capítulo 26( final)

Harry correu até a Joana

- Joana?- sussurou ele ao ver ela abrir os olhos.

- Harry...?- disse ela ficando sentada no chão. Viu, o Basílisco morto, o diário destruído, o Harry cheio de sangue. E então começou a chorar desesperadamente.

- Oh Harry. Eu t-tentei dizer ao c-café da manhã, mas não consegui. Tive medo que alguém descobrisse o que fiz e o-o q-que e-eu... S-s-sou...Peço imensa desculpa... Tenho a certeza de que vou ser expulsa... Por favor me perdoe!

Harry nem pensou duas vezes e abraçou a amiga.

- Ei! Ei! Tem calma. - disse ele tentando acalmá-la. - A culpa não é sua... Foi possuída e enganada pelo Riddle. E também não tem culpa de ser a... você sabe. Tenho a certeza que os professores vão entender.

- E os outros? E se todos me odiarem e ficar sem amigos?

- Você não vai ficar sozinha, eu, o Ron e a Hermione vamos estar com você. Eu prometo. Vamos agora tratar de sair daqui.

Harry a ajudou a levantar e saíram até à parte da gruta onde tinha ficado o Ron com o Lockhart.

-Ron!- gritou Harry.- A Joana está bem. Está aqui comigo.

Ron tinha conseguido mover algumas rochas e os dois conseguiram passar.

- Joana!- disse Ron a vendo na sua frente.- Está viva. Não posso acreditar. O que aconteceu?

Tentou abraçar ela, mas Joana se afastou.

- Está tudo bem, já passou tudo.- disse Ron sorrindo.- De onde veio esse pássaro?

Fawkes passara pela abertura, atrás de Joana.

- É do Dumbledore.

- E como arranjou uma espada?- diz Ron completamente confuso.

- Eu explico tudo quando sairmos daqui.- respondeu Harry, lançando um olhar de esguelha a Joana que estava quieta abraçando seu próprio corpo.

- Mas...

- Mais tarde.- Interrompeu Harry rapidamente.- Onde está o Lockhart?

- Está ali atrás. Está em muito mau estado. Não sabe quem é, nem quem nós somos, nem onde está.

Lockhart os olhou, sorrindo bem disposto.

- Olá. Que lugar estranho, este. Algum de vocês mora aqui?

- Não.- respondeu Harry.

- Já pensou em como vamos sair daqui?- perguntou Ron.

Harry abanou a cabeça negativamente. Mas Fawkes levantou vôo a olhar para eles e a fazer lhes sinal que se agarrassem a ela.

- Ela parece querer que a agarre.- disse Ron, perplexo.- Mas você é muito pesado para um pássaro.

- A Fawkes não é um pássaro qualquer.- disse Harry.- Muito bem, temos de nos agarrar uns aos outros. Professor Lockhart, agarre uma pata da Fawkes com uma mão e com a outra a mão de Ron...

- Ele está a falar com você.- disse Ron a Lockhart secamente.

- Joana você se agarra a mim e eu agarro o Ron.

Harry entalou a espada e o Chapéu Selecionador no cinto e levantaram vôo pelo cano acima. Lockhart ia comentando

- Espantoso, isto parece magia.

Os quatro tinham chegado ao chão molhado da casa de banho da Murta Queixosa. Murta arregalou os olhos.

- Vocês estão vivos.- disse ela inexpressivamente

- Não precisa se mostrar tão desiludida. - respondeu Ron.

- Onde vamos agora?- perguntou Ron.

Fawkes indicava o caminho, iluminando o corredor com o seu brilho dourado. A seguiram e pouco depois estavam no gabinete da professora McGonagall.
Harry bateu e abriu a porta.

Durante alguns momentos reinou o silêncio quando a porta se foi abrindo. Em seguida se ouviu um grito.

- Joana!

Era Mrs. Weasley, que tinha estado preocupadissima em frente do lume. Se colocou em pé num salto e seguida de Mr. Weasley lhe deu um grande abraço.

- Oh, ainda bem que está bem! Mandamos uma carta aos seus pais, mas eles não podiam vir e nós dissemos que vínhamos nós. Que bom que está viva.

Joana sorriu fracamente. Harry olhou por detrás delas. Dumbledore estava junto da lareira ao lado da professora McGonagall

- Bem, acho que agora, todos nós gostaríamos de saber como é que vocês a salvaram.- disse a professora McGonagall se dirigindo a Harry e a Ron.

Harry foi até às secretária e colocou sobre ela o Chapéu Seletor, a espada e o que restava do diário. Em seguida, lhes contou tudo o que se tinha passado

- Muito bem.- elogiou a professora McGonagall quando ele se calou.- Então, você descobriu onde era a entrada, infringindo uma centena de regras da escola pelo caminho, devo dizer, mas como diabo saíram vocês vivos de lá de dentro?

Harry então, lhes contou sobre a chegada da Fawkes e do Chapéu Seletor, que lhe tinha dado a espada. Mas, chegando aí hesitou. Até ao momento evitara se referir ao diário de Riddle ou a Joana. Ela estava junto da lareira sentada numa pequena poltrona a olhar fixamente para as chamas.
E se a expulsassem? Pensou Harry.

- O que mais me interessa saber.- disse Dumbledore amavelmente.- é como conseguiu Lord Voldemort enfeitiçar Joana?

- O quê?- exclamou Mr. Weasley, numa voz estupefacta.- O Quem-Nós-Sabemos enfeitiçou Joana? Mas como?

- Foi esse diário.- esclareceu Harry rapidamente, lhe pegando e mostrando a Dumbledore.- O Riddle escreveu nele quando tinha 16 anos.

- Fantástico.- disse Dumbledore em voz baixa.- É claro que ele deve ter sido o aluno mais brilhante que alguma vez passou por Hogwarts...Muitas poucas pessoas sabem, mas Lord Voldemort se chamava em tempos Tom Riddle. Eu próprio fui professor dele há 50 anos.

- Mas a Joana.- insistiu Mrs. Weasley- O que tem ela que ver com... Ele?

- O diário...- soluçou Joana finalmente falando algo.- Eu a-andei todo o ano a escrever nele e ele m-me respondia... Eu não sabia! Estava no meio dos livros que estavam no meu caldeirão...

- É melhor Miss Frost ir imediatamente para a enfermeira.- disse Dumbledore- Foi sujeita a uma prova terrível. Não será castigada. Repouso, cama e talvez uma caneca de chocolate quente. A mim me anima sempre. Vai ver que a Madame Pomfrey ainda está acordada. Ela tem estado a dar o sumo de Mandrágoras às vítimas do Basílisco.

Joana assentiu e foi acompanhada por Mrs. e Mr. Weasley até às enfermaria.

Ao chegar lá Mrs. Weasley explicou tudo a Madame Pomfrey. Joana escolheu se deitar numa cama no fundo da enfermaria. Olhava pela janela enquanto tomava o chocolate quente que Madame Pomfrey lhe tinha acabado de entregar.
Quando o acabou adormeceu profundamente com mil pensamentos e perguntas na cabeça

No dia seguinte, ao acordar percebe que alguém estava ao seu lado numa cadeira. Era Draco Malfoy.

- Draco?- ela perguntou para ter a certeza.

- Sim, sou eu. Como está?

- Nem sei. Como sabia que estava aqui?

- Já toda a escola sabe...- disse Draco lentamente

- Oh, que ótimo. Era exatamente isso que eu queria.- ironizou Joana.- Parece que aqui as notícias voam mais rápido que uma snitch. Só não sei como.

- É... Mas então é verdade? Você é a Herdeira de Slytherin?

- Sim, é verdade.- ela suspira

- Porquê que não me contou o que se andava a passar com você?- pergunta calmamente.

- Porque tinha medo... De ser expulsa, de perder a sua amizade, eu não queria que tudo piorasse.

- Mas você não tem culpa. Não petrificou aquelas pessoas todas por vontade própria. Além disso você nunca iria perder a minha amizade.

Joana sorriu com isso

- Obrigada. Então quer dizer que não vai querer afastar de mim?

- Está brincando? Você é a Herdeira do fundador da minha casa.- diz brincando.- Não me vou afastar não se preocupe.

E ali ficaram os dois conversando e felizmente Draco conseguiu fazer Joana esquecer todas as coisas más.

Mais tarde, quando Draco saiu, recebeu a visita do Harry, do Ron, da Mariana, da Millie e do Fred e George.  Todos eles ficaram do seu lado. Ela não podia ficar mais feliz naquele momento.
No final da tarde ela foi liberada e quando estava a passar a porta da enfermaria a professora McGonagall aparece

- Frost. O professor Dumbledore pediu para ir ao seu gabinete.

Joana assentiu com a cabeça e foi até ao gabinete do Diretor.

Bateu à porta e ouviu a voz de Dumbledore sair de lá de dentro.

- Entre.

Ela abriu a porta

- Ah, Joana! Obrigada por ter vindo. Se sente por favor.

Joana obedeceu.

- Então, como está se sentindo com tudo o que aconteceu?

- Não sei muito bem. É muita coisa para assimilar.

- Eu compreendo. Como já deve saber, infelizmente, não consegui omitir a toda a escola tudo o que se passou.

Joana não respondeu e Dumbledore continuou a falar.

- Como já tinha dito, não vai ser castigada nem expulsa. Sei que tudo foi por culpa do Lord Voldemort. Sinceramente, tenho de lhe dizer que os anos a seguir, não irão ser fáceis, por isso a aconselho a sempre que precisar, falar com alguém. Não está sozinha.

Joana acenou com a cabeça.

- E deve sempre lembrar que ser a Herdeira, não irá definir quem você é. Você faz as suas próprias escolhas.- e sorrindo para ela concluiu.- E mais uma coisa. Lembra da pequena sala em que encontrou o espelho no ano passado?

- Sim...

- Então, a sala não é utilizada, por isso fica para você, para se alguma vez precisar de estar sozinha e ver a maravilhosa vista que dali se vê. - E piscando o olho, ele lhe entregou uma chave. Joana percebeu que devia ser a chave da porta da sala.

- Muito obrigada, Professor Dumbledore.

- De nada. Agora pode ir e aproveita o banquete.

Joana saiu da sala e se dirigiu ao Salão. Um sentimento de receio apareceu dentro de si. Mas tentou ser forte e entrou no Salão.

Quando todos se aperceberam que ela estava ali, todos os alunos a olharam.
Joana tentou a todo o custo ignorar e viu Harry, Ron e Hermione que olhavam para ela também. Eles sorriram e fizeram sinal para que ela fosse até eles.
Rapidamente ela foi e se sentou ao lado de Hermione e a abraçou brevemente.

- Olá! Ainda bem que está bem...

- Sim, é bom estar de volta. E não se preocupes eu já soube de tudo e não te culpo de nada. Não é culpa sua.

Sorriram uma para a outra.

Tirando os olhares, Joana achou o jantar perfeito. Nem soube dizer que parte foi melhor. Se foi quando a professora McGonagall anunciou que os exames tinham sido cancelados, se foi quando Hagrid entrou pelo Salão de volta de Azkaban, ou se foi a parte em que os Gryffindor ganharam pela segunda vez a Taça das casas.

No final do banquete Dumbledore anunciou que o Professor Lockhart tinha perdido o emprego, pois a memória não tinha sido restaurada e que o dia seguinte era o último do ano, e todos iriam voltar para casa mais cedo.

- Que pena que ele foi embora.- ironizou Ron sobre a partida de Lockhart.- E eu que já começava a gostar dele.

No dia seguinte depois de todos arrumarem as suas coisas e de se despedirem entraram no comboio para voltar para casa. Estavam todos muito cansados por causa da noite anterior e a maior parte das pessoas adormeceu durante a viagem.

Joana antes de adormecer ficou a pensar.
Era a Herdeira de Slytherin, seria por isso que tinha ficado com os olhos verdes no ano passado ao ver Voldemort? Os herdeiros poderiam ter alguma ligação? Por tudo o que ela descobrira, era bem possível.
Algo lhe dizia que os próximos anos não iriam ser fáceis. Mas iria tentar ser forte e lutar contra qualquer obstáculo.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top