— DEREK LUH:

E outra vez eu estava me sentindo aquele garotinho de dez anos que era julgado pelo pai, todo os dias eu tentava esquecer essa parte da minha vida que me atormenta até hoje, mas é quase impossível quando você tem que conviver com a pessoa.

Soco outra vez o saco a minha frente. Não consigui terminar a primeira parte do trabalho porque as palavras da Ava acabaram virando as do meu pai, me deixando completamente furioso.

— Nem um murro em saco parado você consegue dá direito. — sua voz soa atrás de mim, fecho olhos tentando controlar a respiração e meus impulsos. — todo o dia eu tenho nojo de olhar a decepção que eu criei.

— Você não criou nada! — me viro para ele. — apenas me insultou, todos esses anos.

— Porque você é uma decepção para esse família! — grita quase na minha cara. Nesse momento a raiva já controlava meus impulsos.

— Você tem razão, não sei bater em um saco — me aproximo dele — mas sou ótimo em quebrar rostos.

Não demorou muito para que meu punho fosse de encontro ao seu rosto, fazendo o velho cair no chão. Antes os papéis eram invertidos.

— Caso não tenha percebido, não tenho mais dez anos e você é um velho agora. Nem pense em revidar o único que vai sair machucado é você.

Entrei em casa vendo minha mãe na cozinha preparando o jantar. Subo correndo para o meu quarto indo direto para o banheiro, me livrando de toda aquela sujeira que estava no meu corpo.

— Reunião hoje, na minha casa. — me assusto ao ver o Nate deitado na minha cama. — entrei pela janela, eca vai se vestir.

Aponta para meu corpo coberto apenas por uma toalha.

— Se eu quiser andar pelado, eu ando, você que tá na minha casa.

— Ele tá nervoso. — Nate gargalha. — vou te esperar lá fora — antes de pular a janela ele se voltou para mim — Ah, a gente vai passar na casa da Ava e pegar ela.

— Por que ela não vai com o Johnson? Achei que ele fosse o melhor amigo dela.

— Sim, ele é, porém não é com ele que ela transa. — Maloley piscou e pulou.

É o que?

Todo o caminho até a casa da Ava eu tentei não fazer perguntas sobre aquilo, não queria demonstrar interesse no assunto só que aquilo realmente me pegou de surpresa.

— Já volto. — meu amigo saiu do carro indo em direção à porta. Viro o rosto a tempo de ver os dois se beijando. Só eu que não sabia disso?

— Sempre tem aquela companhia
desagradável. — Ava diz ao entrar no carro, reviro os olhos e resolvi ignorar, ela acabou fazendo o mesmo, já que ninguém disse uma palavra até chegar na casa do Nate.

Definitivamente aquela não era a melhor reunião que eu já fui, nem de longe. Deixo meu copo em cima do balcão e subo as escadas indo até o banheiro. Assim que abro a porta vejo Ava de joelhos vomitando.

— Era só o que me faltava. — murmuro indo até ela. — o que aconteceu?

— Muita bebida pra pouca pessoa. — sua voz saiu rouca, senhor perdoa meus pensamentos.

— Ótimo, agora sai do banheiro que eu preciso usar. — a loira tentou se levantar e falhou tive que segura-lá pela cintura. Apoiei ela na pia que escovou os dentes.

— Não queria pedir isso pra você — disse vagarosamente e com os olhos fechados — pode me deixar do quarto do Nate?

— Por que eu faria isso? — cruzo os braços. Ava da de ombros e tenta sair do banheiro, quase caindo outra vez. — Tudo bem.

Passo o braço pela sua cintura e levo ela até o quarto dele. Ajudo ela se deitar e tiro seus sapatos.

— Obrigado. — Ava sussurrou fechando os olhos,subo o lençol cobrindo seu corpo.

Saio dali encontrando Nate no corredor.

— Você viu a Ava? — fiz que sim com a cabeça e apontei para o quarto dele.

— Ela me pediu pra deixar ela aqui, quase não tava se segurando em pé.

— Hm, obrigada.

Ele deu dois tapinhas no meu ombro e entrou no quarto, por que eu fui legal com ela mesmo?

[notas]

vocês acharam que não ia ter drama na fic?