Capítulo 21

Joana foi até à porta e abriu vendo Harry do lado de fora.

- Harry! Olá!- disse ela com um leve sorriso nervoso.

- Olá. Está tudo bem? Eu estava indo para o meu dormitório quando te ouvi gritar qualquer coisa.- disse Harry olhando para ela seriamente

- Ah, está tudo ótimo! Eram gritos de felicidade. O dia está correndo bem. - Disse Joana rindo fracamente e se virou de costas para Harry indo mais para dentro do dormitório.

- Tem a certeza? É que não parece nada.- Harry a olhou desconfiado.

- Tenho total certeza.- insistiu Joana

Mas Harry colocou sua mão no ombro de Joana e a virou a obrigando a olhar para si. Joana começou mexendo as mãos nervosamente. E foi então que Harry olhou para as mesmas e notou.

- Os seus pulsos! Estão machucados!- exclamou Harry e então viu o pescoço dela.- E isso no seu pescoço é o quê? O que é que aconteceu?

Joana não respondeu, apenas virou a cara deixando de encarar o moreno, tinha vergonha.

- Foi o Malfoy que te fez isso?- perguntou Harry arregalando os olhos

- Não! Não por Merlim! Não foi ele!- garantiu Joana rapidamente

- Então foi quem?- ele pergunta

Joana hesitou, mas notou que não ia valer de nada esconder.

- Foi um outro garoto dos Slytherin... O nome dele é Theodore Nott. E foi ele que me fez isso.

- O quê?! Esse idiota vai se arrepender.- Harry ficou com um ar furioso e começou se dirigindo para a porta mas Joana o impediu de sair.

- Não faça nada Harry! Por favor.- pediu ela

- Joana, você tem noção do que ele fez? Ele abusou de você! Te machucou! Olhe para os seus pulsos.

- Eu sei ,eu sei. Mas eu já tratei de tudo. E devia ter visto como ele ficou com o soco e o pontapé que lhe dei.- disse Joana orgulhosa

- Então...você está bem?

- Sim, estou. Agora vamos mudar de assunto, por favor. Como foi o seu dia?

- Bem normal, estive falando com o professor Lupin. Ele conheceu os meus pais e eram amigos. Foi bom falar com ele.

- Isso é bom, fico feliz por você.- diz sorrindo.

- Então e sua visita a Hogsmeade?

- Foi ótima. E não pense que me esqueci de você.- Joana levou a mão ao bolso e tirou um saco que tinha doces lá dentro.- Tome, para você.

- Obrigado.- agradeceu Harry sorrindo a olhando.

Desceram até à comunal e se sentaram no sofá conversando. Uns minutos mais tarde Ron e Hermione chegaram de Hogsmead.

- Aqui está.- indicou Ron.- Trouxemos tudo o que podíamos.

Uma chuva de doces de cores vivas caiu no colo de Harry que sorriu.

- Obrigado. Como foi a vossa tarde? Onde é que vocês foram?

E então Ron e Hermione contaram onde tinham ido e como tinham passado a tarde.

- E o que é que você fez?- perguntou Hermione- Estive fazendo algum trabalho?

- Não.- respondeu Harry como se fosse algo óbvio.- O Professor Lupin me ofereceu uma chávena de chá no gabinete dele.- Conta e lembra de algo.- E a certa altura entrou o Snape com um cálice que tinha uma poção estranha lá dentro.- ele diz e Ron ficou de boca aberta.

- O Lupin bebeu?- murmurou.- Ele é doido?

Harry deu de ombros e Hermione viu as horas.

- É melhor descermos. O banquete vai começar dentro de cinco minutos.

Passaram apressadamente pelo buraco do retrato e se misturaram com a multidão, sempre falando de Snape.

- Mas, se ele... Sabe como é.- Hermione disse a Ron e baixou a cabeça olhando nervosamente em volta.- Se ele estava tentando envenenar o Lupin, não ia fazer isso na frente do Harry, certo?

- Sim, talvez.- disse Harry, enquanto chegavam ao Hall de Entrada e entravam no Salão que tinha sido decorado com centenas e centenas abóboras com velas.

O banquete estava sendo bem animado. Toda a comida estava deliciosa e todos se deliciavam. Até mesmo Joana, Hermione e Ron comiam muito mesmo tendo comido em Hogsmeade. Tudo estava indo bem. Dava para ouvir por todo o Salão gargalhadas e conversas animadas.

Até que Joana olha para a mesa dos Slytherin e vê Nott olhar para ela com um sorriso maldoso e então ele se vira para Draco e começa lhe contando qualquer coisa. Ela sabia que não ia acabar bem aquela noite.

E um tempo depois ela vê Draco se levantar e ir até ela com muitos olhares curiosos sobre ele.
Ao chegar até a Joana ele lhe diz.

- Precisamos conversar agora. É importante.- Joana nunca o tinha visto tão sério.

Hermione e Ron olhavam sem entender, mas Harry tinha uma ideia do que se tinha passado.
Joana em silêncio se levantou e os dois saíram de lá sobre os olhares de muita gente sem nada para fazer.

Caminharam até uma sala vazia sem dizer uma palavra. Ao entrarem Draco fica a olhar para ela durante uns momentos.

- Eu vou fazer uma pergunta e quero que me diga a verdade, por favor.- diz ele por fim.- Você beijou o Nott?

- O quê? Credo, não! Porquê essa pergunta?

- Ele me disse agora que se beijaram.- insiste ele.

- E acreditou? Sério?!- ela pergunta indignada.

Draco não respondeu baixando um pouco a cabeça como se estivesse arrependido

- Eu não acredito. Como é que pode achar que eu era capaz de trair você? Não confia em mim!?

- Então não o beijou?- perguntou Draco ainda incerto.

- Oh, por Merlim não! Você quer saber mesmo o que aconteceu?!

Draco afirmou que sim com a cabeça

- Ótimo! Quando nos despedimos eu estava andando por um corredor quando ele aparece na minha frente, me agarra pelos pulsos, me empurra contra a parede e... - Joana estava explicando até que a sua voz falha.

Mas ela não precisava de continuar a falar pois Draco tinha percebido o que tinha acontecido.

Ele se aproximou e lhe deu um abraço. Joana retribuiu e afundou a sua cabeça no peito de Draco

- Desculpa... Desculpa não ter confiado em você. A partir de agora irei te perguntar antes acreditar em qualquer idiota que diga algo.

Os dois se separam do abraço olhando para cada um.

- Tudo bem. Eu percebo. Agora, podemos voltar?

- Sim claro. Mas antes...- Draco agarrou na cintura de Joana e a puxou para um beijo.- Agora podemos ir.

Saíram de dentro da sala e entraram no Salão. Quando entraram muitos ficaram em silêncio. Depois cada um deles foi para a sua mesa.

Quando Joana se sentou viu os olhares curiosos de Harry, Hermione e Ron.

- Se não se importarem prefiro não falar sobre o que aconteceu. Podemos simplesmente acabar comer?- disse ela sorrindo calmamente

- Claro.- responderam os outros três não tocando no assunto.

Quando todos acabaram de comer, foram todos para as suas salas comunais. Joana, Harry, Ron e Hermione seguiam para a torre dos Gryffindor calmamente com os outros. Mas quando lá chegaram deram com uma multidão de estudantes.

- Por que ninguém entra?- perguntou Ron

Joana espreitou por cima das cabeças que tinha na frente. O retrato parecia estar fechado

- Deixem passar, por favor - dizia a voz de Percy que abria caminho pelo meio dos alunos com um ar importante.- Porque estão aqui parados? Não me digam que se esqueceram todos da senha? Deixem passar, eu sou o Delegado dos alunos!

Se fez total silêncio nas filas da frente e um arrepio de medo se foi espalhando pelo corredor. Subitamente se ouviu a voz cortante de Percy.

- Alguém chame depressa o professor Dumbledore, agora!

Todos ficaram mais alerta após a frase de Percy e rapidamente alguém foi chamar o Diretor.

- O que se passa?- perguntou Ginny, que acabava de chegar, mas os outros quatro não sabiam a resposta.

Pouco depois aparecia o professor Dumbledore, avançando em grandes passos para o retrato. Os Gryffindor se apertaram para lhe abrir caminho e Joana, Harry Hermione e Ron conseguiram ver o que se passava.

- Oh, por Merlin!- murmurou Joana, agarrando o braço de Harry.

A Dama Gorda desaparecera do retrato que tinha sido violentamente retalhado. Tiras de tela enchiam o chão. Grandes pedaços tinham sido totalmente destruídos.

- Temos de a encontrar.- afirmou o professor Dumbledore com um olhar sombrio

- Terá sorte se a encontrar!- comentou uma voz de cana rachada.

Era Peeves o poltergeist, balançando sobra a multidão, deliciado perante a confusão e o caos

- O que quer dizer com isso, Peeves?- perguntou calmamente Dumbledore e o sorriso de Peeves afogou se um pouco.

- Está envergonhada, Vossa Senhoria. Não quer que a vejam. Estava apavorada. Eu a vi a correr pela paisagem no quarto andar, se escondendo por detrás das árvores, chorando desesperada.- Contou felicíssimo- Coitada!- acrescentou de modo pouco convincente.

- Ela disse quem fez isso?- perguntou a professora McGonagall

- Sim, Vossa Professoria - disse Peeves como quem segura uma enorme granada nas mãos.- Ele ficou furioso quando ela lhe disse que não podia entrar.- Peeves deu uma cambalhota e, declarou com um sorriso.- Que mau feitio tem esse tal Sirius Black!

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