De Volta A Vida - Parte 1
6 de maio
Nova York, 8:12 PM
Silvana POV
Já era o vigésimo suspiro que soltei em quinze minutos. Renato estava com Luane e Yuri no jardim brincando de alguma coisa barulhenta. Marcos e Cédric haviam saído para ir ao mercado comprar algumas coisas pro jantar. Eram em momentos como esse em que a saudade de Lud me apertava forte. Esse mês faria um ano desde que ela se foi e ainda assim, eu não conseguia acreditar. Era como se algo me impedisse de realizar a idéia de que minha filha não estava mais comigo a tanto tempo assim. Lud nunca conseguia ficar muito tempo longe de mim e seus irmãos. Por mais que ela viajasse pra diversos lugares e tivesse sua própria vida, aqui era o lugar pra onde ela sempre voltava, como se fosse seu porto seguro. Eu preferia mil vezes imaginar que ela estava viajando, mesmo sabendo que ela nunca mais voltaria.
Mais um suspiro pesado, mais uma vez massageando minha têmpora esquerda, mais uma vez tentando conter as lágrimas pela falta que minha primogênita fazia.
A campainha tocou e eu continuei imóvel esperando que alguém atendesse, não estava com a mínima vontade de receber visitas. Segundo toque surge e nada de alguém aparecer.
- Tudo eu nessa casa! - Me levanto do sofá já pronta pra xingar quem quer que seja que esteja na droga daquela porta me perturbando.
Alcanço a maçaneta e respira fundo pela última vez ensaiando um sorriso falso. Abro a porta e os olhos em seguida. De repente um arrepio macabro sobe pela ponta dos meus dedos e percorre todo meu corpo. Será que eu estava louca? Será que estava sonhando? Seria essa mais uma alucinação ou algum pesadelo do qual eu não conseguia acordar?
Pisco mais algumas vezes tentando entender o que diabos estava acontecendo até que aquela voz soou, rouca e tranquila, da mesma forma como eu ainda me lembrava.
- Oi mãe. - Ela sorriu, um sorriso lindo e iluminado com os olhos inundados por lágrimas. - Voltei.
De repente tudo se apagou. Não conseguia ouvir mais nada, não via mais nada, não sentia mais nada. Será que eu também havia morrido enquanto dormia e aquilo tinha sido minha recepção no céu?
Ludmilla estava parada na minha porta. Viva, sorrindo, mais bronzeada e com um sotaque muito bem conhecido por mim. Ela estava linda, corada, talvez um pouco gordinha pois suas curvas estavam ainda mais acentuadas. O que diabos tinha acontecido?
- Mãe? - Ouço a voz de Marcos me chamar ao fundo. Eu ainda estou viva? Então realmente era um sonho! - Mãe?
Sua voz pareceu mais forte dessa vez. Senti mãos em meus ombros me balançando suavemente. Forcei meus olhos abrindo-os e a claridade me atingiu em cheio. Pisquei algumas vezes e o encarei. Ele estava com o cenho franzido, talvez preocupado, mas seus olhos estavam marejados e seu sorriso era tão largo que mal me lembrava a última vez que havia o visto.
- Mãe...
- Ahn... O que... - Tentei me sentar mas tonteei e me mantive deitada. - Marcos, ligue para o Dr. Austin, eu acho que estou tendo alucinações.
Ouvi o som de duas risadas baixas, uma era a dele e pude vê-lo sorrindo, a outra vinha do lado direito do quarto. Eu conhecia aquela risada, era ela. Ludmilla!
Virei a cabeça lentamente sentindo ela latejar um pouco e assim que meus olhos correram aquele corpo, o mesmo arrepio de antes se fez presente. Não era alucinação?
- Lud..Ludmilla?
- Oi mãe.
Meu coração acelerou desesperadamente, eu sentia que a qualquer momento poderia entrar em colapso.
- O quê...? Como...? Você...?
- Mãe calma, a senhora vai ter um troço!
Ela se sentou na cama e eu me levantei em um pulo. Marcos me encarava com o olhos arregalados e ela mantinha o semblante calmo.
- Você é um fantasma? Eu tô louca? O que tá acontecendo aqui?
- Calma mãe, deixa ela explicar.
Minha cabeça girava e doía. Meu corpo estava em alerta, rígido e eu mal conseguia respirar.
- Mãe... - Sua voz era calma, suave. - Senta aqui.
Lud deu dois tapinhas no colchão e eu voltei a me sentar, ainda desconfiada.
- Ludmilla?!
- Sou eu mãe. Eu tô viva. - Ela sorriu e meu mundo se coloriu.
Me aproximei com calma e toquei sua mão com o dedo indicador. Senti sua pele quente e macia, da mesma forma como eu ainda me lembrava. Segurei seu pulso com delicadeza e senti seus batimentos baterem. Ela ainda me encarava mantendo o mesmo sorriso.
- Você... - Minha voz saía falha, como em um sussurro. - Você está viva?
Sua gargalhada inundou meus ouvidos e eu me senti viva novamente.
- Sim mãe, eu tô viva!
- Ludmilla! - Um sorriso preso se formou em meu rosto e eu a puxei pra um abraço.
Assim que nossos corpos se colidiram ela apertou meu pescoço com os braços e riu. Senti o calor de seu corpo se juntar com o meu e lágrimas começaram a rola desesperadamente pelo meu rosto. Era ela, minha filha, estava viva, respirando, seu corpo estava bem, ela estava saudável e mais uma vez em meus braços. Senti meu coração se inflar e bater novamente no mesmo ritmo em que estava quando a peguei no colo pela primeira vez. A emoção tomou conta de mim, minha mente estava confusa, tentando buscar explicações para o que estava acontecendo mas não me atrevi a abrir a boca. Não queria que aquele momento acabasse, se fosse mesmo um sonho, não queria acordar.
- Mãe... - Ela me chamou com certa dificuldade. - Mãe, eu não consigo... Respirar!
Só então percebi que eu a espremia com toda a força que tinha. Soltei Lud e ouvi sua risada e a de Marcos se misturarem.
- Filha?! O que... Mas que merda foi essa? - Meu tom se alterou e minha cabeça latejou com o grito que dei. - O que deu em você? - Desferi um tapa em seu braço. - Que porra tá acontecendo aqui? - Outro tapa.
- Mãe! - Marcos me segurou por trás e me afastou de Lud que levantou da cama com as mãos nos braços esfregando-os.
- Eu posso explicar.
- Então começa!
- Só se a senhora prometer não me bater.
- Vai ser difícil!
- Mãe...
- Anda logo, Ludmilla!
- Tá bom! Calma...
Ela se sentou novamente de frente pra mim na cama. Me mantive em pé com os braços cruzados. Lud respira fundo e abre os olhos em seguida.
- Um mês antes de me casar eu descobri que Bianca me traía. Cheguei em casa e vi ela na cama com outro e acabei escutando uma conversa deles, um plano, que consistia em me matar pra poderem pegar todo o meu dinheiro...
- Ludmilla, você foi pro Rio de Janeiro?
Ela franze o cenho.
- Sim... Como sabe?
- Pelo sotaque.
Ela sorri.
- Como você foi parar no Rio de Janeiro?
- Se a senhora me deixar terminar de explicar...
Faço um sinal com a mão e me sento na cama também.
Ludmilla começou a me explicar tudo. Cada palavra que saía de sua boca fazia uma mistura de ódio, medo e insegurança correr por minhas veias. Eu nunca conseguiria imaginar que Bianca seria tão perversa, fria e maligna a ponto de arquitetar a morte da minha filha afim de satisfazer os desejos de seu amante perturbado. Por mais que eu não gostasse da garota, eu a acolhi em minha casa, a respeitei e tentei tratá-la com o máximo de carinho e respeito que pude. Saber que minha filha precisou fingir sua própria morte e fugir do país pra que só assim pudesse se manter sã e salva foi horrível. No começo, me senti traída, mas depois entendi que era necessário que ninguém soubesse pra que assim tudo acontecesse da forma certa.
- E foi assim que peguei o sotaque. - Ela termina de falar e minha cabeça ainda latejava com toda aquela história.
- Minha filha... Eu não sei nem o que dizer. Quer dizer, tudo isso o que aconteceu é tão inacreditável, parece ter saído de um filme ou algo assim.
- Eu sei...
- Mas então, em todos esses meses no Rio, onde você morava?
Ludmilla sorriu de uma forma que eu nunca havia visto antes.
- No começo, fui pra casa de uma prima de Daiane, Érica. Ela me acolheu de braços abertos, me ajudou muito, mas acabei causando alguns problemas entre ela e seu marido e precisei sair. Foi aí que eu encontrei minha Bru.
- Bru?
- Sim.
Ludmilla parecia uma adolescente apaixonada, seus olhos brilharam assim que o nome da garota saiu de sua boca e seu sorriso se rasgou mais ainda.
- Hum, pelo jeito que fala dessa garota, você parece gostar muito dessa garota. Ela te ajudou?
- Eu gosto mãe! E sim, ela me ajudou. Brunna apareceu como um anjo em minha vida, me ofereceu sua casa pra ficar sem nem ao menos me questionar sobre o que tinha acontecido. Ela me ajudou a encontrar um emprego e se tornou minha confidente e melhor amiga.
- Nossa filha, isso é lindo. Mas, pelo jeito que você sorri quando fala dela, Brunna não me parece ser apenas uma amiga...
Lud abaixa a cabeça por alguns segundos ainda mantendo seu semblante feliz. Ela me encara novamente brincando com os dedos.
- E ela não é.
- Você está namorando com Brunna?
- Não mãe... Não mais...
- Como assim?
- Brunna e eu... Nós... Meio que nos casamos mês passado...
Ok, por essa eu não esperava.
Levanto da cama novamente, aposto que minha cara estava ridícula mas era muita informação pra processar. Primeiro minha filha morta aparece na porta da minha casa e diz que tudo não passou de um plano, depois ela foge pro Rio de Janeiro aonde é ajudada por uma bmoça com quem ela acaba se casando. Era tudo confuso demais.
- Ludmilla... Como assim você se casou? O que...?!
- Mãe, calma ok? Eu sei que parece precipitado, pra mim também foi tudo muito repentino, mas... Mãe, eu a amo! Eu amo Brunna de uma forma que nunca amei ninguém antes. Ela me faz bem, me faz feliz, ela é a mulher que eu sempre sonhei sem nem ao menos saber.
- Uau... - Me aproximo dela e seguro suas mãos. - Eu nunca te vi assim por ninguém antes. Nem mesmo por Isa.
- Tinha que falar dela, dona Silvana? - Marcos chama minha atenção e Ludmilla sorri divertida.
- Desculpa, mas é a verdade. Minha filha, eu sempre soube que você não amava Bianca, mas do jeito que fala da Brunna... Bem, se essa moça realmente te faz tão bem assim, eu quero conhecê-la!
- E a senhora vai. Ela está lá embaixo com os outros.
- Oh me Deus! - Dou um tapa na testa e me afasto um pouco. - Os outros! Como eles estão? Eles te viram? O que disseram?
- Calma dona Sil! Eles tão bem, assim que a senhora desmaiou eu tentei ajudá-la, Marcos chegou logo em seguida e deu um berro que chamou a atenção de todos. Assim que apareceram na sala eu tentei explicar tudo mas precisei corre com a senhora pro quarto e os deixei lá em baixo com Brunna.
- Eles devem estar tão malucos quanto eu!
- Isso, com certeza. - Marcos soltou uma risada divertida e abriu a porta. - Já que aqui em cima tudo já foi esclarecido, acho que esta na hora de descer e explicar pro resto.
- Concordo. - Lud se levantou e deu a volta na cama. Ela estendeu a mão pra mim. - Vamos?
- Vamos!
[...]
Ludmilla POV
Eu estava extremamente feliz. Finalmente reecontrei minha família, contei aquela história pela última vez e agora todos estávamos reunidos da forma como sempre teve que ser.
Minha mãe não soltava meu braço de jeito nenhum, Luane estava do outro lado agarrada ao meu pescoço, ela e Brunna conversavam animadamente sobre os passeios que fariam na cidade. Marcos ainda me encarava como se estivesse se convencendo de que eu era real mesmo.
Aliás, por falar em Brunna, ela agora havia ganho três melhores amigas. Minha mãe, Luane, e Dai. Bem, essa última levou alguns tapas de mão aberta de minha esposa e confesso que eu mesma queria ter dado, mas estava me divertindo demais com a cena. Larissa também não deixou de dar um pescotapa em Daiane assim que ela foi nos buscar no aeroporto e Renatinho, bem, ele estava com fome demais pra ligar pra isso.
Assim que descemos mamãe quis logo conhecer minha esposa. Ela ficou muito irritada ao saber que nos casamos sem ao menos ela ter sido convidada, mas entendeu bem as circunstâncias. Porém ainda assim, nos fez prometer que faríamos uma festa de casamento a altura para podermos celebrar e eu, claro, aceitei.
Brunna e Luane se deram bem logo de cara. As duas conversavam como se fossem amigas de infância. Marcos também havia se dado muito bem com sua nova cunhada e começou até a chamá-la de "irmã".
Finalmente tudo estava bem da forma como sempre teve que ser.
- Eu ainda não consegui engolir tudo o que aquela água de salsicha fez contigo! - Luane falava baixo como se não quisesse ser ouvida pro mais ninguém além de mim.
- Eu sei, mas tudo isso já passou.
- Eu ainda vou dar uns belos tapas naquela sonsa. - Minha mãe se meteu na conversa e sua cara era de poucos amigos
- Eu sou contra violência, mas bem que queria sair no fight com aquela sequelada.
- Somos dois. - Brunna disse por fim concordando com Marcos e confesso que me surpreendi com aquilo.
- Gente, por favor, vamos esquecer, ok?
- Ah minha filha, você que me perdoe, mas essa piranha tirou um ano da minha vida. Se você não tivesse descoberto tudo...
- Mas descobri mãe e já deu tudo certo! Por favor.
Ela respira fundo e encara meus irmãos.
- Tudo bem, não vamos mais tocar nesse assunto. Eu estou feliz demais pra esquentar minha cabeça com isso.
- Obrigado.
- De nada.
Renato aparece ao lado de Cédric. Os dois estavam rindo e nos encararam.
- O jantar está servido!
- Comida! - Luane foi a primeira a se levantar.
Marcos foi até o namorado lhe dando um beijo e seguindo minha irmã. Minha mãe seguiu Renato me deixando sozinha com Brunna.
Ela mexia em alguma coisa no celular, distraída e eu observava aquele ser angelical. Era incrível como mesmo fazendo coisas banais ou até mesmo bobas, ela conseguia ser extremamente linda.
Me aproximo vagarosamente dela, que assim que percebe, deixa o celular de lado e sorri me beijando logo em seguida.
- Com fome?
- Sempre!
Sorrio de volta e me levanto segurando sua mão. Ela se coloca ao meu lado, abraço Brunna por trás e seguimos até a cozinha, o cheiro estava delicioso. Entramos no cômodo e quase todos já estavam sentados em seus devidos lugares. Eu brincava com Brunna lhe dando beijos e algumas mordidas no pescoço o que fazia com que ela se arrepiasse.
- Senta aqui do meu lado. - Puxo a cadeira e ela se senta. Percebo que meus movimentos eram acompanhados atenciosamente por todos que sorriam sem parar.
Me sento a mesa e todos nos servimos. O jantar estava uma delícia, o vinho, como sempre era bom e a conversa não poderia ter sido mais animada.
Já estávamos na sobremesa, mousse de chocolate feito por Luane, eu amava os dotes culinários de minha irmã.
- E então, Lud. - Minha mãe diz atraindo minha atenção. - Quando eu vou ter netos?
Arregalo os olhos com sua pergunta e Brunna se engasga. Tento ajudá-la da forma como posso. Passado o susto ela me encara, apavorada e eu volto a olhar pra minha mãe que parecia estar tranquila.
- Como assim... O que... - Brunna mal conseguia formar uma frase. - Netos? Já?
- Oh não, não precisa ser agora. Daqui a seis meses quem sabe, no máximo um ano.
- Mãe!
- Oi?!
Meus irmãos a essa altura já estavam roxos de tanto rir. Renato não dizia nada e Brunna... Bem, ela estava tão estática quanto eu.
- É que, nós nunca falamos sobre isso antes. - Brunna diz por fim.
- Podem falar agora.
- Mãe! Eu e Brunna nunca pensamos em... Sabe, filhos.
- Pois então tratem de começar a pensar! Eu quero netos, quero herdeiros, quero a casa cheia de crianças correndo por todos os cantos novamente. E você mocinha! - Minha mãe aponta pra mim com os olhos semi cerrados. - Você é minha primogênita, você se casou primeiro, portanto os seus filhos serão a continuação fiel de nossa família!
- Mãe...
- Ludmilla, não é uma ordem. Eu sei que vocês se casaram a pouco tempo e querem curtir o momento, mas minha vontade de ser avó não muda.
- Pode deixar Sr. Silvana. - Brunna segura minha mão. - Nós vamos começar a falar sobre isso hoje mesmo.
- Obrigada Brunna. - Minha mãe sorri aliviada e eu encaro Brunna apavorada.
[...]
- Ok... Certo... Eu não vejo a hora! Obrigada Dai. Tchau. - Encerro a chamada e entro de volta no quarto fechando a porta de vidro que dava pra varanda.
Depois de conversar mais um pouco, minha mãe praticamente implorou pra que Brunna e eu dormíssemos, aqui pelo menos por uma noite. Não tive como negar e Brunna não viu mal algum. Assim que subimos para meu antigo quarto ela ficou algum tempo analisando minhas fotos antigas.
Minha mãe fez questão de manter tudo da forma como eu havia deixado. Mesmo tendo minha casa própria, eu ainda passava alguns finais de semana aqui e a decoração do meu quarto foi montada por mim. Percebi que ninguém da família se atreveu a entrar ali depois de minha "morte", tanto que algumas fotos antigas minhas com Bianca ainda estavam no mural.
Assim que as viu, Brunna pediu permissão e fez questão de rasga-las em pedacinhos.
Tirei minhas roupas indo em direção ao banheiro. Brunna estava deitada na banheira de costas pra mim. Uma música suave tocava ao fundo deixando o clima ainda mais relaxante. Abaixo um pouco a iluminação e me aproximo dela com calma.
Entro na banheira e ela me encara sorrindo. Brunna se afasta da borda me dando espaço pra sentar e se encaixa entre minhas pernas.
- Banho de banheira é bom né?!
- Demais!
Ela sorri e me dá um beijo na bochecha.
- E então, já se sente pronta pra falar sobre filhos?
Ela me olha e eu tento disfarçar meu nervosismo.
- Não sei...
Brunna ri.
- Qual seu medo?
- Não ser uma boa mãe.
- Ah, bobeira. Você vai tirar isso letra. - Ela segura minha mandíbula carinhosamente e sela nosso lábios.
- Você acha?
- Sim! Tenho certeza que vai ser uma mãe babona.
- Daquelas que quer tirar foto de tudo o que a criança faz?
- Sim! - Ela ri mais. - Daquelas que guardam o tufinho do primeiro corte de cabelo.
- Ah, meu Deus! - Digo em reprovação e ela ri mais me fazendo sorrir também.
Ficamos em um silêncio gostoso por alguns minutos. Eu nunca me imaginei tendo filhos. Na verdade nunca me imaginei casada também, mas aqui estamos nós. A verdade é que eu queria sim ter uma família com Brunna, afinal, ela era a mulher da minha vida.
- Uma pena ser um pouco mais difícil pra nós termos um filho.
- Mas isso não quer dizer que não podemos tentar.
Ela ri da minha fala e me encara.
- Você é muito safada!
- E você gosta.
- Eu amo!
Ela me beija novamente, um simples selinho. Aproveito a deixa e aprofundo o beijo, era calmo, porém cheio de desejo. O cesso aos poucos mordendo seu lábio inferior e ela sorri. Vou descendo deixando leves chupões em seu pescoço. Brunna tomba a cabeça para o lado aproveitando melhor o contato. Fico ali por mais alguns instantes sentindo seu cheiro natural misturado com o aroma dos sais de banho. Ela fazia um leve carinho em minha nuca enquanto eu brincava um poico em seu ponto de pulso. Com a mão esquerda faço um leve carinho em sua barriga enquanto a direita deslizava por sua coxa, subindo e descendo. Ela suspira pesado no momento exato em que mordo o lóbulo de sua orelha. A sensação de ter aquela mulher em meus braços era indescritível.
Subo minha mão apertando seu seio com vontade e Brunna deixa um gemido abafado escapar. Puxo lentamente sua perna para o lado com certo cuidado e trilho meus dedos por um caminho cego até chegar em sua intimidade. A água da banheira parecia ter se aquecido muito mais, o vapor que preenchia o banheiro era quase denso e o som de nossas respirações pesadas junto da música lenta de fundo deixava tudo ainda mais tentador.
Toco minha mulher deslizando a ponta de meu dedo de baixo pra cima e ela geme de novo agarrando meus cabelos com firmeza. Começo a brincar com o bico enrijecido de seu seio enquanto fazia carícias em sua intimidade. Ela gemia baixo entre alguns suspiros.
- Você é meu vício. - Sussurro em seu ouvido e ela me fita.
Seus olhos estavam mais claros e com um brilho sexy.
- E você o meu!
Sem pensar muito deslizo dois dedos pra dentro e ela grita gemendo meu nome.
---------------------------------
não me matem por pular o hot ok
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top