Capitulo 39 - Punição

POV Will.

Volta às aulas. Como definir?

Chatoooo.

Eu preferia estar estudando o conteúdo que aprendi no curso de verão, talvez eu devesse trazer meu material de revisão para aula amanhã.

A única coisa boa dessa aula é poder observar Nico que neste momento está concentrado na missão de olhar para o professor e me ignorar.

Me deito na carteira e suspiro entediado, eu já havia estudado o conteúdo dessa aula de matemática então prestar atenção não se fazia necessário, mas isso significava não ter mais nada para fazer.

Meu celular vibra anunciando uma mensagem, olho para baixo para o celular que está em meu colo, desbloqueio a tela sem o tirar do lugar para que o professor não veja.

Sorri ao ver que se trata de uma mensagem de Nico.

"Você podia pelo menos se esforçar para parecer um bom aluno." Dizia a mensagem.

Eu me endireito na carteira e olho disfarçadamente para onde Nico está sentado ele está uma carteira a minha frente na fileira a minha direita.

"Já sei essa matéria ;)" eu respondo.

Vejo Nico bufar.

"O que você não sabe?" Diz a mensagem e quase posso ouvir seu tom de voz exasperado.

"O que não me ensinaram ainda."

Vejo Nico revirando os olhos ao ler. Ele morde os lábios enquanto digita a próxima mensagem.

"Então você poderia me ensinar? Esse professor é péssimo. "

Um sorriso malicioso se forma em meus lábios.

"Quer que eu seja seu professor particular Nico? Te dar aulas no seu quarto?"

Meu sorriso aumenta ao vê-lo corar.

"Não... Vai ser na sala."

"Serve. Posso fazer isso em qualquer lugar."

"Você é impossível!"

"Achei que já tivéssemos deixado isso claro."

Dou risada do tom exasperado de sua mensagem, isso era divertido e ao mesmo tempo me deixava excitado, afinal eu sempre adorei provocar Nico e estava descobrindo que desse jeito era muito mais divertido.

O único problema era estar tão próximo de Nico e ainda assim não poder apenas... Ugh... apenas toca-lo como eu queria, não falo apenas sobre o sexo, mas sim sobre simples toques como andar de mão dadas e abraços.

É claro que também queria beijar sua boca, seu corpo... Deus! Eu serei um namorado incrivelmente grudento quando formos um casal.

Antes que Nico responda a minha última mensagem a diretora aparece no portal da porta da sala, ela bate na porta que está aberta para chamar a atenção do professor, a exaustão em seu rosto me diz que ela não está nenhum pouco animada:

— Com licença, Professor. — Ela pede educada.

Nico e eu trocamos um olhar sabendo o motivo de ela estar aqui:

— Pois não? — O professor pergunta.

— Gostaria de conversar com dois de seus alunos por alguns minutos. Seria possível?

— Claro. Que alunos?

Ela se volta para a sala nos procurando no mar de alunos até que seus olhos pousem em mim e Nico:

— Nico di Angelo e Will Solace. Podem me acompanhar a sala da direção?

As conversas paralelas e os cochichos logo se espalham pela sala enquanto Nico e eu nos levantamos em silencio e nos dirigimos até a diretora, ela se vira para caminhar a sala da direção e nós a seguimos.

Durante o caminho até sua sala o único som é o de nossos passos no corredor, o mais alto sendo os de seus saltos no piso.

Nico e eu andamos lado a lado, nossas mãos roçam uma na outra e eu suprimo a vontade de segurar sua mão.

A atração que sinto por ele parece ter se intensificado depois de tanto tempo separados, assim que o vi no corredor com a expressão emburrada em frente ao seu armário eu queria poder beija-lo, sentir seu gosto novamente, não acho que aguentaria muito tempo sem isso.

Chegamos a sala da direção, a diretora da a volta pela mesa e se senta em sua cadeira, ela nos observa por um segundo, sua expressão é neutra, ela então aponta para as cadeiras do outro lado da mesa para que nós dois sentemos.

Nós a obedecemos em silêncio enquanto ela continua a nos encarar:

— Espero que tenham tido boas férias. — Ela diz cordialmente.

Tive vontade de responder "Você não sabe da missa a metade, diretora":

— Foram ótimas. — Eu respondo.

— E quanto as suas férias Nico? — Ela pergunta diretamente a ele já que ele não respondeu.

— Ótimas. — Ele diz.

— Acho que os dois sabem por que estão aqui. — Ela diz.

— Sim. — Nós dois respondemos.

— E qual vai ser nossa punição? — Eu pergunto.

— Bom. Vocês dois sempre arranjam confusão quando estão juntos...

— Isso não vai mais acontecer. — Nico diz rapidamente.

A diretora o olha por um momento antes de responder:

— Gostaria de acreditar, mas me convencer não vai ser tão simples e é disso que se trata sua punição.

— E qual é nossa punição? — Eu pergunto.

— Vocês dois tem conhecimento da lavagem anual de carros que a escola promove para arrecadar fundos? — A diretora pergunta.

— Sim. Vocês cobram para lavar carros e com isso arrecadam dinheiro para escola. — Nico explica.

— Exatamente. Esse ano... Vocês dois serão responsáveis pela organização desse evento.

— Você quer dizer que teremos que divulgar, conseguir patrocínio, arrecadar produtos de limpeza, encontrar um local para o evento, ir atrás de mão de obra... Tudo isso? — Eu pergunto.

— Sim. Eu escolhi essa punição como uma maneira de faze-los trabalhar em equipe.

— Só uma pergunta. Quanto à mão de obra. Podemos chamar nossos colegas de sala? —Nico pergunta.

— Sim. É um projeto escolar. Podem convocar quem vocês quiserem. Bom. No ano passado foram arrecadados $5.000,00. Tenham isso como base. E boa sorte. Agora podem ir.

Nós saímos da diretoria para o corredor ainda vazio já que as aulas ainda não haviam terminado.

Nico suspira:

— Não vai ser fácil organizar tudo isso. — Nico diz.

Passo o braço por seu ombro, Nico não se afasta:

— Não é tão difícil como parece e podemos pedir a ajuda de nossos amigos, não vamos fazer tudo sozinhos. Pode até ser divertido.

— Se você diz. — Ele diz um pouco mais animado.

— Confia em mim. Vai dar tudo certo.

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