Capítulo 9

Mr.Weasley os acordou a todos após algumas horas de sono. Usou magia para desmontar as tendas e deixaram o acampamento.

Ouviram vozes exaltadas e, quando se aproximaram do local onde estavam os Botões de Transporte, se juntaram e logo a seguir de tocar num Botão estavam mais próximos da Toca.

Fizeram a caminhada até lá e quando lá chegaram, se ouviu um grito vindo da porta

- Oh, até que enfim, até que enfim!

Mrs.Weasley veio a correr ao encontro deles, com o rosto tenso e com um exemplar d'O Profeta Diário na mão

- Arthur, tenho estado tão preocupada!

Lançou os braços ao pescoço de Mr.Weasley e o jornal caiu das suas mãos.

Olhando para o chão, Joana leu o cabeçalho: CENAS DE TERROR NA TAÇA MUNDIAL DE QUIDDITCH

- Vocês estão bem...- balbuciou Mrs.Weasley olhando para todos.- Vocês estão vivos...

E, para grande surpresa de todos, agarrou Fred e George num abraço apertado

- Aí, mãe, está nos machucando...

- Ainda vos chamei quando estavam a indo se embora.- confessou Mrs.Weasley, recomeçando a soluçar.- Não tenho pensado noutra coisa. E se o Você-Sabe-Quem vos apanhasse, logo agora quando a última coisa que vos tinha dito era que não tinham tido boas notas?

- Então, então, Molly, estamos todos bem- assegurou Mr.Weasley- Bill, traz o jornal, quero ver o que diz.

E então entraram todos em casa.

- Eu sabia- disse Mr.Weasley lendo o jornal.- ...Falha do Ministério...Os culpados não foram presos... Falta de segurança... Vergonha nacional... Quem escreveu isto? Ah, claro... Rita Skeeter.

Joana revirou os olhos ouvindo o nome. Se lembrava bem que tinha sido ela a escrever uma notícia maldosa sobre ela no ano passado.

- Molly, vou ter que ir até ao escritório, ver se suavizo as coisas.- suspirou Mr.Weasley

- Eu vou com você pai.- disse Percy com o seu ar importante.

- Mrs.Weasley.- chamou Harry subitamente.- A Hedwig não apareceu com nenhuma carta para mim?

- Não... não tem havido correio.- Respondeu Mrs.Weasley

- Posso ir deixar as minhas coisas no seu quarto, Ron?- perguntou Harry

- Sim, claro. Acho que vou fazer o mesmo.- disse Ron sem perder tempo.- Hermione, Joana, vêm?

- Sim.- elas responderam rapidamente e os quatro saíram da cozinha e subiram a escada.

- O que se passa, Harry?- quis saber Joana mal fecharam a porta

- Há uma coisa que não vos contei.- disse Harry.- No domingo de manhã acordei outra vez com uma dor na cicatriz

- Mas...ele não estava lá, pois não? O Você-Sabe-Quem. Quer dizer, da última vez que sentiu dor na cicatriz ele estava em Hogwarts...- murmurou Ron

- Tenho a certeza de que não se encontrava em Privet Drive.- afirmou Harry.- Mas eu estava sonhando com ele. Com ele e com o Peter, o Wormtail, não me lembro do sonho todo, mas estavam a tramar a morte de alguém.

- Foi só um sonho. Um pesadelo.- disse Ron tentando aligeirar o ambiente

- Sim, mas terá sido só isso?- perguntou Joana se lembrando dos seus próprios sonhos com Riddle.- É estranho não é? Lhe doer a cicatriz e três dias depois os Comensais da Morte fazerem uma marcha e o sinal de Voldemort surgir novamente no céu.

- Não diga...o nome...dele- murmurou Ron entre-dentes

- E lembras do que disse a professora Trelawney?- perguntou Harry a Ron.- No final do ano passado?

Hermione fez um olhar de reprovação e desprezo.

- Oh, Harry, não me diga que vai dar atenção ao que disse aquela aldrabona?

- Você não estava lá.- respondeu Harry.- Não a ouviu. Daquela vez foi diferente, ela entrou em transe, mesmo em transe. Maior e mais terrível que nunca...e ia consegui-lo porque o seu servo fiel voltava para ele. E nesse noite o Wormtail fugiu.

Se fez um silêncio pelo quarto. Joana olhou para Harry que olhava para ela também como se esperasse que ela acreditasse nele. Então ela lançou-lhe um olhar como a dizer que acreditava nele. Óbvio.

E acreditava mesmo. Podia achar Artes Divinatórias um disparate e ter entrado apenas por insistência de Harry e Ron, mas não podiam negar que aquilo fazia sentido.

- Por que estava perguntando se a Hedwig tinha vindo, Harry?- quis saber Hermione- Está à espera de alguma carta?

- Escrevi ao Sirius lhe contando da minha cicatriz.- disse Harry encolhendo os ombros.- Estou à espera da resposta.

- Bem pensado!- exclamou Ron com uma expressão mais leve.- Aposto que ele sabe o que fazer.

- Mas nós não sabemos onde ele está. Pode estar em África ou em qualquer outro lugar.- disse Hermione com toda a sensatez.- A Hedwig não vai conseguir fazer uma viagem dessas em tão poucos dias.

- Sim, eu sei.- Concordou Harry.

- Vamos jogar Quidditch no pomar.- propôs Ron.- Três contra três. O Bill, o Charlie, o Fred e o George também jogam...

- Ron!- disse Hermione num tom de voz que tinha implícito um não-está-sendo-nada-sensível.- O Harry agora não deve jogar Quidditch. Está preocupado e cansado. Precisamos todos é de ir para a cama.

- Quero, sim, quero jogar Quidditch.- disse Harry subitamente. Isso iria distrair ele.

Então Joana e Hermione saíram da divisão indo para o quarto que dividiam com Ginny

- Garotos, não há quem os entenda.- murmuraram.

Nem Mr.Weasley nem Percy pararam muito em casa durante a semana seguinte. Saíam ambos de manhã cedo, antes do resto da família se levantar, e voltavam todas as noites muito depois da hora do jantar.

- Tem sido uma balbúrdia incrível.- afirmou Percy com o seu ar importante no domingo à tarde.- Passei a semana a apagar fogos. As pessoas continuam a enviar Gritadores e, é claro, se não abres imediatamente um Gritador, ele explode.

- Por que é que enviam esses Gritadores?- perguntou Ginny

- Reclamações por causa da falta de segurança na Taça Mundial.- dizia Percy

- O vosso pai não ia trabalhar aos fins de semana desde o tempo do Você-Sabe-Quem.- comentou Mrs.Weasley.- Estão lhe dando trabalho demais.

- Bem, o pai sente que tem de os compensar pelo erro que cometeu no campeonato.- retorquiu Percy.- Verdade se diga, ele foi um pouco imprudente ao fazer declarações sem ter falado primeiro com o chefe do departamento....

- Não se atreva a culpar o seu pai pelo que aquela criaturinha Skeeter escreveu!- bradou Mrs.Weasley irritada e cansada, como todos um pouco.

Mas, verdade se diga, ninguém estava mais cansado que Joana.

Desde a noite da Marca Negra os pesadelos ficaram mais intensos, não a levando só para a Câmara, mas mostrando outras coisas e a fazendo ouvir mais vozes.

Acabava sempre por acordar a meio da noite com os olhos verdes a respiração ofegante e leves ataques de ansiedade como tivera um vez no terceiro ano.

Pensou em falar com os amigos, mas com tantas outras preocupações como os sonhos do Harry e as suas dores na cicatriz ela não os queria preocupar mais.

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