Adentro a sala de aula com tédio, eu estava no meio do meu último ano e eu ouvi que iam fazer uma modificação nas salas, uma troca de alunos. Olhei em volta notando que não havia mais o tumulto diário, vi um garoto conhecido que não estava aqui antes.

Ele era conhecido como o estranho psicopata do colégio, mas seus olhos me mostravam tanta tristeza que eu não conseguia sentir nada além de compaixão, e atração porque ele é bonito demais.

Eu havia terminando com Kaya há uma semana, havíamos visto que não nos sentimos atraídos de forma romântica sexualmente e eu percebi que sou bissexual.

— Bom, foda-se — murmuro para mim mesmo e caminho até o garoto de cabelos escuros de expressão ameaçadora e sentei ao seu lado, decidido ser sua dupla nas aulas.

Ele me olhou erguendo a sobrancelha em confusão e surpresa, ninguém se aproximava dele aparentemente.

— Acho que sentou no lugar errado — ele diz baixo e porra...que voz é essa?!

— Na verdade você que sentou no lugar da minha dupla, mas pode ficar — digo e sorri de canto para ele, que me analisou e assentiu.

Eu sabia mais do que ele achava, eu sabia que ele me conhecia, e ele também sabia que eu o conhecia, nos corredores da escola há mais troca de olhares do que possa se perceber completamente.

— Que aula é agora? — ele perguntou e eu fechei os olhos deitando minha cabeça na mesa.

— Artes — murmuro e vi seus olhos brilharem por uma fração de segundos.

Ah então ele gosta de artes...

— Valeu — ele diz e pega dois cadernos de desenho.

Arqueei a sobrancelha até que vi que um está novo e o outro já parecia estar sendo utilizado. O garoto abriu o caderno e eu pude deslumbrar o primeiro desenho, era uma glock que tinha acabado de disparar e havia gotas de sangue na ponta dela escorrendo até pingar em algum chão desconhecido.

Eu não conseguia ver uma assinatura no desenho, algo que devia ter, mas talvez ele não queria que saibam que ele quem desenhou se achassem o caderno.

— Isso está incrível — sussurro para mim mesmo observando o desenho e vi o seu olhar desviar para mim.

— Valeu — ele diz e volta a virar as páginas.

Esse jeito fechado e até meio tímido era interessante, sua postura era tensa o tempo todo e em seus olhos havia um vazio. Eu me aproximaria, eu sinto que devo me aproximar e cuidar dele.

Me aguarde, garoto cujo nome ainda desconheço.

Hi pessoinhas

Esse é o prólogo, como viram, tudo vai andar bonitinho antes Hehehe eu espero que eu consiga aproximar ele com mais rapidez mas sem forçar. Enfim, não vai ter notas da autora mais, só se eu precisar avisar algo, espero que tenham gostado.

Beijos, Bye.

20/03/2022