JENIFER | 01

— JENIFER BAKER:

— Você não vai a lugar nenhum!

— Ela vai sim, quem manda nessa porra sou eu!

— Ele pode ser um velho que vai sequestrar sua filha e levar pra Turquia para ser prostituta.

— Esse é o futuro dela mesmo.

— Pai! — Meredith, minha irmã mais velha, disse seguido de um suspiro. A loira se jogou ao meu lado no sofá,desistindo de discutir com nosso pai.

— Posso ir ou vou ter que usar a força do pensamento e me teletransportar ? — perguntei entediada.

Enquanto minha irmã estava super preocupada sobre meu encontro com o cara do Tinder meu pai não estava nem aí.

— Pega isso antes. — ele jogou três camisinhas de marcas diferentes do meu colo e depois colocou dinheiro na minha mão.

— Você vai mesmo deixar ela ir? — Meredith perguntou incrédula.

— Ô caralho deixa sua irmã transar um pouco. — a loira ficou vermelha e eu soube que era hora de ir.

Ainda pude ouvir os dois brigando enquanto ia até meu carro. Ia completar um mês que comecei a conversar com o Jack, enrolei o máximo que pude pra sair com ele , pois flertar na internet é uma coisa, sair de casa pra ver a pessoa é completamente diferente.

Porém depois de muita insistência da parte dele e após perceber que ele é uma pessoa divertida, acabei aceitando.

Meu celular começou a vibrar e o visor brilhar vi que eram mensagens do aplicativo, de outras pessoas e dele.

— A bicha é ansiosa ein! — falei sozinha enquanto desbloqueava o celular.

O momento em que fui ler as mensagens quase matei um casal de idosos atropelado. Falta pouco pra morrerem mesmo nem ia fazer diferença.

Parei em frente ao restaurante que Jack marcou, achei bem clichê mas não discuti, convidado não discute quando é chamado pra comer de graça.

— Jenifer? — me viro ao ouvir a voz masculina chamar por mim. Jack era totalmente diferente do que imaginei porém isso me reconfortou.

— Hey, Jack! — abracei ele, beijando seu rosto.

— Você, definitivamente, não é um travesti. — gargalhei com seu comentário.

— Sou sim porém bem disfarçado. — tentei engraçar a voz. — e você não é um velho que vai me sequestrar, levar pra Turquia e me fazer de prostituta.

Seu rosto foi tomado por uma feição estranha.

— A gente vai comer ou não? — perguntei.

— É claro.

Ele me levou até o lado de dentro do restaurante, nos sentamos em uma mesa mais reservada. A conversa até que estava boa mas ele parecia um pouco tímido e tenso.

— Você precisa relaxar mais. — sacudi seus ombros. — Quer um beck?

— Ah não! — Jack bateu na testa. — um dia eu conheço alguém que não seja drogado.

— Me respeita! Vai me dizer que você não fuma? — arqueio uma sobrancelha.

— Hora se não, passa pra cá o bagulho.

Encontrei o amor da minha vida é isso.

— Aqui não né bocó! — Jack sorriu colocando dinheiro em cima da mesa.

— Assim sabe — ele iniciou enquanto fumávamos, já do lado de fora. — você não tem nenhum ex psicótico que dê surtos e queria voltar com você, né?

— Sou muito bem resolvida com minhas últimas relações. — sorri. — você tem o psicológico fodido?

— Depende do dia, mas tem que rir da própria desgraça né!

— Gostei de você.— vamos casar na semana que vem.

— Também gostei, acho que vai da certo.— ele soltou a fumaça quase na minha cara. — ah meu amigo quer sabe se você curte a três?

— Até a cinco.

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