Capítulo 38

- É que... Eu quero ir à biblioteca, à área restrita. Porque, acho que pode haver mais informações sobre a... profecia entende?

- Oh. Sim, claro. Mas eu vou com você.

- O quê? Não. Se eu for apanhada não quero arrumar problemas para você também.

- Não arruma. E é mais fácil serem duas pessoas procurando do que uma. Eu estou com você, agora e sempre. Não te vou deixar sozinha.

Talvez parecesse uma reação exagerada. Mas Harry sabia o quão difícil era esse tema para Joana, mesmo que ela não falasse ou demonstrasse.

- Dramático.- disse Joana suspirando com um pequeno sorriso.- Tudo bem. Vamos quando todos estiverem dormindo.

(...)

À noite, quando todos já estavam dentro dos dormitórios dormindo, Joana saiu com cuidado do dormitório e foi para a comunal esperar por Harry.
Quando o viu descer as escadas sussurrou.

- Estava vendo que nunca mais vinha.- ela brinca

- Desculpe. Mas Dean levantou a cabeça e começou perguntando onde é que eu ia.- disse ele.

- E o que é que você falou?

- Que ia apanhar ar. E então ele não respondeu, só voltou a se deitar e já estava dormindo outra vez. Se bem que quando ele falou nem parecia estar mesmo acordado. Foi estranho.- explicou Harry.

- Melhor assim mesmo... Agora vamos, antes que nos descubram.

Eles se cobriram com a capa de invisibilidade e foram com todo o cuidado até à biblioteca.

Ao chegarem à área restrita Joana pegou na varinha e apontou para a fechadura da porta que estava trancada, a destrancando.

Entraram e tiraram a capa

- Muito bem, que livro procuramos?- perguntou Harry

- Não faço a menor ideia. Talvez um livro que fale sobre profecias, ou um livro sobre os fundadores da escola.- disse Joana encolhendo os ombros

- Certo.- Harry assente olhando as prateleira.

Começaram a procurar. Não sabiam à quanto tempo lá estavam mas não era pouco.

- Alguma coisa?- perguntou Joana

- Não. E você?

- Nada.

Continuaram.
Joana foi um pouco mais para o fundo da área. Estava prestes a desistir quando viu um livro com uma capa meio verde meio azul e umas letras prateadas

"Histórias e Profecias"

Joana pegou no livro e começou a olhar para ele. Estava ali a explicação, ela sentia que estava ali.

- Harry. Acho que encontrei.- disse ela.

Harry logo se aproximou dela

- Ótimo, então vamos lá ver.

Joana abriu e começou a folhear as páginas. E então parou e leu um título

" A profecia de Salazar Slytherin"

Então ela começou a ler

" Como todos sabem Salazar Slytherin era um dos fundadores de Hogwarts. Mas o que poucos sabem é que ele fez um Profecia. Salazar queria um Herdeiro de Sangue-puro para que um dia pudesse abrir a sua misteriosa Câmera dos Segredos. Então criou uma profecia que dizia que centenas de anos mais tarde um aluno dos Slytherin, amante das Artes Negras iria ser o seu Herdeiro.

" Daqui a centenas de anos, um grande bruxo das Artes Negras irá ser meu Herdeiro podendo assim liderar o mostro da Câmera dos Segredos podendo se tornar um dos maiores bruxos das Trevas que o mundo já viu..."

-Salazar Slytherin

Mas então alguém interferiu na criação da profecia... Rowena Ravenclaw sem Salazar descobrir acrescentou que anos depois do Herdeiro de Sangue-puro Salazar teria uma Herdeira. Uma garota nascida de Muggles que ficaria nos Gryffindor, com um coração enorme e a capacidade de amar e fazer o correto.

"... Mas anos depois do Herdeiro haverá uma Herdeira. Ela será nascida de Muggles e ficará nos Gryffindor. Terá um coração enorme e uma grande capacidade de amar. Ela fará o correto sem ceder às Trevas e ajudará a vencer o Herdeiro."

  - Rowena Ravenclaw

Quando acabou de ler Joana olhou para Harry

- Então a culpa é da Rowena Ravenclaw. Mas Porquê? Porquê que ela adicionou isso?- perguntou Joana sem entender.

- Não sei bem. Mas acho que era porque ela não queria que houvesse uma possibilidade de o seu Herdeiro causar o caos. Então criou a profecia para ter alguém que lhe pudesse fazer frente. Só não entendo porquê que tinha de ser Gryffindor. Não vejo a relevância disso.

- Acho que talvez seja por o grande rival de Salazar fosse Godric Gryffindor.

- Talvez. Bem, ao menos conseguimos descobrir mais.

- É verdade. Acho melhor voltarmos.- sugeriu Joana olhando a janela.

- Sim, vamos.

Eles foram para debaixo da capa e voltaram para a comunal dos Gryffindor.

(...)

Dois dias depois era o jogo de Quidditch. Todos estavam muito nervosos.

Wood passou todo o pequeno almoço a insistir com a equipa para que comessem bem. A seguir os fez se apressarem para chegarem ao estádio quando todos os outros estavam ainda a meio da refeição, para poderem avaliar as condições atmosféricas. Quando saíram do Salão, os colegas aplaudiram para toda a equipa.

- Boa sorte, Harry.- desejou Cho Chang e Harry deu por si a corar.

Joana olhou a cena e revirou os olhos. A garota não parecia ter nada de errado, mas algo mexeu com a loira. Algo não estava certo.

- Perfeito, não há vento, o Sol está um pouco forte, pode perturbar a visão, tenham cuidado. O chão está estável, o que é ótimo, nos permite levantar vôo mais depressa...

Wood andava de um lado para o outro no campo, olhando em volta.

- Vestiários.- disse Wood

Todos se foram equipar.
Pouco depois todos estavam prontos e foram para o campo.

Entraram no campo sob uma vaga de ruído. Três quartos da assistência usava laços escarlates, agitava bandeiras escarlates com o leão dos Gryffindor ou tinham letreiros com slogans como:

EM FRENTE GRYFFINDOR
A TAÇA PARA OS LEÕES

Atrás das balizas dos Slytherin, contudo, duzentas pessoas vestiam verde. A serpente dos Slytherin brilhavam nas suas bandeiras e podia se ver o professor Snape, sentado na primeira fila, de verde como todos os outros e um sorriso cruel na boca.

- E aqui estão os Gryffindor!- gritou Lee Jordan que era, como de costume, o comentador.- Potter, Bell, Johnson, Frost, Weasley, Weasley e Wood. Reconhecidos por todos como a melhor equipa de Hogwarts tem de há alguns anos a esta parte...

Os comentários de Jordan foram abafados por uma onda de vaias do lado dos Slytherin.

- E aqui vem a equipa dos Slytherin, liderada pelo treinador Flint, que fez algumas alterações nas suas fileiras e parece apostar mais no tamanho dos jogadores do que na sua perícia.

Joana concordava plenamente com ele. Draco era, de longe, o mais baixo da equipa, todos os outros eram enormes.

- Capitães, apertem as mãos!- disse Madam Hooch

Flint e Wood se aproximaram e deram um aperto de mão com tanta força que parecia quererem partir os dedos um ao outro.

- Montem nas vossas vassouras!- ordenou Madam Hooch.- Três, dois, um...

O som do apito se perdeu no meio do ruído da multidão quando catorze vassouras se elevaram no ar. Joana sentiu os nervos serem cada vez maiores.

- Gryffindor lidera. Katie Bell com a quaffle se dirigindo às balizas dos Slytherin. Bem posicionada, Katie, ah, não!... A quaffle foi intercetada por Warrington. Warrington dos Slytherin se precipita pelo campo. Zás, bela jogada da blugder feita pelo George Weasley. Warrington larga a quaffle que é agarrada por Frost. Gryffindor novamente a liderar, vamos Joana, belo desvio do Montague... Se baixe, Joana, olha a blugder... JOANA MARCA DEZ-ZERO PARA OS GRYFFINDOR!

Um mar escarlate aplaudia cá em baixo.

- Ah!

Joana quase foi derrubada da vassoura por Marcus Flint que chocou com ela.

- Desculpem.- disse Flint falsamente.- Desculpem, não a tinha visto.

Pouco depois, Fred Weasley deu com o seu bastão de beater na nuca de Flint, cujo nariz foi bater no cabo da vassoura começando a sangrar.

- Já é demais!- gritou Madam Hooch subindo a grande velocidade e se colocando no meio deles.- Pênalti a favor dos Gryffindor por um ataque lítico à sua chaser. Pênalti a favor dos Slytherin por um ataque deliberado ao seu chaser.

O jogo continuou depois disso. Estava 30-0.

- Ah! Ah! Ah!- gritou Lee Jordan para os Slytherin - Azar garotos, têm de se levantar mais cedo se querem vencer essa equipa. E os Gryffindor de novo lideram com Angelina Johnson detendo a quaffle, Flint encostado a ela... Dê a ele um murro num olho, Angelina! Estava brincando, professora, estava brincando! Oh! Não... Flint na posse da bola, voando direito às balizas dos Gryffindor. Vá lá, Wood, defende...

Mas Flint marcara. Houve uma erupção de aplausos na área dos Slytherin e Jordan praguejou tanto que a professora McGonagall tentou arrancar das suas mãos o microfone.

- Desculpe, Professora, desculpe. Não volta a acontecer.

E o jogo continuou. Joana marcara mais uma vez mais tarde, ficando 50-10. Fred e George Weasley andavam à volta dela, de bastões no ar, para o caso de os Slytherin quererem vingança.

Uns minutos depois estava 60-10.
Joana viu Harry e Draco ambos atrás da snitch.

Estava 70-20.
Joana tinha a quaffle e estava com o caminho livre, então ela foi e...

- ELA MARCA! ELA MARCA! Gryffindor à frente com oitenta pontos contra vinte!

De repente o estado explodiu de aplausos. Harry tinha apanhado a snitch.

Quando chegaram ao chão Joana correu a toda a velocidade até Harry e o abraçou. Um abraço igual ao que tinham dado no último jogo mas dessa vez com mais força, felicidade e com lágrimas de emoção nos olhos de Joana.
Depois o resto da equipa se juntou a eles e deram um forte abraço coletivos.

- Ganhámos a taça! Ganhámos a taça!- gritavam os gêmeos.

Todos os alunos dos Gryffindor estavam cheios de euforia e emoção. Até Percy saltava como um louco e a professora McGonagall soluçava mais que Wood.

Com um soluço, Wood passou a taça a Harry que puxou Joana para juntos a erguerem no ar. Se agora aparecesse ali um Dementor...
E sentiram que nada podia estragar aquele momento.

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