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[P O V P A R K J I M I N]
[D O I S M E S E S D E P O I S]
Você não pode me julgar.
Aliás, é engraçado, você pode, mas eu gostava que você não fosse como todos os outros.
Mas, ultimamente, eu venho sendo tão altruísta mas tão egoísta, ao mesmo tempo, claro, que eu não mereço que meus gostos sejam levados a sério.
É sua decisão, mas leve ela a cabo até ao fim.
Me julgue.
Não me julgue, me ouça, como se eu tivesse razão.
Está tudo bem se você sabe lidar com o desespero e eu não. Está tudo bem se você sabe agir sobre pressão. E está tudo tão bem se você é capaz de amar você mesmo acima dos outros, e eu não.
Eu só acho que não é culpa minha se eu não sou capaz.
Se você nascesse incapaz de falar, de ouvir, de ver, alguém te iria julgar?
Eu sei, eu sei, nasceu com você, você não poderia fazer nada, me perdoe.
Eu estou errado, só mais uma vez.
Mas você sabe e vem e me diz que não, que não é só mais uma vez, porque você sabe que eu não vou errar só mais uma vez.
Está tudo bem, só mais uma vez.
Ah! Porque você não vem e me diz que não será só mais uma vez? Porque você não vem e joga na minha cara que as coisas darão certo umas outras vezes?
É de natureza humana prestar mais atenção às coisas ruins, porque o mundo vem se tornando um lugar tão ruim que você se vê praticamente obrigado.
Então... e se você não é capaz de ver as coisas boas da vida? Você é incapaz, mas ninguém está te julgando... Que legal.
Tem sempre aquela fase da sua vida, tudo bem nem sempre, (está vendo como não foi só mais uma vez?)que você julga o mundo pela sua beleza oculta, pelas coisas boas que vão na sua vida, e você se esquece da ruindade?
Não sei de você, mas eu passei pela minha, denominada de adolescência e pré-adulto. Eu era jovem, portanto.
Sabe o que isso significa? Eu era jovem, e era bobo, e era apaixonado por tantas coisas, seguia o meu coração.
Já sei, sei os seus argumentos, porque eu não sou cego, sei ver a minha posição.
Eu era jovem, era apaixonado. Está vendo como eu estou salientando o passado?
Eu era todas as coisas, e o tempo passou, não é mais desculpa, eu já não sou tão bobo.
O tempo passou tanto, mas o que você faz quando você gostaria de o poder prolongar? Você não vai nem tentar? Você não vai nem se agarrar nas suas mínimas chances?
Se você for me perguntar os meus motivos, eu te responderei da forma mais fácil.
Não tem.
Foram decisões do momento, levadas pelo vento, trazidas pela chuva. E você nunca sentiu como se estivesse gritando para o mundo, pedindo por socorro, de forma tão desesperada, porque você não pode continuar sozinho, mas ninguém está... te ouvindo?
Não é bom lembrar dessa fase, em que se perdeu, e não se julgou, de quando você ria até à exaustão com quem amava e passava os melhores momentos, fosse rindo ou chorando, porque num mundo como este tudo está valendo?
Taemin, quando eu quero pensar em coisa boas sobre você, eu penso no tempo em que você não era um bobo entorpecido pela perfeição. Eu me agarro à memória de você maltratando a minha barriga com cócegas, penso em você me contando coisas engraçadas e de quando nós bebíamos no quarto do nosso dormitório até dormir. Eu tento me lembrar de algo que está tão longe, eu tento me segurar nessa corda invisível que está tão longe e me leva para os tempos em que você passava a janela do meu quarto pela varanda do quarto dos meus pais e você ficava comigo e passava a noite lá, agarradinho comigo, inconsequentes.
Mas quando eu estou com raiva de você, Taemin, eu me lembro de todas as vezes que você me diminuiu, e vem diminuindo. Eu não preciso me esforçar para lembrar todas as vezes que eu engoli as lágrimas nos seus jantares de trabalho, porque você agia como um namorado tão ruim, como se eu não estivesse lá, e eu ficava para trás, me perguntando como eu havia me tornado uma daquelas mulheres que nós dois costumávamos ter pena, levadas ali apenas para aparecer, apenas para a fotografia, como você dizia. E desde então eu venho me perguntando como você se tornou no que é hoje e eu me deixei ir, feito bobo, como se eu estivesse na adolescência
Vê o peso na balança, Taemin?
E quando eu penso no meio termo, como é tão complicado te amar e te odiar, eu lembro do que me leva a isso. Está vendo a nossa filha, Taemin? Ela é o nosso meio termo, porque você ma trouxe de uma forma tão ruim, mas eu a amo tanto. E eu amo você, Taemin, você no seu passado, mas eu te odeio um pouco agora, eu olho para o seu lado manipulador e me dá vontade de arrancar ele de si, como se eu pudesse, porque você não era assim.
Mas, Jungkook, quando eu quero pensar coisas boas sobre você, eu não preciso, porque elas vem naturalmente, querendo ou não.
E quando eu quero pensar coisas ruins sobre você, Jungkook, como se existissem, eu preciso forçar o meu cérebro, dividi-lo, porque a única coisa ruim que você fez foi se apaixonar por mim.
Então, eu lamento mais por você do que por mim, Jungkook.
Ficar com Taemin não era o meu plano, mas eu nunca tive um, mas não era esse, de qualquer maneira. O meu plano era ser um adolescente bobo mais uma vez, ser sonhador e inconsequente, seguir você por todo o lado, porque você é o meu sonho. Voltar no tempo em que eu podia me apaixonar com facilidade e seguir o meu coração.
Não mereço você, Jungkook.
Não era meu plano te amar. Talvez fosse meu plano permanecer no meu canto pela eternidade pré-dita, vivendo a minha vida sem açúcar, olhar o céu e não ver as estrelas. Talvez fosse meu plano permanecer naquela casa para sempre.
E, por um tempo, não foi mais. Não era mais meu plano, porque meu plano era você, Jungkook. Você era a minha casa.
Mas você sabe, e você sabe, que eu não sei lidar com a culpa, que ela me consome, então eu achei que depois de tudo o que eu fizera a Taemin, ele merecia que eu ficasse com ele no único momento em que ele precisava de alguém e a sua perfeição não era mais suficiente.
Mas, novamente, o luto se tornou uma carta para ele, usada no melhor jogo, naquele enquanto durasse, e ele a usou por tempo demais, e eu fui, como se eu tivesse algum problema com o jogo, o que seria fácil de acreditar, afinal, com tanto azar no amor eu poderia usar alguma sorte no jogo, como diz o ditado.
Não.
Não, porque eu não estava jogando. Eu estava sendo jogado.
Eu era o baralho, e Taemin me jogava com tanta facilidade, ele jogava aquela carta com tanta subtileza que ninguém via o que ele estava fazendo, que aquilo era batota.
Tantas metáforas e comparações e metáforas para dizer que eu agi novamente como um adolescente, bobo e inconsequente? Para quê?
Você já não sabe que eu fiquei? Você já não sabe que eu não sou de colocar as culpas nos outros?
Pois é, o erro foi meu.
E agora eu estou pagando por ele...
Porque você não fala comigo, porque eu não falei com você.
Mas o que eu te diria? Que eu sou tão ruim que não fui capaz, mais uma vez? Está vendo como sabia que não seria mais só aquela vez? Eu te ligaria e diria, para você, Jungkook, que eu te amo tanto, mas que você precisa esperar?
O pior é que você esperaria, Jungkook.
Eu fiquei por exatos sessenta e um dias, que seriam mil quatrocentas e sessenta e quatro horas, que seriam oitenta e sete mil e oitocentos e quarenta minutos que eu não fiquei com você.
Mas, deixe eu te dizer, a você, e a você, e a você, que há sim coisas que só acontecem mais uma vez.
Eu fiquei, só mais uma vez.
Está vendo que eu estou salientando o passado?
♤♡♤
kkkkkk estou escrevendo kkkkkk uma fanfic nova kkkkkkk nos meus rascunhos kkkkkk
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