Vingança - Parte II

⚠️Aviso: Esse capítulo contém cenas de tortura e pode causar desconforto. Leia por conta e risco. Para quem simpatiza com esse conteúdo, espero que gostem.⚠️







        — Estava à espera de uma boa companhia. — O respondi fingindo um sorriso sexy, quando na verdade a minha vontade era de socar a cara dele até ver a cor de seu sangue.

      — Mas isso eu garanto que você encontrou. — Ele acenava para o barman que trazia duas doses de whisky.

      — Isso é ótimo. Eu não sou daqui então estava louca para conhecer alguém. — Eu tragava meu cigarro enquanto tomava um pequeno gole da bebida. Não podia beber mais do que aquilo, mas precisava que ele bebesse cada vez mais. Eu deveria me manter plenamente consciente.

     — Logo imaginei que não fosse. Você é diferente das outras mulheres que já conheci, tem algo diferente no olhar. — Ele se aproximava de mim, fazendo-me sentir enojada com sua presença. — Mas de onde você é?

     — Sou de Luxemburgo. — Decidi mentir para evitar maiores suspeitas da parte dele.

      — Você veio de muito longe. Por que decidiu vir para cá? — Ele fazia muitas perguntas e eu não podia me perder em nenhuma delas.

      — Vim à passeio. Sempre tive curiosidade em conhecer o Brasil. Mas deixemos de falar um pouco de mim. Me fala sobre você agora. Qual seu nome?

     — Pode me chamar de Gael. E qual o nome dessa bela dama à minha frente?

     — Kiara. Prazer! — Não é difícil imaginar o motivo de eu também ter mentido meu nome. Ele pegou minha mão levando até seus lábios e beijando-a.

    Ficamos ali conversando e bebendo por mais algum tempo, eu fingia que bebia e o via ficar cada vez mais embriagado. Também pude notar alguns homens ao redor do local que ficavam nos observando à todo momento. Com certeza eram capangas dele que ficavam vigiando-o.

    — Sabe, eu gostei de você Gael. — Fui até seu colo, me sentando sobre o mesmo sentindo sua mão deslizar por toda a extensão da minha coxa. — Nós poderíamos ir para algum lugar mais... reservado. O que acha?

       — Eu só estava esperando você pedir. — Ele grudou sua mão em minha nuca selando nossas bocas em um beijo feroz e desconfortável. Sua embriaguez era nítida até mesmo em sua forma de beijar que estava completamente sem ritmo e o gosto do álcool era predominante. Quando o beijo finalmente terminou eu me levantei vendo ele fazer o mesmo, porém ao contrário de mim ele estava perdendo um pouco do equilíbrio e precisou que eu o segurasse levemente. — Relaxa gata, meu motorista vai nos levar até a minha mansão. — Aquilo era perfeito. Ele bêbado queria se mostrar para mim me levando para debaixo do seu próprio teto, exatamente aonde eu precisava estar.

     Entramos no carro luxuoso que começou a percorrer a cidade. À todo momento ele passava sua mão por cada extremidade do meu corpo enquanto as luzes das ruas passavam como flashes por meus olhos. Toda aquela situação era desconfortável, mas nada que eu já não tivesse vivido antes. Aturar homens passando suas mãos por meu corpo e depois mata-los já não era nenhuma novidade para mim. Nas primeiras vezes eu me sentia suja, me sentia péssima por deixar aquilo acontecer, mas depois de um tempo, aquilo só me dava ainda mais prazer quando eu fosse exterminar eles e era exatamente isso que estava me ajudando à aturar as investidas de Gael. Ch

     Chegamos à mansão que eu sabia que era na verdade a mansão do Jared. Era realmente um palácio, cheia de enormes janelas que davam-lhe um charme colossal, a cara dele. Nos entramos e para todo lugar que eu olhava, imaginava meu amigo residindo alí. Todos aqueles pensamentos me mantinham ainda mais focada no que vim fazer. Por sorte, à essa altura do campeonato ele nem ligava mais para a mala que eu carregava comigo, estava mais preocupado no que achava que iria acontecer entre nós dois ali naquela mansão.

      — Você é tão gostosa, sabia? — Seu hálito sorte de bebida se tornava incomodo até mesmo para mim e ele fazia questão de ficar com sua boca cada vez mais próxima do meu rosto. — Eu estou louco para comer você. — Ele agarrou minha cintura beijando meu pescoço, minha única reação foi revirar os olhos. Aquela situação já estava indo longe demais e a qualquer momento eu poderia acabar me entregando. Decidi então que era hora de começar a de fato agir.

      — Então porque não vamos logo para o seu quarto? — Puxei seu rosto, encarando-o fazendo uma expressão sexy enquanto levantava minha perna passando ela na lateral de seu corpo. — Vamos ver o que você é capaz de fazer. — Lhe dei um sorriso safando vendo ele fazer a mesma coisa para mim. Ele começou a me guiar em direção de seu quarto que ficava no segundo andar. Assim que chegamos ele começou a me agarrar e me beijar sem nenhum receio e eu tive que empurrar ele na cama.

      — Você é muito apressado sabia. — Eu mordi meus lábios encarando toda a extensão de seu corpo, ele até tinha um bom físico e uma aparência razoável, mas suas atitudes me deixavam enojada. — Só vou deixar essa mala aqui no canto. — Arrastei minha mala até um canto do quarto, pegando uma seringa sem que ele visse, voltando até a cama dele. Comecei a subir lentamente na cama, montando em cima dele com cada uma de minhas pernas em uma lado de sua cintura, deixando meu rosto bem próximo ao dele.

     — Então... — Comecei a sussurrar em seu ouvido. — Boa noite!

    — Como assim? — Ele murmurou antes que eu enfiasse a agulha em seu pescoço, injetando ali o líquido que o fez ir ficando mole pouco à pouco. Pude vê-lo tentar me atacar enquanto eu levantava mas suas forças estavam se esvaindo de seu corpo até que, enfim, ele apagou por completo.

       Abri a minha mala tirando dali uma corda, arrastando a cadeira que se encontrava  frente à penteadeira até próximo à sua cama. Puxei ele pelos braços, sentindo o peso quase insuportável do seu corpo, mas com esforço consegui colocá-lo na cadeira. Amarrei suas mãos atrás de si seguindo para seus pés. Não tive a menor pena em apertar a corda com força até ver sua pele marcada. Tirei uma gravata de uma de suas gavetas, enfiando em sua boca para que não fosse ouvido ao acordar. Até agora, tudo corria exatamente como eu havia planejado, até eu ouvir alguém bater na porta.

     — Chefe, está tudo bem? — Um voz masculina soou do outro lado da porta. Eu não achava que um de seus capangas iria interromper o Gael enquanto ele supostamente deveria estar transando. Talvez ele tenha achado tudo muito quieto. — Chefe eu posso entrar? — Fui novamente até a mala, pegando ali a faca mais afiada que eu tinha e me posicionei atrás da porta. — Estou entrando. — Uma onda de adrenalina percorreu a minha espinha quando vi a maçaneta girar e a porta se abrir. Apenas um homem entrou, ainda sem me ver. — Gael o que aconteceu?! — O rapaz correu até ele tentando desamarra-lo, inutilmente. Me posicionei atrás dele e antes que pudesse fazer algum movimento, cortei sua garganta profundamente, vendo o sangue do capanga jorrar sobre o corpo de Gael. Era lindo ver todo aquele vermelho começar a colorir o quarto, tão vivo e com aquele cheiro tão forte. Para mim, era satisfatório.

     Fechei a porta novamente e peguei outra cadeira e sentei em frente à Gael, enquanto aquele corpo permanecia caído entre nós escorrendo sangue. Cruzei minhas pernas limpando a faca, olhando atentamente ao relógio de parede esperando à hora da minha vítima acordar. Aquele tic tac parecia infinito, o quarto agora parecia mais quente e uma gota de suor e corria por minha têmpora caindo lentamente no chão. Eu pude ouvir nitidamente aquele som, todos os meus sentidos estavam apurados e era sempre assim que ficavam quando eu tinha uma missão à cumprir. Os olhos do homem finalmente começaram a se abrir e dava para ver que ele ainda estava sonolento. Ao ver o corpo no chão, e entender a situação em que se encontrava, seus olhos se dilataram perante aos meus enquanto eu os encarava firmemente.

     — Sabe... Homens que nem você não precisam de muito para serem enganados. Apenas uma bela vagina à sua frente já é o suficiente para fazê-lo acreditar que uma mulher como eu me entregaria à um porco como você. — Seu olhar agora demonstrava fúria intensa. — Não, idiota. Eu não te achei atraente, você é simplesmente ridículo. Mas eu tenho um motivo para estar aqui. Jared. — Seus olhos novamente se arregalaram e seu corpo agora ficava cada vez mais rígido. — Você achou que tinha se livrado dele, não é mesmo? Acontece que ele nunca esteve só. Me levantei indo até ele, rasgando sua camisa com brutalidade, fazendo em seguida um corte em sua barriga ouvindo seu grito de dor abafado.

      — Mas já está gritando assim? Nos ainda bem começamos. — Eu lhe dei um sorriso sádico vendo seu corpo tremer e seu suor escorrer por todas as partes possíveis. — Ele tinha acabado de ser pai de gêmeos, você sabia? — Falei me dirigindo calmamente até minha mala tirando dali um grande alicate de corte, mostrando-o para ele que agora se debatia como louco em sua cadeira. — Shhh, não precisa ficar assim. Isso não vai doer. Pelo menos não em mim. — Seus olhos agora estavam marejados e lágrimas ameaçavam cair. Aquilo estava me irritando, todo aquele jeito de coitadinho, todo aquele drama era ridículo.

     — Vamos começar. —Posicionei o alicate em seu dedo mindinho enquanto virava seu rosto para mim e o encarava novamente. — Então, você achou que explodir o carro dele foi uma boa ideia? — Ele balbuciava algo enquanto esbravejava e eu sorri para ele fazendo-lhe paralisar. — Resposta errada! — Apertei o alicate cortando e esmagando sua pele e seu osso ouvindo um grito tão forte que quase jogou para fora o pano em sua boca. — Ah, me desculpe. Esqueci que você não pode falar, que erro meu. Assim como você cometeu um erro quando o matou. Peguei em sua outra mão acariciando-a enquanto colocava agora seu indicador entre o alicate. Ambas as mãos já estava cheias de sangue devido à estarem grudadas atrás de seu corpo. Fiz o mesmo movimento anterior ouvindo seu mesmo grito desesperado.

     — Assim ficou mais harmônico, não acha? — Me dirigi até sua frente pousando minhas mãos sobre suas pernas. — Estou me divertindo tanto. Você não está se divertindo? — Seu olhar implorava por misericórdia e aquilo só me deixava ainda mais sádica em fazê-lo sofrer. — Sabe, você tem orelhas tão lindas. — Voltei à minha postura ereta pegando a faca que eu havia deixado de lado por alguns minutos. — Seria uma pena perder uma delas. Uma pena eu não ligar para isso. — Em um corte rápido, sua orelha foi solta em minha mão, banhada à sangue. Seu urro de dor foi ainda maior assim como a quantidade de sangue que escorria.

      — Bom Gael, está tudo muito bom, mas sabe como é. Assassinado aluguel, sou uma mulher muito ocupada. — Lhe fingi um sorriso simpático seguido por um cuspe em seu rosto. — Nos vemos no inferno filho da puta. — Cortei sua garganta sendo banhada por todo aquele vermelho que se misturava ao tom do meu vestido, essa cor realmente combinava comigo.

    Olhei por uma das janelas vendo uma árvore quase encostada nela. Joguei a minha mala no jardim, pulando a janela descendo pelos grandes galhos até pular no chão. Comecei a andar em direção à saída da mansão até ouvir uma voz atrás de mim.

     — Ei, quem é você?! O que está fazendo aqui?!

      — Merda!

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