun o que está fazendo aqui?

— Cuidado!

Akio desviou por um segundo os olhos e quando voltou a olhar a rua estava prestes a bater num outro veículo, o homem girou o volante e acelerou para evitar bater e quando finalmente saiu das imediações da escola para uma estrada vazia questionou.

— Espero que você tenha uma boa explicação para isso.

— Bom, já que essa linha vermelha aparentemente liga nossas vidas numa maldição milenar me vejo no direito de embarcar nessa missão potencialmente suicida. — respondeu — Até porque é suicida contra a minha vontade, o que no caso poderia ser considerado assassinato.

— Espera — Miller se virou no banco — Maldição e fio vermelho? Você é a promessa não cumprida?

— A princípio sim, algo sobre espaço-tempo, uma unidade que não pode se separar. Física e outras coisas. — Satoru Gojo balançou a mão — Não tivemos muito tempo para pesquisar já que Ryker apareceu explodindo tudo. Um piromaníaco, cheio de fogo e apresentações baratas.

— Você ainda não viu nada criança — a mulher gargalhou sozinha e bateu a mão na perna — Aquele bastardo do Telles, aposto que o velho teria um colapso de felicidade em saber que estava certo. A propósito Ayla Miller o garoto é o Nonato.

A mulher esticou a mão entre os bancos para o jovem de cabelos claros enquanto o grego no banco de trás tinha um notebook sobre o colo e digitava com vigor.

— Satoru Gojo.

Silêncio se fez presente no carro até que o motorista percebeu que olhavam para ele — O que é?

— Quem é você — Miller prontamente respondeu — Todos nos apresentamos.

— Akio Kimura, responsável por [Nome] Kismet desde sua saída da Grécia. — e continuou — tem certeza que isso é necessário? Não deveríamos estar atrás de [Nome]?

— Estamos — Miller olhou para frente e se virou para Nonato — Carter já conseguiu algo? Espero que esteja fazendo bom uso de todos esses botões.

— Ele esteve controlando os clones e rastreando [Nome] não seja tão exigente Miller. Mas contrariando a sua pouca fé em nós, sim. Ele conseguiu seguir Ryker. — respondeu e entregou o computador para a mulher ver a tela por si mesma — Uma ilha chamada Iōjima no distrito marítimo de Sasebo, abandonada nos anos 80 comprada depois por um grupo desconhecido.

— Corporação Gaia, com certeza bate com o padrão deles — Miller devolveu o computador de maneira um tanto quanto desleixada apenas para colocar a mão no volante e virar a direção com violência — Akio siga reto, temos que pegar o terceiro mosqueteiro e traçar um plano.


***


Levaram-me para um lugar que parecia uma cúpula, revestida com algum material escuro que eu não consegui identificar, bem no centro dela havia um amontoado de pedras que não combinava em nada com a aparência tecnológica do local. As rochas maciças e acinzentadas se erguiam do chão como pilastras em duas colunas paralelas perfeitamente posicionadas, suas bases eram retangulares e largas se afinavam conforme apontavam para o teto. Existia uma força arrebatadora envolvendo a atmosfera da sala, uma energia amaldiçoada que devia estar se perpetuando por séculos e mais séculos desde a criação do mundo.

Entretanto, não pude deixar de notar cabos retorcidos de metal que ligavam a estrutura a algo que parecia um trono, retorcido disforme e feita um metal sujo. Contudo, ele passaram reto pela estrutura me levando direto para o meio os pilares. Os guardas de Ryker soltaram meus pulsos apenas para me amarrar firmemente numa maca, claro que não deixei que fizessem isso de boa vontade.

Antes de prenderem meu braço esquerdo usei das minhas linhas cortantes para escapar, estava um pouco zonza por conta do soro estranho que injetaram em mim durante a tortura, mas não o suficiente para deixar de agir do modo que precisava. Girei a perna acertando um deles na altura do peito e o mandei para longe, apenas para em seguida restringir os outros soldados e os deixar desmaiados no chão. Teria uma chance de sair dali.

Os corredores eram doentiamente brancos. Mesmo que tivesse feito o caminho para chegar até aquela sala estranha me sentia mais perdida do que nunca, acelerei o efeito do soro para que ele passasse de vez, mas cada momento que se passava senti minha cabeça pesar. Minhas pernas pareciam lentas como se tivesse algo as prendendo ao chão, apoiei a mão na parede sentindo minhas batidas do coração acelerarem.

— Olha se não é nossa fugitiva.

Uma voz fina alcançou meus ouvidos e quando minha visão começou a ficar turva meus joelhos cederam. Não era para isso estar acontecendo o efeito do soro era para estar passando não se fortalecendo.

Passos ecoaram ritmadamente e quando dei por mim, estava encarando um par de botas lustrosas bem em minha frente. A pessoa se abaixou e pegou meu rosto virando para que pudesse a encarar.

— Realmente achou que não sabemos como lidar com sua técnica? Tão ingênua. — disse — Passei anos te procurando princesa do tempo, e finalmente você esta aqui bem na minha frente.

Os cabelos loiros caíram pela lateral do rosto da mulher quando ela se abaixou — Espero que possamos no dar muito bem a partir de agora.

— E a propósito, pode me chamar de Vega.








N/A: Até mais, Xx!

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