Capítulo 32

Joana fica em silêncio. Ainda estava processando tudo o que estava acontecendo. Nem acreditava que tinha Voldemort na sua frente.

- Bem...- Voldemort diz com um sorriso maldoso pensando no que fazer e pensa em algo.- Eu tenho assuntos inacabados com Potter, então, darei o trabalho de tratar de você a um dos meus Comensais.- diz alto chamando a atenção a todos.- Me mostrem a vossa lealdade se oferecendo para isso.

Todos se entre olharam e um deles se chegou logo à frente sem hesitar.

Lucius Malfoy.

- Eu me ofereço Milord.- o homem diz prontamente.

- Perfeito, esteja à vontade Lucius.- Voldemort diz sorrindo e solta o pescoço de Joana se afastando.- Wormtail, solte Potter e lhe devolva a varinha. Irei provar aqui e agora quem é mais forte.

Enquanto Voldemort dá atenção para Harry, Lucius Malfoy se aproxima de Joana, com um feitiço a solta das cordas, a levita e a joga para mais longe.

Ela cai no chão e um gemido de dor escapa por seus lábios ao sentir o corte de seu braço bater no chão.

- Eu avisei meu filho para se afastar de você.- ele começa falando se aproximando dela de novo.- Mas não...preferiu manter uma sangue ruim do seu lado.- ele diz com desgosto e chuta a barriga dela.

Ela olha em volta, sua varinha não estava tão longe. Queria conseguir alcançar ela.

- Desde que vi você pela primeira vez que queria te colocar no seu lugar insignificante.- ele diz e aponta a varinha para ela.- Crucius.

E então ela apenas sentiu dor. Joana nunca tinha sentido uma dor tão grande como aquela. Ela se contorce no chão e gritos saem de sua boca.

Harry que falhava em tentar enfrentar Voldemort se distraiu mais ao ouvir os gritos dela, sendo acertado com um feitiço pela distração. Mas ele não deu muita atenção a isso, embora estivesse machucado. Ele conseguia ver a loira no chão sob o efeito da maldição. Só queria que aquilo parasse.

O feitiço finalmente para, e Joana pôde finalmente buscar por ar, respirando ofegante sentindo ainda um pouco da dor em seu corpo e cansaço. Ela olha Lucius.

Nunca tinha percebido, mas Draco era muito parecido com ele.

A cor dos cabelos, os olhos, até um pouco a postura.

Não conseguiu ver mais semelhanças pois sentiu a bengala que Lucius carregava com ele, contra a lateral do seu rosto, virando sua cabeça na direção do chão.

- Como ousa me olhar assim?- ele pergunta com desprezo.- Seu lugar é bem aí no chão. Não me importo do poder que tem, não me importo se tem sangue Black. Ambos sabemos que não deixa de ser uma Sangue Ruim.

Joana já não tentava conter lágrimas. Era dor demais, já nem seus olhos estavam abertos completamente.

Mas ela o olha novamente, fixando os seus olhos verde esmeralda nele.

E ele lhe bate de novo com a bengala.

Ela fica um pouco tonta com o impacto mas tenta manter os olhos abertos. Já não dava importância ao que Malfoy dizia. Olhou em volta, a sua varinha estava a uma certa distância, ela podia concentrar-se e usar magia para aproximar sua varinha.

Lucius pisa sua mão ao perceber a sua intenção.

- Como se você fosse capaz.- ele duvida com um sorriso maldoso

Joana olha para o outro lado. Harry ainda tentava duelar com Voldemort, mas falhava. E Voldemort parecia estar se divertindo com isso.

Ela precisa ajudar ele. Precisava.

Então ela se vira para Lucius rodando seu corpo para cima e o olha. E antes que Lucius pudesse fazer algo ela rapidamente o ataca com magia.

Ela não sabia bem como tinha feito aquilo. Mas já o tinha feito antes. Atacou Sirius assim no ano passado para o afastar de Harry.

Lucius é jogado para longe indo bater numa outra lápide. Ela se levantou mais rápido do que achava que conseguia e alcançou sua varinha. Não sabia se conseguiria usar sua magia de novo, por falta de prática, mas podia tentar.

Outros Comensais perceberam e se aproximaram dela. Eles começaram duelando com ela um por um. E ela percebeu que era apenas para cansá-la.

E estava funcionando.

Ela decide arriscar de novo e usa sua magia. Eles não conseguiam se defender de sua magia.

Mas isso a cansava também. Ela sentia um misto de emoções negativas. Cansaço, medo, nervosismo. Mas não foi por isso que parou de lutar.

Ela se preparava para se defender mais uma vez, a adrenalina em seu corpo a fazia querer continuar a atacar, mas algo chamou a atenção dela e dos outros.

- Expelliarmus!

- Avada Kedrava!

Joana se virou rapidamente para Voldemort e Harry após ouvir a maldição da morte ser pronunciada. E ela arregalou os olhos, surpresa pelo que veio a seguir.

Os dois foram erguidos a poucos centímetros do chão, ambos os feitiços tinham se juntado, ligando as varinhas.

O cemitério ficou iluminado, os Comensais tentavam perceber como ajudar Voldemort, mas este os mandou ficar quietos.

Joana tentou perceber alguma coisa, mas era luz demais. Parecia que perto de Harry havia algo. Umas silhuetas brilhante que ela não conseguia ver o que poderia ser.

O que veio a seguir foi muito rápido. Harry saiu da ligação de feitiços e se afastou rápido.

- O corpo de Cedric! Rápido!- Ele diz a ela

Ela avança para o corpo de Cedric. Voldemort tentava acertar feitiços em Harry proibindo os comensais de o fazer.

Então ela atinge Voldemort, não o jogando para longe, mas conseguindo que ele se afastasse um pouco e se distraísse. Depois fez um escudo de magia para proteger Harry.

Harry alcançou a Taça, pegou nela, correu até Joana e o corpo de Cedric e num segundo os três saem dali.

Batem no chão. E ouvem imenso barulho. Estão novamente perto das bancadas no início do labirinto.

Joana fica no chão finalmente podendo pensar no que acontecera. E se permitiu chorar mais enquanto toda a adrenalina de antes saia de seu corpo. Seu corpo começou a tremer muito e tentava não olhar o corpo sem vida de Cedric.

Harry não estava muito diferente dela

Aplausos ecoam o local e pessoas começam a celebrar ao ver eles chegarem finalmente.

- E os vencedores do Torneio são Cedric Digory e Harry Potter!- alguém, que Joana não distingue, grita.

As pessoas vão se aproximando, e à medida que isso acontece, as celebrações e música vão acabando.

Uma nova voz grita. Mas dessa vez não foi de felicidade. Era o pai de Cedric. Gritava pelo filho.

Os professores se aproximaram mais, tentavam pensar o que fazer naquela situação.

Joana sentiu braços firmes a segurando e puxando para fora dali.

No início não percebeu quem era, não estava conseguindo perceber muito das coisas ao seu redor.

- Não desmaie.- ela finalmente percebe quem era. Era Snape.- Fique acordada, não desmaie agora.

Ele a segurou e rapidamente a levou até a enfermeira, a ajudou a deitar numa das camas e a olhou

- Frost, preciso que respire fundo e se concentre!- ele diz

Ela nega com a cabeça se afastando das mãos de Snape que seguravam seus ombros. A sua visão estava embaçada e sua respiração irregular.

Severus olhou em volta, as camas da enfermaria se mexiam ligeiramente batendo contra o chão.

- Está se descontrolando demais.- ele murmura a olhando e olhando seus olhos.- Frost, tem que respirar fundo!- mas parecia que ela não ouvia. Nem o olhava de volta.

Ela piscava os olhos várias vezes e olhava em volta. Ouviu então alguém entrar na enfermaria.

- Malfoy, saia daqui.- Severus diz seriamente, mas o loiro ficou do seu lado.

- O que aconteceu?- ele pergunta num tom preocupado.

- Não sei, mas saia daqui agora.- ele ordena.- Frost, concentra, preciso que se concentre agora.- ele continua falando.- Joana!

Ela então o olhou tentando se concentrar, mas no momento em que se vira acaba se assustando ao ver do lado de Snape alguém loiro. Lembrava Lucius e a voz do homem a pronunciar a maldição cruciatus passou em sua mente.

Severus olhou Draco e a olhou não entendendo a sua reação.

- Frost, está tudo bem. Aqui é seguro.- Severus diz tentando fazer algo que não estava nada acostumado. Tentar acalmar e confortar um pouco alguém.

Ela percebe então que era Draco e se sentiu mais aliviada.

Madame Pomfrey entra na enfermaria correndo.

- Severus! Se soubesse que tinham vindo para cá teria sido mais rápida.- ela se desculpa se aproximando.- Lá fora está tudo fora de controle. O que aconteceu?

- Não sei exatamente.- Severus diz

- É melhor cuidar primeiro dos ferimentos.- ela diz.- Sr.Malfoy, por favor saia.

- Não, eu quero ficar.- ele diz nervoso pelo estado em que a namorada estava.

- Saia Malfoy. Quando tudo estiver mais calmo eu chamo.- Severus diz sério o olhando.

Draco hesita mas obedece saindo da enfermeira e fechando a porta. Madame Pomfrey analisa os ferimentos e começa pelo braço esquerdo dela.

- Este ferimento é o mais profundo.- ela comenta enquanto o tratava.

Severus olha o ferimento. Braço esquerdo.

- Onde está Potter?- Severus pergunta.

- Não sei. Vi Alastor levar ele, achava que o traria para aqui.

Severus ficou pensativo.

- Preciso falar com Dumbledore.- ele diz.- Cuida dela?

- Obviamente que sim.- Madame Pomfrey afirma comprometida com isso.

Severus ia sair mas a mão de Joana agarrou suas vestes. Ele se virou, ela estava quieta, pálida, fraca.

- Ele voltou...- ela sussurra baixo

- O quê?- Severus pergunta se aproximando

- Ele voltou...- ela diz novamente

- Quem voltou?

- V-Voldemort...ele voltou.- sussurra e solta sua vestes deixando a mão cair e fica inconsciente.

- Oh Merlin...- Madame Pomfrey suspira olhando Severus que estava apreensivo.

Ele saí da enfermaria apressado e Pomfrey cuida de Joana. Trata de seu braço e de um hematoma que ela tinha na lateral de seu rosto.

Depois disso, a levitou com um feitiço e achou por melhor a levar até uma cama mais no fundo da enfermaria.

(...)

Uns momentos depois Minerva entrou na enfermaria apoiando Harry. Madame Pomfrey se aproximou rapidamente e começou a indicar o moreno para uma das camas para tratar ele também.

- Não, não...- Harry murmura olhando em volta e vendo uma cama com cortinas fechadas.- Joana...como está? Preciso ver como ela está.

- Potter, ela está descansando e se recuperando. Você precisa disso também. Me deixe te curar e descanse, mais tarde poderá ver ela.- Madame Pomfrey diz e contra sua vontade Harry aceita. Se deita e Pomfrey trata de seus machucados.- Agora descanse.

Harry assente em silêncio, olha a cama de Joana e fecha os olhos se permitindo descansar o melhor que poderia no momento.

Pomfrey foi até Minerva.

- O que aconteceu?- ela pergunta.

- Não temos total certeza, mas acho que Você-Sabe-Quem voltou...- diz baixo

- Frost falou isso antes de desmaiar.- ela suspira.- Pobres crianças...e Diggory? Como está Amos?

- Devastado.- Minerva murmura.- Não foi nada de que estivéssemos à espera. Fora uma noite horrível. E ainda descobrimos que Alastor não era mesmo ele.

- O que quer dizer?

- Barty Crouch Júnior. Afinal estava vivo. Fingiu sua morte e se fez passar por Moody, causou a morte do pai e é o responsável por isso, ao que parece. Mas quando Potter e Frost se sentirem melhor talvez nos contem mais detalhes.

Pomfrey concordou e manteve a calma na enfermaria para os deixar descansar, não deixando ninguém entrar naquela noite.

Mas claro que não foi bem assim. Entraram pessoas na enfermaria.

O Ministro entrava em passos rápidos junto de uma auror, Dumbledore e Rita Skeeter.

- Senhores, peço que saiam.- Madame Pomfrey trata de dizer logo

- Precisamos falar com Harry Potter e Joana Frost.- O Ministro diz

- Estão os dois descanso Sr. Ministro. E não pretendo acordar eles.- ela diz seriamente.

- Precisamos falar com eles. Foi uma noite trágica, um aluno morreu! Eles são nossas únicas testemunhas fiáveis.

- Não quero saber.- ela diz.- Sei que um aluno morreu, não imagina a pena que sinto, mas esses dois jovens estão vivos e passaram por só Merlin sabe o quê. E por isso precisam descansar e não de um interrogatório nesse momento. Por isso sugiro que saia e volte amanhã ou mais tarde. Não deixo que perturbe essas crianças machucadas.

- É melhor irmos Senhor.- a auror diz.- Não faz sentido agora. Eles precisam descansar.

- Tonks tem razão Cornelius.- Dumbledore diz estando sério.- Seja razoável.

Fudge suspira e dá meia volta saindo da enfermeira.

- Peço desculpa Poppy.- Dumbledore lhe diz.- Toda esta situação está estressado todos nós.

- Tudo bem.- Pomfrey diz e se vira para Skeeter.- Nem ouse se aproveitar dessa situação terrível para fazer um dos seus artigos mesquinhos.- ela diz com desprezo e a auror sai levando Rita consigo.

Dumbledore olha as duas camas e então sai da enfermaria deixando que a calma se instale no local.

Seria dias difíceis.

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