Capítulo 41

"Boa noite, minha gente! Vim atualizar o capítulo mais cedo, pois amanhã não estarei aqui, então não terei tempo de postar. Além disso, quero adiantar o máximo possível para vocês, estamos chegando na reta final da história desses dois e eu já estou sentindo saudades! Não vejo a hora de poder falar mais sobre o terceiro livro da série para vocês, de poder revelar o protagonista. Vocês já imaginam quem seja? Comentem aqui! Enfim, só irei liberar a capa e o booktrailer nos últimos capítulos, então vamos aguardar só mais um pouquinho hahahaha. Enquanto isso, desejo uma boa leitura para vocês. Beijos!"

Estacionaram em frente a porta da mansão e Nicolas saiu correndo em disparada para dentro, enquanto Thomas ainda permanecia sentado no carro.

Nicolas entrou na casa e a primeira que o viu foi sua mãe, Susana veio correndo na direção do filho e o abraçou tão forte que poderia tê-lo machucado se dispusesse de mais força. Depois que se afastou ela passou as mãos pelo rosto dele e constatando que ele estava machucado, deixou algumas lágrimas caírem, enquanto dizia:

— O que fizeram com você?

— Está tudo bem, mãe, já passou. Eu estou bem.

— Eu estava tão preocupada!

— Pode ficar tranquila agora.

Em seguida Gregory surgiu correndo pelo corredor e veio ao encontro do irmão o apertando forte e recebendo de volta o abraço.

— Obrigado por cuidar de tudo aqui na minha ausência, garoto. – Disse Nicolas tentando acalmá-lo.

— Gostaria de não ter que cuidar! – Respondeu o menino – Ficar sem você aqui é horrível!

Nicolas sorriu afetuoso e olhou novamente para o corredor, estava faltando apenas uma pessoa.... Melhor dizendo, faltavam duas. Começou a caminhar na direção da sala de estar, mas não precisou ir muito longe, Micaela surgiu em sua frente e o encarou como se quisesse realmente constatar que Nicolas estava ali. Os olhos azuis estavam mais destacados no tom avermelhado que tinham adotado, o que indicava que ela andara chorando, sua respiração acelerou e ela correu ao encontro do marido o abraçando com força e ficando longos segundos abraçada a ele.

— Eu fiquei com tanto medo! – Disse ela.

— Também fiquei! Mas agora estou aqui.

— Nunca mais faça isso comigo.

— Prometo. – Respondeu ele rindo, depois se afastou o completou – E o Ben?

— Está com a babá.

— Ele parou de chorar?

— Parou, agora só está um pouco manhoso.

— Quero vê-lo.

Nicolas entrou na sala e foi direto em direção ao carrinho onde o filho estava, pegou o bebê no colo de forma delicada e ficou longos minutos, enquanto o pequeno de olhos azuis também encarava o pai. Se ele soubesse o perigo que seu pai tinha passado alguns minutos antes....

Micaela se aproximou e perguntou:

— Onde está Thomas? Não o vi.

— Acho que ainda está dentro do carro, ele está em choque. – Respondeu Nicolas.

— Por quê?

— Ele atirou na Natasha.

— O quê?! – Bradaram Susana e Micaela ao mesmo tempo.

— Estávamos vindo embora quando ela tentou atirar em mim, mas ele foi mais rápido e reagiu primeiro.

— Mas.... Ela...? – Balbuciou Micaela.

— Eu não sei, a ambulância a levou para o hospital.

— Meu Deus! Ele deve estar se martirizando agora.

— Provavelmente. Thomas reagiu por instinto.... Ele precisa de você. Mais do que eu.

Micaela não precisou de mais palavras, saiu da sala em busca do primo, mas não encontrou nada, o carro já tinha saído da frente da casa e apenas Husky tinha entrado. Ela continuou procurando por Thomas em todos os cômodos da casa, mas não havia nenhum sinal dele. Com certeza devia ter saído para arejar a cabeça, Micaela nem podia imaginar como ele estava naquele momento. Thomas sempre levou a vida das pessoas muito a sério, sempre fora contra qualquer tipo de violência, sempre levara a vida de forma descontraída e às vezes usava o sarcasmo para não perder a paciência, vê-lo irritado era algo raro, e agora.... O coitado devia estar se remoendo de remorso.

Como não tinha encontrado Thomas em lugar algum, Micaela resolveu subir e dar um banho em Benjamin, já estava escurecendo e ele precisava dormir, o dia tinha sido muito longo. E ela fez tudo direitinho, deu um banho na temperatura ideal, trocou e amamentou, porém, o bebê voltara a chorar e ela já não sabia o que fazer mais, estava cansada, nervosa e preocupada. Por sorte Nicolas tinha acabado de sair do banho também e veio em seu socorro.

— Me deixe pegar ele. – Disse.

Ele pegou o pequeno e começou a andar pelo quarto enquanto conversava com ele:

— Você deu muito trabalho hoje, senhor Benjamin. Já está na hora de você dormir, sua mãe já fez de tudo que poderia fazer.

Aos poucos Benjamin foi se acalmando e parou de chorar. A boca de Micaela se abriu e ela comentou ofendida:

— Como consegue isso?

— Acho que ele só queria o pai. – Respondeu Nicolas petulante – Você está muito nervosa, sem querer deixa ele nervoso também.

— E virou especialista quando?

— Ora, eu aprendi alguns truques.

Nicolas deitou o pequeno na cama e logo em seguida tirou sua camiseta e o macacão do bebê, dizendo:

— Liga o aquecedor, mas não deixa a temperatura muito alta.

— O que vai fazer? – Perguntou Micaela já ligando o aquecedor.

— Eu li em algum lugar que contato pele a pele como bebê pode acalmá-lo. Se eu fizer isso ele pode ficar mais calminho e assim não vai se irritar de novo.

Ele se deitou na cama e colocou o filho sobre o peito, enquanto acariciava suas costas. Micaela ficou olhando o marido com uma expressão perplexa.

— O que foi? – Perguntou ele.

— Você está se saindo melhor do que eu!

— Não estou, não. Estou me saindo do meu jeito.... E você do seu. Se quiser pode ir tomar um banho ou comer algo.

— Tem certeza?

— Claro. Eu te chamo caso precise.

Com uma última olhada Micaela saiu do quarto, não pôde deixar de notar as marcas vermelhar que Nicolas tinha em volta dos pulsos e do tórax, com certeza as cordas que amarraram ali estavam muito apertadas. Sendo assim ela desceu para a cozinha para comer algo e pegar um pouco de gelo, quem sabe pudesse ajudar a diminuir a vermelhidão. No caminho para a cozinha, ela avistou Thomas sentado no sofá na sala, observando o fogo consumir as lenhas na lareira, ele parecia imerso em seus pensamentos. Ela seguiu adiante e pouco tempo depois voltou com uma bandeja cheia de hambúrgueres que tinha preparado para ele, depositou a bandeja na mesinha de centro e se sentou ao seu lado.

— Trouxe para você.

— Não estou com fome. – Respondeu ele sem olhá-la.

— Você sem fome? Essa é nova! – Quando ele não respondeu ela continuou mais brandamente – Nicolas me contou o que aconteceu.

— Contou como fui covarde?

— Tommy, você não foi um covarde. Na verdade, eu jamais vou saber como agradecer tudo o que fez por nós.

— Era meu dever.

— Não, não era.... Eu.... Imagino que deva estar passando por um período difícil.... E notei que anda meio estranho nos últimos tempos. E o Nicolas também disse que você sabia exatamente como atirar, algo que você não sabia antes. Tem alguma coisa acontecendo com você, se eu puder ajudar com algo....

— Não pode.

— Thomas, você já fez de tudo por mim e me sinto inútil em não te ajudar quando mais precisa. Me diga o que está acontecendo, para que eu possa retribuir!

— Micaela, eu salvei seu marido. Não precisa retribuir nada, já disse que era meu dever. Se quer agradecer um "muito obrigada" já basta, mas não se mete na minha vida. – Respondeu ele nervoso a encarando com intensidade.

Ela se levantou devagar e se afastou um pouco dele, Thomas percebeu que a assustara e mais brandamente completou:

— Eu não preciso de ajuda. Me desculpa se te assustei, mas estou um pouco nervoso.

— Por causa de atirar na Natasha?

— É.... Eu não levantaria um dedo para uma mulher e hoje.... Eu atirei em uma.

— Sei que não vai servir de consolo.... Mas se não tivesse feito aquilo hoje, provavelmente eu não teria mais meu marido comigo e Benjamin estaria sem um pai.

— Tem razão.... Isso não serve de consolo.

Ela se calou por alguns instantes e depois retomou:

— Boa noite, Thomas.... Espero que consiga dormir bem.

Depois ela saiu do cômodo o deixando sozinho, sabia que Thomas precisava daquele momento, e de qualquer forma ficar ali só serviria para deixá-lo mais nervoso do que já estava.

Voltou para o quarto e se deparou com uma cena que fez aquecer seu coração, Benjamin tinha adormecido em cima do peito do pai, que também estava dormindo. Ela ficou observando os dois em seu sono tranquilo. Nicolas se saía muito bem como pai, ele era incrível de uma forma única, e olha que ele estava com medo de como se sairia.

Lentamente ela se aproximou e pegou o bebê que reclamou por sair do colo do pai, mesmo assim ela o vestiu para depois o depositar no berço e cobrir, depois pegou um edredom e cobriu Nicolas que sequer se mexeu. Ainda o observou dormir durante alguns minutos, e enfim ela sentiu paz, tudo tinha terminado e agora tudo ficaria bem.

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