"Dominic" 2
Capítulo 9
— "Dominic" 2
Kiseok
– Sim. Ele trabalha pra você? Conhece alguém com o nome de Dominic?
S/N deve estar querendo saber sobre o indivíduo que estava seguindo ela, provavelmente ela ouviu a conversa do Loco comigo e acha que o sujeito que mandou fazer isso seja o tal de Dominic.
– S/N.. você já deve saber que na máfia temos nomes que são como códigos para enganar a polícia. Meu nome verdadeiro é Jung Kiseok, e o meu nome na máfia é Dominic, mas não faço muito uso desse nome, é raramente que me envolvo na polícia… meu amigo só estava seguindo as minhas ordens.
Seu olhar fica com uma expressão de surpresa, e no mesmo instante os nossos pratos chegaram. Assim que o garçom se afasta após nos servir, ela suspira tentando falar algo.
– Então foi você!?
– Fica calma, não podemos brigar aqui.
Sua raiva é muito evidente, e para se acalmar ela pega um copo cheio d'água ao seu lado e bebe.
Minha taça de vinho está cheia, mas logo fica seca após eu beber tudo.
A gente nunca vai se entender...
– Por quê? Você não confia em mim? Por que teve que mandar um dos seus capangas ficar me vigiando?
– Quem mandou você me desobedecer? Só estava fazendo o que todo marido em meu lugar faria.
Nos encaramos por alguns segundos seriamente, até que ela devia o olhar pegando os talheres para comer a comida do seu prato. Suspiro um pouco irritado, logo tratei de comer também.
Durante a refeição, percebi a S/N ficando triste, parecia que ela ia chorar, pois os seus olhos estavam brilhando muito, cheios de lágrimas.
– me desculpe… – digo a ela sussurrando. Ela olha pra mim, deixando escapar algumas lágrimas. – precisamos ter mais confiança um no outro. não fique assim, senão eu fico mal também.
Perdi até a vontade de comer, e deixei meu prato de lado.
– Peço desculpas também… – ela diz, já ficando mais calma, enxugando suas lágrimas.
– Você não precisa pedir desculpas. Está tudo bem. Eu sou um homem possessivo e impulsivo, mas prometo que vou cuidar de você e protegê-la.
– Não, Jung, eu também peço desculpas. Eu quase matei um homem que ainda era seu amigo… – ela suspira, deixando seu prato de lado. – Tô pensando em pedir o divórcio, isso nunca vai dar certo. E, não quero mais liderar a Máfia..
Fico desacreditado com sua fala, acho que não ouvi direito.
– O quê? Você…
– Kiseok, eu não quero liderar uma organização criminosa, não quero mais ficar com você.
– Temos um acordo! Não podemos rompê-lo, caso contrário não vai acabar bem para nenhum dos lados. E o divórcio só é realizado quando ambos assinam em concordância, mas eu não vou aceitar, então isso nunca vai acontecer.
Dito isso, a S/N pega a sua taça de vinho que ainda está cheia, já que não bebeu, e começa a beber.
Mais uma vez, o silêncio fica entre nós; é melhor ficarmos calados do que brigando.
Alguns homens chegam, e ficam na mesma mesa do senhor Kim com o meu chefe, provavelmente são os convidados dos chefões.
– Eu quero ir pra casa… – S/N diz, após perceber que seu velho está num jantar de negócios e que vai demorar.
– Vamos pra casa mesmo. – falei rude, me levantando da cadeira. Estendo a mão para ela, porém ela recusa no mesmo instante e sai andando na minha frente. Assim que saímos do local, não tinha ninguém por perto, então fui até ela, lhe surpreendendo por trás. – Segure a minha mão para nós andarmos como um belo casal. – ditei friamente em seu ouvido atrás dela, segurando sua cintura.
– Aish… eu te odeio…
Toda brava, segurou minha mão e fomos andando de mãos dadas pelo corredor.
Atravessando a rua com pouca movimentação, indo em direção ao meu carro, avistei um salão de dança somente de valsa.
Perfeito!
Me direcionei até o salão, mas a S/N parou de andar ao perceber para onde eu quero ir.
– A nossa noite ainda não acabou. Ah, e você não vai ficar com seus familiares. Está casada comigo, lembra? Temos a nossa própria casa.
Disse a ela sorrindo, vendo que está ficando mais sexy quando fica com raiva.
– Eu… eu não sei dançar!
Rolou os olhos, indignada.
– Não tem problema. É pra isso que servem os maridos.
Adentrando o salão, na recepção a recepcionista disse que precisava agendar um horário e que não poderíamos entrar, mas eu peguei uma quantia em dinheiro do meu bolso e apenas com o valor considerável foi o suficiente para entrarmos e dançar nesta noite.
– Que desperdício! – S/N resmunga, vindo ao meu lado. – Esse dinheiro foi gasto desnecessariamente!
– Acho que não, gatinha.
Sorri, e ela bufou de raiva.
Chegamos no salão, tinha poucas pessoas, todas estavam dançando Valsa; algumas aprendendo e outras já bem experiente.
É como eu esperava, as pessoas não curtem muito a Valsa.
– Venha. – digo, pegando em sua cintura, lhe puxando, deixando-nos de frente um com o outro. – Só me acompanhe, é fácil, e vai aprender rapidinho.
Sentir o corpo da S/N tão perto do meu é muito tentador. Com uma de nossas mãos entrelaçadas, ela segura em meu ombro, e eu seguro em sua cintura.
Íamos dançando para lá e para cá, e ela só me acompanhava. A música clássica ecoando por todo o salão, os casais dançando a Valsa, tudo estava bem romântico.
Constantemente a S/N olhava para mim, depois olhava para os seus pés com medo de errar os passos da dança.
Ousei puxá-la para mais perto de mim, deixando nossos corpos mais perto ainda.
Ela se assusta com a minha atitude, e olha pra mim franzindo o cenho.
– Aish! Você…
Interrompi sua fala lhe beijando. Durante a dança fui nos conduzindo para o lado, saindo do centro.
O volume dos seios da S/N encostando em meu peitoral enquanto lhe beijo, foi demais pra mim.
Estou tão necessitado de uma mulher…
Não sei se é por vontade própria, ou se está apenas fingindo, mas ela retribuindo o beijo me deixa mais esperançoso de que estou conseguindo conquistá-la.
Após o lento ósculo preciso, nos afastamos aos poucos sentindo nossas respirações dando sinais de ofegar.
– Eu queria que este momento durasse mais tempo… – falei alisando sua bochecha, deslizando o meu polegar para os seus lábios com o batom meio borrado por causa do beijo gostoso.
Seu olhar naturalmente sedutor olhando pra mim com a boca entreaberta, me deixava mais apaixonado, mais fascinado por ela.
Não é atoa que eu me tornei possessivo depois que me casei com ela.
– Vamos pra casa, Jung… Eu não sei dançar.
Ela se mantém difícil, demonstrando não se importar com o que aconteceu entre nós.
– Tá…
[...]
Na porta da garagem de casa, ela desce do veículo e entra. Eu fui abrir a porta da garagem para poder colocar o carro dentro, feito isso entrei em casa.
Me sinto decepcionado por não agradar a S/N, mesmo assim eu não vou desistir. E agora ela mencionou o divórcio no jantar, o que me deixou surpreso.
Tem vezes que eu só queria viver uma vida normal, deixar que tudo fluísse normalmente de acordo com as vontades do destino na minha vida. No entanto, a minha vida está seguindo um rumo distinto, totalmente diferente do que eu pensava, talvez seja porque ser gângster nem passava na minha cabeça.
Deixei meus sapatos espalhados pela sala, tentando tirar a gravata do meu pescoço, largando o meu terno no sofá, até que percebi a S/N parada na escada, me observando, fiquei até surpreso, pois nem prestei atenção que ela está ali.
– O que..
Sou interrompido com ela se aproximando de mim com um olhar hipnotizante, pegando na gravata e me puxando pela mesma.
– Venha comigo, Dominic. – ela diz quase sussurrando, andando para trás, subindo os degraus da escadaria de costas, me encarando seriamente enquanto me puxa pela gravata.
O que deu nela? Dominic? O quê?
– O que você está fazendo, S/N? – pergunto sem querer, mas logo fingi não estar muito surpreso, senão ela vai pensar que eu fico como idiota quando age assim comigo.
– Pensei que fosse "gatinha". – ela fala sorrindo de canto, e quase se desequilibra ao chegar no último degrau.
Segurei ela nos meus braços após chegarmos no andar de cima, lhe pressionando contra a parede, ela geme baixinho com a minha brutalidade.
– Você pensa o quê? – questionei, olhando em seus olhos. Ela apenas me olha na mesma intensidade. – Cansei desse seu fingimento. Outrora estava pedindo divórcio e reclamando, e agora está me seduzindo. Aish!
Me afastei dela, encarando-a sério. Entrei no quarto, desabotoando a minha camisa. Meu dia foi cheio, pensei que fosse melhorar no jantar de comemoração da missão de hoje, porém foi péssimo.
Estou começando a ficar indignado de estar casado com uma mulher que não dá a mínima pra mim e muito menos ao nosso casamento. Se bem que o casamento foi arranjado, a gente nem se conhece, fomos obrigados a nos casar, então, não há nada de errado em estarmos assim.
– Só estou querendo te ajudar, Kiseok.
S/N fala adentrando o quarto, se sentando no canto da cama tirando seus saltos.
– Se eu quisesse transar com você, já teria feito isso há muito tempo, mesmo que fosse considerado estupro pra você.
Ela fica em silêncio após me ouvir falar isso, olhando pra mim sem reação.
Fui no closet terminando de desabotoar a camisa para guardar, enquanto a S/N está no canto da cama. De costas pra ela, discretamente preparo uma seringa com uma droga, apenas para apagá-la.
– Era só… – ela começa a falar, mas se interrompe pensando a respeito. Olhei pra ela, segurando a seringa na minha mão sem que perceba. – Um sexo sem compromisso não teria problema! Era só pedir!
Agora ela está sendo afrontosa, isso é bom, eu gosto de confrontá-la.
– Não estamos num cabaré! – falei em voz alta, fazendo-a ficar apreensiva. – Eu sou o seu marido e você é minha esposa! Sexo é uma troca de carinho e amor de forma carnal entre o casal! Agora se não for entre casal então é só putaria de namorados ou ficantes!
– Então é por isso que você está tentando me conquistar? – perguntou com frieza, sem desviar o olhar de mim. – Quer que a gente se ame enquanto transa? – me surpreendi com a pergunta, porém mantive a minha postura.
– Talvez… – a respondi, lhe dando uma resposta incerta.
Novamente o silêncio se fez presente entre nós dois com ambos se encarando fixamente, e antes que eu falasse algo ela se levanta indo em direção a porta.
– Durma bem, Jung!
Bateu a porta, e sem demora fui segui-la.
– Está muito corajosa, S/N! Pelo visto terei que te castigar até aprender.
– Ah é? Por que você não pede logo de uma vez!? Admita que está carente, desesperado, precisando da sua esposa para satisfazer os seus desejos.
– Não tenho culpa se estou sendo compreensível e seguindo os nossos acordos!
De forma rápida vou até ela, injetando a seringa no seu pescoço rapidamente. S/N só percebeu quando tirei a seringa esvaziada do seu pescoço, olhando para mim assustada.
Ela colocou a mão na região do pescoço que foi perfurada pela seringa, se encostando na parede.
– O que foi isso, KISEOK!? O QUE FEZ COMIGO!? – pergunta nervosa, quase caindo sobre o chão.
Joguei a seringa em qualquer lugar, e fui me aproximando dela lentamente, observando-a ficar inconsciente.
– Tá na hora da minha gatinha dormir.
Estendi os meus braços para que ela caísse sobre mim, e assim não se machucaria.
Sorri, vendo-a ficar tão vulnerável, fechando os olhos devagarinho.
A droga logo fez efeito por completo, e agora ela está dormindo num sono profundo caída em meus braços.
...
No dia seguinte...
S/N
Acordei sentindo uma leve dor de cabeça, o que provavelmente seja por causa de ontem.
Por ora me lembrei de ontem a noite: Kiseok injetou uma seringa no meu pescoço e acabei apagando.
O que ele fez comigo?
Abri meus olhos lentamente, vejo que estou no quarto, e ainda estou com a mesma roupa de ontem. Fechei meus olhos tentando criar coragem para o dia de hoje, foi quando percebi algo ao meu lado.
– KISEOK?
Me espantei, vendo ele ao meu lado, me olhando: (foto de capa)
– você dormindo e acordando é tão fofa…
Ele parece ter acordado agora também. Me sentei, reparando que eu estava intacta, isso quer dizer que ele não fez nada comigo depois que apaguei.
– Ontem você me apagou! – falei com raiva, olhando-o ao meu lado. – Por que fez isso!?
Kiseok suspirou olhando pro teto, esticando os braços para despreguiçar.
– Isso não te lembra uma eventualidade semelhante?
Sua pergunta me deixou pensativa, pois até que...
Semelhante?
Até que não demora muito e lembrei; fiz quase a mesma coisa com ele no dia que nos casamos.
– Ah.. lembro…
A única diferença é que eu apaguei ele com uma coronhada na cabeça, já ele me apagou injetando uma droga para me apagar.
– Agora estamos quites.
– Então.. estamos de boa?
Minha pergunta soou estranha, mas eu preciso ter certeza de que nossas afrontas acabaram.
– Sim… – respondeu, depois olhou pra mim. – Quer começar tudo de novo?
– Está falando… – fico meio receosa de falar, mas logo perguntei. – Que a gente volte desde o início?
– Sim. – ele confirmou, ainda me olhando intensamente.
– Jung… – minha voz fica um pouco baixa, pois estou com vergonha de perguntar, mas eu não tenho mais o que temer. – Você gosta de mim?
Ele até se levanta, vindo para mais perto de mim, ficando sentado ao meu lado.
– Claro. – responde honestamente, pelo menos é o que eu acho. – E você? Gosta de mim?
Eu não esperava que ele fizesse a mesma pergunta pra mim, pelo visto ele gosta de mim e me lembrei da sua confissão naquele dia.
– Eu.. e-eu gosto de você, Kiseok…
Assim que acabei confessando gostar dele, num piscar de olhos sinto seu corpo em cima do meu enquanto estava perdida com o beijo. Acabei me deitando de volta, e acabamos nos entregando a esse ósculo.
O clima começa a ficar mais quente, resultando em pequenas mordidas e apertos, ouvindo os nossos arfares pelos toques ousados.
Quando estava me sentindo molhada Kiseok se afastou, sorrindo sincero.
– Vou te esperar lá embaixo.
Saiu do quarto, e eu fiquei decepcionada. Agora, é ele que está sendo difícil.
Saí da cama e fui para o banheiro. Me despi toda, fiquei analisando o meu corpo nu no espelho, e até que não achei nenhum arranhão, hematoma, a minha intimidade está normal.
Realmente ele não fez nada comigo, só deve ter me colocado na cama para dormir já que estava apagada.
Ele não se aproveitou da minha vulnerabilidade, foi apenas vingança… Ainda bem que ele não me algemou, pois eu acabei lembrando que: Quando ele apagou, eu o coloquei sobre a cama, fiz o curativo no ferimento que lhe causei, e por precaução algemei seus pulsos.
Aish! Somos um casal de loucos!
Tomei um banho rápido, fiz todas as minhas higienes. Procurei uma roupa pra mim pelo closet, encontrei um short jeans e pego uma blusa larga de moletom do Kiseok.
Descendo as escadas, sinto cheiro de queimado. Vou até a cozinha e encontro um Kiseok em apuros, o que me fez rir com a cena.
– Quer ajuda?
Fui me aproximando dele, observando algo que estava queimado na frigideira.
– Não tô acostumado a cozinhar.
Jogou a frigideira na lixeira, enquanto eu estava rindo discretamente.
– Percebi. – falo ironicamente, vendo a cozinha quase destruída.
– Tem leite. – fala abrindo a porta da geladeira, pegando o tal leite. – Se quiser eu te dou outro tipo de leite. – olhei pra ele, ele estava me olhando com um sorrisinho irônico. – Adoro dar leite pra minha gatinha.
Não pude disfarçar a minha reação, e ele riu.
– Você deveria me ensinar a mamar bem gostoso, Oppa. – digo pegando a caixa de leite da sua mão, enquanto ele apenas me observa. – Já deve ter percebido que não sou boa nisso. – bebo o leite direto da caixa só para provocá-lo, e agora é ele que não consegue disfarçar a sua reação.
Acabei me distraindo com ele se aproximando de mim, tirei a caixa de leite da minha boca e um resquício escorre até meu queixo, e quando fui passar a mão para limpar, sinto ele prontamente limpando o resquício do leite com a sua língua em meu queixo.
Sua língua vai me lambendo até o pescoço, onde ele começa a deixar chupões e mordendo levemente.
Estamos parecendo dois adolescentes apaixonados que só sabem se beijar e chupar, porque fazer sexo ainda está muito cedo.
– A gatinha vai aprender a mamar bem gostosinho.. só não pode desperdiçar o leitinho do Dominic...
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