Capitulo 31 - O Que Está Acontecendo Comigo?

POV Nico

Quando acordo estou sozinho na cama.

Cadê o Will?

Sinto falta de seu calor, sem seu abraço me sinto frio.

Eu o chamaria se não estivesse me sentindo como se um trator carregado por quatro elefantes tivesse passado por cima de mim.

Todo meu corpo dói, mas nada comparado a minha dor de cabeça. Eu não quero me mexer, eu nem seque abro os olhos, eu só quero que Will volte para a cama para que voltemos a dormir.

Ouço uma batida na porta, solto um grunhido ao tapar os ouvidos com as mãos ignorando a batida na porta.

Ouço alguém sair do banheiro do quarto. Deve ser Will.

"Gostaria que ele voltasse para a cama" Eu penso e depois gemo internamente "O que está acontecendo comigo?".

Ouço os passos de Will até a porta, ele tenta ser silencioso, mas é inútil, cada um de seus passos soa como uma batida de tambor em minha cabeça.

Ele abre a porta devagar:

— Oiii. — A mãe de Will diz em voz alta.

— Mãe. Nico está dormindo. — Ele diz a censurando.

— Ops. Desculpe. Ele está bem? — Ela pergunta, dessa vez em um sussurro.

— Sim. Claro.

— Porque você não voltou pra festa depois de deixar o Nico no quarto?

Will fica mudo por um tempo:

— Ahn... Eu estava cansado e fui... dormir. Assim que cheguei no quarto.

Sorrio involuntariamente. Ele é um péssimo mentiroso:

— Tudo bem então. Tente acordar Nico. Nós vamos visitar o Parque dos Vulcões em Mauna Kea.

Ah, não!

— Ok. Eu acordo ele.

— Desçam logo pra tomar café da manhã.

A porta se fecha e então ouço Will caminhar pelo quarto, ouço a porta do frigobar ser aberta por um minuto e depois fechada, em seguida os passos de Will se aproximam da cama e ele coloca algumas coisas no criado mudo.

Ele então sobe na cama e se esgueira por debaixo das cobertas, eu não me mexo enquanto Will cola seu corpo ao meu me envolvendo em seus braços.

Eu permaneço imóvel aproveitando a sensação de seu calor contra meu corpo frio e me permito relaxar conforme minha dor de cabeça diminui:

— Nico. — Ele chama em um sussurro.

— Shiii. — Eu sussurro fracamente.

Will embola seu corpo no meu escondendo seu rosto em meu pescoço, sinto ele sorrir contra minha pele:

— Hora de acordar. — Ele sussurra.

— Hora de dormir. — Eu digo me aconchegando perto de Will, percebo que seu corpo está tenso por algum motivo.

— Como está sua cabeça? — Ele pergunta.

— Doendo um pouco.

— Lembra de ontem? — Ele pergunta inseguro.

— Claramente.

Sinto Will relaxar contra mim e sorrio, então era isso que o estava preocupando:

— Estava preocupado?

— Sim.

— Eu não estava tão bêbado assim.

— Então você falou sério quando falou do meu sorriso e do meu cheiro...

Sinto meu rosto esquentar:

— Tudo bem. Talvez eu estivesse bêbado. Um pouco. — Apenas bêbado o suficiente para não manter a boca fechada.

— Então não é verdade?

Suspiro exasperado:

— Você tem espelho Will. Não precisa de mim para dizer que tem um sorriso bonito.

Sinto o sorriso de Will aumentar:

— Então é verdade.

— Você é irritante. — Eu reclamo.

— E você ama isso.

Antes que eu possa responder Will se desvencilha de mim e se levanta. E ineditamente eu quero que volte "Jesus! O que está acontecendo comigo?!"

— Vamos lá, Nico. Levantando.

Ele me puxa pelas mãos fazendo com que eu me sente:

— Eu quero ficar aqui. — Eu digo me recusando a abrir os olhos.

— Não. Você quer se levantar. Tomar esse suco de laranja delicioso que eu peguei no frigobar, beber um comprimido para dor de cabeça e escovar os dentes para poder me beijar.

— Quem disse que quero te beijar?

Sinto Will se inclinando para a frente e seus lábios roçarem nos meus, eu me inclino em sua direção involuntariamente e Will se afasta:

— Aí está. Seu corpo me disse. Sem contar que um beijo vai ajudar a diminuir sua dor de cabeça.

Will pega minha mão e deposita um copo nela, assim que vê que estou segurando ele solta e então põe os comprimidos na minha outra mão:

— Beba. E tome o remédio. Ordens medicas.

— Não sabia que você era mandão.

— Não sou mandão. São ordens medicas.

— Você não é médico.

— Vou ser.

Isso faz eu abrir meus olhos para que possa encará-lo. Assim que meus olhos se acostumam com a iluminação encaro Will que se sentou na beira da cama e está me observando:

— Você vai ser médico?

— Sim. — Ele diz acenando com a cabeça.

— Medicina é difícil

Will revira os olhos:

— Sério? Não tinha ideia. — Ele diz sarcástico.

É a primeira vez que vejo Will tão sério sobre um assunto. Deve ser importante para ele. Tomo o remédio e bebo o suco de laranja do copo e me sinto um pouco melhor:

— Desde quando quer ser médico?

— Desde sempre.

— Quer se especializar em que?

— Pediatria, mas me interesso por neurocirurgia. Ainda vou decidir. Tenho tempo.

— Isso é... Incrível.

Will franze o cenho confuso:

— Eu querer fazer medicina?

— É incrível você ser tão centrado. Já começou a se preparar? Estudar?

Will acena com a cabeça:

— Sim. Tenho tudo planejado.

— Não sabia que você podia ser tão sério sobre algo.

Will me encara o rosto sério, é atípico para mim, vê-lo assim:

— Tem um monte de coisas que não sabe sobre mim. — Ele diz e então seu sorriso finalmente aparece — Um monte de coisas que não sei sobre você. Por exemplo, neste momento eu quero beijar você e você quer me beijar, mas você tem que escovar os dentes.

Reviro os olhos e me levanto:

— Como você é insistente. — Eu digo indo escovar os dentes.

Assim que saio do banheiro, Will me puxa em direção a cama, ele derruba a nós dois em cima dela o que não ajuda em minha dor de cabeça, mas logo esqueço tudo sobre ela quando Will fica por cima de mim me prendendo no lugar, seu rosto a centímetros do meu:

— Agora, você quer me beijar ou não? — Ele pergunta.

Sem responder eu entrelaço minhas mãos em seu cabelo e o puxo para baixo, meus lábios encontrando os seus no meio do caminho, o beijo se intensifica lentamente, começamos devagar nos deliciando com a sensação de nossos lábios um contra o outro até que isso não é mais suficiente e o beijo se torna exploratório.

As mãos de Will exploram meu corpo me fazendo tremer com todas as sensações prazerosas que seus toques provocam em meu corpo, mas eu não fico para trás também toco todas as partes de Will que consigo alcançar, quando estou prestes a esgueirar minhas mãos por baixo de sua blusa...

Três batidas na porta, fazem Will interromper o beijo. Droga! Eu bufo irritado,o que faz Will sorrir. Ele me dá um selinho antes de se levantar e então me puxar para fora da cama para que fossemos tomar café da manhã.

Não se tem mais paz!

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