(53) u are losing it all

[P O V   P A R K  J I M I N]

Taemin pareceu mais tenso quando eu proferi aquelas palavras em profunda irritação, apoiando ambas as minhas mãos na mesa, com os ombros contraídos, forçando os meus dedos contra a superfície dura, em desespero, negando para mim mesmo com a cabeça. 

''O quê?'' Ele perguntou, se aproximando um pouco, tentando me encarar, mas sem um movimento meu. 

Eu forcei as mãos em punhos, tão irritado, com vontade de dizer tudo o que eu queria, tudo o que eu precisava gritar para fora de mim, mas ao contrário de Taemin eu não inconsequente, eu temia o peso das palavras. 

''Jimin.'' 

''Foi por Seokjin, ok?!'' Eu esbravejei, a mentira escapando fácil dos meus lábios. 

''E Seokjin não é trabalho?'' Ele perguntou, parecendo muito mais calmo de uma hora para a outra. 

''Seokjin é meu amigo.'' Eu proferi e pelo menos isso não é mentira. ''Você estava tão desejoso que eu estragasse isso, Taemin. Eu estraguei, está bem desse modo?'' 

''O que você está dizendo?'' Ele questionou, cruzando os braços na frente do peito quando eu virei a cabeça e o olhei. ''O que você pensa que está dizendo?'' O seu tom se tornou ameaçador, me desafiando como ele fazia sempre, como ele achava sempre que eu ia engolir tudo e me diminuir. 

''O que você merece ouvir!'' Eu exclamei, perdendo a pose perdida e me impondo, ficando na sua frente. ''Ou você pensa que eu esqueço o que você diz, Taemin? Para mim não é assim. Não é.''

''Eu estou perdendo alguma coisa, Jimin?''

''Você está perdendo tudo.'' Eu murmurei, passando os dedos pelas lágrimas já contidas e o olhando. ''Você na minha cara, com todo o seu dever e autoria, que eu não estou lá quando eu devia estar, mas você foi capaz de me ver passar pelo pior e dizer que deveria ir para longe de você para não estragar a nossa lua de mel.'' Eu dizia, sem um pingo de amor. ''Nossa.'' Eu ri, irónico e ressacado, revirando o olhar. ''Tão nossa quanto o nosso casamento.'' 

''Como você é capaz de se achar com razão?'' Ele jogou, abrindo o olhar, vendo tudo o que queria. ''E trazer a merda das flores como se fosse sobre isso!'' 

''Não é sobre flores, Taemin, entende de uma vez!'' Eu gritei também, batendo o meu pé e o olhando com fúria. ''Seu cobarde, admite de uma vez que tudo isso é sobre você!'' Eu acabei declarando, empurrando os seus ombros e ouvindo-o grunhir com a raiva, me dando as costas e afastando os cabelos. ''Todo você!'' 

''Mas é tudo por você!'' Ele exclamou, como se fosse verdade. 

''Você sabe que nunca foi.'' Eu declarei, com o tom mais contido, mas tão sincero, vendo como ele se atreveu a me olhar, indignado, porque só ele não via realmente. 

''Jimin.'' Ele disse, o tom tão sério, a sua mão alcançando a maçaneta e empurrando-a para baixo, deixando a porta abrir-se levemente. ''Se você acha realmente isso vai embora.'' 

Eu o encarei, incrédulo, quase em pânico, mas sem o demonstrar, ou pelo menos querer demonstrar. 

''Se você acha que eu nunca fiz nada realmente por você... Vai embora.''

E era todo um novo desafio, toda uma nova forma de subir o ego dele, de me ver ficar, de me ver cair aos seus pés outra vez, então eu desfiz o aperto contra o meu peito, e eu vi a ponta de egocentrismo em si quando eu pensou que eu ia ficar, mas eu apenas segui em frente, mira na porta, deixando o lugar, seguindo para as escadas, dessa vez sem olhar qualquer um dos seus colegas. 

Na viragem das escadas eu vi a porta do seu escritório fechado, passando as mãos por debaixo dos meus olhos, porque vamos convenhar que você nunca viu um primeiro mês de casamento tão bom. 

Eu alcancei o meu carro, entrando no mesmo, enfiando a chave e apoiando os braços no volante, olhando o jardim na minha frente, pensando em como eu gostava de vir aqui antes, visitar Taemin de surpresa, até que ele começasse a repreender as minhas vidas de forma inusitada, estragando os melhores momentos, fazendo-me sentir indesejado. 

No entanto, as boas memórias estavam tão longe, de quando eu vinha antes e parecia que ele me queria ali realmente, se distraindo um pouco do trabalho, antes de toda a sua obsessão pela perfeição começar. 

Mas eu não era perfeito então eu não era para Taemin. 

Era lindo me lembrar de como Taemin costumava fazer coisas bobas por mim, me deixar sem palavras, ou nadando em lágrimas de felicidades, porque era bom amar Taemin, era bom demais que até soava a mentira. 

Mas agora era só ruim, lembrar até das coisas boas eram ruins, porque eram memórias longínquas  que começavam a desvanecer, perdendo-se pelos anos, porque havia uma coisa acima de mim na vida de Taemin, e essa coisa nem Yang Mi era. 

E eu sorri, me lembrando da pequena, me lembrando das coisas que sempre me fazia sorrir, sendo essas que me levavam adiante. 

Então, depois de uma decisão mal tomada, eu peguei o celular, respirando fundo e discando aquele número, esperando ser atendido para poder me soltar, porque era realmente tudo o que eu precisava naquele momento. 

Eu arranhei a garganta, ouvindo a voz dele do outro lado me perguntando se estava tudo bem. 

Não estava, mas não era sobre isso. 

''Eu preciso te contar uma coisa.'' 

♤♡♤

Eu meio que tipo disse a mim mesma que só podia beber meu chá, porque eu sou louca por chá, quando eu terminasse esse capítulo. 

Então... #30 aeeeeeee


Eu bebi o chá primeiro... 

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