Parte 2

Aviso: se você não gosta ou  não curte conteúdo sobre traição ou coisa parecida, essa obra talvez não seja para você!

Estático em frente a um prédio com uma placa enorme escrita "Mr. Tattoo", Yoongi se perguntava se estava ou não realmente lúcido das ideias. Aparentemente parado em frente ao local de trabalho de Hoseok, questionava-se se não seria tarde demais para dar meia volta, entrar em seu carro e voltar para sua casa.

Contudo, um suspiro o fez se render a um quê de curiosidade que estava escondido em seu coração quando uma moça alta de pele negra e cabelos chamativos por seus cachos exuberantes em um tom azul passar por ele, deixando para trás apenas o rastro de seu perfume. Ela era atraente, admitia. E vê-la caminhar para o interior do estabelecimento com tamanha segurança própria o fez despertar e segui-la logo atrás.

De primeira vista ao entrar no externo do prédio Yoongi se sentiu levemente decepcionado pela falta de organização ou comprometimento justo na entrada, mas uma vez que passou por uma porta dividida apenas por uma cortina de CD's que reluziam como a pouca claridade se sentiu extasiado ao chegar no ponto principal.

Em uma parede várias fotos de tatuagens que demarcavam o território pelas diferentes peles e regiões do corpo, além dos muitos certificados que havia identificado como de Jung Hoseok, e quadros com fotos suas da época que seu grupo de rock ganhava lentamente reconhecimento pelo país.

Yoongi se distraiu por alguns minutos observando-as com atenção, relembrando do seu passado no colégio e no como tudo poderia ter sido diferente. Perdido em seu pensamentos, sequer se deu conta quando o Jung entrou em cena, guiando a moça anterior para a mesa onde iria cuidar em atendê-la, mas, por ora, a deixou e se esgueirou por trás do menor, o cercando e não o dando espaço de fugir ou recuar de si.

— Relembrando do passado? – Jay perguntou, seus lábios roçaram de leve pelo pescoço do pálido que tentou se afastar, falhando e se rendendo a se virar para encarar o moreno.

— Não. Na verdade, estou apenas me lembrando o porquê te odeio.

Hoseok sorriu nasal, estalando a língua no céu da boca, convencido e provocativo.

— Se me odiasse não teria vindo até aqui  só porque pedi. Para início de conversa, teria me bloqueado assim que soubesse que eu era a pessoa que estava te mandando mensagem.

— Errado não está.

— Está vendo?! Então porque luta contra isso? – arqueou a sobrancelha. Sua língua escorregou por seus lábios molhando-os com gosto enquanto mirava disfarçado os lábios do Min.

— Por que ainda quero uma resposta sobre tudo isso. Do porque foi embora sem ao menos me avisar, e porque voltou agora tentando se aproximar como se nada houvesse acontecido – resmungou empurrando o maior da sua frente que tombou o corpo para trás.

Os passos do pálido ecoavam firmes pelo salão indo para uma outra direção. Hoseok não conteve o sorriso perante a ação de seu Kitty. Ele ergueu os dedos até os próprios lábios e os apertou com doçura enquanto mirava o mais velho de costas para si, do outro lado da sala, parado em frente aos cadernos de amostras de tatuagens.

Hoseok caminhou em sua direção e parou ao seu lado.

— Essa ficaria linda em você – apontou para uma em específico.

— Eu com tatuagens? Nunca fiz quando mais jovem, agora que não iria me render a isso.

— Mas deveria – o olhou de soslaio – Combinaria com você. E sabe, esta ficaria ainda melhor tatuada na sua bunda, marcando o local onde eu daria alguns tapas por ser um menino levado e guloso – sussurrou no ouvido do Min.

Tais palavras fizeram os pelos do pálido eriçarem em lugares jamais inimagináveis. Ele engoliu a seco e mirou-o com um olhar neutro. Hoseok abriu um sorriso grande, mostrando seus dentes lindos que complementavam seu sorriso em formato de coração no qual, a alguns anos atrás, fazia com que Yoongi se entregasse ainda mais ao seu charme.

Seu peito subiu perante um suspiro, seu olhar desceu lentamente dos ombros do moreno para a parte mais baixa, notando-o finalmente apenas com uma jaqueta de couro preto deixando seu torso desnudo marcado por algumas tatuagens. Um pouco mais abaixo, o mesmo usava apenas uma bermuda também jeans e um par de sandálias que quebrava ao mesmo tempo que equilibrava seu estilo.

Yoongi sentiu seus batimentos aumentarem e involuntariamente seus olhos estavam mais uma vez presos no peito nu, observando mais uma vez suas tatuagens. Sendo uma delas o maldito apelido: Kitty.

— Gosta do que vê?

— Pelo contrário – cuspiu desviando o olhar, se afastando mais uma vez – Por que tem tatoado esse maldito apelido?

— Para não me esquecer...

— Esquecer? – reclamou fixando-o com fúria nos olhos.

— Sim. Para não me esquecer de você, Kitty.

As palavras saíram molhadas pelos lábios de Hoseok. Ele era um enigma a ser entendido. E Yoongi sentia que embora qualquer resposta dada pelo moreno o satisfizesse de fato. Afinal, era ridículo tatuar algo tão íntimo sobre a antiga relação que tinham.

Yoongi se sentia como um brinquedinho dos fetiches do Jung. Que sempre esteve lá para adorá-lo e estar a mercê de seus desejos.

Hoseok tentou se aproximar devagar, mas percebendo o estado de alerta do garoto, parou a sua frente.

— Ah, Kitty...

— Já disse para não me chamar assim!

— Claro, me desculpe, senhor Yoongi – falou sarcástico, revisando os olhos entre um breve sorriso – Vou explicar tudo. Tirar todas as suas dúvidas sobre o que aconteceu. Imagino que tenha várias perguntas, e que realmente me odeia e que não queira sequer me ver banhado a ouro – Yoongi suspirou, desviando a atenção – Só peço que espere. Vou atentar a minha cliente, e depois encerro o atendimento para conversarmos. Pode ser? – perguntou, mas o pálido fez questão de ignorá-lo – Ok. Vou entender seu silêncio como um sim. Pode esperar aqui, ou se quiser, pode vir assistir meu trabalho.

Avisou entre um dar de ombros e se dirigiu para a salinha ao lado onde a moça o esperava. Yoongi revirou os olhos e um sopro escapou de seus lábios. Inconscientemente seus pés seguiram os passos do mais alto. E ele se acomodou em uma poltrona, observando todo o processo e no quanto Jay era cuidadoso com seu trabalho.

E seria mentira não dizer que no decorrer daqueles trinta minutos Yoongi não havia se perdido ao observar o quanto Hoseok continuava esbelto.

O tempo havia lhe feito bem. Completamente o contrário do pálido que persistia com um corpo magro e mole pela rotina diária desde que havia desistido da sua faculdade logo após o término com aquele a sua frente. Em um dado momento Yoongi se comparou, e algo passou em sua mente que o fez acordar para a realidade, mas optou por tentar esquecer tal ideia fora de cabimento para dada situação em que se encontrava.

— Pronto, ficou ótimo! – o elogiou de Hoseok chamou a atenção do Min. A garota tinha um sorriso satisfeito estampado em seus lábios carnudos.

— Muito obrigada, fez um ótimo serviço – ela agradeceu, levantando do banco onde estava.

Hoseok apenas sorriu em agradecimento e a acompanhou até a saída, sendo seguido pelo olhar de Yoongi que logo o notou trancar a porta e fechar as poucas persianas que davam alguma claridade para aquele ambiente.

— O que acha de uma bebida? – Hoseok ofereceu caminhando para um espaço fora do campo de visão do Min, voltando em seguida com duas garrafa de soju, entregando uma para o mais velho – E o seu namorado, porque não veio com ele? – perguntou entre um leve tom de deboche com direito a revirar de olhos.

— Não o envolva nisso!

Exclamou abrindo sua bebida, ele levantou de seu lugar e caminhou para próximo da janela onde se recostou em um móvel alí próximo, finalmente tornando de sua bebida. Afinal, o Min precisava daquilo caso quisesse conseguir se manter ali para aquela conversa cujo esperava a anos.

— Ah, Kitty, não imagina o quanto me magoa saber que você já estava com outro. Sequer me esperou!

— Como assim? – riu a contragosto, secando os lábios com o torço da mão – Esperava mesmo que eu ficasse plantando a espera de uma pessoa que simplesmente me deu as costas sem dizer nada? Não sou tão idiota quanto imagina.

— Jamais disse que é idiota. E não havíamos terminado! O que te fez pensar que terminamos? Eu apenas tive que sair da cidade e...

— Ah mais é um sínico mesmo – resmungou revirando os olhos – Faz quase dez anos, caralho. Dez anos não é dez dias! Você seguiu o que queria, e eu segui a minha vida. Eu não ia me prender a esperar alguém que só Deus sabia se um dia ia voltar ou não!

— Mas eu voltei! – exclamou se aproximando. Suas sobrancelhas franzidas e os lábios pressionados deixava explícito um resquício de descontentamento – Estou aqui agora, não estou? E para resolver esses problemas. Para te ter de volta – elucidou respirando pesado – ou pelo menos tentar, já que agora tem alguém... – minucioso pendendo a cabana para o lado.

Yoongi o encarava com olhos cerrados. Sentia seu peito doer e por algum motivo seu sangue fervia e fazia suas mãos se moverem involuntariamente e em algum momento teve que se conter para não socar a cara do outro. Afinal, seria um desperdício de beleza.

— Ainda não me explicou porque foi embora.

— Por bastante tempo acreditei que soubesse o motivo.

— Ah claro, me desculpe, mas acho que esqueci de consultar a minha bola de cristal mágica – debochou cruzando os braços e se encaminhando para uma cadeira ali próximo onde sentou-se.

— Se for ficar de deboche então realmente acho melhor não termos essa conversa. Olha, Yoongi, eu realmente não fui sem te avisar por descaso meu. Jamais faria isso.

— Então?

— Você sabe. Meu pai – iniciou olhando-o com firmeza – Na época ele pegava bastante no meu pé por não ser que nem meu irmão que se tornou um doutor renomado na nossa cidade. Ele odiava o fato que tinha um filho que só sabia dar o melhor em uma banda de garagem ao invés dos estudos, e que por cima de tudo, ainda era gay. Sempre fui um combo completo de desinteresse para ele.

— Sim, lembro disso. Mas ainda não entendi aonde quer chegar – contestou cruzando os braços.

— Ele percebeu que não iria adiantar de muita coisa, apenas reclamar e esperar que me afastasse de você – pressionou os lábios, dando mais um passo adiante – E então ele fez uma proposta. Que no tempo, como um tremendo imbecil ambicioso que eu era, aceitei.

— Que seria...?

— Me afastar de você, e ganhar todo o apoio que eu e minha banda precisávamos para sair daquela garagem velha que fedia a vômito.

— Me trocou por sua banda? Então eu nunca estive errado – suspirou revirando os olhos.

Yoongi largou a garrafa da bebida com força sobre o móvel. Uma expressão fria surgiu em seu rosto. Ele se afastou caminhando impaciente pela sala. Hoseok o acompanhou com o olhar.

— Foi o meu maior erro – disse e o menor o olhou por cima do ombro – Me arrependo de ter trocado você por eles por causa daquele velho.

— Ah, pelo menos está vendo seu erro. Depois de tanto tempo, é o mínimo.

— Éramos jovens, Yoongi! – aproximou-se a passos pesados – Não diga que foi o único que errei no passado, porque não foi. Juntos, tomamos tantas decisões ruins e que agora nos afeta.

— Realmente. Mas nenhuma foi eu ter te trocado por um grupo besta que só sabia bater em uma latas velhas.

— Ah, Kitty, xinga mais não ofende!

— Não estou ofendendo. Estou falando a verdade! E onde está seu amado grupo agora, hm? – indagou se atrevendo a dar um passo a frente – Ainda fui idiota por acompanhar seu grupo por bastante tempo. Mas por conta disso sei muito bem que eles te trocaram, assim como fez comigo, e agora eles estão lá, crescendo a custa de algo que antes era seu.

— Não precisa jogar na minha cara o que eu já sei – revirou os olhos entre um suspiro – E a realidade não é essa. Eu quis sair daquele grupo. Não era mais o que eu queria; conversamos e pude sair do grupo, e voltar para cá!

Disse ríspido, permanecendo a uma curta distância do pálido que continua uma tonalidade rosada em suas bochechas. Hoseok ousou ao agarrar os pulsos do Min que tentou evitar, mas se manteve após.

— Queria muito poder dizer para não levar em conta o passado. Mas eu mesmo não consigo tirar da minha mente o erro que fiz ao seguir as babaquices do meu pai. Mas quero que fique claro que se estou aqui agora é porque ainda gosto de você, Kitty.

— Já falei para não me chamar assim.

— E eu acho que já deixei bem claro que não posso parar de chamá-lo assim.

Sorriu ladino. Yoongi o olhou de soslaio, tentando ignorá-lo, o que foi em vão uma vez que o Jung soltou seus pulsos e o cercou prendendo-o próximo aquela parede.

Yoongi engoliu a seco. Seus corpos se chocaram e o Min podia sentir a respiração do mais alto pesar sobre seu corpo junto ao cheiro marcante e natural que o moreno exalava desde jovens. Era nostálgico. Yoongi fechou os olhos brevemente, sentindo-o rondar em torno de seu pescoço. Era como nos velhos tempos. A sensação de ainda ser um jovem imaturo que não dava importância para o que estivesse ao redor de ambos.

E entre uma guerra na qual enfrentava internamente ao desejar as sensações do passado, e saber do erro que seria seguir este seu lado; Yoongi foi totalmente subordinado quando as mãos grandes e quentes percorreu subindo lentamente por seu braço, se aproximando de seu pescoço que foi levemente pressionado conseguindo lhe arrancar um arfar.

Yoongi abriu os olhos e mirou os de Hoseok, que o estudava sua reação diante seus toques. Yoongi engoliu a seco. Sua língua umedeceu lentamente seus lábios ressecados fazendo que o olhar do Jung recaísse alí. Conseguindo sentir seu desejo por querer beijá-lo.

— Não me provoque – Yoongi murmurou.

— Quem disse que estou? – sorriu, sádico.

Hoseok sempre foi um manipulador. E quando olhava e falava de maneira arrastada e lúcida fazia com que o Min esquecesse da realidade e seu mundo se tornasse apenas e inteiramente Jung Hoseok.

O espaço entre ambos parecia diminuir, assim como a respiração do pálido que ia se esvaindo conforme já conseguia idealizar os lábios do mais alto roscar nos seus. No entanto, em momento algum um beijo foi selado para a infelicidade do Min.

Hoseok era ardiloso. Gostava de testar seus limites, e por mais que salivasse pela ânsia do desejo em sentir os lábios de Yoongi e descobrir se ainda continuavam os mesmos por quais tanto amava beijar e morder, se pôs em seu lugar, se permitindo, mas não limitando a apenas rondar discretamente suas mãos pelo corpo pequeno e bem contornado com suas curvas marcantes.

Jung deslizava sua língua pelo rosto do pálido que arfava baixinho, mordendo os lábios na tentativa falha de ir contra seus próprios desejos. Hoseok o puxou e o guiou de volta para a mesa. O agarrou pela cintura e o colocou sentado ali em meio a sua bagunça, e se colocou entre as pernas do menor, apertando-o suas coxas fartas que o fez sentir seu corpo esquentar e seu pau latejar, preso naquele jeans apertado.

E ele não era o único alí em uma situação comprometedora. Yoongi estaria mentindo se negasse sentir seu membro pulsar e aos poucos deixá-lo em uma situação de aperto por sua peça de baixo que o expremia. E Hoseok seria tolo de mais por perceber a maneira que seu querido Kitty se encontrava e não o provocar, envolvendo seu joelho alí próximo, movimentando-o com o cuidado de não machucá-lo.

Alguns arfares escaparam manhosos pelos lábios do menor. Yoongi agarrou os ombros do mais alto e fixou suas unhas ali, movendo lentamente seu quadril para frente em busca de mais contato. Entretanto, reagiu diferente e afastou-se para trás quando sentiu os dedos de Hoseok brincarem e deslizarem por cima de sua camisa, indo de encontro ao potão de sua calça. Ele sabia o que o moreno pretendia fazer, e ele jamais iria admitir isso.

— Está indo longe demais – murmurou, empurrando-o para longe, descendo da mesa – Isso não pode ir tão longe.

Disse um pouco exaltado, caminhando em direção a saída, no entanto, a voz molhada e provocativa do Jung o fez parar, e ele se voltou para o maior que caminhou a passos lentos em sua direção.

— Vai mesmo sair assim? Sua calça é de tecido fino, Kitty, dá pra ver sua ereção a metros – incitou descendo seu olhar até aquele volume que marcava sob a calça social. Yoongi engoliu a seco. Odiava estar errado, mas o Jung tinha um ponto em sua fala – Me deixe ajudar, Kitty, como nos velhos tempos.

Repreensivo, Yoongi sente seu corpo travar e suas pernas brevemente perderem o equilíbrio. Jay aproveitou da situação, se esgueirando em torno do menor como uma serpente pronta para atacar.

— Eu...

— Vamos lá, gatinho. Tenho certeza que quer isso tanto quanto eu – sussurrou em seu ouvido, já abrindo o botão e o zíper, puxando lentamente a calça ao alcance das coxas pálidas do mais velho.

Yoongi sentia que não havia escolhas, sua boca salivou e se permitiu ser arrastado para a parede próxima. Hoseok não perdeu tempo ao descer a calça puxando em seguida a box, revelando um membro pulsando e rígido no qual agarrou e fez um breve movimento para cima e para baixo.

O mais velho ali se contorceu diante a sensibilidade que sua intimidade se encontrava. Não sabia ao certo o que fazer, principalmente uma vez que o Jung afundou o rosto próximo a sua virilha traçando alí um caminho de beijos em direção a suas bolas o arrancando um gemido sôfrego. Como se aquilo por si só já não fosse o suficiente, Yoongi perdeu completamente as forças de suas pernas, quase caindo sobre as costas do moreno agachado à sua frente que havia abocanhado seu pau, sugando-o com devoção.

A boca quente, a língua úmida e áspera deslizava pelo comprimento de seu membro; o Min se contorcia, mordendo o lábio ao sentir seu corpo por inteiro reagir àquele toque sensível que o fazia vibrar de nostalgia. Hoseok ainda conseguia arrancar de si seu lado perverso, e o levar ao delírio conforme havia fechado seus olhos e se imaginava em diversas situações peculiares que o mesmo podia lhe proporcionar.

No entanto, Yoongi se conformava com a carícia recebida. E se aproveitou da situação ao agarrar as mechas escuras do Jung, guiando seus movimentos. Seu membro enrijeceu ainda mais e pulsou com força na garganta do moreno que sorriu ladino, agarrando a mão do menor o impedindo que continuasse, e assim pudesse voltar a ter controle do que fazia.

Yoongi resmungou quando a boca que o recebia parou o movimento e a sentiu parar na cabecinha de seu pênis, mas logo em seguida seu resmungo se transformou em um choramingar ao sentir a língua úmida brincar sobre aquela região, chupando seu pré-gozo.

O Jung, que se divertia com suas ações e as caras de bocas do pálido, voltou a abocanhar o pênis e o chupar com rapidez, arrancando um gemido alto do Min que caiu em seu ápice ao gozar tudo na boca do moreno. Suas pernas estremeceram e seu coração palpitou.

Hoseok se afastou lentamente, se certificando que não havia deixado escapar nenhum vestígio, deslizando o dedo pelo lábio, lambendo-o em seguida ao olhar provocativo para o menor que suspirava sôfrego ainda encostado naquela parede.

— Gostou?

Perguntou, sádico. No entanto, o mais velho apenas cuidou de recuperar suas vestes e cobrir seu corpo. Enquanto ao cansaço e suas pernas que claramente não tinha completo controle, cuidava depois.

Yoongi não falou absolutamente nada quando terminou de se vestir. Sendo seguido pelo olhar atento do moreno, saiu daquele lugar, ainda aéreo e sentindo seu corpo estremecer.

Dentro do carro estacionado próximo do local de trabalho de Jay, Yoongi suspirou profundo, batendo as mãos contra o volante, finalmente se sentindo culpado por sua escolha. Por ter se rendido e permitido que tal ato acontecesse mesmo tendo se prometido internamente que aquilo jamais aconteceria, principalmente por respeito ao seu atual companheiro, que era uma pessoa incrível e de fato não merecia sua deslealdade.

Alguns dias se passaram desde o ocorrido. Yoongi andava com a cabeça nas nuvens, distraído com seu trabalho e até mesmo para Taehyung que tentava se aproximar mas de algum forma era sempre afastado pela incompreensão expressa no rosto confuso de seu amado.

A realidade era que aquele dia não saia de sua cabeça. A toda hora se sentia levado a voltar aquela situação, entregue a carícia do Jung. Em seus toques e sua expressão fodidamente atraente e sexy. Yoongi havia esperado impacientemente que a qualquer momento ele surgisse mandando qualquer mensagem constrangedora ou até mesmo aparecesse na porta de seu apartamento para que pudessem repetir tal ato. Yoongi se sentia carente. Os toques de Taehyung o saciavam, mas ainda não era o suficiente. Sentia que faltava algo. Sentia que faltava ser completado por Jung Hoseok. E isto o quebrava.

No momento, Yoongi se encontrava no banheiro de seu quarto, sobre poucos resquícios de água que caíam do chuveiro sobre si – pegava-se distraído mais uma vez, deslizando suas mãos sobre seu peito molhado. Estava tão inerte de sua realidade que sequer se deu conta do momento em que Taehyung se juntou a ele no box, se aproximando por trás ao abraçar sua cintura.

Yoongi despertou virando-se depressa de frente para o maior que sorriu, encarando-o masogo descendo o olhar pelo seu corpo nu.

— Está excitado, Bebê? No que estava pensando? – perguntou sorrindo.

O Min, no entanto, não o respondeu e apenas se aproximou abraçando-o ao repousar a cabeça no ombro do mais novo. Taehyung o envolveu em seus braços fazendo um leve carinho em seus cabelo.

— Veio tomar banho e nem me convidou. Já faz tempo que não fazemos mais isso juntos – comentou entre um sorriso singelo.

Taehyung ficou quieto por um momento, sentindo apenas as costas do menor subir e descer, e algo terno e quente molhar e se misturar junto a água em seu ombro.

— Está chorando?

— Me desculpa – murmurou entre um soluço e outro.

— Bebê, isso é porque não me convidou para o banho? Não se preocupe, está bem? – disse deslizando a mão pelas costas do menor que parecia se encolher ainda mais em seus braços – Você está tão emotivo esses dias.

Sua voz carregava preocupação e um quê de "graça" pela situação inusitada. Yoongi raramente costumava ser sensível, se abrir e demonstrar seus sentimentos. E aquilo era confuso, mas no fundo, um tanto normal. Contudo, a realidade era outra e entre soluços profundos Yoongi se martirizava.

Ele próprio havia enfiado uma adaga afiada em seu peito na qual somente ele próprio poderia retirá-la. Mas, sobretudo, a dificuldade existente era que aquela peça de ferro que o feria já era de tempos antigos. O que tornava pior sua condição.

O pálido se encontrava acima do muro. De cada lado um alguém que trazia à margem um lado no qual ele gostava e não podia trazer por conta própria. E um deles não saber o que se acontecia do outro lado daquela muralha era o que o quebrava e o fazia delirar.

Kim Taehyung embora um homem de face misteriosa e postura um tanto dura era o tipo de pessoa que se colocava na situação de qualquer outra. Que parava e media os prós e contras antes de tomar uma decisão. Yoongi gostava daquilo. Assim como também gostava de quando ele sabia a hora certa de permanecer calado e respeitar seus sentimentos. Como estava fazendo naquele exato momento, ainda abraçados em um banheiro frio e úmido, cercados pelo choro do menor que se esvaia aos poucos, e as gotas de água que se chocavam contra o piso.

Era madrugada, e Yoongi em momento algum havia de fato conseguido fechar seus olhos. Sua mente trabalhava como um trem bala, a toda velocidade. Ele suspirou se virando de frente para Vante que de encontrava dormindo com o corpo descoberto. Seu tronco nu chamou a atenção do pálido que com cuidado repousou sua mão ali, acariciando a pele fria do moreno com o polegar, de alguma forma despertando o mais novo.

— Está acordado? – murmurou rouco abrindo seus olhos lentamente para observá-lo.

Yoongi permaneceu em silêncio. Mas concordou com a cabeça. Notando, embora turvo, um sorriso ladino surgir nos lábios do Kim.

— Está tudo bem, Bebê? – insistiu.

Um suspiro escapou dos lábios do Min que se aproximou, colando seus lábios aos de Vante que brevemente se surpreendeu com a ação, mas retribuiu o beijo que havia começado simples e aconchegante, mas que em algum momento se tornou quente e feroz.

Yoongi subiu no colo do maior, se deitando sobre o peito desnudo do moreno ao se movimentar com sagacidade sobre o colo do Kim que gemeu baixinho em satisfação. Suas mãos pousaram na cintura fina do menor sobre si e as desceu apalpando suas curvas em direção a suas nádegas fartas.

Taehyung mordeu os lábios quando apertou com necessidade aquela bunda gostosa e sagaz, conseguindo ali arrancar um arfar do Min que se moveu com precisão, sentindo sob si algo crescer e endurecer pulsante.

Yoongi selou seus lábios aos de Vante em um beijo rápido e molhado antes de escorregar seu corpo para baixo, sorrindo ladino ao deslizar suas mãos pelo peito do moreno que ajeitou sua postura, se apoiando com os cotovelos no colchão. Seus olhos brilhantes fixaram-se em um garoto astuto que sem deslumbre algum afagou seu pênis sob aquele samba calção de tecido fino em um tom quase transparente.

Um arfar alto escapou pelos lábios de Taehyung. Yoongi sorriu satisfeito, puxando aquela peça de roupa até arrancar-lhe do mais jovem, deixando-o exposto e completamente a sua disposição.

Sem cerimônia alguma, Yoongi agarrou o membro rígido de Vange e se aproximou devagar. Sua língua deslizou pela extenso do pau, indo e vindo em direção a cabecinha inchada e um pouco molhada pelo pré gozo que escorria.

Provocativo, fazia seu trabalho sem tirar os olhos do Kim que fazia questão de assistir tudo com atenção, vez ou outra mordendo os lábios ao conter seus grunhidos que de modo pérfido, foi pego de surpresa quando teve seu membro abocanhado por aquela boca quente e molhada que o acolheu por completo.

Yoongi moveu a cabeça algumas vezes, sentindo sua garganta ser atingida uma vez que Taehyung, em desforço, ergueu seu quadril estocando a garganta do pálido que se afastou brevemente, olhando perverso o moreno que continua um sorriso petulante brincando em seus lábios finos e molhados.

E mais uma vez Yoongi voltou a se aproximar, deslizando e chupando com ternura a glande sensível do maior que gemeu sôfrego, sentindo seu corpo reagir com aquele toque em seu corpo, o deixando sedento por mais. No entanto, Yoongi era perverso e jamais o deixaria se divertir sozinho. E tão ambíguo quanto havia começado, parou suas provocações, tirando com rapidez duas peças de baixo antes de voltar a subir no colo do maior, deitando sobre seu tronco exposto ao ganhar alcance dos lábios que tanto gostava.

Distraído entre o beijo, Taehyung sequer percebeu quando uma mão silenciosa escorregou por seu pênis sendo encaixado na entrada do Min que se moveu devagar, sentindo-o se aprofundar. Ambos gemeram entre o ósculo em satisfação.

Yoongi movimentou o quadril devagar, se acostumando com a leve ardência até o momento em que se sentiu seguro de se afastar do rosto do moreno e assim se conduzir às estocadas. Indo e vindo cada vez mais rápido e firme.

As mãos de Taehyung subiram lentamente pelo corpo do pálido, enfiando-as por baixo da camisa que ainda o cobria, mas que, ao agarrar a barra da mesma, a puxou para cima arrancando-lhe do corpo do pálido que o ajudou no processo.

Descaradamente os olhos de Taehyung secou toda a beleza de seu namorado, completamente entregue e a mercê de seus próprios desejos.

Com cuidado ele se pôs sentado sobre a cama, fazendo com que o Min se agarrasse quase deitando a cabeça na curva de seu pescoço. Taehyung conseguia sentir o cheiro suave do menor, o fazendo desejá-lo e o querer ainda mais próximo de si.

Habilidoso agarrou com força a cintura do pálido, o erguendo minimamente para que pudesse o penetrar ainda mais fundo. Yoongi gemeu alto e arrastado, da maneira como o Kim gostava; soando como música para seus ouvidos. No entanto, em meio ao processo que se fundia um misto de gemidos e os corpos se chocando, algo inusitado aconteceu.

— Continua – murmurou o pálido, seu rosto vermelho e coberto de suor conseguindo grudar seus fios de cabelo.

— Quer que eu continue, Bebê? – Taehyung provocou, fazendo de proposta ao cessar as estocadas – E como diz?

— Só continua.

— Está errado.

— Continua, Jay, por favor – sussurrou, sôfrego.

Seu corpo estava entre um misto de adrenalina. Com sangue fervente e o ápice em seu alcance. Mas o que era para ter se dado continuidade a partir daquele momento, parou por completo para o desgosto do menor.

— O que disse? – Taehyung se afastou a fim de olhar diretamente para aquele em seu colo, que muito esforço o mirou de volta.

Yoongi não entendeu o que havia acontecido, e isso ficou explícito pela confusão em seu rosto.

Com os batimentos acelerados, agora um pouco nervoso, Taehyung o retirou de seu colo, se afastando.

— Tae...

— Do que você me chamou?

— O que? De Tae?! – elucidou confuso.

Taehyung, por sua vez, negou com a cabeça. Seu cenho se franziu e ele engoliu a seco. Levantou-se e pegou sua roupa, a vestindo novamente enquanto tinha o olhar espantado do Min sobre sua reação.

— Taehyung....

— Você não chamou pelo meu nome.

— Como não? – franziu as sobrancelhas, engatinhando até a borda da cama onde o Kim estava parado, com uma expressão nada agradável.

— Não pense que sou idiota, Yoongi. Eu ouvi bem você falando outro nome. Um nome que nem de longe é meu! – exclamou irritado, se afastando ao caminhar aflito pelo quarto – Quem é Jay?

— Jay? – repetiu assustando, sentindo sua garganta se fechar – Eu... Eu não disse isso.

— Não? E por que parece culpado? – questionou, mas logo um sorriso confuso tomou seus lábios – Tá saindo com outra pessoa?

— Não, claro que não! Taehyung, deixa de besteira – murmurou levantando com pressa ao tentar segurar a mão do maior que desviou.

— Então quem é Jay?

— Eu já disse que não falei isso! – murmurou encabulado, puxando o lençol para de cima da cama para se cobrir.

— Realmente deve achar que sou idiota... – suspirou – Mas talvez eu realmente seja – mirou-o irritado – Já faz dias que anda diferente. Se bem que também foi bem estranho aquela cena mais cedo, no banheiro. Chorando e me pedindo desculpas. Ainda não explicou por que tava pedindo desculpas!

— Eu...

— Não precisa explicar – murmurou andando em direção à porta.

— Onde vai? Taehyung, onde vai?! – reclamou, olhando-o com olhar turvo.

— Vou pro outro quarto. Vai ser melhor assim.

Elucidou ao girar a maçaneta, mas travou quando a voz trêmula do Min soou alto por aquele quarto, tornando-o silencioso e permitindo que ali se dominasse um clima tenso e sombrio.

— É o Hoseok! – falou, sua voz saindo mais alta que o planejado. Yoongi engoliu a seco várias vezes tapando a boca com as mãos quando o olhar duro de Taehyung caiu novamente sobre si.

— Então é ele? – indagou engolindo a seco – Hoseok não é aquele seu "amigo" – citou com tom debochado – que veio aqui outro dia?

— Taehyung, eu...

— Então ele não é apenas um amigo?! – franziu o cenho, se aproximando devagar do pálido – E ainda teve a cara de pau de trazer ele aqui?!

— Eu não trouxe ele aqui!

— Sinceramente... – negou veemente.

Embora quisesse contestar, Taehyung bufou dando as costas para o menor e saiu do quarto a passos pesados, batendo a porta do quarto disponível naquele corredor.

Yoongi caiu sentado no colchão. Seus olhos continham uma ardência inigualável, com tudo, as lágrimas se mantinham presas e isso o causava um desconforto ainda maior em seu peito.

Perguntava-se onde havia errado. Em qual momento havia permitido que aquela situação ocorresse, ou até mesmo o porquê de ter se deixado levar pela indecência de Hoseok.

Ele quis gritar. Mas não havia muito o que fazer. Taehyung estava de cabeça quente, e tentar se explicar no momento tornaria sua atual posição ainda pior.

Yoongi deixou seu corpo cair para trás. E assim permanecer o restante da noite, entre inúmeros pensamentos de como explicaria tudo para Vante. E se por acaso ele iria o perdoar por seu erro brutal.

O dia clareou e o Min foi ágil ao se banhar e vestir uma roupa confortável, descendo para a sala onde encontrou o Kim organizar seu material de trabalho em sua bolsa.

— Vai trabalhar hoje? – perguntou receoso e o silêncio foi sua única resposta.

De cara fechada Taehyung caminhou pela sala, em busca das chaves de seu carro.

Yoongi continuou:

— A gente precisa conversar, Tae.

Murmurou, andando devagar até o maior que paralisou com a aproximação. No entanto, agarrou a alça de sua bolsa se afastando em direção a porta.

— Conversamos depois. Talvez primeiro queria falar com seu "amigo". Convidar ele e vir tomar um café, quem sabe – disse ríspido, olhando-o com frieza sobre o ombro antes de sair batendo a porta.

Yoongi permaneceu calado. Não tinha direito de fala, e por isso permaneceu ali, parado enquanto mirava a porta batida em sua cara – chateado por sua própria irresponsabilidade. No entanto, bateu o pé inquieto antes de também sair daquele apartamento.

— Eu disse que isso ia dar problema.

Namjoon comentou escondido por trás de um armário. Yoongi revirou os olhos, suspirando pesado ao se apoiar sobre o balcão a espera do amigo ressurgir em seu campo de visão.

— Finalmente achei! – disse ele saindo detrás do móvel com a roupa coberta de poeira, mas feliz enquanto segurava em mãos um pequeno leão de pelúcia que cabia em suas mãos, fechadas – E-Jin vai ficar feliz ao saber que encontrei isso – comentou deixando a pelúcia sobre a mesa. Namjoon direcionou o olhar para o mais velho com um tom de deboche.

— Não me olhe com essa cara – desviou a atenção – Lembro muito bem que me avisou sobre isso.

— Que bom que se lembra – andou em direção a sala sendo acompanhado pelo Min. Namjoon se sentou em uma poltrona antiga ali existente enquanto o amigo tomou posse do sofá – E eu posso saber o que pretende fazer?

— Também estou curioso para essa resposta – murmurou incerto, sua expressão completamente abatida.

— Sinceramente, pensei que fosse mais esperto, Yoongi. Como pode deixar isso acontecer?

— Também não sei! – disse claramente nervoso. Seus ombros caíram – Taehyung nunca vai me perdoar.

Resmungou cobrindo o rosto com as mãos. Namjoon suspirou, levantou-se do seu lugar e andou em direção ao mais velho, desfazendo sua pose que o deixava tosco.

— Acredito que esteja errado – ganhou o olhar do pálido – Só precisa se explicar, sem complicar o que já está complicado. Não conheço muito o Taehyung, mas no pouco que sei, posso afirmar que ele gosta de sinceridade.

— Não sei onde quer chegar.

— Ainda dizem que eu sou o lerdo – revirou os olhos – Diga a ele que ainda gosta do Jay.

Disse simplista. Yoongi paralisou por um minuto. Um sorriso confuso surgiu em seus lábios, assistindo o moreno voltar para seu lugar.

— Espera, acho que não ouvi direito – balançou a cabeça em desagrado – Disse para mim falar a ele que gosto do Hoseok?

— Foi exatamente isso.

— Deve estar ficando doido!

— Olha, hyung, vai por mim – assegurou – Primeiro converse com o Taehyung, e quando achar que tudo estiver resolvido converse com o Hoseok. Ou os três juntos, e resolvam esse problema.

Yoongi ouviu tudo em silêncio. Sua cabeça tentava processar aquela informação que mais parecia um quebra-cabeça.

— Às vezes você tem concelhos terríveis – alertou cabisbaixo. Namjoon deu de ombros, sorrindo – Sabe, ainda odeio quando tem razão no que diz.

— De verdade? No que tenho razão?

— Que ainda gosto do Jung. Aquele maldito não sai da minha cabeça – mordeu os lábios, voltando sua palavra atrás – Ele nunca saiu, na verdade.

— Sempre soube.

Elucidou sem muita reação. Yoongi suspirou pesado. Não podia dizer nada. Talvez aquele sentimento tenha realmente ficado estampado em resto todos aqueles anos. Mas agora não podia negar que uma parte daquela emoção era posta sobre o Kim, e que doía em si sua traição perante o mais novo. 

No entanto, o que lhe restava no momento, pela falta de ideia, era seguir o conselho controverso que Namjoon havia o dado.

A risada histérica preencheu a sala um tanto cercada por preocupação. Yoongi esbugalhou os olhos encarando cético aquilo enquanto se culpava por suas péssimas escolhas.

Seus lábios brevemente se encontravam entreabertos, tentando processar toda a situação. O moreno alí a sua frente, não tão distante, fingiu secar uma falsa lágrima antes de olhá-lo com um sorriso ladino.

— Não imaginei que fosse mexer tanto consigo – comentou risinho – Ah, Kitty, você me surpreende.

— Narcisista – revirou os olhos – Pedi para vir aqui pra conversarmos, é culpa sua! Tem que me ajudar a concertar esse erro!

— Kitty – levantou se aproximando devagar – Imagino que já esteja afundando até o pescoço com Taehyung. Acha mesmo que vou conseguir te ajudar a convencê-lo do contrário?

— Realmente não. – suspirou – Mas precisa.

Disse com firmeza, olhando-o com um olhar de confirmação. Hoseok brevemente fechou sua expressão. Engoliu a seco e pensou por um momento.

Não gostava da maneira como seu pequeno Kit demonstrava desespero por seu afastamento com o atual namorado, mas, por outro lado, como o famoso ditado popular diz: toda ação causa uma reação – Vê-lo daquela forma fazia que nascesse um fogo em seu peito. Algo que se alastrava e o deixava sedento.

Tão sedento pelo Min quanto pelo Kim. Afinal, havia gostado de ouvir a mínima descrição que Yoongi havia dado sobre a situação que havia nos trazido até o presente momento. E claro que Hoseok não se poupou de imaginar o resto. Sem contar que, Hoseok já havia o visto antes, e entre poucas palavras que havia trocado com o mesmo, aproveitou para analisá-lo. E seria uma grande estupidez negar dizer que o ex ator não era um tremendo de um gostoso. Sequer admirava o fato dele ter ganhado tanto a atenção do Min quanto ele por inteiro.

— O que eu não faço por você, Kitty – cruzou os braços, sorrindo ladino – Mas, talvez tenha um preço.

Argumentou entre um sorriso perverso que deixou o pálido em alerta. Ele quis contestar, impedi-lo de ser tão persuasivo consigo, mas no entanto, um pequeno barulho vindo da porta chamou sua atenção.

Yoongi paralisou e se sentiu como um boneco de gesso que derrete próximo ao fogo. Suas mãos começaram a soar e um calafrio o percorreu o deixando inquieto.

Seus batimentos estavam acelerados. Taehyung estava ali, e por um momento Yoongi desejou que um buraco se formasse alí e o levasse para o mais longe possível.

Entre o nervosismo e medo de suas palavras desaparecerem, a porta se abriu e o Min viu brevemente por trás do armário Vante chutar os tênis dos pés antes de entrar ousando não olhar em sua direção ao deixar a bolsa pendurada no cabideiro.

Ele engoliu a seco. Hoseok permanecia parado ao seu lado, sem mover um músculo, assistindo toda a cena com um sorriso maroto. E uma vez que o Kim ergueu a cabeça, na esperança de que estivesse sozinho no apartamento, ou que só encontrasse ali o Min, seus olhos arderam ao serem dirigidos direto para Hoseok.

Sua garganta fechou. Desviou brevemente o olhar para Yoongi como se perguntasse o que estava acontecendo. Mas ele já havia criado sua própria resposta. E Yoongi o devolveu um olhar de mal entendimento.

Sem muita delongas, Taehyung avançou em direção ao Jung, o socando a cara com punho fechado, o levando a cambalear e quase cair sobre uma mesinha atrás de si.

Uma fita de sangue escorreu por seus lábios. Hoseok notou aquilo quando deslizou seus dedos no local dolorido, e sem muito reação, sorriu ao levar os dedos até seus lábios. Taehyung repugnava aquilo, e quando ousou tentar partir mais uma vez, foi impedido pelo Min.

— Não, Taehyung!

— Não se mete – resmungou com olhar sanguinário para o Jung – Como pode agir tão baixo? – mirou-o cético – Trouxe ele aqui!

— Mas para conversar! – assegurou, nervoso – Para nós três conversar!

— Que ideia de merda, Kitty – Hoseok murmurou de seu lugar, chegando se por acaso não havia saído do lugar.

Yoongi o fitou com dureza. Já Taehyung permaneceu calado, e se dirigiu para o andar de cima. Seus passos secos e ríspidos foram seguidos pelo olhar triste do pálido que o acompanhou em seguida.

— Por favor...

— Não sei se temos algo pra conversar – resmungou o mais alto, de costas para o Mim – Não acho que tenha desculpas no mundo que faça eu pensar do contrário.  Mas se acha que tem algo a dizer... – deu de ombros.

Yoongi engoliu a seco. Aquela era a hora. E sua garganta parecia fechar impedindo que sua respiração se mantivesse regulada. Embora isso, inspirou algumas vezes, mantendo sua postura.

— Não queria começar assim, só não me entenda errado – início incerto, enquanto observava o maior ainda de costas para si, parado próximo ao roupeiro – Me desculpa. Me desculpa por não ter sido sincero, por não falar o que tava acontecendo – minuciou mordendo forte o lábio. Vante permaneceu quieto – O Hoseok ele... ele não é apenas um amigo, ou um amante que arrumei. Talvez não melhore em nada minha situação. Mas ele é meu ex. Nós namoramos durante o último ano do ensino médio e por dois anos, quando entramos na faculdade.

Taehyung moveu-se, atentou por aquelas palavras. Seus batimentos aceleraram. Ele o olhava discretamente pelo reflexo de um pequeno espelho em uma prateleira.

— Eu mesmo terminei com ele depois que foi embora sem dizer nada a mim. Ele passou dez anos sem dar notícias. Não quero criar uma defesa, mas nesse meio tempo a única pessoa que me permitir relacionar novamente foi você – elucidou com voz trêmula, nervoso pelo silêncio do outro – Eu não imaginei que ele ia voltar. Muito menos que viria me procurar depois de tanto tempo. Mas aconteceu. E eu não posso mentir, mas durante todo esse tempo tive curiosidade pra saber porque ele havia ido embora sem me dizer nada. Por esse motivo eu concordei em encontrar com ele.

Taehyung se voltou, direcionando um olhar vazio para o mais velho que brevemente paralisou.

— Então? – Yoongi ergueu a sobrancelha, curioso – Agora sabe porque ele foi?

— Sei – afirmou – O pai dele nunca aceitou que o filho só tivesse olhos para a banda de garagem, e menos ainda que namorasse um outro garoto. Mas achou mais conveniente mandar ele pro outro lado do mundo para seguir com a banda a fim de afastá-lo de mim. Era menos prejudicial para a imagem da família Jung – sorriu forçado ao dar de ombros – Mas ele voltou, e me procurou.

— Entendo – murmurou com expressão fechada – Mas não sei onde isso se conectar com você gemendo o nome dele enquanto estava comigo – expressou deixando sua chateação transparecer em seu rosto – Muito menos o porquê dele estar aqui agora – desviou a atenção para a porta aberta atrás do pálido.

Yoongi se virou, notando que Hoseok estava parado ali, ouvindo tudo.

— Seria um tremendo de um idiota deixar ele por algo tão banal.

Hoseok minuciou ganhando a atenção de Taehyung que franziu o cenho. Ele teve que se conter para não quebrar o resto da cara do Jung. Yoongi, por outros lado, continuou:

— Tae, eu...

— Olha – moveu as mãos, barrando a fala do menor – Não vou ser hipócrita. Você ficar com outra pessoa não me incomoda contanto que seja sincero e que continue sendo meu. Eu abri mão de coisas, que sendo sincero não me favorecia em muita coisa, mas o fiz, por você. Fui sincero com tudo que tava acontecendo a um atrás – disse, notando que o Min moveu os lábios e ele pegou no ar o que seria dito; e contiuou – Sei que naquele tempo me afastaei, fiz igualmente a esse idiota ai – apontou para Jay, que sorriu provocativo – Mas não era decisão minha! Quebrei regras pra te ver e explicar o que estava acontecendo!

— Eu sei – confirmou cabisbaixo.

— Que bom que sabe a diferença – moveu a cabeça em confirmação – Mas, o que realmente me magoou foi saber que não contou nada disso. E só me toquei disso na pior forma – mirou-o de cima a baixo.

— Não imaginei que fosse chegar aonde chegou. Por isso não contei – o mirou, fixo. Seu rosto corado pela pressão – Fiquei com medo de reagir como reagiu.

— Eu sinto muito por você – Hoseok persistiu fazendo Taehyung revirar os olhos e engolir a seco.

Taehyung passou a ignorá-lo. E se voltou mas uma vez para o menor.

— Estava enganado –  umedeceu os lábios, se aproximando devagar do pálido que segurava as lágrimas. Sua respiração era pesada e descompassada – Só preciso que me diga uma coisa, pode ser? – ele confirmou apreensivo – Ainda gosta dele?

Yoongi sentiu seu corpo travar. Temeu que sua resposta fosse o tão temido Calcanhar de Aquiles, que iria promover ou desbancar seu relacionamento com o Kim.

Ele engoliu a seco. Pensativo enquanto tinha seus olhos seguidos pelo olhar profundo do maior à sua frente. Até mesmo Hoseok ficou surpreso com a pergunta que deixaria o Min em cima do muro. Mas prestou atenção na reação do pálido, curioso sobre sua resposta.

Yoongi confirmou com a cabeça: — Talvez não tanto quanto antes... – disse com dificuldade.

Taehyung suspirou profundo. A resposta era como uma alfinetada. Mas entendi que também era difícil para Yoongi. E por isso foi cuidado ao erguer seu olhar para si, e fazê-lo focar e esquecer do nervosismo que o consumia de dentro pra fora.

— Ok – suspirou desviando brevemente o olhar – E sobre mim?

— Nada mudou! – olhou-o incerto de sua dúvida – Apenas meu medo de perder você por burrice minha.

— Não se martirize – revirou os olhos.

— Como não? Aquele babaca mesquinho e manipulador volta e me faz colocar tudo em risco – apontou para o Jung.

— Ei, eu ainda estou aqui!

— Infelizmente.

Hoseok revirou os olhos, ele caminhou despreocupado em direção a cama e se sentou despojado.

— Vocês dois são muitos melosos – elucidou – Gosto disso – sorriu, jogando meramente o corpo para trás enquanto os olhava.

Yoongi suspirou, revirando os olhos: — Hoseok...

— Perceberam que isso é um jogo de três em dois? Eu gosto de você, mas você gosta dele – olhou para o Min, enquanto apontando para Vante – E você não gosta de mim. Mas, não posso dizer o mesmo.

Hoseok mordeu o lábio. Um sorriso escárnio surgiu nos lábios de Taehyung.

— O que esse idiota tá falando.

— Você socou minha cara.

— Masoquista? – Taehyung riu olhando de soslaio para Yoongi.

— Não sei. Talvez? Aquilo me deu um tesão da porra – murmurou descendo a mão em direção a sua bermuda marcada – Kitty, raramente é tímido – o olhou provocativo – Imagino que nunca o contou sobre os trisal da vida que vivel.

Explanou o pálido fazendo com que seu rosto ganhasse um olhar espantado. Seus olhos esbugalharam e seu rosto brevemente esquentou. Por um minuto, quase esquecendo como se respira.

Taehyung perdeu seus olhos no garoto. Incrédulo, mas, de alguma forma satisfeito em ouvir tal revelação. E a reação que o entregava o fez esquecer de toda a confusão anterior.

— Bebê... – sorriu ladino – Realmente é uma caixinha de pandora.

— Tae, isso...

— Não diga que é minha mentira – Hoseok se moveu, indo para trás do menor.

Ele pousou as mãos nos braços do Min, e apertou levemente contra seus dedos. Seu rosto estava próximo a curva de seu pescoço enquanto sussurrava tais palavras. O perfume suave que emanava do Min era como um pecado que se aproxima, sorrateiro e quando mesmo se espera, já tem posse de todo seu ser.

Hoseok se sentiu assim. Ele mordeu os lábios e fechou os olhos com força, inalando o aroma do Min. Seus lábios levemente roçaram por seu pescoço, causando um arrepio em Yoongi que apenas se manteve parado com olhar fixo em Taehyung que, por ora, estava preso nas ações do segundo mais velho.

Era estranho. Mas a sensação era boa. Taehyung passou a odiar o Jung. Mas, vê-lo também entregue ao mesmo homem por quem tanto amava o fez perder o fôlego e algo crescer, não só em seu peito quanto também entre suas pernas.

Vante engoliu a seco. A ideia era louca, mas, se sentiu ainda mais atraído quando o moreno passou a beijar a pele branquinha do pequeno que respirava sôfrego. Hoseok era manipulador, e não deixou de fazer seus encantos para cima do Kim quando o olhou de soslaio de maneira convidativa. Foi como puxar o fio solto.

Taehyung se aproximou, um tanto acanhado, mas tomou iniciativa quando pousou as mãos no corpo de Yoongi que queria fraquejar.

Suas mãos rondavam se enfiando por baixo de sua blusa, fazendo contato com a pele quente e macia do Min. Seus olhos se estenderam para o rosto um tanto suplicante do menor, que sem muito preocupação agarrou a blusa do maior à sua frente e o puxou, juntando seus lábios em um beijo intenso e descompassado.

Hoseok, por outro lado, sorriu satisfeito, como se ganhasse um grande prêmio que vem acompanhado de um brinde. Ele assentiu a cena, se afastando brevemente enquanto tirava a camiseta e desabotoava sua bermuda, pousando a mão sobre o volume de sua roupa ao apertar. Ele gemeu entre suspiros, mordendo os lábios com gosto e necessidade.

Quando Taehyung se afastou do pálido em busca de ar, Yoongi ágil ao ir com pressa rumo a Jay, se agachando a sua frente ao puxar a bermuda para baixo, descobrindo tanto alí um pau duro e molhado, quanto o fato de que Hoseok, no momento, não usava cueca alguma. Entretanto, aquilo não chamou tanto sua atenção, e tomou posse ao abocanhar o pênis por inteiro, sugando e chupando com devoção.

— Não fique de fora, hm? – Hoseok provocou estendendo a mão para Vante.

Taehyung encarou aquilo ao engolir a seco – torceu o lábio, mas seguiu a seu encontro enquanto tirava sua própria blusa. Ele atacou os lábios de Hoseok beijando-o com voracidade. Os lábios de Taehyung subiram pelo rosto do Jung, indo até seu maxilar e seguindo em direção ao nódulo de sua orelha onde mordeu, arrancando um arfar alto de Hoseok que saboreou o momento.

Sua mão se encontrava sobre a cabeça de Yoongi, agarrando suas mechas ao guia-lo nas estocadas que fazia em sua garganta. Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto corado do mais velho que, após sentir sua garganta ser atingida algumas vezes seguidas, se afastou tossindo algumas vezes.

Yoongi deslizou o dorso das mãos pela boca, secando uma linha de baba e gozo que escorria e se misturavam. Ele levantou, tomando atenção de ambos que se entreolharam.

— Tira – Taehyung exigiu mirando-o na expectativa.

Hoseok mordeu o lábio. Seu olhar desceu lentamente enquanto estudava cada mínimo detalhe do corpo belo do pálido que se despia por inteiro. Jay foi ágil ao agarrar suas vestes, segurando e analisando a cueca do Min ao observá-lo com um sorriso maroto.

— Está encharcada – sorriu, estalando a língua – Kitty, amor, você não mudou mesmo. 

Assegurou jogando a peça longe antes de agarrá-lo pelos braços e o derrubá-lo sobre a cama. Suas mãos apalparam as coxas pálidas e fartas do menor. Yoongi se apoiou nos cotovelos, suspirando pesado ao assistir as ações de Hoseok que se agachou entre suas pernas; deslizando a língua por sua virilha, fazendo caminho em direção a suas bolas, chupando-as com gosto.

Yoongi gemeu alto. Estava sensível. E aquele toque quente e terno o fez querer gritar. No entanto, Taehyung subiu na cama e o impediu de beijá-lo. Sua mão grande e forte rodava seu rosto, subindo em direção a suas mechas nas quais agarrou com certa firmeza e as puxou para trás fazendo com que ele perdesse a cabeça.

Um grunhido escapou dos lábios do pálido e o Kim sorriu satisfeito, descendo seus beijos pelo pescoço exposto, marcando sua pele com chupões que mais tarde estariam evidentes em um tom roxo.

Por vez, Yoongi se permitiu saborear o gosto do prazer que o fazia delirar. Seus olhos rolaram de uma direção a outra. A língua de ambos brincavam sobre seu corpo, o fazendo por inteiro se tornar entregue ao momento.

Era ridículo. A algum tempo atrás odiaria a idéia, mas agora, talvez fosse idiotice sua negar algo que tanto gostava e almejava. Yoongi mordeu o lábio com força, erguendo o corpo em direção a Hoseok que se afastou, brevemente, e com sua mão livre, tocou a lateral do rosto de Taehyung o levando para junto de si, assim podendo ter posse de seus lábios.

Yoongi abriu os olhos à procura do porque seus toques haviam cessado, se deparando com a cena. E quando achou que estava de alguma forma sendo deixado de lado, sentiu ser preenchido por um dedo longo e fino que era introduzido devagar em si, arrancando um arfar manhoso.

Permanecendo parado, em busca de deixá-lo se acostumar, Hoseok observava-o de soslaio, e quando viu uma expressão de prazer reluzir no rosto de Yoongi, colocou um segundo dedo e passou a se movimentar devagar. Tirando-os e os colocando algumas vezes seguidas.

Taehyung, por vez, se afastou e tirou o restante de sua roupa. Permanecendo sentado ao lado de ambos enquanto os assistia ao se tocar. Quando Hoseok finalizou seu trabalho. Yoongi se levantou devagar, e olhou para Vante que deu uma batidinha de leve em seu próprio colo, de maneira convidativa.

Sem muita pressa, Yoongi subiu no mesmo, afundando o rosto na curva do pescoço de Taehyung enquanto o sentia penetra-lo devagar. Um suspiro baixo fugiu dos lábios de ambos.

Taehyung deixou um tapa forte e ardente na pele do Min antes de agarrar com força suas nádegas, guiando a maneira e velocidade como o estocava. Hoseok, não ficando de fora, se aproximou por trás, e tomou o cuidado ao também preenchê-lo e acompanhar o ritmo junto com o Kim.

Uma sequência alta e suplicante de gemidos ecoavam em um único tom pelas paredes daquele quarto. O calor do ato e do clima se fundiam igual, tornando aqueles corpos nus e excitados banhados por suor.

Hoseok aproveitou o momento para atacar os lábios de Vante; sua mão sendo ágil ao descer escorregadia em direção ao pênis do Min o masturbando para frente e para trás, às vezes deslizando o dedo pela glande inchada, molhada e sensível do menor que mordia o lábio com tamanha força.

Seu corpo todo estava em êxtase. Seus pelos todos eriçados e embora soubesse que estava próximo de chegar ao seu máximo, queria continuar, sentir por um pouco mais de tempo aquela sensação deliciosa que tanto amava.

Sentia-se completo, inteiro e amado, mas, no entanto, ele agarrou firme o pescoço do maior fincando suas unhas curtas nas costas de Taehyung que suspirou pela ardência. Agora ele já não se sentia mais inteiro.

Hoseok foi o primeiro a chegar no seu ápice. E foi ágil ao sair do pálido, expelindo todo sem gozo sobre algo que julgou ser um tapete velho. E em meio ao curto tempo, Taehyung e Yoongi também se desfizeram um no outro.

O corpo de ambos tremiam em puro êxtase. Taehyung acalentou o menor ainda em cima de si, afagando suas costas, subindo sua mão em direção ao cabelo macio e um pouco crescido que estava colado em seu pescoço.

Yoongi precisou de um tempinho para se recuperar e sair de cima do maior, caindo ao seu lado. Seus olhos cansados rolaram de uma direção a outra, observando Taehyung ainda ao seu lado, e Hoseok, que estava a sua frente, já vestindo suas roupas enquanto o encarava com um sorriso ladino brilhante.

Meses depois

Yoongi cambaleou saindo do quarto e tomando caminho para a cozinha onde um cheiro gostoso de café fresco percorria e perfumava o ambiente. Ele deslizou brevemente o dorso da mão pelo rosto, parando no batente da porta ao observar Taehyung apoiando no balcão, a espera do café ficar pronto.

— Finalmente levantou – comentou o mais novo, sorrindo quadrado – Já tomou banho?

— Não tomei banho. Isso tudo é suor – riu soprado, revirando os olhos ao apontar para o rosto – Precisamos urgentemente trocar de aquecedor. Aquilo enlouqueceu do nada, quase me derreteu!

— Claro, você tem razão – assentiu vendo-o se acomodar próximo a mesa – Mas aí fica difícil, Bebê. Você também dorme todo enrolado.

Taehyung alfinetou desligando o fogão e pegando a cafeteira, levando-a para a mesa onde se juntou ao pálido.

— Não vou mudar isso. Nem que aquela geringonça se manifeste e me mate carbonizado – resmungou, pegando uma  xícara e brincando com os dedos sobre sua borda – E o Jay?

Perguntou por fim, desviando seu olhar curioso para Vante que optou recusar o café e ceder a um suco já servido em uma jarra acima da mesa.

— Porque devo saber daquele idiota? – questionou com dúvida.

— Taehyung!

— Ele veio aqui mais cedo. Quando ainda estava dormindo. Disse que ia voltar mais tarde, não tenho certeza.

Explicou entre um revirar de olhos. Yoongi sorriu balançando a cabeça em desdém. Taehyung ainda tentava se adaptar com a presença de Hoseok que os circulava como um cãozinho pedindo por atenção.

Yoongi achava um tanto cômico da parte do Kim, visto que, após tanta implicância, Taehyung havia sido o responsável por permitir que eles tentassem se relacionar e tornar o que antes apenas os dois mantinham, algo um pouco mais aberto.

Haviam sido meses conturbados, de desentendimento e aprendizados. Yoongi havia aprendido a perdoar e deixar problemas do passado, no passado. Taehyung, como um bom cabeça dura que às vezes era, tentava fazer o possível, pelo seu bem pessoal com o pálido. Enquanto Hoseok, bem. Este continuava o mesmo. Persuasivo, provocativo e um tremendo de auditor perante seu Kitty.

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