Durante toda a semana eles passavam o dia juntos, jogavam vídeo game, nadavam mais um pouco, corriam pelo jardim e Micaela até mesmo os levou para cavalgar, isso quando não cismaram de ajudar trocar Benjamin.... O que foi uma péssima ideia. Fizeram uma enorme lambança. O problema foi quando Telma e Marcos já haviam arrumado toda a mudança, a semana seguinte chegou muito rapidamente e agora estavam todos reunidos em frente à casa, enquanto um carro os esperava para levá-los ao aeroporto, Nicolas insistira em pedir para um avião particular os levarem ao seu destino, e como ele era um tremendo de um cabeça dura, não tiveram muitas opções a não ser aceitar.

— Queria que vocês ficassem mais. – Disse Gregory cabisbaixo.

— A gente também queria ficar, mas mamãe disse que vocês podem nos visitar, aí a gente vai poder brincar o dia todo. – Disse Lívia.

As crianças se adaptaram rapidamente com Marcos e Telma e até passaram a chamá-los de pai e mãe, o que sempre fazia os olhos da mulher se enxerem de lágrimas.

— E vocês podem voltar também.

— Vamos voltar. Mas não é para se esquecer da gente.

— Eu não vou esquecer.

— Promete de dedinho?

Lívia levantou o dedo mínimo e estendeu para Gregory que a imitou enganchando o dedo no dela, depois fez o mesmo com João, que disse:

— Uma promessa de dedinho é muito séria. Não pode quebrar!

— Prometo de verdade! – Respondeu Gregory.

Os três se abraçaram e depois que os soltou, Gregory correu para abraçar a mãe e buscar consolo.

— Vamos sentir falta de vocês. – Disse Nicolas se aproximando do casal – Vocês são incríveis.... Obrigado por tudo o que fizeram por nós!

— Nós que agradecemos a oportunidade, senhor. Foi uma honra trabalhar para vocês. – Respondeu Marcos.

Micaela, emocionada, se intrometeu:

— Eu desejo que vocês sejam muito felizes, e saibam que podem contar conosco para o que precisar.

Susana já deixava as lágrimas escorrerem pelo rosto, ela conhecia Marcos e Telma desde sua juventude e aqueles dois foram os melhores amigos que ela já teve. Tê-los distantes era triste, mas ver que eles estavam felizes a deixava feliz também. Ela queria o melhor para seus amigos.

Se aproximou deles e lhes deu um abraço apertado, não foi preciso dizer nada, um gesto valia mais do que mil palavras.

Depois de Susana, Nicolas e Micaela os abraçaram e para que não se arrependessem de estar indo embora, Telma e Marcos logo entraram no carro e partiram.

Gregory ficou olhando seus amigos se afastarem e uma lágrima desceu pelo pequeno rosto.

— Com quem eu vou brincar agora? – Resmungou.

Susana se abaixou na frente do filho caçula e disse em um tom maternal:

— Ora, querido, não fique triste. Como já sabe, eles podem voltar quando quiser e você pode trazer seus outros amigos aqui também.

— Mas eu prefiro o João e a Lívia.

— Greg, eles estão felizes com os pais deles e você também deveria estar por isso. – Se meteu Nicolas – E isso não é um adeus, podemos vê-los quando quisermos.

— Me promete?

— Eu prometo.

Sendo assim o menino suspirou conformado e entrou para casa, mesmo ainda estando um pouco desolado. Susana entrou logo atrás para consolar o filho, enquanto Nicolas e Micaela ficavam do lado de fora junto com Benjamin.

O carro de Thomas estacionou em frente a eles e o primeiro a descer foi Husky, que saiu correndo pela propriedade aproveitando sua liberdade, logo em seguida Thomas saltou do carro e foi em direção aos dois.

— Onde estava? – Perguntou Micaela – Telma e Marcos acabaram de sair e você nem mesmo se despediu deles.

— Eu não gosto de despedidas, pimentinha. Depois eu ligo para eles.

— Já falei para não me chamar de pimentinha.

— Quando você deixar de se meter em confusão eu paro de te chamar assim. Agora se me dão licença, eu preciso arrumar minhas coisas também.

— O quê? Mas.... Por quê? Ainda tem o batismo do Ben.

— Eu sei e vou voltar para batizar ele, mas meu trabalho aqui acabou. Eu vim para te ajudar a inocentar o Nicolas e agora ele está aí do seu lado e tudo acabou bem. Essa é minha deixa!

Ele começou a subir as escadas da frente da casa, mas foi detido pela fala de Nicolas:

— Thomas, nós queremos que fique.

— Estão falando sério? – Perguntou se virando.

— Claro que estamos. Você é uma ótima pessoa e queremos que fique perto do nosso filho. Queremos que ele saiba quem você é.

— Não posso ficar aqui para sempre. Eu tenho uma casa, tenho a empresa.... E vocês têm sua vida.

— Ao menos fique mais alguns meses. – Implorou Micaela – Eu sei que você fica sozinho naquela casa isolada, só tem o Husky como companhia. Não quero que se sinta solitário, além disso, todos aqui gostam de você, o Gregory te adora!

— Isso aí é mentira, Pimentinha. Para de me dar falsas esperanças.

— Está bem, talvez ele não te adore, mas ele gosta muito de você. Todos aqui gostam.... E eu te amo, Thomas. Você é meu irmão!

Micaela fez aquele olhar que sempre fazia quando queria convencer Thomas de algo, as sobrancelhas erguiam e a testa franzia, um pequeno biquinho era feito e o olhar pidão estava ali.

Thomas suspirou derrotado e respondeu:

— Tudo bem, tudo bem, eu fico, mas para de fazer esse olhar de cachorro abandonado. Sabe que me sinto mal com isso.

Ela deu um pequeno gritinho e correu em direção ao primo se atirando nos braços dele.

— Bem-vindo a família, Thomas. – Disse Nicolas.

— Vão se arrepender disso. – Respondeu Thomas debochado.

— Já me arrependi.

Ele lançou um sorriso para os dois e logo depois entrou na casa. Micaela voltou para perto do marido que segurava Benjamin e o abraçou, se afastando disse:

— Enfim, tudo está certo novamente.

— Enfim. – Ele olhou para o filho e completou – E você, garotão, o que achou de tudo isso?

Benjamin reclamou e balançou as perninhas como se comemorasse que agora tudo ficaria bem. Eles riram e ali olhando para aquele lago sentiram a paz os invadir, a mesma paz que agora habitava aquelas águas tranquilas.

E chegaram à mesma conclusão: Desde que estivessem juntos, não haveria situação que pudesse os abalar. A força da família era o que os mantinha em pé, e eles lutariam para que sempre fosse assim, eles lutariam para que nada pudesse separá-los.

Assim estariam preparados para o que viesse pela frente.

"Minha gente, não estou me aguentando! Chegamos ao último capítulo da história do Nicolas e da Micaela. Estou muito feliz de ter concluído a história desses dois e ao mesmo tempo triste de que acabou! A sensação é de dever cumprido. E podem ter certeza que eu não chegaria aqui se não fossem vocês me apoiando, muito obrigada mesmo, de todo o coração, por todos os comentários, os votos, e até mesmo as ameaças hahahahahaah. Fico muito feliz com isso, vocês são incríveis.

Apesar da história deles acabar aqui, não é uma despedida ainda, vamos continuar vendo esses dois nos livros dos outros personagens e vou dar a vocês um último gostinho de Micaela e Nicolas. Semana que vem trago o pequeno prólogo dessa história, mostrando como eles estarão depois de alguns meses!

Então, como eu prometi, vou revelar agora o protagonista do terceiro livro.  Acredito que vocês já desconfiem, mas vamos lá: E o personagem que nos contará sua histórias é....

Thomas Belmok!

Isso aí, vamos conhecer mais um pouco do passado desse personagem que ninguém segura! (Me deu um trabalho danado!) Enfim, na semana que vem volto para me despedir direito e trago o epílogo para vocês, juntamente com o Booktrailer do livro do Thomas... Isso mesmo! Temos um booktrailer, senhoras e senhores. Espero vocês na semana que vem! Mais uma vez, muito obrigada por tudo! Beijos!!!

PS: Deixarei aqui embaixo a capa do livro do Thomas, é simples, então relevem hahahahahahaha

PS2: Como uso muita música para escrever, escolhi algumas músicas para o casal, as músicas do Nicolas e da Micaela deixei no começo da cada capítulo."

*Capa do livro do Thomas.