Capítulo 23 🔪
Mesmo a contra gosto eu o observei sair, sentindo um aperto sufocante no peito que eu sabia que era ciúmes, respiro fundo e subo na moto indo em direção à minha casa. Abro a porta e vejo Tristan balançando levemente João no colo para fazê-lo dormir e sorri entrando e fechando a porta atrás de mim.
— Boa tarde. — digo com a voz mais baixa para não o acordar e Tristan me olha, sorrindo e me cumprimentando com a cabeça.
— Como foi no colégio hoje? — ele pergunta baixo e eu dou de ombros suspirando.
— Estranho, é anormal eu estar conversando com outras pessoas. — admito e vou até ele, me sentando no sofá enquanto ele está em pé ao meu lado.
Tristan ergue as sobrancelhas surpreso, mas eu pude ver ele só manear com a cabeça em concordância.
— Realmente anormal, mas não necessariamente ruim. — ele diz e eu não podia discordar. Mas eu ainda não me sentia confortável com isso, todos que eu tinha saíram da minha vida uma vez, me apegar a muitas pessoas e perdê-las seria um buraco profundo demais, não quero passar por isso de novo. — Fico feliz que se abra um pouco mais.
Assenti tentando espantar os pensamentos e o vi parar de se mexer e se virar totalmente para mim e trazer uma mão aos meus cabelos, os bagunçando.
Tristan era um caso meio estranho para mim, uma hora eu me permitia ter uma grande intimidade com ele, em outra eu preferia manter distância, talvez um mecanismo de defesa, mas ele parecia não se importar.
— É, acho que sim. — digo e me levanto pegando minha mochila e indo até o meu quarto, a colocando lá dentro e trocando as calças jeans por um moletom, vejo ele sair do quarto de João e sorri sem mostrar os dentes. — Está com fome?
Vi ele colocar a mochila nos ombros e me olhar erguendo as sobrancelhas em questionamento.
— Um pouco — admitiu e eu peguei o celular me jogando no sofá.
— Sushi? — pergunto e o ouvi rir ao se sentar do meu lado e deixar a bolsa na poltrona novamente.
— Nem precisa perguntar — disse e eu só sorri levemente lhe entregando o controle da TV e ele a ligou, colocando na série que compartilhamos o gosto, Supernatural.
Peço duas barcas de sushi e apenas espero enquanto a tarde vai passando e nós dois estávamos em silêncio assistindo a quinta temporada de Supernatural.
— Jhonny? — ele chamou e eu o olhei, vendo que ele tinha meu celular em mãos e lá marcava uma ligação, Harry estava me ligando.
— Ah, obrigado. — digo e pego o celular vendo que já marcava mais de sete da noite, atendo o telefone sem sair do lugar. — Alô...
— Oi boo, como você está? Já comeu? — senti minhas bochechas esquentarem com a preocupação natural em sua voz e eu olhei para Tristan, que não me olhava.
Eu agradecia o espaço e privacidade que ele me dava.
— Estou bem, ainda não, pedi sushi para mim e Tristan, mas não chegou ainda. — digo e ouvi a linha ficar muda por alguns segundos, olhei para ter certeza que ainda estava na ligação e, sim, estava. — Harry?
— Desculpa, o Tristan está aí? Desde quando? — ele pergunta e eu fiquei confuso.
— Desde que eu sai para o colégio de manhã... — digo lentamente e ouvi ele coçar a garganta. — Você está bem?
— Estou, é só ciúmes, enfim, João está bem? — ele peguntou e eu sorri.
— Está bem, está dormindo há duas horas mais ou menos. — digo e eu pude ouvir risadas vindo do fundo, me fazendo perceber que ele ainda estava com os amigos. — Por que ligou?
— Só queria saber como você estava e se estava com fome, levaria comida para você. — Harry diz e eu senti meu coração acelerar.
— Obrigado...por se preocupar. — digo realmente sem jeito.
— Não tem que agradecer, eu vejo você...até amanhã. — ele diz e eu sorri mais ainda, ouvi baterem na porta e Tristan se levanta indo abrir e pegando nosso sushi.
— Eu vejo você precious. — sussurro e desligo o telefone.
Vejo Tristan trazer as barcas de sushi e deixar na mesa na nossa frente e indo buscar um garfo para mim, porque sou um desastre com hashi.
— Você parece feliz com ele, que bom. — ele diz após alguns minutos e eu o olhei, vendo felicidade genuína no seu olhar e eu sorri de verdade para ele.
Senti meu celular vibrar novamente no meu colo e eu o olho, vendo um número desconhecido brilhar na tela, logo eu atendi o celular podendo ser qualquer pessoa.
— Alô? — pergunto e eu ouvi uns sons de música no fundo.
— Olá, você é Jhonny Parker? — ouvi uma voz feminina e eu paralisei ao reconhecê-la, junto com o sobrenome que há tempos eu não ouvia.
— Alícia — digo o nome da minha mãe com frieza, mas meu corpo tremia.
Hi pessoinhas
Mais um capítulo deles e sim, eles são perfeitos e o Tristan é uma pessoa incrível, um nenê Hehehe gosto de desenvolver os relacionamentos deles com outras pessoas também, espero que tenham gostado.
Beijos, Bye.
17/03/2023
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