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﹙𝐉AN𝐄 ϟ 𝙝𝘢𝘳𝘳𝙮 𝙥𝘰𝘵𝘵𝘦𝙧﹚
❛ EM QUE AS CARTAS CHEGAM ❜
🪷 ꜥ 𝗰𝖺𝗉í𝗍𝗎𝗅𝗼 ⋅ 🪄 84 ʿ
APESAR DAS PROVOCAÇÕES contínuas que vinham de Fred, George e frequentemente Ron, para as quais Harry não se importava tanto, o encontro marcou um ponto de virada para o jovem casal. Não que houvesse muita necessidade de mudança... Mas a habilidade de escapar e deixar um pouco a agitação do sempre movimentado Grimmauld Place, 12 (que abrigava pelo menos doze pessoas, Monstro e Bicuço o tempo todo), significava que, como o resto do verão, Jane e Harry tinham algo privado.
E isso significava tudo para eles.
Era um lugar para onde eles podiam escapar durante os dias de agosto, aproveitando os dias que tinham antes de 1º de setembro chegar. E pareceu chegar rápido. Faltavam apenas alguns dias para o início do ano novo quando Jane - enquanto assava com Flora em preparação para o jantar daquela noite - recebeu uma pilha de envelopes de pergaminho.
— Listas de livros. — a Sra. Weasley sorriu, enquanto Sirius saía furtivamente pela porta para o quintal para alimentar a coruja de aparência desgastada que havia entregado a eles um dos pequenos roedores destinados a alimentar Bicuço mais tarde naquela noite. — Seja gentil, Jane, e vá entregá-los aos outros.
A ruiva assentiu, embora a expressão em seu rosto fosse um pouco hesitante quando ela se virou para Flora. — Continue. — Florence insistiu, a mão completamente enfarinhada colocada de forma reconfortante no ombro de sua filha, deixando uma marca de mão.
Instigada por isso, Jane lavou as próprias mãos e garantiu que estavam limpas antes de aceitar os envelopes da Sra. Weasley e passou por Sirius e sorriu com a chegada de Tonks, que estava tentando o máximo para não tropeçar no corredor e acordar a Sra. Black, antes de subir as escadas. Ela não era de forma alguma contra a ideia de Harry ou qualquer um dos outros voltarem para a escola, mas admitia, ela estava um pouco chateada com a ideia de ser deixada sozinha depois de tanto tempo fosse... Assustador.
No entanto, ela nunca diria isso. Chegou bem perto de seu conhecimento - e ela estava muito perto de perceber completamente - que Harry faria qualquer coisa por ela. Ele a amava, e ela o amava. Ela sabia que ele estava cauteloso sobre seu retorno de qualquer maneira; isso ficou óbvio o suficiente depois que Sirius mencionou que se Harry tivesse sido expulso, ele teria ficado aqui, e se ele ficasse lá, então era onde Jane estava. Ele amava Hogwarts, mas Jane tinha sido a única a libertá-lo de seus demônios, fosse intencional ou não. Ela estava um pouco ciente de que se Harry ouvisse um tremor em seu tom, haveria mais preocupação do que o necessário.
Ela estava bem em ficar em Grimmauld Place... Isso só a lembrava de estar em casa, quando - apesar de todas as crianças mais novas lá e de todos os trabalhadores gentis - Jane não tinha muitas pessoas em quem confiar. Esperançosamente, sua matrícula em uma nova escola trouxa poderia ajudar com isso.
— Tudo bem, Jane? — George pareceu surgir do nada com um estalo - aparatação, como Jane aprendeu - e interrompeu completamente seus pensamentos.
Fred também estava lá, com um sorriso no rosto. — Cartas de Hogwarts? — ele perguntou, e quando Jane assentiu, ela folheou a pilha e estendeu duas delas. — Smashing - nos dê as de Ginny e Hermione e nós as entregaremos.
— Não faça nada com eles. — ela disse conscientemente, apenas para receber sorrisos e balançar de cabeça e estalos secundários enquanto eles desapareciam mais uma vez. Com um sorriso no rosto por suas ações bizarras, ela bateu na porta do quarto compartilhado de Harry e Ron e a abriu.
— Oi. — ela cumprimentou gentilmente. Harry estava de pé no banco da escrivaninha arrumando a bagunça que Hedwig tinha deixado em cima do guarda-roupa, Ron estava murmurando para si mesmo enquanto organizava sua coleção de produtos Chudley Cannon em cima do edredom. — Eu tenho listas de livros de Hogwarts. — Jane olhou entre eles, observando enquanto Ron se levantava e o arrancava das mãos dela.
— Já era hora. — Ron murmurou. — Achei que eles tinham esquecido, eles geralmente vêm muito mais cedo do que isso.
Harry terminou de limpar, jogando o saco diretamente na pequena cesta de lixo no canto, que o engoliu e arrotou alto. Descendo do banco, ele deu um beijo na bochecha de Jane enquanto ela lhe entregava o seu, seguindo para se empoleirar na ponta da cama enquanto eles rasgavam os selos de cera vermelha.
Olhando por cima do ombro dele, ela observou enquanto ele puxava dois pedaços de pergaminho, um sendo o lembrete usual de que o período começava no primeiro de setembro, e o segundo informando a Harry quais livros ele precisaria para o ano seguinte. — Só dois novos. — Harry disse, apontando-os no pergaminho para ela. — The Standard Book of Spells, Grade 5, de Miranda Goshawk e Defensive Magical Theory, de Wilbert Slinkhard.
Estouro.
Jane pulou quando Fred e George aparataram bem ao lado deles. Harry estava muito mais acostumado com isso e não reagiu, em vez disso, compartilhou um pequeno sorriso com sua namorada enquanto ela apoiava o queixo em seu ombro mais uma vez, a atenção voltada para os recém-chegados.
— Estávamos imaginando quem foi o responsável pelo livro de Slinkhard. — Fred cantarolou em tom de conversa.
— Porque significa que Dumbledore encontrou um novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. — George acrescentou. — Não posso deixar de me perguntar quem - e já estava na hora também.
— O que você quer dizer? — Harry perguntou.
— Bem, nós ouvimos mamãe e papai conversando sobre as Orelhas Extensíveis algumas semanas atrás. — Fred o informou. Jane soube o que eram instantaneamente; as criações de Fred e George eram as melhores coisas que ela já tinha testemunhado. — E pelo que eles estavam dizendo, Dumbledore estava tendo problemas reais para encontrar alguém para fazer o trabalho este ano.
George assentiu. — Quem iria querer um emprego que dura apenas um ano? E considerando os últimos quatro... Não posso dizer que estou surpreso.
— Um demitido, um morto, a memória de um removida e um trancado em um baú por nove meses. — disse Harry, contando-os nos dedos. — É, entendo o que você quer dizer. — Jane, é claro, lembrava-se disso de suas releituras de sua experiência no mundo bruxo. E ela também não conseguia explicar.
— O que houve com você, Ron? — Fred perguntou. A distração da atenção se voltou de quem Dumbledore havia contratado para Ron, que estava parado, muito quieto, com a boca ligeiramente aberta, boquiaberto com sua carta. — O quê? — seu irmão mais velho repetiu, cruzando a sala em alguns passos largos e espiando por cima do ombro. Em instantes, sua expressão espelhou a de Ron. — De jeito nenhum. — ele exclamou. — Monitor?
— Monitor? — George repetiu incrédulo, pulando para o fim da cama e se juntando ao irmão no olhar. — Monitor - de jeito nenhum. — ele pegou o envelope e o virou de cabeça para baixo na palma da mão. Harry e Jane, ainda empoleirados no fim da cama de Harry, observaram algo escarlate e dourado cair.
— Houve um engano. — Fred reclamou, arrancando a carta das mãos de Ron e segurando-a contra a luz como se estivesse verificando se havia uma marca d'água. — Ninguém em sã consciência faria de Ron um monitor...
O olhar que Harry viu no rosto de Jane era indistinguível quando Fred e George se viraram para olhar para Harry. Eles não o viram bem, no entanto.
— Nós pensamos que você era um cara legal! — Fred disse num tom que sugeria que Harry os havia enganado de alguma forma.
— Nós achamos que Dumbledore iria escolher você! — George acrescentou, indignado. Lentamente, Jane escapou do aperto de Harry enquanto os gêmeos vinham caindo e ela passou por eles. Um sorriso cobriu seu rosto enquanto ela passava um braço em volta dos ombros de Ron e o puxava para um abraço.
— Parabéns. — ela sorriu, enquanto Ron se afastava de seu olhar estupefato para a carta do distintivo que George havia empurrado de volta para sua mão. — Eu acho, pelo que ouvi, que você merece tanto quanto qualquer outra pessoa.
— Sim. — Ron assentiu. Mas ele não parecia nem um pouco convencido. — Acho que sim... Obrigado. — seu olhar voltou-se para os gêmeos novamente antes de dobrar um dos pedaços de papel e colocá-lo ao lado de sua mercadoria Chudley Cannons. Um dos jogadores bordados no cachecol de tricô bordô e laranja fez um laço em sua vassoura.
— Suponho que todas essas coisas loucas devem ter contado contra ele. — George disse, consideravelmente perspicaz. — Sabe... Não vou aborrecer vocês todos listando tudo. — ele acenou com a mão, desdenhosamente.
— Sim. — Fred respondeu lentamente, com um ar de realização. — Sim, você causou muitos problemas, companheiro. Bem, pelo menos um de vocês acertou suas prioridades. — ele deu um tapa nas costas de Harry enquanto examinava o anel, e um olhar mordaz foi direcionado a Ron quando ele disse algo sobre como a Sra. Weasley seria. Mas a garota parada ao lado dele não ouviu nada disso.
Porque assim como Jane notou a decepção de Ron, ela viu a de Harry.
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