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- Não! - Louis negou, saindo da sala e puxando Harry pelo braço até ao seu quarto e fechando a porta com a chave depois. - Eu sei o que você está pensando. - Louis encarou Styles, sentado no canto da cama, os pés cruzados e olhando os dedos no próprio colo, cabeça baixa. - É mentira sabe? - Ele continuava andando de um lado para o outro. - Eu nem ao menos traí Stan. E você precisa saber. Precisa mesmo. - Louis afastou o cabelo para trás, puxando as pontas e encostando-se na porta, suspirando algumas vezes antes de continuar para um Harry cabisbaixo. - A minha relação com Stan era compulsiva. Ninguém queria sair dela porque juntos nós eramos alguma coisa. É idiota, mas as pessoas tinham medo de nós, lá no colegial. Então nós brigavamos muitas vezes porque Stan era um bastardo de ciumento, mas nós nunca realmente acabavamos. E nesse tempo Stan sempre ficava com outras pessoas e eu... Eu estava farto. De verdade. E então Zayn... - Louis suspirou pesado. - Zayn entrou nessa merda, dizendo que eu não gostava realmente de Stan. E eu era tão burro que eu contei para ele. - Outro suspiro. - E eles brigaram. Zayn acabou no hospital e... Não foi bonito. Não falei com Stan por semanas, querendo provar para ele que eu podia sim, terminar com ele. E então Zayn estava lá, me mostrando que havia mais do que Stan. E ele nem ao menos é gay, sabe? Ele só... Ele estava sendo meu amigo. Problemas de sexualidade? Era isso, esses problemas. Então ele me deixou beija-lo. Nós estávamos tentando perceber se eu era gay ou se era só Stan. E... Que porra. Ele meteu na cabeça que eu o traí e não foi assim. Ele que me traiu, mas ele sempre vira o jogo a seu favor e é uma merda porque eu acabo sempre perdendo. Ele fica tirando as coisas de mim na esperança que eu vá voltar para ele, porque isso aconteceu por anos... Mas não mais. - Louis suspirou, aliviado por ter terminado e então aproximou-se de Styles, se abaixando na sua frente e pegando a sua mão. - Hazz... Não deixa ele te tirar de mim. Essas merdas todas estão no passado, mas ele fica as trazendo e eu não- - Louis fungou. - Não deixa. - Ele sussurrou, baixando a própria cabeça.

- Porque isso dói tanto em você? - Harry perguntou, puxando Louis para cima, o deixando mais alto, e colocando as mãos na sua cintura. - Você... Você ainda gosta dele?

- Não. - Respondeu, pegando cada face da cara de Styles e levantando de leve a sua cabeça. - Definitivamente não. Não gosto dele em um longo tempo agora.

Styles abraçou a cintura de Louis, encostando a cabeça na sua barriga e o apertando com alguma força.

- Vou mandar ele embora. - Louis disse depois de um longo suspiro. - Ele não pode continuar arruinando a minha vida.

-X-

Louis estava deitado, encarando o teto e vendo a luz da rua, que entrava pela janela aberta, assombrar o quarto, lhe dando pouca luz. Não era muito tarde, mas Harry já dormia ao seu lado, encolhido no seu próprio corpo.

Então Louis levantou, pegando o telemóvel e abrindo a janela, apoiando lá os braços e discando o número da sua mãe.

(LOUIS NORMAL - MÃE ITÁLICO)

- Louis?! - Ela disse rapidamente.

- Oi. - Falou baixinho.

- Lottie me disse que andava ocupado com a faculdade, por isso não liguei.

- Sim, é verdade. - Confirmou. - Como você está?

- Sobrevivendo. - Retrucou entre um suspiro. - E você? Eu soube que tem um namorado. Isso bom, não é?

- Sim.

- Ele é bom com você?

- Completamente. Mas Stan está cá.

- Louis... - Ela suspirou pesado. - Não volte com esse garoto, você sabe o que ele faz com você.

- Eu não vou. Tenho Harry agora.

- Harry? - Repetiu. - É assim que ele se chama?

- Hum, sim.

- Nome bonito.

- Ele é bonito também. Acredite, todo ele. Você vai adora-lo.

- Lottie disse.

- Hum.

- Então isso é para durar?

- Esse é o plano.

- Então você sabe o que tem de fazer.

- Sim. - Suspiro.

- E está pronto para isso?

- Harry... Ele... - Por momentos Louis olha para trás, verificando o mesmo dormindo. - Ele merece isso.

- Estou feliz por você, querido.

- Queria te perguntar algo antes. - Louis disse, achando que a ligação ia cair.

- Tudo, meu amor.

- Eu... Eu posso levar ele?

- Onde?

- Para aí. Para nossa casa. No Natal. Estou indo para aí no Natal e quero levar ele. Na verdade, eu já o convidei. E bom... Nós estamos indo.

- Querido... - A mãe lacrimejou.

- Não. Não chore. Você sabe que eu odeio isso.

- É que... Você está mesmo vindo? Trazendo seu namorado para eu conhecer?

- Sim, você. A família. - Louis suspirou, assustando com o rumo que a conversa ia tomar. - Mamãe... Não vamos estragar esse Natal, por favor.

- Louis-

- Não. - A cortou. - Você sabe que eu não vou voltar e fica insistindo, estragando o Natal para toda a gente.

- Tudo bem Louis. - Ela desistiu. - Não é intencional sabe...

- Tudo bem.

- Tudo vai correr bem dessa vez. Excepto se esse Harry for outro Stan e eu tiver que o pôr a dormir na rua.

- Mãe... - Louis riu, começando a fechar a janela. - Harry não é nada como Stan. Ele é... Certo? Eu não sei explicar.

- Só... Trate ele bem, querido. Se isso é de verdade eu não quero você estragando por bobisses, como das outras vezes.

- Das outras vezes não era sério. Nunca foi.

- Só quero o melhor para você.

- Eu sei. Eu te apresento ele no Natal. - Brincou, se referindo ao "melhor"

- Gosto de ver você assim. - Declarou. - Me faz lembrar o velho Louis.

- Ele está voltando mãe, ele está.

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