Capítulo 40 🔪
3 SEMANAS DEPOIS.
Haviam se passado semanas e o julgamento dos meninos aconteceu. Nesse dia foi quase impossível ajudar a controlar a ansiedade de Jhonny, parecia que a qualquer momento ele invadiria as bancas e levaria seus irmãos consigo. Mas deu tudo certo e agora só faltavam algumas papeladas para que eles fossem soltos. Eu ainda não fui apresentado à eles, só os vi de longe na audiência e não poderia vê-los agora. Já que voltaria para casa antes do previsto.
— Você tem mesmo que ir? — meu namorado me pergunta pela trigésima vez, resmungando contra o meu pescoço.
— Tenho amor, eu não posso remarcar meu exame de motorista. Além de que tenho que visitar a minha mãe e ver mais umas coisas.
A última parte eu disse baixinho, eu precisava falar com a minha mãe sobre o fato do meu vício antigo estar voltando a me atormentar. Eu não queria isso de novo, e tinha vergonha demais de falar para o Jhonny sobre isso.
— Acho que você se cansou de ficar vinte e quatro horas comigo. — ele diz com a voz tristonha e eu mordi sua bochecha levemente, mesmo que tenha me irritado com a sua fala.
— Seus lábios fazem mais do que dizer merdas
que não fazem o menor sentido, então só me beije. — digo e ele me olhou atentamente, beijando meus lábios com carinho e amor, me fazendo suspirar e acariciar seu rosto. Me afasto e beijo a pontinha do seu nariz. — Para de dizer bobagens, eu amo estar ao seu lado, sempre.
Ele ficou com as bochechas coradas e assentiu, beijando meus lábios em um selinho.
— Você...pode fazer um favor para mim, precious? — pergunta e eu murmuro uma concordância, esperando. — Você pode ir até a minha casa e arrumar dois dos quartos de hóspedes para os meus irmãos? Quero que eles morem comigo de novo, por um tempinho.
Ri baixinho e coloquei seu cabelo para trás.
— Claro que sim, e vou cuidar do Jo, até você chegar. — prometo e ele abriu um grande sorriso, me fazendo derreter de amores por ele.
— Uhum. — concordou e arrastou o nariz pelo meu pescoço, se aconchegando em cima de mim e eu beijo seu ombro, fazendo carinho no seu cabelo.
— Tem que me deixar no aeroporto, amor. — digo e ele choramingou como um bebê, me fazendo ter vontade de morder ele.
Ele se levantou e eu vi ele com uma careta descontente, me fazendo querer rir.
Termino de arrumar minhas coisas e fomos até o aeroporto, daqui dois dias ele voltaria para casa com seus irmãos, já que eles seriam libertos amanhã.
— Até logo meu amor, eu te amo. — digo com um sorrisinho e seguro seu rosto em minhas mãos.
— Até logo...vou sentir sua falta. — diz baixinho e beija meus lábios com lentidão, me fazendo suspirar e juntar nossas testas. — Eu te amo.
Entro no avião e me sento no meu lugar, sentindo uma grande saudade no peito. Era estranho saber que ficaria longe dele por dois dias, nunca ficamos longe um do outro desde que nos conhecemos, mas sabia que não podia ficar dependente da sua presença.
Ao chegar em casa, senti meu celular vibrar e vi que era Jhonny, me fazendo rir e atender.
— Que timing foi esse? Acabei de chegar em casa. — digo me sentando na cama e começando a tirar as coisas da mala.
— Eu calculei seu tempo de viagem e quanto tempo levaria para chegar em casa... — diz parecendo estar com a cara no travesseiro e eu gargalhei.
— Entendi, e como você está? — pergunto enquanto guardo minhas roupas limpas e já deixando as sujas separadas para lavar.
— Ansioso e com saudades, queria você aqui. — diz sincero e eu sorri.
— Eu também, mas logo nos veremos e depois temos que conversar. — digo meio tenso e o ouvi dando um pulo na cama.
— O quê? Sobre o quê? — pergunta desesperado. — Você quer terminar comigo? Eu paro de ser tão grudento, eu, eu não te deixo ter nenhuma responsabilidade com a minha família, mas...— diz rapidamente e eu o interrompi.
— Boo, se acalma! — digo alto para que ele pelo menos respirasse. — Eu não vou terminar com você, eu te amo do seu jeitinho e te ajudo porque eu quero, é sobre mim, um problema que eu tenho, só isso.
Ele parecia estar mais aliviado pelo seu suspiro.
— Você me assustou...— murmura e eu ri baixinho.
— Desculpe.
Ficamos por alguns minutos no telefone até que desliguei para tomar um banho e ir até a casa da minha mãe, de lá eu já iria para a casa de Jhonny e arrumaria tudo por lá. Ao chegar, toco a campainha e minha babá atendeu a porta, me fazendo sorrir.
— Lily! — digo animadamente e a abraço, fazendo-a rir e me abraçar de volta.
— Que bom que está bem, menino. — diz e se afasta e me dá espaço para entrar.
— Mamãe está em casa? — pergunto e ela apontou para o quarto, assenti e deixei um beijo no rosto de Lily.
Sigo até o quarto da minha mãe e abro a porta com intimidade, vendo ela deitada assistindo novela, ri e entrei, me jogando ao seu lado.
— Lembrou que tem mãe? — pergunta fazendo carinho no meu cabelo e eu ri.
— Sim, tava com saudade. — digo e ela soprou um riso curto.
— Aconteceu alguma coisa? Seu pai falou que te viu, e que está namorando um garoto com irmãos presos. — diz me olhando e eu mordi o lábio, meu pai é muito fofoqueiro.
— É verdade, mas ele é uma pessoa incrível e atenciosa. — digo calmo e ela acenou com a cabeça. — Vou apresentá-lo a vocês adequadamente depois.
— Tudo bem, me avise e vou fazer um jantar ou um almoço. — diz e eu concordei, sorrindo. — Mas então, o que aconteceu?
— Vim falar sobre cigarro...estou quase tendo uma recaída, parece que minha boca e meus dedos estão sempre formigando, que minha ansiedade só pode diminuir fumando alguma coisa, estou com medo mamãe. — digo sincero e deito a cabeça no seu colo.
— Já pensou em voltar para a terapia? E ir usando coisas para enganar o vício, como pirulitos, chocolates ou picolés? — pergunta com a voz carinhosa e fazendo carinho no meu cabelo e eu neguei.
— Estava muito nervoso para pensar nisso, Jhonny ainda não sabe. — digo baixinho.
— Jhonny é o seu namorado? — pergunta e eu concordei. — Então fale com ele, você esteve tentando tirar os irmãos dele da cadeia e acha que deve esconder que não pode chegar perto de cigarros porque está quase tendo recaída? Que besteira é essa?
— Eu sei, vou contar quando ele voltar. — disse e ela assentiu.
— Vou entrar em contato com a sua psicóloga e te aviso, tudo bem?
— Ok, obrigado. — disse me aconchegando nela. — Eu te amo mamãe.
— Também te amo, meu raio de sol.
Hi pessoinhas
Eu criei uma playlist para a fic no Spotify, se tiverem ideias de músicas para adicionar, me digam, vou pôr o link no meu perfil, mas é só pesquisar JHONNY - wtt, que vai estar lá. Espero que tenham gostado do capítulo.
Beijos, bye.
19/01/2025
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