Capítulo 31
Depois de falar com Dumbledore, Joana foi para a comunal. Depois chegaram Ron e Hermione e um pouco mais tarde, chegou Harry. E ele tinha algo a contar a eles.
Quando Harry ficou no gabinete do diretor, ficou uns minutos sozinho, enquanto Dumbledore, o ministro e Moody precisavam ir a um lugar. E durante esse tempo, sem querer, Harry acabou por ver numa Penseira uma memória do diretor.
- Era sobre o julgamento do Professor Igor, ele foi um Comensal e poderia ser libertado se desse outros nomes úteis. Ele até deu o nome do Snape!- Harry conta.- Ele foi um Comensal também! Dumbledore que defendeu ele.
- Dumbledore ficou louco?!- Ron pergunta.- Como pode confiar nele assim?
- Não sei.- Harry dá de ombros.- Ele não quis falar no assunto quando perguntei. Foi estranho ver aquela memória. Vi Crouch condenar o próprio filho, foi naquele dia. Não foi agradável. Nem sei como um pai pode fazer aquilo a um filho. Ele nem o ouviu. O filho não parava de falar que estava inocente, mas Crouch não quis saber, o tratou como se já não fosse seu filho e o jogou aos Dementors.
- Que horror...- Joana diz suspirando.- Bem, é melhor não pensar muito nisso, precisa se concentram para a Terceira Prova. É daqui a poucos dias.
(...)
Até antes da prova Rita Skeeter teve que fazer uma notícia sobre Harry. Ela anunciou no jornal o desmaio dele na aula de Adivinhação por causa da cicatriz.
Os quatro não conseguiram entender como que Rita poderia saber disso. Ela não estava lá.
E claro que isso foi motivo de algumas piadas de certas pessoas, mas Harry ignorou, a terceira prova era o seu foco agora.
(...)
Chegara o dia da prova. Harry estava um pouco sério e não muito animado nesse dia e claro, ninguém podia censurá-lo por isso.
Nessa noite, Ludo Bagman e Fudge haviam se sentado na mesa dos professores. Havia mais pratos do que o costume, mas Harry, que estava muito nervoso, não comeu muito. Joana tentou fazer ele comer mais um pouco, estando preocupada com ele.
- Senhoras e senhores, dentro de cinco minutos, vou pedir a todos que se encaminhem para o estádio de Quidditch para assistir à terceira e última prova do Torneio Tribruxo. Os campeões, por favor, queiram acompanhar o Sr.Bagman ao estádio agora.
Harry se levantou e a mesa dos Gryffindor o aplaudiu enquanto ele saia.
Cinco minutos depois todos saíram do salão, para ir para as arquibancadas. Todos, menos Joana. Ela seguiu o professor Moody que a guiou discretamente até o local da Taça.
- Quando algum dos Campeões chegar é só tocarem a Taça e voltarão para perto das arquibancadas.- ele garante
Ela assente em silêncio ficando do lado da Taça. Moody susteve seu olhar nela uns segundos e então dá meia volta se afastando a deixa sozinha.
Na entrada do labirinto a prova estava prestas a começar.
Bagman apontou a varinha para a garganta, murmurou "sonorus" e a sua voz ecoou por todo o local
- A terceira prova está prestes a começar! Deixem-me lembrar a todos o placar atual! Empatados em primeira lugar, com oitenta pontos casa, o Sr.Cedric Diggory e o Sr.Harry Potter! Em segundo lugar, com oitenta pontos, o Sr.Viktor Krum! E, em terceiro lugar, a Srta.Fleur Delacour!- ele anuncia e se ouvem aplausos.- Os campeões terão que atravessar o labirinto e encontrar a Taça que está lá no meio junto da Srta.Joana Frost.
Harry se virou para a arquibancada olhando Hermione e Ron. Nenhum dos três sabia que ela lá estaria. Provavelmente ninguém sabia. Ele viu mais pessoas confusas, e notou Malfoy inquieto com a informação.
- Quando viram a Taça, será só tocar nela e voltarão aqui como vencedores! Se preparem.- diz e cada um escolhe uma entrada diferente. E então Bagman soprou com força um apito e os quatro entram no labirinto começando a prova.
(...)
Joana suspira, não sabia quanto tempo ficaria ali. Ela só aceitou por ser um pedido do Diretor. Ela confia no diretor, ele não a colocaria num lugar que a pudesse colocar em perigo. Afinal, não havia muito que ela pudesse fazer ali.
Era só esperar por um dos campeões. E ela esperava que fosse Harry.
Começou então a ouvir explosões de feitiços. Ficou preocupada por isso. Eles estavam lutando contra algo que estava no labirinto? Ou uns contra os outros?
Os feitiços pararam e tudo ficou em silêncio. Após uns minutos, ela viu de longe duas pessoas.
Eram Harry e Cedric.
Os dois se aproximaram mas ainda estavam a uma distância. Tinham alguns ferimentos e Harry se apoiava na parede de sebe do labirinto.
- Felizmente estão bem, dentro dos possíveis.- ela comenta alto.- Um de vocês, pegue a Taça e saímos daqui.
- Pega a Taça.- Harry diz a Cedric.- Você chegou primeiro
- Não, você pega. Você é que deveria vencer.- o mais velho diz.- Você salvou minha vida duas vezes neste labirinto.
- Não é assim que esta coisa deve funcionar.- responde Harry.- Quem chegar à Taça primeiro ganha. E foi você. Não vou vencer nenhuma corrida com você com a perna assim.
- Não.- Cedric apenas nega
- Venham logo!- Joana diz os vendo parados. Ela só queria que esse Torneio acabasse logo
- Pare de ser nobre.- Harry diz impaciente.- Vá pegar a Taça para acabar logo com isso
Cedric fica em silêncio pensando uns segundos.
- Não, anda.- ele diz e ajuda Harry a se manter em pé e o ajuda a andar mais próximo à Taça.
- E então? Qual de vocês vai pegar?- a loira pergunta analisando os dois.
- Os dois.- Harry diz
- O quê?- Cedric diz
- Levamos a Taça ao mesmo tempo. Ainda é uma vitória de Hogwarts. Empatamos
- Você...tem certeza?
- Tenho! Nos ajudamos e chegamos juntos. Vamos levar ela os dois.
- Tudo bem.- Cedric concorda.
- Ao três.- Joana diz e os três se posicionaram para pegar a Taça.- Um, dois...três.
Os três seguraram a Taça e instantaneamente se sentiram a ser teletransportados para fora dali.
Joana sentiu seus pés baterem no chão. Viu Harry cair no chão e o ajudou a levantar e a ficar em pé, soltando a Taça.
- Onde estamos?- Cedric pergunta.
Os três olharam em volta. Dava para perceber que estavam longe de Hogwarts. Estavam num cemitério escuro e cheio de mato.
- Alguém lhe disse que íamos parar aqui?- Cedric pergunta a Joana
- Não.- ela nega confusa.- Moody falou que o campeão que chegasse tinha que tocar na Taça e íamos voltar ao pé das arquibancadas, aí tudo acabava.
Os três pegaram suas varinhas se sentindo observados
- Vem alguém aí.- Harry murmura
Eles avistaram um vulto que se aproximava andando pelos túmulos até eles. Joana não conseguia distinguir um rosto, mas dava para ver que carregava algo nos braços. Parecia um bebê...
O vulto parou ao lado de uma lápide alta, a uns dois metros de distância.
Então, inesperadamente, a cicatriz de Harry explode de dor. Ele leva a mão ao rosto largando a varinha, tremendo um pouco e seus joelhos cedem e volta a cair no chão. Joana se baixa rápido o olhando segurando seu rosto
- Harry? Está me ouvindo?- ela pergunta o olhando
- Seus...seus olhos.- ele diz baixo com a voz fraca
- Meus olhos?- pergunta baixo e percebe.- Temos que sair daqui.- diz apressadamente a Cedric.
- Como?- Cedric pergunta com a varinha apontada ao vulto.
Antes que ela pudesse responder ouviram uma voz fria e aguda falar
- Mate o outro
- Avada Kedrava!- o vulto diz rápido apontando para Cedric.
Joana vê um relâmpago verde passar por ela e acertar Cedric sem que nenhum pudesse fazer algo. Cedric é jogado para longe e cai no chão.
Morto.
A loira conteve um grito aterrorizado e olhou o homem que pousara o pequeno corpo de carregava e se aproximava deles os dois.
Ela estava muito assustada, mas ficou na frente de Harry apontando a varinha ao homem. Mas não pôde fazer nada. O homem usou sua varinha primeiro, a levitando um pouco do chão e a deixando sem se conseguir mexer. Ele se aproximou tirando sua varinha, a jogando longe.
Joana sentia como se alguém a estivesse segurando pelo pescoço. O homem a levitou para longe de Harry, a colocou no chão e antes que ela pudesse fazer algo, cordas apareceram no chão a amarrando no lugar.
E então, ele fez o mesmo com Harry. O levitou até perto de outra e Joana olhou conseguindo ler
TOM RIDDLE
Era o nome que estava na lápide. O homem da capa amarrou Harry à lápide que recebeu um tapa em seu rosto ao se debater.
Ambos conseguiam ver quem era. Peter Pettigrew.
- Você!- Harry exclamou com irritação.
Peter não lhe respondeu nem disse nada de volta. Wormtail tirou um pano preto de dentro das vestes e enfiou-o com violência na boca de Harry, para ele não falar mais nada.
Pettigrew ficou verificando se os nós estavam bem presos. Joana olhou para o lado vendo o corpo de Cedric a uma certa distância. E mais à frente a Taça. Tinha que arrumar um jeito de se soltar e pegar a Taça para saírem dali.
Peter se afastou e tudo ficou em silêncio uns momentos. Até Pettigrew voltar arrastando um caldeirão para o local. Era um caldeirão enorme.
O homem começou a preparar algo ali. Peter parecia nervoso, ansioso enquanto fazia aquilo.
- Ande depressa!- A voz fria falou novamente.
- Está pronta, meu amo.- Pettigrew diz
Wormtail vai até o pequeno corpo afastando os panos que o cobria. Joana ouviu um grito de dor abafado vindo de Harry. Aquilo era Voldemort.
E então Wormtail colocou o corpo dentro do caldeirão. Então ergueu a varinha
- Osso do pai, dado sem saber, renove filho!
A superfície do túmulo aos pés de Harry rachou. Um fiapo de poeira se ergue no ar e cai no caldeirão
Depois, Wormtail choramingou enquanto tirava um punhal de dentro das vestes.
- Carne...do ser...da-da de bom grado...reanime seu amo
Ele esticou a mão direita à frente, a mão em que faltava um dedo.
Joana percebeu o que ele ia fazer e fechou os olhos com força ouvindo um grito do homem. Ela abriu os olhos depois vendo a poção ter um tom vermelho e sentiu vontade de vomitar só de pensar no que acabara de acontecer.
- S-sangue do inimigo...tirado à força...ressuscite...seu adversário.
Ele se aproximou de Harry que nada podia fazer. E então Pettigrew furou a dobre do braço direito de Harry coletando seu sangue para um frasquinho e colocou no caldeirão.
- E-e por fim...sangue...de quem tem uma ligação....- ele diz e se aproxima de Joana
Ele feriu seu braço como fez a Harry e mesmo mordendo o lábio um gemido de dor escapa.
Wormtail coloca o sangue no caldeirão e se deixou cair no chão após isso.
Após uns momentos, a poção fez reação, houve luz. E de dentro do caldeirão saiu um homem alto e esquelético. Wormtail, soluçando, pegou as vestes do chão e vestiu seu amo.
Ele tinha o olhar fixo em Harry. Ele era mais branco do que um crânio, com olhos grandes e vermelhos, um nariz chato como o das cobras e fendas no lugar das narinas.
Lord Voldemort, estava de volta.
As vestes de Wormtail agora estavam manchadas de sangue brilhante.
- Milord...- ele diz com a voz embargada.- Milord...o senhor prometeu...
- Estique o braço.- disse Voldemort
Wormtail estou o que sobrava do braço, mas Voldemort deu uma gargalhada
- O outro braço, Wormtail!
- Meu amo...por favor...
Voldemort puxou o braço esquerdo de Wormtail, empurrou a manga das vestes e Joana viu algo em sua pele. Uma tatuagem, a Marca Negra. Se lembrou que seu avô tinha uma igual.
- Reapareceu.- comentou ele.- Todos deverão ter notado. Ele comprimiu a marca do braço do servo que se tornou preta.- Quantos serão suficientemente corajosos para voltar quando sentirem isso?- sussurrou Voldemort.- E quantos serão bastante tolos para ficar longe de mim?
Ele lançou um olhar em Joana. Ela sabia que ele estava esperando para ver se Ethan apareceria. Mas Joana sabia que ele não vinha.
Ele olhou o céu sorrindo
- Estão chegando.- ele diz
O ar se encheu repentinamente com o rumor de capas esvoaçantes. Comensais da Morte apareceram ali, se aproximavam beijando as vestes de Voldemort e depois faziam um círculo em volta de Voldemort e o túmulo onde Harry estava.
Joana ficara fora do círculo e olhava todos atentamente querendo saber quem eram.
- Sinto cheiro de culpa...há um redor de culpa no ar.- Voldemort diz os olhando.- Vejo todos vocês, inteiros e saudáveis, com os seus poderes intactos, tão desenvoltos! E me pergunto...por que esse bando de bruxos nunca foi socorrer seu amo, a quem jurou lealdade eterna?- ninguém respondeu.- E eu próprio respondo, porque devem ter acreditado que eu estava derrotado, pensaram que eu acabara. Voltaram a se misturar com os meus inimigos e alegaram inocência e ignorância...talvez vocês agora prestem lealdade a outro...talvez àquele campeão da plebe, dos trouxas e sangues ruins, Albus Dumbledore?
À menção do nome de Dumbledore, os membros do círculo se inquietaram, alguns murmuraram e negaram
- É um desapontamento para mim...e não perdoou. Eu não esqueço. Treze longos anos...quero um pagamento por esses treze anos. Wormtail já pagou a parte da sua dívida não foi?
Voldemort se aproximou de Wormtail que estava encolhido no chão.
- Você só voltou por medo. Contudo, me ajudou. E recompenso quem me ajuda...
Com uns movimentos de varinha, Voldemort deu a Wormtail uma réplica brilhante de uma mão humana.
- Milord... obrigado Milord... é linda.- ele sussurra agradecendo e se levantando se juntando ao círculo.
Voldemort se aproximou de um Comensal.
- Lucius.- ele diz.- Sempre esperei mais lealdade, mas me desapontou também. Espero mais lealdade no futuro e que remenda seus erros
- Sim Milord, obrigado!
- Vejo que temos alguns Comensais em falta aqui. Três mortos a meu serviço. Um covarde demais para voltar...um que acredito ter me deixado para sempre, este será morto é claro. E um que continua sendo meu mais fiel servo, e que já reingressou no meu serviço. Ele está em Hogwarts, e foi graças a ele que os nossos jovens amigos chegaram aqui essa noite... Harry Potter e Joana Frost tiveram a gentileza de se reunir a nós essa noite. Poderíamos até chamar eles de meus convidados de honra.
Voldemort sorriu olhando os dois e primeiro se aproximou de Harry.
- E aqui está ele...o garoto que vocês todos acreditaram que tinha sido minha ruína...- ele diz lentamente e apontou a varinha na direção de Harry.- Crucius!
Harry se debateu fortemente contra as cordas, gritos abafados se ouviam. Joana nunca o tinha visto assim. Era horrível de ver, a dor que ele devia estar passando...
- PARE!- ela gritou desesperada ao olhar o amigo.- Pare de machucar ele! O deixe em paz!- tudo o que podia fazer era gritar.
E Voldemort parou ao ouvir sua voz. Ele se virou para ela, assim como todos os Comensais.
- Joana Frost.- ele diz.- Ou prefere Joana Black?- Voldemort pergunta.
E ela estranhou. Nunca ninguém tinha a chamado assim. Black.
- Talvez nem todos saibam, mas a nossa jovem aqui é a neta do traidor Ethan Black e também é Herdeira de Salazar.- ele diz se aproximando dela.- Infelizmente é claro. É uma situação triste ver uma sangue ruim possuidora de tal título e poder. Uma sangue ruim neta de um traidor. Irei punir você pelos erros de Black
- Não...toque...- Harry diz num tom abafado e cansado
Voldemort sorri o ouvindo mas não o olhando.
- Primeiro você grita por ele. Agora ele por você...- diz num tom pensativo.- Quase que fico pensando que são importantes um para o outro...a fraqueza do outro...- ele sorri e a segura pelo pescoço.- E então Frost? O que será que faço com você?
___________________________________________
Heyyy
Dois capítulos num espaço de 5 dias? Coisa nunca antes vista nesta história!
Está tenso, mas daqui para a frente, será só para trás. Hehehe
Bem, por hoje é tudo
Espero que gostem
Jo 🦋
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top