capítulo 17
Ron e Hermione levaram Joana e Harry para a sala comum dos Gryffindor o mais rápido que conseguiram.. Joana estava muito confusa. Porque é que os amigos reagiram assim de repente.
- Vocês são os dois Ofidioglotas. Porque é que não nos disseram?
- Nós somos o quê?- perguntou Harry que tal como Joana não estava percebendo nada.
- Ofidioglotas!- exclamou Hermione.- Falam com cobras.
- Eu sei.- declarou Harry. - Que dizer, essa foi a segunda vez. A outra foi há muito tempo no jardim zoológico quando soltei uma jiboia. Mas sem querer claro. Ela estava a tentando me dizer que nunca tinha estado no Brasil... É uma longa história.
- Bem, a mim foi a primeira eu acho. Mas e então? Aposto que muitas pessoas por aqui fazem o mesmo.
- Não fazem, não.- afirmou Ron abanando a cabeça.- Não é um dom muito comum. Isso é mau.
- Mas porquê que é mau?- disse Joana- O que é que se passa com as pessoas? Nós apenas dizemos para a cobra não atacar o Justin...
- Ah, foi isso que vocês disseram?
- Que quer dizer?- perguntou Harry.- Você estava lá, ouviu perfeitamente o que dissemos.
- Nós os dois e toda a gente apenas vos ouviu a falar Serpentês. A língua das cobras. E não admira que estivessem todos assustados, ninguém além de vocês os dois sabe o que vocês disseram.
Joana estava cada vez mais confusa, assim como Harry. Como é que podia ter falado noutra língua sem dar conta?
- Será que podem explicar o que há de mal nisto tudo?- Joana pergunta querendo entender.
- Porque falar com cobras foi a arte pela qual Salazar Slytherin ficou conhecido. Por isso é que o símbolo dos Slytherin é uma cobra.- explicou Hermione.- Agora vão pensar que um de vocês é o herdeiro de Slytherin.
- Mas não somos.- disse Harry com toda a certeza.
- Bem, o Salazar viveu há mais de mil anos. Pelo que sabemos podem ser.- disse Ron.
Durante a tarde Joana foi para a biblioteca. Não parava de pensar no que Ron e Hermione tinham dito.
- Olá!- disse uma voz que a tirou dos seus pensamentos.
Era a Mariana Lee.
- Olá.- respondeu Joana dando um pequeno sorriso
- Então, como tem andado?- ela pergunta se sentando numa cadeira.
- Bem.- disse Joana dando de ombros não muito animada.
- Tem a certeza? A sua cara diz outra coisa.
- Está bem, está bem. Eu ando dormindo meio mal e ultimamente tenho andado com pesadelos mas não é nada demais. Mas então e você?
- Se fosse diz que não é nada demais, vou acreditar, mas melhor tentar descansar melhor...bem, eu ando ótima. Tenho uma novidade!
- Ok, conta.- pergunta interessada.
- Eu e o Fred...saímos juntos.- Mariana conta animada, oh, o amor jovem.
- Sério? Quando? Conta tudo agora!
- Então foi assim. Nós fomos no campo de Quidditch. Eu não sou muito a jogar Quidditch mas Fred insistiu a me ensinar e precisava de ajuda para treinar um pouco. Rimos bastante e nos divertimos, foi muito bom. E de repente eu me desequilibrei e cai da vassoura, porque como falei, sou péssima mas felizmente Fred me apanha nos seus braços... - Mariana faz uma pausa e olha para a janela com um olhar sonhador. Depois continuou.- ele depois me levou para o chão e ficamos ali a olhar um para o outro. Não aconteceu nada demais, mas só isso me deixou feliz.
- Oh, que fofos, só consigo imaginar você com vergonha.
Mariana riu confirmando isso com a cabeça.
- Depois ficamos sem saber o que dizer ou fazer. Ele me soltou perguntando se eu estava bem, eu disse que sim e sorrimos. Depois voltámos para o castelo.
- Aí, você toda apaixonadinha que coisa mais linda.- Joana brinca sorrindo
- Eu sei. Então e você e o seu cavaleiro de cabelos loiros.
- Não nos falamos desde o beijo. Dizemos que íamos fingir que nada aconteceu mas é um pouco difícil.
- É, imagino. Mas têm de falar um com o outro. E agora mudando de assunto... Que história é essa de você falar Serpentês? A escola toda está comentando isso por aí sobre você e o Potter!
- Ah... você já sabe... Bem sinceramente não sei. Nem eu sabia que conseguia. Falei com a cobra por impulso. Não sei explicar. Não quero falar muito sobre isso.- ela pede
- Tudo bem, eu respeito, não faço mais perguntas. Agora tenho de ir, combinei me encontrar com o Fred, ele vai me ajudar numa matéria. Adeus.
- Adeus.
Assim que Mariana saiu, Joana decidiu fazer o trabalho de poções.
E mais uma vez foi interrompida por uma voz à sua frente.
- Olá Joana, podemos falar?
Era nem mais nem menos Draco Malfoy.
- A... Olá Draco. Claro.
Ficaram os dois em silêncio, não sabiam como começar uma conversa naquele momento.
Joana decidiu quebrar o silêncio.
- Então... Como estão as coisas? Anda tudo bem?- ela pergunta
- Bem, muitos trabalhos mas tirando isso está tudo bem eu acho. E com você?
- Sim também acho que está tudo. Então, vai ficar aqui na escola no Natal?
- Sim, vou.- ela confirma.- E você?
- Também. Os meus pais vão viajar em trabalho então vou ficar cá. E você? Porque é que fica aqui?
- Não sei, acho que prefiro variar esse ano, não deve ser mau o Natal aqui.- Draco diz dando de ombros.
- Não, acho que não é.- Joana diz sorrindo.
- Então e como se sente com tudo o que está acontecendo?- disse Draco hesitante tentando puxar esse assunto.
- Com o quê?- ela pergunta
- Isso tudo da Câmara. Pelo que se sabe e se notou os que estão sendo atacados são os nascidos Muggle. Por isso me promete uma coisa.- ele pede a olhando.
- O quê?
- Que vai ter cuidado. Não quero ir visitar você na enfermaria por ter sido atacada.- disse Draco num tom preocupado
Joana sorriu, e Draco também.
- Não se preocupe eu vou ter cuidado.- ela garante a ele.
- Ainda bem.
Voltaram ao silêncio. Passado uns segundos foi Draco a quebrar ele dessa vez.
- Porque que isso está sendo tão estranho?- ele pergunta
- Não sei. Só sei que estamos a ser idiotas. Afinal, foi só um beijo e combinámos fingir que nada aconteceu. E olha onde chegamos.
- É... Sabe, foi o meu primeiro beijo.- ele diz meio envergonhado, como se não fosse normal.
- O meu também. Eu acho que isto é ridículo. Eu acho que não devíamos ter nos afastado por causa de um simples beijo.
- Concordo. Então estamos bem?- ele pergunta querendo ter a certeza.
- Claro que sim. - respondeu Joana
Ambos sorriram
- Ah, e muito obrigada pelo desenho. Aquele que me deu nos meus anos. Está muito bonito, gostei muito.
- Ah, não foi nada demais.- ele diz
- Não sabia que desenhava.
- Às vezes desenho, quando encontro a inspiração certa.- ele diz sorrindo.
Depois Draco tirou as suas coisas de transfiguração da mala e ficaram a fazer os trabalhos juntos.
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