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Oi meus amores! Boa leitura!

O caminho para casa tinha tudo para ser o mais longo possível, devido a dor, mas era como se o tempo tivesse sido avançado e em apenas cinco passos já estávamos parados a frente de casa e eu agradeço Namjoon por isso, já que o irmão mais velho fez de tudo para me entreter durante todo o caminho e em um piscar de olhos já tinha as flores de minha mãe presas em minha vista, que funcionavam como um certo alarme interno que indicava que já havia chegado em casa.

Não me foquei muito na entrada da casa, tinha a atenção voltada inteiramente para as flores de cores intensas enquanto Namjoon fazia o papel de guia enquanto me arrastava em direção a residência dos Kim. A coloração das flores só foi perder a atenção quando um grito familiar recolheu toda a minha atenção para ele.

— Gente, vem cá! Eles voltaram! – a voz de Taehyung fez com que, depois de todo esse tempo no meu próprio mundo, eu finalmente voltasse a realidade, percebendo uma movimentação na parte da frente da casa.

Jungkook, Taehyung e Hoseok, que antes estavam sentados na escada que dava acesso a porta principal, se levantavam e seguiam em nossa direção em passos largos.

Logo eu me soltei do aperto de Namjoon, ainda sentindo a dor provocar um certo incômodo insuportável na minha cabeça, porém não permiti que isso me deixasse igual uma batata esquecida na cesta. Tentei esboçar o sorriso mais verdadeiro que minha dor permitia enquanto proferia as palavras esperadas por todos ao meu redor.

— Eu tô bem gente.. meio.

As feições preocupadas logo pareceram se suavizar, com excessão do esboço de Jeon, ele ainda parecia estar bastante preocupado.

— Não precisa se preocupar comigo, logo passa! – direcionei a fala ao garoto preocupado, antes de tocar levemente e com tamanha rapidez os dedos do mesmo e ele pareceu sorrir.

— Tem certeza? – ele perguntou baixo, como uma espécie de confirmação ao meu confesso.

A minha resposta para essa pergunta nunca se transformou em palavras, já que antes mesmo que eu pudesse pensar em alguma coisa um par de braços cobriu todo o meu corpo fortemente.

— Hyunzinha! Você não sabe o susto que deu na gente! – Hoseok declarou, me confortando em um abraço confortável.

— Uh.. – retribuí o abraço após alguns segundos devido ao susto inicial – me desculpa por isso, eu sou muito desastrada – ri, mesmo que isso fizesse minha cabeça doer um pouco mais.

— Quando eu brincava que você ia perder a cabeça por ser desastrada, eu não quis dizer literalmente! – Taehyung finalmente se pronunciou, fazendo os demais rirem.

— Bobo! – depositei um tapa fraco e atrapalhado, já que era o máximo que o abraço longo de Hoseok me proporcionava a fazer.

— Hoseok! Larga a Hyun! – o tom ciumento de meu irmão já denunciava a sua expressão engraçada que misturava um riso com as sobrancelhas franzidas, enquanto tentava se manter sério e eu nem precisei ter visto o rosto dele para capturar cada pedaço de sua feição.

— Deixa de ser ciumento Namjoon! Se for assim eu vou levar a Hyun pra morar comigo – Hoseok brincou após finalmente soltar o abraço, mesmo que a minha vontade seja ficar naquele abraço quentinho até minha cabeça melhorar por completo.

— Ah! Você não vai mesmo! – agora eu pude capturar o exato momento em que as sobrancelhas de meu irmão ciumento se franziram, me fazendo rir, Namjoon era muito previsível.

Hoseok começou a fazer hora com a cara do Kim mais velho, causando uma pequena discussão de brincadeira que cativou os olhares das outras três pessoas ali presentes.

— Acho que agora é a hora perfeita para nós sairmos de fininho – Taehyung cochichou para que apenas eu e Kook conseguíssemos escutar, e logo partimos em direção a entrada principal da casa, sem fazer nenhum barulho sequer.

Parecendo aproveitar a distração de meu irmão, logo Kook juntou minha palma a sua enquanto adentravamos a casa o que me pegou completamente desprevenida.

— Precisamos pegar um gelo para cuidar da sua cabeça – ele disse tocando levemente com o indicador livre o centro de minha testa – e quem sabe um remédio..

E antes que eu pudesse até mesmo assentir, um barulho estrondoso ecoou do andar de cima e logo meus pensamentos voltaram para o castelo.

— Calma! São só eles jogando videogame – Jeon sorriu em conforto, provavelmente pela minha expressão de completo terror – Todas as cabeças estão a salvo..

Minha feição de completo tédio falou mais do que qualquer coisa que eu pudesse ter dito para brigar com Kook pela piada, e além fez com que a gargalhada de Jeon ecoasse por todo o cômodo, me deixando completamente tocada por aquele som que era como um pequeno cobertor que aquecia meu coração.

— Me desculpa, eu precisava fazer essa piada.

— Eu te desculpo só por ser você – tentei ocultar o meu sorriso bobo enquanto Jeon se recuperava de suas gargalhadas.

— Agora vamos lá cuidar de você, tudo bem? – assenti sem nem pensar duas vezes.

No meio de toda aquela brincadeira, minha mão havia deixado a de Jeon. Não sei em que momento específico já que eu estava bem mais focada nas expressões preciosas do garoto enquanto ele ria, mas agora que eu não tinha mais os olhos enrugados e os dentes fofos do garoto como foco principal, a palma quente do garoto fazia uma falta tremenda.

— Vamos fazer assim.. – a feição pensativa do garoto se tornou presente – Vai pro seu quarto descansar que eu vou levar o gelo e o remédio pra você.

E como se Jeon não aguardasse por uma resposta, ele me empurrou levemente na direção do corredor e, consequentemente, para a direção do meu quarto antes de seguir quase que correndo para a cozinha.

Com uma feição de incredulidade marcando todo o meu rosto devido às ordens de Jeon, segui lentamente até o final do corredor, onde um barulho não tão usual prendeu minha atenção. Após poucos segundos analisando o som pude perceber que ele tinha como origem o quarto de meus pais. Com o pingo de curiosidade me deixando levar, logo já estava adentrando o quarto que passava a maior parte dos finais de semana vazio, já que meus pais iam para as feiras de jardinagem que tanto gostavam e só voltavam perto do horário do almoço.

— Mãe? – questionei, curiosa após vizualizar a figura da Kim mais velha penteando os cabelos enquanto calçava as sapatilhas rapidamente e a minha voz pareceu assustá-la.

— Sohyun! Eu estava indo atrás de você! – ela largou o pente na superfície mais próxima que encontrou antes de correr em minha direção para me abraçar tendo o afeto rapidamente compreendido – Os meninos me contaram mais ou menos o que aconteceu e eu fiquei morrendo de medo por causa das suas antigas crises de enxaqueca! Como você está?

— Eu tô com dor.. mas com o tempo diminuiu um pouco a intensidade.

— Você já tomou um remédio? Colocou algo frio para aliviar a dor? Seu irmão está cuidando de você? Nossa, eu já estava me preparando para te levar pro hospital pela descrição dos meninos – ela me metralhou as perguntas, deixando um riso fraco ao final.

— Mãe... Pode ficar tranquila – ela recolheu meu rosto em suas palmas a medida em que eu ia falando – o Jungkook foi buscar gelo e remédio, você não precisa se preocupar comigo!

— Claro que eu me preocupo com você – um leve carinho foi deixado em minha bochecha – minha pequena Sohyun... Você não sabe o quanto eu estou aliviada de não ter que levar você no hospital – ela sorriu com o confesso.

— Eu estou bem mãe – tentei sorrir o máximo que consegui – e eu sei que você tinha um evento de cactos para ir com o papai hoje! O que está esperando? Vai pra lá!

A Kim mais velha sorriu – Você como sempre tão madura e independente – o olhar admirado de minha mãe me deixou com vergonha.

E aquilo misturado com a situação constrangedora que seria o encontro de Jungkook pronto para cuidar de mim e uma mãe cheia de perguntas me motivaram a arrastar a mais velha até o final do corredor, assim como Jeon havia feito comigo mais cedo.

— Boas compras! Lembra de trazer muitos cactos para mim! – exclamei antes de voltei praticamente correndo para meu quarto que não se encontrava tão longe.

Em um suspiro rápido, avaliei o meu estado.

Estava com as mesmas roupas desde ontem de tarde e levando em conta onde eu havia dormido achei mais do que necessário uma troca de roupas rápida. Retirei minha vestimenta e logo pude captar certas manchas de terra na parte traseira e bufei já esperando as futuras reclamações de minha mãe, que já pirava com uma meia suja.

Logo troquei aquela vestimenta por uma calça felpuda e uma regata simples, me sentindo incrivelmente confortável. Segui em passos lentos até minha cama bagunçada, na parte contrária do quarto, e me misturei em meio as cobertas e travesseiros, já me sentindo um pouco melhor a partir do momento em que fechei os olhos.

Fiquei naquele silêncio que as vezes era quebrado devido a euforia do andar de cima, mas que para mim estava perfeito, já que meus cobertores e travesseiros não deixavam toda aquela barulheira me atingir. Por um momento até estranhei todo aquele pseudo silêncio, já que era para Jungkook ter aparecido há muito tempo atrás.

As minhas dúvidas não duraram muito, já que em questão de segundos foi possível escutar três toques na porta.

— Pode entrar! – anunciei sem mais delongas.

Porém, antes de escancarar a porta, Jeon colocou apenas parte de sua cabeça para dentro do quarto.

— Soso? – e seus olhos perdidos vagaram por todo o cômodo, antes de me encontrar, camuflada em meio a minha cama – Posso entrar? – assenti suavemente e logo o garoto escancarou a porta, exibindo uma bandeja que carregava, sem revelar o que nela continha.

— Desculpa a demora.. Eu meio que não encontrei o comprimido e tive que recorrer a sua mãe para encontrar o remédio – ele usou a mão livre para coçar a parte de trás de seus cabelos, envergonhado – e eu fiz um lanche pra você! – ele sorriu da forma mais radiante possível, me fazendo acompanhá-lo no ato após o seu confesso, mesmo que doesse um pouco.

Só após as suas breves explicações que Jeon mostrou o que a bandeja escondia, revelando uma pequena bolsa de gelo, um comprimido colorido para dor de cabeça, um copo d'água e um prato que esbanjava um sanduíche caseiro.

— Kookie! Muito obrigada por cuidar de mim – mostrei toda a minha incredulidade em minha expressão, não acreditava que o garoto havia feito tudo aquilo para mim – Eu tô me sentindo até alguém importante com todas essas coisas – ri levemente enquanto me ajeitava para poder comer sem problemas e para dar espaço para Kook na minha cama pequena.

— É porque você é importante, Soso – Jungkook confessou enquanto se sentava timidamente na beirada da cama, quase caindo – e eu não podia deixar você tomar remédio de barriga vazia... Não pode!

O meu sorriso transbordou tudo o que sentia e o garoto pareceu captar cada um de meus sentimentos mesmo que eu tivesse falado uma palavra.

Recolhi timidamente o sanduíche, e antes mesmo de provar, a fala do garoto ecoou em minha cabeça.

— Desculpa se não estiver tão bom, eu fiz com o que eu achei na geladeira...

— Tenho certeza que esse deve ser o melhor sanduíche do mundo todo – disse antes de provar boa parte do lanche e completar – Eu estava certa... Isso aqui tá bom demais! – e o sorriso radiante voltou ao semblante do garoto.

— É porque foi feito com amor, minha vó sempre diz que esse é o ingrediente secreto de vários restaurantes...

Tratei de respondê-lo apenas com feições e gestos positivos, já que minha boca estava ocupada com o sanduíche e Jeon riu da minha situação.

— Soso... Você quer ajuda para colocar o gelo? Se não ele vai acabar derretendo.. – ele mudou de assunto logo após visualizar a bolsa de gelo derretendo.

Estava pronta para negar e dizer que não precisava, alegando que depois colocaria o gelo, mas os olhos lotados de espectativa e prontos para ajudar que estavam voltados a mim não me deixaram fazer isso. Por isso, a minha resposta depois de terminar de mastigar um pouco mais do lanche foi:

— Claro! Vem um pouco mais para perto... Do jeito que você tá vai acabar caindo da cama – e o Jeon se assustou por eu ter percebido os seus gestos tímidos para me dar mais espaço na cama. – Para alcançar a minha cabeça você precisa vir bem mais perto que isso – desafiei e logo ele já havia removido ambos os tênis em uma rapidez que nem eu pude acompanhar e se rastejou por todo o comprimento livre da cama, até estar quase ao meu lado na cabeceira, virado de frente para mim e com as costas na parede fria.

Ele recolheu a bolsa de gelo que começava a pingar e ergueu um de meus cobertores, enrolando-a nele antes de aproximar de minha cabeça.

— Se estiver te machucando ou se estiver gelado demais me avisa que eu tiro na hora – ele sussurrou e toda a sua atenção estava voltada a parte superior de minha cabeça, enquanto colocava aquela bolsa geladinha na parte machucada.

E ele continuou colocando o gelo na área machucada, até mesmo depois que eu finalizei todo o sanduíche, que cá entre nós, não demorou muito, até depois que eu tomei o remédio colorido, finalizei a água e coloquei lentamente a bandeja no chão, até depois que eu perguntei se ele estava com frio, e após uma resposta afirmativa, dividi meu cobertor mais quente como ele e até mesmo depois de sua pergunta sobre eu querer me deitar para descansar, que obteve uma resposta afirmativa.

Mas diferente do que Jeon pensou, quando ele retirou a bolsa de gelo e se preparou para levantar, provavelmente para me dar privacidade, recolhi sua mão em um impulso corajoso, a voltando para o local que nunca deveria ter saído.

— Fica..

E não foi preciso mais do que isso para o garoto me puxar levemente em meio aquela confusão de cobertores para deitar em seu peito contra a parede e logo eu já conseguia sentir a quentura do peitoral de Jeon sendo compartilhada com as palmas de minhas mãos e com minha bochecha através da blusa fina que vestia. Não demorou muito para que seus braços me rodeassem e iniciassem um carinho suave em meio aos meus fios desordenados e gelados.

E logo a minha respiração tentava se sincronizar com a de Jeon enquanto eu me perdia em meio a suspiros deleitosos devido a toda aquela situação em que nos encontrávamos, mas não demorou para meus suspiros perderem a intensidade, até se tornarem leves sopros, indicando que havia entrado em um sono profundo em meio ao melhor abraço que já havia presenciado.

Menos de um dia pra att, serasi fui sequestrada e to sendo obrigada a escrever pra att tão rápido assim?? Iajsi brincadeiras a parte, olha quem tá de volta com um capítulo que vai mexer com o coração de todo mundo.

Queria dizer que essa att só foi tão rápida assim devido os comentários do último capítulo que me incentivaram muito a escrever pq se fosse depender de mimkkk
amo vocês amorinhas ❤️❤️

Por isso que eu sempre digo a importância dos comentários meus bebês, eles tem muita influência na minha motivação..

Enfim, depois dos acontecimentos desse capítulo eu tô até soft aaaa

É isso gente!!

byebye

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