Capítulo 8
Joana sabia que a única maneira de dar liberdade a um elfo doméstico era oferecendo-lhe roupa. Metia dó ver o modo como Winky de agarrava ao pano da loiça que usava, soluçando sobre os pés de Mr.Crouch.
Ela implorava para que ele não lhe desse roupa, ela não queria liberdade.
Mas Mr.Crouch não quis saber.
Mr.Diggory acabou por dar a varinha a Harry que a guardou rapidamente.
- Vamos embora, meninos.- disse Mr.Weasley com toda a calma.
Durante o caminho de volta à tenda Hermione comentava que havia odiado a maneira como Mr.Crouch tinha tratado Winky e que era horrível a maneira como Elfos eram tratados como se fossem inferiores.
Quando chegaram ao cimo de um monte, viram que a caminhada até às tenda ia-lhes ser travada.
Uma grande multidão de feiticeiros e feiticeiras, de ar assustado, se encontravam ali reunida. Se perguntavam quem teria invocado a Marca Negra e o que se passava, mas ninguém sabia de nada.
Mr.Weasley conduziu Joana, Harry, Ron e Hermione pelo meio da multidão até chegarem ao acampamento. Estava tudo calmo agora.
A cabeça de Charlie espreitava pela abertura da tenda.
- O que se passa, pai?- perguntou no escuro.- O Fred, o George e a Ginny voltaram, mas... E os outros?
- Estão aqui comigo.- respondeu Mr.Weasley, entrando na tenda.
- Apanharam ele, pai?- perguntou Bill cheio de curiosidade.
- Não - disse Mr.Weasley suspirando.- Encontrámos a elfo do Barty Crouch que tinha na mão a varinha do Harry, mas não temos ideia nenhuma de quem possa ter feito aparecer a Marca.
- O quê?- exclamaram em uníssono Charlie e Percy.
- A varinha do Harry?- repetiu Fred
E então os cinco explicaram tudo o que acontecera.
- Pois, na minha opinião, Mr.Crouch fez muito bem em se livrar de uma elfo dessas. Sair quando lhe tinham dito para ficar na tenda...
- Ela não fez nada. Estava só no lugar errado, à hora errada.- explicou Hermione a Percy
- Alguém é capaz de me explicar o que era aquela coisa do crânio?- perguntou Ron impaciente- Aquilo não fez mal a ninguém, para quê tanto barulho?
- Já disse que é um sinal do Você-Sabe-Quem, Ron.- explicou Hermione antes que mais alguém tivesse tempo de responder
- E não era visto há treze anos.- completou tranquilamente Mr.Weasley.- É claro que as pessoas entraram em pânico...foi quase como ver de novo o Você-Sabe-Quem.
- Não percebo.- insistiu Ron, franzindo a testa.- Afinal, é só uma forma no céu...
- Escuta Ron, o Você-Sabe-Quem e os seus seguidores costumavam mandar a Marca para o ar sempre que matavam alguém.- explicou Mr.Weasley.- O terror que ela inspira... Tenta imaginar que está chegando a casa e vê a Marca Negra pairando sobre ela... Era o medo de toda a gente.
- Bem, a pessoa que a fez aparecer não nos ajudou em nada. A Marca Negra afastou os Comensais da Morte que Aparataram todos. Julgo que vimos o que resta deles esta noite. Pelo menos, os que conseguiram não ir para Azkaban.- afirmou Bill.
- Sim, aposto que eram.- disse Ron subitamente.- Pai, nós vimos o Draco Malfoy no bosque e ele praticamente nos disse que o pai estava entre os encapuzados.
- Mas o que estavam os seguidores de Voldemort...?- começou Joana. Toda a gente, menos o Harry, estremeceu. - Desculpem.- ela disse rapidamente.- O que pretendiam os seguidores do Você-Sabe-Quem fazer atrás dos Muggles? Qual era a ideia deles?
- A ideia?- cortou Mr.Weasley com uma gargalhada.- Joana, aquela é a noção que eles têm de divertimento. Tudo aquilo para eles é divertimento. Foi uma reuniãozinha agradável para eles.- terminou com ar de desagrado.
- Mas se eram Comensais da Morte, porque motivo Aparataram quando viram a Marca Negra?- perguntou Harry- Não deviam ter ficado satisfeitos?
- Não.- disse Bill.- Se eles foram realmente Comensais da Morte, a verdade é que fizeram um esforço enorme para não ir parar a Azkaban. Todos contaram as maiores mentiras para se livrar daquele lugar. Negaram qualquer envolvimento com o Você-Sabe-Quem, quando ele perdeu todos os seus poderes e então regressaram às suas vidinhas. Não me parece que ele tenha ficado satisfeito com isso.
- Então a pessoa que invocou a Marca Negra...- disse lentamente Hermione.- Fê-lo para se associar aos Comensais da Morte ou para os assustar?
- Era o que todos nós gostaríamos de saber, Hermione.- disse Mr.Weasley.- Ouçam, já é muito tarde e quando a Molly souber do sucedido, vai ficar aflitíssima. Vamos dormir mais algumas horas e de manhãzinha cedo apanhamos um Botão de Transporte para sair daqui.
Todos foram para as suas devidas camas e foram adormecendo.
No quarto das meninas, Ginny foi a primeira a adormecer.
- Você está bem?- perguntou Hermione a Joana
- Totalmente não, mas porquê?
- É que, fiquei preocupada quando vi você olhandonpara a Marca com os olhos verdes. Confesso que fiquei com um pouco de medo...- murmurou Hermione
- Ah... Bem, eu estou bem. Aquilo apenas aconteceu porque a Marca tem a ver com o Você-Sabe-Quem e como tenho uma "ligação" com ele fiquei assim- explicou calmamente Joana dando de ombros.
- Certo... Bem, boa noite Joana.
- Boa noite Hermione.
Joana deu uma volta na cama e então se rendeu ao cansaço adormecendo.
Na câmara secreta...
Joana estava sentada de costas para uma das estátuas, a cabeça encostada, olhando para o teto da enorme câmara. Não sabia à quanto tempo ali estavam em silêncio mas sabia que era tempo demais.
Ela bufou de aborrecimento e virou a cabeça para o lado olhando Riddle que estava em pé encostado de lado a uma outra estátua.
- Ok, ok, me diga logo o que quer dessa vez. Está aí olhando para mim à não sei quanto tempo e sinceramente estou a ficar muito irritada.
- Eu não quero nada.- ele respondeu simplesmente
- Se não quisesse eu não estava aqui! Sei lá, diga alguma coisa, faz alguma coisa.- ela sugeriu cansada
- E faria o quê?- ele perguntou
Joana franziu a testa pensando. Aquilo estava a ser levemente ridículo. Então, se levantou.
- Não sei. Caso não tenha reparado eu não tenho varinha mas você sim. Não que eu esteja reclamando, claro, mas pensei que acabaria por me atacar ou coisa assim.
- Bem, talvez seja capaz de o fazer, mas não agora. Tenho tanto tempo para o fazer que acho melhor esperar o momento certo, não concorda? E digamos que eu prefiro uma... Tortura psicológica.- Enquanto dizia isso Tom se aproximou de Joana passando levemente a ponta da varinha pelo rosto dela.
Joana não reagiu a isso, era como se não conseguisse.
E então acordou ficando com a última coisa que Riddle lhe disse na cabeça.
" Momento certo.... Tortura psicológica...."
Ela não sabia o que aquilo significava mas se era que ele ia fazer com que ela desse em doida, um pouco como no segundo ano, então ela tinha entendido tudo na perfeição.
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