"Novo Começo"
Jung Kiseok
– Appa! Quero sorvete! – a pequena pede de um jeitinho tão fofo, tão linda que não consigo resistir.
– Claro, meu amor. Quer qual sorvete?
– Chocolhate.
Entramos na sorveteria que fica do outro lado da rua da escolinha, e fizemos nossos pedidos. Aguardando os nossos sorvetes, recebi uma ligação de um número desconhecido.
Deixei a Yuna sentada numa mesa distraída com seu sorvete e fui atender.
Ligação_on
xxx: — Senhor Jung Kiseok?
Kiseok: — Sim, sou eu mesmo.
xxx: — Sua esposa sofreu um acidente de carro muito grave. Preciso que o senhor ou alguém venha acompanhá-la.
O quê? Senti falta de ar por um momento. Mas não posso me desesperar.
Kiseok: — Ok.. já estou indo.
Ligação_off
Imediatamente liguei para alguém ficar com a Yuna, mas nesse horário todos devem estar ocupados.
– Yuna, vamos. Você vai ficar com os seus tios ou a sua tia. – falei pegando a minha pequena no colo, indo direto pro carro.
Dirigi com todo o cuidado possível, até que enfim cheguei no restaurante dos familiares da S/N.
A placa dizia: Fechado. Mas mesmo assim bati na porta, vi que está aberta, então fui entrando.
– Ainda estamos fechados. – a Kim aparece, vendo que sou eu com a Yuna. – Kiseok, que bom vê-lo. Ah, você trouxe a minha queridinha Yuna!
Jennie pega a Yuna do meu colo, as duas ficam animadas. Não posso falar sobre o acidente, não na presença da minha pequenina.
– Não vou pedir pra ficar com ela, porque eu preciso urgentemente sair e conto com você. – digo apressado, dando um selinho na testa da Yuna, logo em seguida fui saindo.
– Tudo bem!
Assim que cheguei no hospital, fui rapidamente até a recepção. Estava desesperado, não sabia o que fazer, nem sei o que aconteceu. A recepcionista me disse para aguardar o médico, pois a S/N estava passando por uma cirurgia.
Fiquei na sala de espera impaciente, a cada segundo eu ficava mais angustiado. Mais tarde o Hoseok apareceu, quando me viu ficou surpreso.
– Hyung. – aproximou-se preocupado. – Você está bem?
– Só tô preocupado. – respondi aflito. – O que faz aqui?
– Primeiro você precisa ficar calmo.
Estou uma pilha de nervos. Ele falando isso só me deixou mais nervoso.
– Fala logo! Eu não sei de nada. Aconteceu alguma coisa para que isso afetasse a S/N!?
– Sim. – respondeu ficando aflito também. – O Jay tem um irmão mais novo que mora em Seattle. Ele veio vingar o irmão. Mas não sei como ele descobriu que foi a S/N que matou o Jay.
O mundo desabou perante os meus pés. Isso até que faz sentido, porém não faço ideia de como descobriram que a S/N que matou justamente o Park.
– Como sabe disso!? – perguntei de imediato.
– Tive que ser advogado de alguns casos do Yoongi. Fiquei sabendo do acidente e vim ver o Jehan.
– O QUÊ???
– Eu não sabia que alguém tinha presenciado o assassinato do Jay, na verdade nós não sabíamos. Agora, o Jehan veio atrás do paradeiro do irmão e descobre que ele está morto. Com raiva ele quis se vingar e descobriu de alguma forma a verdade.
– E você vai inocentar ele!? Tá de brincadeira né!?
– Eu vou matá-lo. – Hoseok fala sério, segurando firme sua maleta nas suas mãos. – Ninguém mexe com a minha família. Só vim para impedir que ele fizesse algo com a S/N, mas acho que cheguei tarde demais. Espero que ela fique bem.
– Não quero que trabalhe para o Min nunca mais. Já saímos da organização para nunca mais voltar e nem nos envolver. – falei decepcionado com ele.
– Tá legal. Eu só estava fazendo o meu trabalho, e não fiz nada de ilegal. – Hoseok falou convicto, estava muito confiante, que cheguei a suspeitar.
Não acredito…
– Hoseok, você está na máfia. Como você pôde? Eu deveria colocar mais juízo na sua cabeça! – falei dando um cascudo na sua cabeça.
– Aish! – resmunga passando a mão na cabeça. – Nossa… pelo visto eu não sei mentir…
– Eu juro que vou te matar com as minhas próprias mãos se você não deixar a organização. – falei friamente.
– Sabe, eu deveria falar toda a verdade..
– Então fala!
– Eu conhecia a vida de todos os seus amigos. Quando decidimos sair da máfia, não pensamos em como isso iria atingir os nossos homens e amigos. Você pensou nisso? Ou só pensou em você?
Parando pra pensar; a maioria foram presos, outros morreram em brigas. As consequências devem ter sido as piores em alguns casos, resultando nesta de agora.
– Falando nisso, lembrei que o Jay mandava parte do dinheiro que recebia para alguém fora do país. – falei pensativo, recordando tal memória.
– Isso mesmo. – o Jung confirma, logo em seguida mostrando um papel que continha informações sobre o Jehan. – Não sabia que ele seria capaz de descobrir tudo, tampouco que iria se vingar. Agora que voltei pra máfia, na tentativa de descobrir quem é o Jehan, já foi tarde demais.
Fiquei me sentindo culpado novamente, depois de anos tentando esquecer o passado, o passado volta com uma enorme bomba.
[...]
S/N vai ficar de repouso por alguns dias, o médico disse que ela vai acordar cedo ou mais tarde, não sabem dizer quando exatamente ela vai acordar.
Meu amor, saí logo desse coma. Temos uma filha para cuidar.
De acordo com a polícia ela foi sequestrada por esse tal de Jehan, só que teve um imprevisto e acabou resultando no acidente do carro que estavam.
Não sei se fico feliz com este acidente ou se fico triste, pois certamente o Jehan iria matar a S/N para se vingar, mas por causa do acidente de carro todos ficaram prejudicados.
Hoseok vai inserir veneno no soro do Jehan que está inconsciente no quarto do andar debaixo, e vai relatar que não resistiu ao pacto na cabeça por isso a causa da morte.
Ainda bem que não aconteceu nada muito grave com a S/N, apenas lesões e aparentemente o mais grave foi o braço quebrado que com o tempo vai ficar melhor.
– Está feito. – Hoseok diz assim que entrou. – Quando ela vai acordar?
– Não sabem ao certo. E quem estava ajudando o Jehan? Sabe de alguma informação útil?
– Era só um cúmplice, ele não resistiu e morreu no local do acidente. Os médicos acham incrível a S/N está resistindo. Já o Jehan corria o risco de morrer, então adiantei isso logo. – Hoseok disse sem remorso, sem se importar de tirar a vida de alguém que resistiu a um acidente grave.
Pelo menos a S/N vai ficar bem, ainda bem que o sequestro deu errado, mas não foi exatamente bom saber disso, já que esse acidente quase matou todo mundo, inclusive ela.
Acho que eu devo protegê-la melhor, isso não teria acontecido se eu fosse buscá-la na faculdade. Yuna estaria com ela, se caso não estivesse chovendo muito. Se acontecesse algo com as mulheres da minha vida, eu não sei o que seria capaz de fazer. Provavelmente, eu me mataria só para acompanhá-las nas estrelas do céu.
As horas passavam e nem sinal da S/N acordar, o que me deixava muito impaciente. Os médicos diziam que era para esperar ela acordar, pois apesar do acidente ter sido grave ela se saiu muito bem na cirurgia.
Não entendo muito sobre cirurgias, mas de acordo com os especialistas a S/N sofreu uma fratura grave no braço e na sua nuca estava muito afetada por causa da batida.
Será que ela vai perder a memória?
Até então os médicos garantiram que ela não vai ficar sem memória, o único problema pelo menos pra mim é a demora dela acordar.
[...] 1 mês depois…
Já gastei tanto dinheiro para o tratamento, todos os procedimentos possíveis, os médicos mais preparados, e até agora não obtive o que eu quero.
Dinheiro nenhum é capaz de comprar aquilo que realmente queremos.
Agora só me resta ter fé de que ela vai acordar ainda hoje, amanhã, ou talvez mais tarde.
As batidas na porta me despertaram, já que não consigo dormir, e o mínimo que faço é cochilar.
– Oi, sou eu. – Jennie disse entrando. – Oh, desculpa, acordei você.
– Não estava dormindo. – eu disse olhando para a S/N, sempre fico olhando pra ela esperando que acorde. Quero que a primeira pessoa que ela veja quando acordar seja eu.
– Eu trouxe comida, roupas e uns calçados, você não pode ficar com esses sapatos pra sempre. – a Kim fala deixando duas bolsas no canto do quarto, tirando algumas coisas. – Aqui, pode comer e se quiser pode sair, eu fico com ela. Posso ficar por uns dias com ela. Vá passar um tempo com a Yuna, não sabe o quanto ela sente a sua falta e pergunta sobre a S/N.
– Eu vou ficar aqui até a S/N acordar. Quanto a Yuna, eu confio em você para cuidar dela na minha ausência. – falei a mesma coisa que sempre falo quando Jennie vem visitar.
A Kim bufou, olhando pra mim indignada, vendo o quanto sou teimoso. Não que eu seja teimoso, é que ela não entende que tudo o que eu mais quero é ficar ao lado da S/N quando finalmente acordar.
– Notícias? – Jennie perguntou, ficando perto da S/N.
– Não... – respondi, fazendo-a me olhar novamente. – Só estão esperando ela sair do coma.
– Ela vai ficar bem. – a Kim fala, me transmitindo confiança. – Eu tenho que ir. Vou buscar a pequena na escolinha, hoje ela sai mais cedo. Semana que vem eu venho para trazer outras roupas e comida.
– Agradeço por tudo, Jennie, de verdade. – falei sendo sincero. Peguei o porta-retrato com uma foto minha e da S/N, onde deixo na minha mochila e vejo sempre que sinto necessidade. – Leva isso daqui pra Yuna. – entreguei pra Kim, ela viu a foto e sorriu.
– Eu queria ter ido nesse casamento. – a Kim disse sorrindo, acho que é por causa das nossas expressões de ódio em casar contra a nossa vontade. – Tudo bem, eu vou entregar a Yuna.
– Se precisar de alguma coisa ou dinheiro, pode ir na empresa sempre que quiser e procurar o Lee Seong-hwa. Ele vai te ajudar em tudo que você e a Yuna precisar. – eu disse isso a ela novamente, já que ainda não saí daqui em nenhum momento. Então qualquer coisa, ela vai poder ir com o Gray pedir tudo que precise.
– Okey. – confirmou, depois foi até a S/N, pegou na mão dela e beijou. – S/N, acorda logo, por favor. Você vai ficar bem, só precisa acordar, então acorde, eu te peço, por favor.
Hoje já faz um mês que ela só dorme, nenhum sinal sequer de estar acordando. Fico preocupado dela não acordar nunca, pois não sei o que vai ser de mim e a Yuna sem ela.
Observando a enfermeira verificar o estado, temperatura corporal, aplicando os medicamentos necessários, reparei que o polegar da mão esquerda da S/N se moveu.
Me aproximei para mais perto, vendo-a completamente imóvel.
– Ela está bem, senhor. Passarei aqui mais tarde para a próxima medicação. – a enfermeira disse, antes de sair do quarto.
Peguei meu laptop, sentei na poltrona ao lado da S/N, e comecei a trabalhar. Semanas atrás eu ficava entediado sem fazer nada, apenas esperando a S/N acordar em algum momento, então decidi continuar o meu trabalho, mas aqui ao lado dela.
As horas passavam rápido, quando eu ainda não trabalhava aqui as horas demoravam séculos para passar.
Andando para um lado e outro com o laptop nas minhas mãos, o celular apoiado no meu ombro e bochecha, acabei percebendo algo estranho, uma sensação de estar sendo vigiado.
Quando olhei para a S/N, fiquei olhando-a sem acreditar. Seus olhos estão fixados em mim, em cada movimento meu, e quando nossos olhares se encontraram foi uma verdadeira conexão entre nós que não consigo explicar.
Surpreso, acabei me descuidando e o laptop e celular caíram no chão. Nem liguei para os aparelhos tecnológicos no chão, já que o que mais me importava era a mulher me olhando fixamente sem desviar o olhar.
– S/N… fica calma, tá tudo bem. – falei sorrindo.
Fui até a porta, chamei por algum médico. Ainda bem que o médico que acompanha o caso dela estava saindo do quarto ao lado, logo veio verificar as condições da paciente que acabou de acordar do coma.
S/N está perfeitamente bem de acordo com o diagnóstico do médico, só que eu não esperava por um único problema.
– Ela está ótima. O único problema é que ela não lembra do que aconteceu nos últimos anos. – o médico explica, anotando alguma coisa na prancheta. – Aqui, está é a receita para o medicamento que vai ajudá-la a lembrar.
Olhei para o papel na minha mão, não queria acreditar nisso.
– Tem certeza que ela vai voltar a lembrar de tudo? – perguntei completamente duvidoso.
– Há uma chance, mas não posso prometer que ela vai lembrar tudo de uma vez. Pode demorar muito ou não. Vai depender da memória dela.
Apesar de tudo ela está bem, isso já é mais do que um alívio pra mim. Entrei no quarto, ela estava sentada e logo olhou pra mim.
S/N sorriu ao me ver, estava animada por sinal.
O que ela não deve se lembrar?
– Meu amor, você não sabe o quanto fiquei preocupado. – eu disse indo até ela. Segurei sua mão, vendo-a tão radiante.
– Desculpa, meu amor. Eu nem sei o que aconteceu… Por que estou aqui? O que aconteceu?
Não sei como vou contar tudo a ela. Primeiro, tenho que descobrir o que ela não lembra, e depois tentarei fazer de tudo para lembrá-la do seu passado.
– Você sofreu um acidente grave. – explico, tentando não parecer receoso. – Do que você lembra?
– Eu só lembro que estamos em Busan, ontem visitamos as crianças no orfanato. Ah e gostei daquela garotinha fofa, acho que é a Yuki. – ela falou com um sorriso tão lindo, apertando minha mão. – O doutor disse que perdi a memória. – seu sorriso sumiu repentinamente. – Eu esqueci muita coisa?
Será que eu devo contar toda a verdade?
Fiquei sem reação, sem saber o que fazer. Apenas sorri, entrelaçando nossas mãos.
Quero que ela lembre dos bons momentos, os piores momentos não me importo dela não lembrar, vai ser melhor assim.
– Você vai lembrar…
Com a chegada da noite, jantamos juntos no pequeno quarto desse enorme hospital. S/N estava muito energética, falava muito, conversávamos sobre qualquer coisa; desde a mais insignificante até a mais importante.
Seu braço que ficou fraturado já estava bem melhor que antes, daqui a dois meses já pode tirar o gesso.
De madrugada estava com muito sono, mas a S/N não parecia estar com sono, já que passou um mês inteiro dormindo.
O médico disse que isso é normal, tem pessoas que demoram até mais tempo, enquanto outras infelizmente não acordam nunca mais.
– Kiseok.. tive sonhos estranhos quando eu dormia… – ela fala quase sussurrando, passando a mão em meus cabelos, fazendo um carinho gostoso que estou quase dormindo.
Estava deitado ao lado dela, com a minha cabeça sobre sua coxa.
– Estranho no sentido de bom ou ruim? – perguntei de olhos fechados, estou realmente com sono. Mas a minha felicidade de estar no colo da minha mulher, sabendo que agora daqui em diante vai ser tudo como havíamos planejado, só me deixou mais acordado com medo de estar sonhando.
– Acho que é bom. Sonhei que era mãe de uma bebê muito linda que eu a chamava de Yuna. – ela falou rindo tímida. Nessa hora abri os meus olhos imediatamente, vendo-a me olhar sorrindo de canto. – Que tal a gente tentar? É bom que a gente se ama, e vai acabar com a rivalidade das nossas organizações…
S/N não sabe que as organizações acabaram entre nós, a rivalidade não existe mais, meu pai faleceu, o pai dela está num hospício. Tenho que pelo menos dizer a ela que isso não foi um sonho, e sim algum fragmento de sua memória.
– Você está lembrando. Yuna é nossa filha. – eu disse olhando-a, logo sorri com sua cara de espantada. – Não fique muito surpresa, você perdeu a memória.
– Mas… – ficou muito admirada. – Ela deve ter precisado de mim. O que.. eu…
– Amor, fica calma. Yuna está bem. Você só precisa continuar assim para lembrar de tudo.
– Mas quanto tempo fiquei desacordada? Como cuidou dela tão pequena? – começou a perguntar sem parar. – Como foi esse acidente para que eu ficasse assim?
S/N chorou de repente, deve ser o choque de estar descobrindo tudo.
[...] Dias depois….
A
té que enfim a S/N vai receber alta do hospital. Jennie foi acompanhá-la por alguns dias, e hoje finalmente a minha esposa vai voltar para casa.
Arrumei tudo pela casa, chamei o Kim para preparar o almoço já que ele é cozinheiro da família. Os outros não vieram, talvez venham depois, pois não gostam da minha presença e sinceramente eu não gosto deles também. Por mais que a rivalidade tenha acabado, ainda é desconfortável nos encarar.
– Appa!
Escuto a minha pequena gatinha chamar, ela vem correndo na minha direção. Me ajoelhei no chão, estendendo os meus braços para pegá-la no colo.
– O que foi, gatinha? – pergunto sorrindo, erguendo-a para o alto, depois colocando-a no meu colo. Yuna está ficando grandinha, falta pouco para ela completar quatro anos, e até agora não consigo resistir ao encanto de ser pai, de ser o melhor pai para ela. – Quer comer? Ou está ansiosa para ver a mamãe?
– Quero a mamãe. – a pequena sorriu meiga, tão ingênua. – Quero comer chocolhate.
Ri com a minha pequena, então ficamos comendo "chocolhate" por um tempo, e depois de alguns minutos a Kim chegou.
– Adivinhem quem chegou!? – Jennie fala chegando com a S/N. – Chegou a nossa querida S/N!!
– Omma! – Yuna corre animada na direção da sua mãe, a alegria da minha pequenina é evidente.
Percebi que a S/N ficou bem surpresa com a Yuna, a própria filha, já que a única memória dela é de quando a pequena era bebê.
Ainda vão surgir muitas surpresas para a minha esposa e minha filha, principalmente o nosso casamento de verdade com festa de comemoração, votos, somente convidados selecionados por nós, e também podemos viajar para onde quisermos.
Família feliz, novo começo, vida nova.
Agora estou tendo tudo que realmente quero.
Fomos verdadeiramente ‘destinados para amar.
ミFIM⊰⊹ฺ
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