Gatinho

Yo minna!

Para melhorar o tempo de atualizações e estabelecer uma rotina melhor para escrita, decidi que as atualizações das minhas 4 histórias serão fixas a cada duas semanas. 

Essa semana teremos atualização de Jellyfish e Os Gêmeos Scamander e na próxima semana, teremos atualizações de Sopros de Luz e Sea Treasure. 

Conto com vocês para deixar seus comentários e estrelinhas. A interação de vocês é muito importante para que eu saiba se estão gostando da história ou se há algo que possa ser melhorado. 

Beijos da Autora-chan!!

Acordo com Juuzo me abraçando como um polvo, ouço batidas na porta e com uma mão feita de água a abro, Katsuki olha para dentro do meu quarto, analisando os detalhes e então seus olhos se voltam para mim.

— Socorro! — eu falo sem fazer nenhum som.

A cabeça de Tak aparece perto da de Katsuki e ele sorri, entrando no quarto e se deitando do meu outro lado, ele também me abraça apertado e me sinto como o recheio de um sanduíche.

— Não! — eu choramingo e ele solta uma risada baixa — Estou com calor.

— Pensei que tivessem dormido no sofá...

— Acordei antes da meia-noite, mamãe e papai estavam conversando na cozinha... —  observo Katsuki apoiado no batente da porta — Entre, Kacchan.

— Não entre, Kacchan. — Tak diz com um sorrisinho — Papai pode te matar.

— Chega, saiam, vocês dois. — falo alto, tentando fazer com que meus irmãos me soltem — Juuzo, acorda!

Ele geme e correntes saem de suas mãos, envolvendo nós três e fica difícil respirar. Começo a ficar irritada, e solto o ar pela boca, o ar condensa na frente do meu rosto e eu congelo as correntes, quebrando-as. Empurro os dois para fora da cama.

— O quê? — Juuzo pergunta confuso, ele olha ao redor coçando os olhos — Nee-san, o que aconteceu?

— Você caiu... Vá se vestir para tomarmos café.

— Ok... — ele se levanta e caminha até o meio do quarto vendo Tak caído do outro lado da cama — Você também caiu, Nii-san? — antes que nosso irmão mais velho responda, o pequeno repara em Katsuki que ainda estava perto da porta — Você não pode entrar aqui, vou contar para o papai.

— Você conta para o papai e nunca mais vai dormir aqui de novo. — eu falo me sentando na cama e apoiando as costas na cabeceira — Agora saiam, os dois.

— Ok, ok... — o mais velho diz, quando passa por Katsuki ele coloca sua mão no ombro do meu namorado — Comportem-se e não façam nada que eu não faria.

Me levanto, trancando a porta depois que meus irmãos saem, fico de frente para o loiro.

— Dormiu bem? — pergunto baixo e vejo ele corar quando me alongo.

— Sim... — ele olha nos meus olhos e assisto seus olhos descendo pelo meu corpo, e ele desvia o olhar quando chega em minhas pernas que estão a mostra por causa do short do pijama.

— Qual o problema? — pergunto com  voz doce e baixa me aproximando, preciso olhar para cima para ver seu rosto — Você está estranhamente quieto.

— Não tem nenhum problema... — pela primeira vez desde que o conheci, sua voz soa hesitante e ele parece envergonhado.

— Então por que não me olha nos olhos? — pergunto, acabando com a pouca distância entre nós.

— Porra, Rei. — ele xinga baixo e isso é tudo que eu preciso para saber que ele está excitado —Não me provoca, garota.

— Vamos lá, gatinho, ainda não fiz nada... — falo com uma inocência fingida e seu olhar encontra o meu, é quase selvagem a forma como ele me olha, e me pergunto até onde ele seria capaz de se controlar — Seu cheiro é simplesmente maravilhoso, Katsuki.

Enterro meu rosto em seu peitoral e inspiro profundamente, seu cheiro de caramelo me faz derreter e eu seguro sua camiseta com força. Ele rosna, sim, rosna em meu ouvido e me pega no colo, no momento seguinte, minhas costas estão contra a parede e ele beija meu pescoço e ombro, deixando mordidas entre os beijos. Seguro em seu ombro com uma mão e com a outra em seu rosto, guio seus lábios até os meus. Nos beijamos como se nossas vidas dependessem disso.

Ambos estamos ofegantes quando nos afastamos, deixo um selinho em seus lábios e ele descansa sua testa na minha. Ele me coloca no chão com cuidado e se senta na cama, passando as mãos pelos cabelos arrepiados.

— Queria poder te ver essa semana...

— Isso pode ser arranjado, gatinho. — me sento ao seu lado e ele me olha com um sorriso de lado — O quê?

— Gatinho? — ele pergunta, levantando uma sobrancelha de maneira arrogante.

— Sim, gostou?

— Você nem imagina o quanto... Por um momento achei que não ia conseguir me segurar mais, mas não acho que seja o melhor momento para sexo... — ele deixa o corpo cair no colchão, cobrindo o rosto com o braço — Tudo em você me fascina, seu cheiro, seu gosto...

— Sugiro que pare de falar, se não for me foder, Katsuki. — tento manter a voz distante, mas ele falando essas coisas depois de me prensar contra a parede não ajuda — Porra... Vou tomar banho, pode descer se quiser.

Vou para o banheiro e fecho a porta, tomo um banho rápido e só quando me enrolo na toalha percebo que não peguei nenhuma roupa para vestir, droga, droga dupla. Saio do banheiro e imagino que Katsuki tenha voltado para seu quarto ou ido tomar café, coloco um shorts preto e uma blusa de alcinhas branca, deixo meu cabelo solto e desço até a sala de jantar, onde meus pais, meus irmãos e Katsuki estão sentados à mesa. Me sento no meu lugar de costume e Juuzo fica o loiro e eu.

— Seus olhos estão escuros, água-viva... — papai comenta ao meu lado — Caiu da cama?

— Hmm... Algo do tipo. — não é como se eu fosse falar sobre o meu relacionamento na mesa de jantar com a minha família — Conhece o Best Jeanist, papai?

— Conversamos algumas vezes, por quê?

— Katsuki vai fazer estágio com ele.

— Ele é um bom herói, muito metódico e cheio de manias, eu diria. — meu pai faz uma careta pensativa e então solta uma leve risada — Mas, todos nós temos manias... Fez uma boa escolha, garoto.

— E nós, será que fizemos uma boa escolha? — pergunto para meu irmão que sorri e dá de ombros, continuando sua salada de frutas.

— Ôi! Vocês vão treinar com o melhor herói aquático. — papai diz — Certo, querida?!

— Se você diz, querido... — mamãe sorri de forma contida, bebendo seu chá.

A expressão de papai cai e todos rimos.

— Acho que Tak aproveitaria mais e aprenderia mais se treinasse com a mamãe, já que sua individualidade é praticamente a mesma que a dela... 

— Como sua individualidade acabou sendo tão poderosa e diferente? — o loiro me pergunta.

— Evolução, gatinho. — falo com simplicidade — Todas as individualidades existentes atualmente são evoluções de outras individualidades, e desde que minha família optou por juntar apenas individualidades que envolvem o controle de água, o poder ficou mais poderoso a cada geração.

— Hmm... — ele murmura pensativo — E você, moleque, você pode criar qualquer arma que quiser?

Juuzo parece surpreso com o interesse do maior nele, ele me olha com expectativa e eu bagunço seu cabelo com carinho, acenando para encorajá-lo.

— Hai... Mas tenho um pouco de dificuldade com canhões... — ele diz com vergonha, então ele olha para Katsuki com animação — E a sua individualidade, aniki, deve ser muito da hora poder explodir as coisas!!

— Meu coroa pode secretar suor ácido e explosivo nas mãos, ele consegue criar pequenas explosões esfregando as mãos, mas não consegue forçá-las. — ele explica de maneira que Juuzo consiga entender —Já minha coroa, consegue secretar glicerina da pele, isso faz com que ela pareça ser bem jovem. 

— Então sua individualidade é uma mistura das individualidades dos seus pais, certo? — Tak comenta, também interessado.

— Sim, meu suor é nitroglicerina pura, mas só consigo criar explosões nas mãos. — ele fala com uma animação contida. — Tenho treinado minha precisão, como a Rei sugeriu.

— Ela treina desde que sua individualidade despertou, sabe muito mais do que vários adultos por ai...  — Tak diz com um tom de orgulho.

— Ne ne, como conheceu minha irmã? — Juuzo pergunta, pulando na cadeira com animação.

Katsuki solta uma risada e olha para mim.

— Ela chutou a minha bunda em uma luta no seu primeiro dia de aula. — ele sorri orgulhoso — Ela era muito fria e sarcástica no começo...

— É bem a cara dela... — Tak gargalha — Ela gosta de chutar bundas.

— Hey! Não há nada de errado em gostar de ganhar. — falo levantando as mãos.

Continuamos conversando sobre coisas aleatórias, papai e mamãe observam a gente com um sorriso e participam de vez em quando.

— Que cor os olhos da Nee-san ficam quando vocês estão juntos?

Juuzo olha para o loiro com expectativa e vejo que todos na mesa olham para ele com atenção.

— Hmm...

— Não.

— Foi mal, moleque, parece que essa informação está fora dos limites... — Katsuki lança uma piscadela para o menor que enche as bochechas de ar, nos fazendo rir — Mas acho que posso dizer que é assustador quando eles ficam azul-escuros...

— Você já os viu pretos? — mamãe pergunta despreocupada.

— Não... O que significa? 

— Okay, okay. Vamos fingir que vocês não sabem o que eu estou sentindo só porque meus olhos mudam de cor, por favor. — termino meu café da manhã e me levanto — Vamos dar uma volta.

— Posso ir também? — Juuzo pergunta e Katsuki responde mais rápido do que eu.

— Vamos lá, moleque! — ele bagunça os cabelos brancos do meu irmãozinho, que dá um sorriso enorme.

— Yay!! — o pequeno se levanta e sai correndo para a porta — Vou me trocar.

Nós andamos pelo centro e paramos em um fliperama cheio de máquinas de garra e passamos horas brincando. Juuzo consegue pegar 9 ursos de pelúcia, sendo um deles um macaco enorme com braços muito longos, eu consigo pegar 13 ursos, o maior que consegui pegar foi uma baleia-azul e dou ela para Katsuki. O loiro é o campeão do dia com 19 ursos e me deu a maioria, mas o que mais gostei foi a granada que ele conseguiu na máquina gigante.

Quando saímos do fliperama, o sol já se pôs e papai espera no estacionamento por nós. Levamos Katsuki para sua casa e sua mãe praticamente me arrasta para dentro. Ela é uma pessoa intensa e sei que o loiro puxou para ela. Meu pai e Juuzo conversam com o pai de Katsuki, Masaru, enquanto me sento no sofá entre Katsuki e sua mãe, Mitsuki. Ela tem uma aparência jovial e vira e mexe ela e o filho batem boca, mas noto como ela sempre sorri depois que terminam.

— Estava me perguntando a razão para Katsuki estar tão focado e bem mais calmo ultimamente, agora sei porque... — ela passa a mão pelo meu cabelo de forma terna — Você é tão linda, querida.

— Obrigada, Sra. Bakugo... — agradeço timidamente.

Quando ela sai para a cozinha com a desculpa de pegar algo para bebermos, Katsuki pega minha mão e me guia escada acima, seu quarto é bem organizado e reparo na sua coleção de bonecos do All Might, todos eles bem cuidados e dispostos em sua escrivaninha.

— Você age de forma distante, mas realmente é um fã, não é? — me viro para ele e apoio meu peso no móvel de madeira. 

Ele está sentado em sua cama e me observa com atenção e noto como seu olhar viaja pelo meu corpo, me fazendo arrepiar.

— O quê? — tento perguntar normalmente, mas minha voz sai um pouco baixa.

— Nada... — ele me responde com a voz rouca que sempre me faz sentir calafrios na espinha — Porra, está cada vez mais difícil ficar sozinho com você...

— Pare de dizer essas coisas, gatinho... — o tom de desejo na minha voz é tão claro quanto o desejo que brilha em seus olhos escarlate.

Ele se levanta e se aproxima devagar, como um predador que sabe que encurralou sua presa, e colocando uma mão de cada lado do meu corpo na escrivaninha, ele se inclina sobre mim, mas não me beija, ao invés disso, ele descansa a cabeça na curva do meu pescoço. 

— Eu devo ser a porra de um sadomasoquista por gostar tanto de ser torturado por você, Rei. — a forma como ele diz meu nome faz meu corpo inteiro se aquecer e quando ele passa a língua pelo meu pescoço, seguro seus braços com força tentando não deixar que meu poder fuja do controle. 

Ele continua suas carícias em meu pescoço e não consigo segurar o suspiro que escapa dos meus lábios quando ele morde minha clavícula. Isso parece ser o empurrão que ele precisava para cair do precipício, pois no segundo seguinte sua boca está na minha e ele me beija com voracidade. Passo meus braços pelo seu pescoço e enterro minhas mãos em seus cabelos macios, a teoria de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço parece obsoleta enquanto nos puxamos um contra o outro, tentando nos fundir. Ele nos separa e se afasta, ofegante. Ele se senta na cama e passa as mãos pelos cabelos.

— O que foi? — pergunto quando consigo respirar normalmente.

— Desculpa, estava muito quente, não quero correr o risco de te machucar... — ele solta um suspiro derrotado e deixa sua cabeça cair.

— Essa tem sido sua preocupação? — pergunto, andando até a cama e me sentando ao seu lado, ele não me responde, então coloco a mão em seu rosto — Olhe para mim... — ele me olha com relutância — Você poderia ter dito, gatinho.

Toco seus lábios com o meu com leveza, quase não chega a ser um selinho, e colocando minhas mãos em seus pulsos, absorvo toda a nitroglicerina que faz sua pele brilhar como uma camada de suor. Quando abro os olhos, ele já está me observando e deixo minha cabeça tombar para o lado com um pouco de diversão.

— Você não poderia achar alguém melhor do que eu nem se tentasse, gatinho... — dou uma piscadela para ele e antes que ele possa responder, ouvimos batidas na porta. Não nos afastamos, apenas olhamos para a porta que é aberta por sua mãe.

— Querida, seu pai está te chamando, acho que seu irmãozinho está cansado — ela observa nós dois por um momento e volta para o corredor, deixando a porta aberta.

— Vamos continuar essa conversa depois, nos vemos amanhã na estação. — ele me dá um selinho e nos leva de volta para o primeiro andar onde meu pai já espera na porta.

Nos despedimos do loiro e de seus pais voltamos para a mansão, onde Tak e mamãe nos esperam para jantar, cheios de perguntas sobre o nosso dia.

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