Capítulo 32

- Porquê?- perguntou Harry por fim.

- Tem de ser feita uma busca de feitiços malignos.- explicou a professora McGonagall.- É claro que eu não sou perita, mas, por exemplo, a Madam Hooch e o professor Flitwick poderão desmontá-la...

- Desmontá-la?- repetiu Ron como se a professora tivesse enlouquecido.

- Não deve demorar mais do que algumas semanas.- afirmou a professora.- Tê-la-ás de volta se não tiver feitiço nenhum.

- Ela não tem nada de mal.- lhe assegurou Harry com a voz ligeiramente trémula.- Francamente, Professora...

- Não pode ter a certeza, Potter.- insistiu a professora McGonagall com toda a amabilidade.- Antes de voar nela, não pode saber, e isso está fora de questão sem termos de certeza de que foi enfeitiçada. Eu vou mantendo você informado.

A professora McGonagall deu meia volta e passou com a Flecha de Fogo pelo buraco do retrato que se fechou atrás dela.

Ron se voltou para Hermione

- Pra que foi contar à Professora McGonagall?- ele questiona a garota.

Hermione colocou o livro de parte. Estava corada, mas se levantou, o desafiando.

- Porque pensei, e a professora McGonagall concorda comigo, que muito provavelmente, aquela vassoura, foi mandada ao Harry pelo Sirius Black.

Depois de um pouco de discussão entre Ron e Hermione, ela subiu irritada. Joana subiu uns segundos depois. Ao chegar ao dormitório viu a amiga com uma expressão muito triste.

- Eu só estava tentando ajudar.- disse Hermione.

- Eu sei. E isso é ótimo. Mas, talvez pudesse ter ajudado de outra forma, entende?- disse Joana com uma voz calma e confortante para a amiga.

- Talvez. Mas foi a primeira coisa que me ocorreu.

- Bem, agora já está. E não faz mal. Todos nós cometemos erros. Ninguém é perfeito. Fez algo que os irritou, e depois? Eu, o Harry e o Ron também já cometemos erros e olhe que não foram poucos.- Joana disse a última parte meio a rir conseguindo um pequeno sorriso de Hermione.

- Obrigada.- agradeceu Hermione.

- Não precisa de agradecer Hermione. É das minhas melhores amigas. Amigas servem para isso. Vai ver que eles percebem que estava querendo ajudar e fica tudo bem.

Mas a partir daquela noite, Harry e Ron ficaram zangados com Hermione.
As férias passaram e as aulas começam logo.
Durante a tarde do primeiro dia, Joana ficou um pouco na biblioteca fazendo um trabalho, quando Harry foi ter com ela.

- Finalmente encontrei você.- disse ele

- O que foi? Aconteceu algo?- perguntou Joana confusa

- Estive falando com o professor Lupin. Na quinta feira à noite às oito horas é para estarmos na sala onde temos História da Magia para o treino contra os Dementors.

- Ah, ótimo, obrigada pelo aviso.- ela agradece

(...)

Às oito horas de quinta feira, Joana e Harry deixaram a torre dos Gryffindor e se dirigiram à sala de História da Magia. A sala estava escura e vazia e ao fim de cinco minutos apareceu o professor Lupin, trazendo consigo um grande caixote que colocou sobre a secretária do professor Binns.

- O que é isso?- perguntou Harry

- Outro Sem Forma.- respondeu Lupin.- Tenho andado a revistar o castelo desde terça-feira e com muita sorte encontrei este escondido dentro de um armário de Mr.Filch. É o que podemos ter mais parecido com um Dementor. O Sem Forma se transformará num Dementor quando vir um de vocês e a partir daí poderemos praticar com ele.- explicou o professor Lupin. Depois se virou para Joana.- E Joana, o Harry vai primeiro para o Sem Forma se transformar num Dementor. E enquanto ele vai, quero que foque na sua cabeça um Dementor para que o Sem Forma não se transforme num livro, tudo bem?

- Tudo bem.- concordou Joana se preparando.

- Muito bem, o feitiço que vos vou ensinar é de alta magia. Muito avançada. Se chama o encantamento do Patronus.

- Como é?- perguntou Harry

- Bem, quando é corretamente feito, faz surgir um Patronus, que é o oposto dos Dementors, um protetor que funciona como um escudo entre si e o Dementor.

O Professor Lupin fez um pausa e depois continuou

- O Patronus é uma espécie de força positiva, uma projeção de coisas de que os Dementors se alimentam: esperança, felicidade, instinto de sobrevivência. No entanto devo vos avisar. Isto é uma um encantamento demasiado avançado por isso podem não conseguir das primeiras vezes.

- Qual é o aspeto de um Patronus?- perguntou Joana curiosa

- Cada um é único para um Feiticeiro que o evoca.

- E como é que evocamos?- perguntou Harry

- Com um encantamento que só funciona se você se concentrar com todo o poder da vossa mente numa recordação feliz.

- Certo.- responderam os dois em coro.

- O encantamento é o seguinte.- Lupin pigarreou.- Expecto Patronum!

Joana repetiu as duas palavras na sua mente várias vezes.

- Muito bem.- encorajou Lupin, sorrindo.- Então, está pronto, Harry?

-Sim.- confirmou Harry decidido.

Joana se afastou um pouco. Lupin segurou a tampa do caixote e puxou.

Um Dementor se ergueu lentamente da caixa. Harry tentou mas infelizmente não conseguiu e acabou por desmaiar.

- Harry!- exclamou Joana indo até Harry tentando acordá-lo.

Ele retomou à consciência e abriu os olhos.

- Desculpe.- murmurou Harry para o professor Lupin.

- Se sente bem?- perguntou o professor Lupin

- Sim.- Harry se levantou com Joana a apoiar ele.

- Toma.- Lupin lhe deu um sapo de chocolate.- Tudo bem. Joana, experimenta você agora?

Joana disse que sim com a cabeça.

E então uma memória lhe veio à cabeça. O momento em que conseguira marcar um golo no seu primeiro jogo de Quidditch.

Lupin libertou o Sem Forma que estava transformado em Dementor e tentou enfrentá-lo mas tal como Harry não conseguira. Ouviu mais uma vez o seu avô e Voldemort e depois perdera a consciência.

- Joana.- ela ouviu a voz de Harry a chamando.

- Eu estou bem.- disse ela abrindo os olhos se recuperando.

Lupin lhe deu também um sapo de chocolate.

- Vamos tentar mais uma vez cada um.

Harry voltou a avançar e fechou os olhos. Se lembrou de uma boa memória e sorriu ao se lembrar.

- EXPECTO PATRONUM!- gritou ele.

Desta vez ele não perdera a consciência e conseguiu fazer o Dementor recuar um pouco.

- Excelente Harry! - exclamou Lupin.- É a sua vez Joana!

Joana avançou. Tinha de arrumar uma memória melhor. E então se lembrou da noite em que Draco se declarou a ela, se beijaram e começaram a namorar.

- EXPECTO PATRONUM!- gritou ela.

Tal como Harry ela conseguiu se manter mais ou menos de pé e fazer o Dementor se afastar.

- Excelente Joana!- exclamou Lupin.- Muito bem, vocês os dois foram muito bem para a primeira vez. Já é tarde, então continuaremos noutra noite.

- Tudo bem.- concordou Joana.- Bem, então, boa noite Professor.

- Boa noite. Ah, Harry pode só ficar um minuto?

- Sim, claro.- respondeu Harry.- Nos vemo na comunal, Joana.

Joana assentiu com a cabeça e saiu deixando Harry e Lupin.

Harry ficou olhando para a porta durante uns segundos.

- Só por curiosidade, Harry.- começou falando o professor Lupin.- Que memória com Ela escolheu?

- O quê?- perguntou Harry sem entender a pergunta.

- Que memória com Ela escolheu?- repetiu Lupin apontando para a porta por onde Joana tinha saído.

- Como é que...?

- Não é muito difícil de perceber Harry.

- Oh...Bem, me lembrei de quando estávamos os dois no Caldeirão Escoante antes do início do ano. Apenas os dois num dos quartos apenas falando, mas estávamos felizes. Foi essa a memória que escolhi.- explicou Harry.

Lupin sorriu.

- Dá para ver a maneira como olha para ela.- comentou Lupin

- Sim, mas ela não me vê assim. Ela está com o Malfoy.

- E isso é razão para desistir? Sabe, o seu pai, via a Lily da mesma maneira que olha para Joana mas ela não o via assim. Mas ele não desistiu. E no sexto ano conseguiu finalmente ficar com ela. Devia ter visto a cara de felicidade dele quando nos contou que depois de seis longos anos tinha conseguido ficar com a mulher da sua vida.

Harry sorriu só de imaginar a cena.

- Bem, pode ser que um dia eu possa ter sorte. Mas por agora ela está feliz com o Malfoy. E se ela está feliz, acho que também estou.

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