Capítulo 10

A chuva fustigava as janelas da sala. Fred e George estavam sentados a um canto com as respetivas penas de escrever na mão, segredavam com as cabeças muito unidas sobre uma folha de pergaminho.

- O que estão vocês tramando?- perguntou Mrs.Weasley de olhos postos nos gémeos.

- Estamos fazendo os trabalhos de casa.- respondeu Fred de modo vago

- Mentira!- contrapôs George.- EU estou fazendo os trabalhos de casa, você está a escrever mais uma carta para a Mariana.

Joana sorriu e viu Fred corar.

- Não seja ridículo, vocês estão de férias!- exclamou Mrs.Weasley olhando para George

- Sim. Deixámos eles para última hora.- explicou George

- Espero bem que não estejam a escrever nenhuma nota de encomenda. Não estão a pensar em recomeçar com as Magias Mirabolantes dos Weasley?

- Oh, mãe.- atalhou Fred.- Já viu bem, se o Expresso de Hogwarts tivesse amanhã um acidente e eu e o George morrêssemos, como se ia ficar a sentir, sabendo que a última coisa que tínhamos ouvido da sua boca era uma acusação sem fundamento?

Todos riram, incluindo Mrs.Weasley.

- Vem aí o vosso pai.- disse bruscamente, olhando o relógio.

Uns minutos depois Mr.Weasley chegou. Parecia exausto.

- O Crouch teve muita sorte por a Rita não ter descoberto nada sobre Winky.- disse Mr.Weasley, irritado.- Teria direito a uma semana inteira de cabeçalhos no jornal por a sua elfo doméstica ter sido encontrada com a varinha que invocou a Marca Negra.

- Pensei que todos tinham chegado à conclusão de que aquela elfo não tinha feito aparecer a Marca.- afirmou Joana

- Se quer saber, o que eu acho é que Mr.Crouch tem sorte em ninguém n'O Profeta Diário saber como ele é mau com os elfos.- concluiu Hermione furiosa

- Calma, Hermione.- disse Percy.- Um funcionário do Ministério com a categoria de Mr.Crouch merece obediência incondicional por parte dos seus criados...

- Seus escravos.- corrigiu Hermione.- Ou ele pagava alguma coisa a Winky?

- Acho que é melhor vocês subirem e irem ver se têm tudo arrumado nas malas.- interrompeu Mrs.Weasley pondo fim à discussão.

Joana fechou o livro que estava a ler e subiu com Hermione e Ginny.
Entraram no quarto e verificaram todas as suas suas coisas.

Então Mrs.Weasley entrou no quarto.

- Ginny querida, está aqui o seu novo vestido para a escola. Agora, tem tudo da lista?- perguntou

- Tenho sim mãe.- afirmou Ginny

- E vocês meninas? Conseguiram arrumar um vestido?- ela perguntou se virando para Joana e Hermione

- Sim eu consegui.- disse Hermione

- Eu vou comprar em Hogsmeade. Vi lá uma loja com lindos vestidos.- disse Joana

- Certo. Não se esqueçam de nada.- avisou Mrs.Weasley saindo.

- Porque acham que precisamos de roupa formal esse ano?- perguntou Ginny guardando o seu vestido azul escuro.

- Não faço ideia.- respondeu Hermione dando de ombros.- Talvez este ano haja alguma festa ou baile.

- Talvez haja. Seria legal se houvesse.- concordou Joana.

Havia no ar um sentimento de fim de férias quando Joana acordou na manhã seguinte. Estava cansada por ter acordado a meio da noite. Quando acordou se levantou para ir para a cozinha beber água e se acalmar um pouco, logo voltou para o quarto.
Não se lembrava bem do que havia sonhado mas que tinha sido bom não tinha.

Quando se levantou notou que todos já estavam vestidos e quase prontos para ir embora.

- Joana, Querida, que bom que acordou.- disse Mrs.Weasley com uma voz calma quando a viu.- Se despache para irmos. Não te acordei mais cedo porque notei que acordou a meio da noite e podia estar cansada. Agora não podemos perder mais tempo.

Joana concordou com a cabeça, voltou para o quarto e se preparou rapidamente.

Joana já estava habituada a entrar na plataforma nove e três quartos. Era uma questão de caminhar a direito contra uma barreira aparentemente sólida que dividia as plataformas nove e dez.

Entraram no Expresso de Hogwarts para guardarem as malas e saíram para se despedirem de Mrs.Weasley, Bill e Charlie.

- Talvez nos vejamos mais cedo do que vocês imaginam.- disse Charlie com um sorriso de orelha a orelha, enquanto dava um abraço a Ginny

- Porquê?- perguntou vivamente Fred.

- Depois verá. É um assunto confidencial até o Ministério decidir torná-lo público.

- Obrigada por nos ter recebido estes dias.- agradeceu Joana

- Sim, obrigado por tudo, Mrs.Weasley.- disse Harry.

Logo entraram e foram para um compartimento do Expresso.

Joana, Harry, Hermione e Ron se sentaram em silêncio.

Antes de fecharem a porta ouviram então a voz conhecida de Draco Malfoy a falar com Crabbe e Goyle sobre um sítio chamado Durmstrang.

A porta se fechou e deixaram de o ouvir.

- Durmstrang é outra escola de feitiçaria?- perguntou Harry

- Sim. E tem uma péssima reputação. Segundo o Tratado de Educação Mágica na Europa, dá um grande destaque à Magia Negra.

- Acho que já ouvi falar.- disse Ron.- Em que país fica?

- Bem, ninguém sabe, pois não?- respondeu Hermione

- Hã... Por que não?

- Tem existido desde sempre uma grande rivalidade entre as diversas escolas de feitiçaria. Durmstrang e Beauxbatons preferem esconder a sua localização para que ninguém possa roubar os seus segredos.- explicou Hermione com o ar mais natural deste mundo.

Ron desatou a rir da informação.

- Durmstrang deve ser do mesmo tamanho de Hogwarts. Como seria possível esconder um castelo enorme?

- Mas Hogwarts está escondida!- exclamou Joana.- Com um encantamento. Qualquer Muggle que olhe para Hogwarts, verá apenas uma ruína decadente com um aviso à entrada. "PERIGO. NÃO ENTRAR. LOCAL POUCO SEGURO".

- Mas acho que Durmstrang deve ficar algures no Norte da Europa.- disse Hermione, pensativa.- Num lugar frio, porque as capas dos uniformes são de pele.

- Pensa só como seria fácil empurrar o Malfoy de um glaciar e fazer com que parecesse um acidente.- disse Ron com um ar sonhador.- Pena que a mãe goste tanto dele... Aí!- ele exclamou quando Joana lhe deu um beliscão no braço.

Durante a tarde foram aparecendo muitos colegas, incluindo Seamus, Dean, Neville e Brunna Collins.

Brunna se sentou ao lado de Joana

- Olá! Como foram as férias?- Joana Perguntou

- Foram ótimas. Fui à taça de Quidditch com uma amiga, já que os meus pais não podiam entrar.- Brunna respondeu

- Também fui à Taça. Fui com o Harry, a Hermione e os Weasleys. Não te vi lá. Devemos ter ficado em lugares diferentes.

- Provavelmente. Nem imagina com quem até passei um bom tempo.- murmurou Collins

- Com quem?- perguntou Joana com curiosidade

- O Blaise Zabini. Deve conhecer.

- Sim, conheço.

- Bem, ele e a família estavam ao meu lado. E então quando dei por mim nós estávamos a falar sobre o jogo e nos conhecendo. Foi...bom.

- Sim, ele é simpático. E não tem aquele preconceito de sangue e assim.

- Ainda bem.- disse Brunna suspirando com alívio.

Depois elas as duas prestaram atenção na conversa dos outros ao seu lado.

- A minha avó não quis ir.- confessou Neville.- Não quis comprar bilhetes. De ter sido incrível.

- Foi mesmo.- confirmou Ron.- Olha para isto, Neville...

Abriu a mala de viagem e tirou de lá de dentro o bonequinho de Viktor Krum

- Ena!- exclamou Neville deslumbrado.

- Vimo-lo tão perto!- disse Ron.- Ficámos no camarote de honra

- Pela primeira e última vez na sua vida, Weasley!

Draco Malfoy surgira no limiar da porta. Atrás dele, estavam Crabbe e Goyle. Naturalmente tinham ouvido a conversa através do compartimento, que Dean e Seamus haviam deixado entreaberta.

- Não me lembro de te termos convidado a entrar.- declarou Harry friamente.

Joana se manteve em silêncio olhando tudo menos os amigos e o namorado. Então começou a se entreter com uma mecha loira do seu cabelo.

- Weasley...o que é aquilo?- perguntou malfoy, apontando para a gaiola da sua coruja que estava coberta por um manto estranho.

Ron tentou guardar o manto, mas Malfoy foi mais rápido.

- Vejam só!- exclamou Malfoy mostrando o manto.- Weasley, não estavas a pensar usar isto, ou estavas? Acho que...estiveram em moda em 1890...

- Cala a boca Malfoy!- protestou Ron com uma expressão furiosa puxando o manto de volta.

- Então, vai entrar Weasley? Vai tentar conseguir alguma glória para o nome da sua família? Há dinheiro em jogo, sabe... Ia poder comprar um manto decente, se ganhasse.

- Não sei do que está falando.

- Se vai entrar.- repetiu Malfoy.- Calculo que você entre também, Potter. Nunca perde uma oportunidade para se exibir.

- Ou se explica ou sai, Malfoy- disse Hermione de mau humor.

- Não me digam que vocês não sabem!- exclamou sorrindo.- Você tem um pai e um irmão no Ministério e não sabe de nada Weasley? Incrível! Talvez...o seu pai seja insignificante demais para saber das coisas Weasley.

Joana mordeu o lábio inferior tentando se controlar.

Depois Malfoy, Crabbe e Goyle saíram a rir.

Brunna, Seamus e Dean saíram depois também.

Ron se pôs de pé ainda furioso e bateu com tanta força na porta do compartimento que o vidro se partiu.

- Ron!- exclamou Hermione pegando na varinha.- Reparo!

A porta ficara como nova.

- Aquele idiota... o meu pai já podia ter sido promovido se quisesse, mas ele gosta do trabalho que faz...

- É claro que sim.- disse tranquilamente Hermione.- Não deixe que o Malfoy te faça perder a cabeça.

- Está bem!- Ron Respondeu ainda de mau humor. Depois se virou para Joana- Podia controlar o seu namorado!

- Ele não é um cão Ronald! Não precisa de ser treinado!- Joana respondeu seriamente tirando um livro da mala lendo em silêncio sem vontade de fazer ou ouvir comentários sobre o que tinha acontecido.

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