Reencontros indesejáveis
Roupa da Marceline:
Roupa do Jimmy:
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Leon:Esse é o laboratório.-disse já entramos no estabelecimento.-Aqui é onde a mágica da ciência geralmente acontece.
Leon não conteve o sorriso orgulhoso que brotou nos seus lábios ao ver, nos olhos de Franz, uma chama de admiração e curiosidade pelo local. Agora sim, ele se sentia cada vez mais orgulhoso de ter o melhor laboratório de pesquisa que Joiana já teve.
Franz, por outro lado, estava inquieto. Cheio de dúvidas para perguntar, como por exemplo: "Como vcs coletam amostras dos Luminosos?"; "Essa capsula gigante no meio do laboratório não estoura? É feita de algum material indestrutível? O que tem nela?"; "Isso são tanques de fluxos de caranjame?", etc. Mas, mesmo que sua cabeça disparasse mil perguntas, ele manteve a boca fechada, não devia mostrar tanto interesse pelo laboratório e muito menos pelas plantas que estava procurando ou a pesquisa que ele sabia que estava sendo feita ali, isso geraria suspeitas demais. Ele precisava ser ingênuo.
Franz:Aqui é....bem limpo e organizado.-comentou.
Leon:Pois é, quem derá meu quarto fosse assim.-comentou, logo se arrependendo pela vergonha de dizer, em alto bom som, que ele era desorganizado.-A-Ah ignora isso que eu falei.
Franz:Totalmente ignorado.-concordou para despreocupar o príncipe.-O que vcs estudam aqui?
Leon:Tudo.-sorriu orgulhoso.
E como todos os príncipes, ele vai se gabar das qualidades do seu reino.-Franz pensou com certo desdém.
Leon:Pesquisamos modo de aprimorar nossa tecnologia, remédios mais eficazes, descobertas revolucionárias! Tudo que puder imaginar é pesquisadora aqui.
Franz:Qualquer coisa?
Leon:Sim.-assentiu.
Franz:Sem querer ser rude, minha alteza. Mas seria possível haver uma cura, aqui, para os bugs dos costurados? Já que vc disse que aqui se pesquisa tudo.
Na hora Franz descobriu a ferida do ruivo. Foi um costurado que havia assassinado a rainha e, vendo pelo olhar do príncipe, se notava que isso ainda o machucava muito. Era um assunto delicado que Franz teria que evitar.
Leon:Ah, seria possível.-assentiu, mas agora seu tom de voz era mais sério.-Porém nós nunca vamos mexer um único fio de cabelos nosso para ajudar aqueles traidores assassinos.
Franz segurou a vontade de dar um soco naquele príncipe idiota e dizer umas boas verdades para ele. Respirou com calma para não gerar suspeitas do outro e pensou o quão importante era aquela missão.
"Controle sua raiva, Franz."
"A raiva não é um sentimento bom para ser usado"
Ah, sua mãe sempre lhe dizia isso quando ele acabava se metendo em encrenca. Será que ela se orgulharia dele finalmente ter dominado esse sentimento? Ou teria remorso por já ter cometido tantos crimes? Bem, ele nunca descobriria, ou pelo menos não enquanto estivesse vivo.
Franz:É um laboratório incrível, a vossa alteza deve se orgulhar muito disso.
Leon:Com certeza!-voltou ao seu ânimo normal.-Minha mãe gostava muito desse lugar, mas gostava muito mais do jardim.
Franz:O jardim?
Leon:Sim! Vem cá que eu te mostro.-pegou a mão do outro e o arrastou para fora do laboratório.
Nenhum dos dois soube exatamente o que sentiram quando suas mãos entraram em contato. Um choque percorreu o corpo deles. Se sentiram como se aquilo fosse normal. Perfeito para ser sincera. Como se eles fossem peças que acabaram de se encaixar com perfeição. Apesar dessa sensação, ambos optaram por ignora-lá para seguir o caminho até o jardim.
Chegando lá, Franz se deparou com duas fontes pequenas e uma enorme no meio. As fontes carregavam sempre uma esmeralda no meio, simbolizando a cidade. O jardim tinha uma variedade extensa de flores. Era lindo. Agora Franz entendia porque a rainha gostava tanto daquele lugar, era belo demais para não ser admirado.
Franz:Isso é muito bonito.
Leon:De vez em quando eu fico aqui.-respirou fundo, fechando os olhos.-Eu me sinto....mais próximo dela quando fico aqui.
Sem perceber, Leon aperta um pouco a mão de Franz, como se pedisse algum consolo com seu luto. Franz nunca foi de toque físico, mas não fez sinal que estava incomodado ou qualquer coisa do tipo, aquilo seria um problema para a sua missão.
Ao longe, ele viu uma pessoa mexendo no mas flores ao longe com roupas casuais. Essa pessoa tinha cabelos castanhos e em dreads.
Leon:Ah, esse aqui é o nosso jardineiro e meu amigo do peito!
Leon o arrastou até a pessoa que estava cuidando das flores. Franz ficou em estado de alerta, algo lhe dizia que aquela pessoa não lhe era estranha.
Leon:Oh Larry, quero te apresentar uma pessoa!
Fudeo.-Franz pensou imediatamente.
O rapaz cristal olha de tigre se virou e a sorriu para o príncipe, mas esse sorriso se desfez em uma expressão de confusão quando viu Franz ali.
Larry:Franz?
Franz:Olá, Larry.-respondeu com o máximo de simpatia que podia.-Faz tempo que a gente não se vê.
Leon:Vcs se conhecem? De onde?
Larry:Crescemos na mesma vila.
F
ranz:Sim, isso aí.
Larry:O que vc está fazendo aqui?
Leon:Ah, então Larry.-sorriu.-Ele é o meu obsidiano!
Larry:Só isso? Porque....-apontou para as mãos entrelaçadas.
Ambos olharam para suas mãos juntas e se afastaram rapidamente, envergonhados por não terem se tocado disso antes. Larry soltou uma pequena risada, mas ela logo cessou.
Larry:Desde quando vc trabalha pra realeza?
Franz:Desde hoje cedo.-sorriu amigável.
Larry:Entendi.
Leon:Larry, vc quer ir conosco procurar os outros? Fomos expulsos da mesa dos adultos.-choramingou.
Larry:Claro, já terminei por aqui.-sorriu contente.
Leon começou a andar e a falar animadamente sobre como aquele dia estava sendo bacana. Franz o seguiu, indo poucos centímetros atrás para poder conversar com Larry. Ao encarar o moreno, viu ele usando a linguagens de sinais para poder falar consigo.
Larry:Por que vc está aqui?
Franz:Estou trabalhando.
Larry:Isso tem algo a ver com a rebelião?
Franz:Isso não lhe diz mais respeito, Larry. E o salário daqui é bom, vai ajudar a comunidade.
Larry:Vc não viria aqui apenas pelo dinheiro. Vc detesta a realeza. Por que vc está aqui?
Franz:Novamente, isso não lhe diz respeito.
Larry:Franz, eu sou seu amigo.
Franz:Vc deixou a vila e veio viver nesse belíssimo palácio, simplesmente parou de nós fornecer informações importantes porque se apegou aos nobres daqui.
Larry:Eles são pessoas boas!
Franz:Não importa. Do mesmo jeito que eles condenam pessoas inocentes do nosso povo, não ligo se há pessoas legais aqui.
Larry:Vc não vai fazer mal algum a eles. Ok?
Franz:Pode ficar tranquilo, Larry. Minha missão aqui não envolve matar ninguém, mas se vc me atrapalhar não vou deixar isso barato. Há vidas que dependem do que eu vim buscar.
E assim, aquela conversa havia se encerrado quando Franz passou a andar lado a lado com o príncipe perguntando mais sobre o reino. Larry encarou as costas do garoto com pesar. Havia esquecido que Franz podia ser extremamente cruel quando estava envolvido em alguma missão, só esperava que isso não machucasse seus novos amigos.
Apesar de ter sido tratado como um traidor por Franz, ele ainda conseguia lembrar de quando eles eram crianças e brincavam pelas vila, quando Franz ainda mostrava seus poderes de costurado. Sentia saudade daquela época despreocupada. Agora, Franz era o líder de uma rebelião que luta contra a realeza e ele um mero jardineiro que trabalha para a realeza. Ambos de lados diferentes. Isso era ainda mais triste para Larry.
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