(24) i chose with affection
[P O V P A R K J I M I N]
Entrar no meu escritório a 14 de Outubro nunca pareceu tão insatisfatório.
As felicitações de aniversário atrasadas chegavam em meus ouvidos, mas o que mais os atingia era a pressa de todas as pessoas ali para que o piso ficasse impecável, para receber ninguém menos e ninguém mais do que o famoso empresário Jeon Jungkook.
Nós todos sabíamos que ele estava vindo naquele dia, mas eu não estava muito importando, sendo o meu plano manter-me no escritório a todo o custo até que ele deixasse a empresa, sem nem o ver. Esse era meu plano e eu tencionava segui-lo a todo o custo e, se por algum motivo, eu tivesse que o ver... Eu apenas seguiria meu caminho, porque não nos conhecíamos afinal de todo.
No início da tarde de segunda feira, quando eu estava sentado no meu escritório, com toda a movimentação do lado de fora se fazendo ouvir, enquanto tratava alguns documentos no laptop, uma batida na porta foi ouvida e o meu olhar subiu, quase com raiva, porque se fosse Jungkook do outro lado... eu juro que...
''Entre.'' Eu arranhei a garganta sem me mexer, a porta abrindo-se e eu suspirei aliviado, porque eu não saberia realmente o que fazer se fosse Jeon ali.
''Desculpe te incomodar, Jimin.'' Jin disse-me, entrando e fechando a porta.
Eu neguei com a cabeça.
''Não tem mal.'' Eu assegurei, sorrindo torto. ''Algum problema?''
Ele apenas sorriu torto.
''Nenhum, de facto!'' E ele aparecia animado. ''Só vim requisitar a sua presença na reunião de hoje?''
''Com o Jeon?'' A pergunta escapuliu-se da minha boca, porque só me faltava mais aquela.
''Sim!'' Ele exclamou. ''Afinal foi você quem o convenceu e eu ainda nem sei como, Jimin, porque vamos convenhar que investir na nossa empresa não lhe tráz muitos benefícios, ao contrário de seus outros investimentos.''
Eu apenas sacudi os ombros.
''Agradeço, mas eu não iria fazer realmente alguma coisa lá então eu acho que fico por aqui.'' Eu tentei esquivar-me, mas Seokjin apenas sorriu, provavelmente achando que aquilo era modéstia.
''Jimin, eu insisto, mesmo. Sem você ele nunca estaria connosco. ''
Eu olhei-o sobre a franja, batucando os meus dedos na minha perna, sem saber como me livrar daquela.
''Eu tenho trabalho para fazer.'' Eu adiantei, sorrindo torto, falsamente. ''Mesmo.''
''Jimin!'' Ele exclamou. ''Isso é importante para sua carreira então você está vindo.'' Ele declarou, e agora eu nem podia contestar porque ele ainda era meu chefe.
Eu girei a aliança em meus dedos, como um ato nervoso, apenas acenando com a cabeça em deboche e recebendo um sorriso em troca.
Ele acabou deixando a minha sala, depois de confirmar comigo a sala e o horário, ao qual eu preferia não ter prestado atenção, pois dali a duas horas eu estaria na frente de Jungkook, completamente perdido, querendo chutá-lo.
Eu não tinha muitos motivos para ficar chateado, mas ainda assim eu estava. Porque ele realmente tinha infringido a nossa lei de sigilo, caminhando para mim como se fossemos grande amigos e não tivéssemos uma promessa para cumprir. Para além de que, graças a isso, o meu noivo quase nos tinha apanhado íntimos demais.
Eu expelia raiva só de pensar nisso, porque ele era tão idiota que me estava dando alguns nervos. E pensar em estar na sua frente, sabendo que eu ainda cumpriria o meu papel e muito provavelmente ele não cumpriria o dele, dava-me dores de cabeça e ele não tinha esse direito nem de perto.
Algures entre as duas e as três eu fui obrigado a desviar o olhar da tela do meu computador, subindo o olhar para ver a porta do meu escritório ser fechada tão rápido quanto se tinha aberto, com um corpo de esquivando para dentro.
E as minhas pernas tremeram, a minha barriga contorceu-se, e os meus olhos fecharam-se ao vê-lo ali, se escapulindo para dentro do meu escritório, com as suas roupas aparentemente apertadas o suficiente para realçar os seus músculos, o seu cabelo com a risca quase no meio, dividindo a sua franja para os lados, enquanto ele segurava uma caixa preta rectangular, pequena, com um laço vermelho em volta.
Eu quase estive para me levantar e tratá-lo como o cliente que ele era daquela filial, mas fui traído por mim mesmo, rolando os olhos e ignorando o quão quente eu me sentia perante a sua figura.
Ele sorriu com os dentes, caminhando em frente, e eu levantei-me, ficando no centro da sala, em frente da minha secretária, porque se ficasse no lugar anterior ele me encurralaria e eu ficaria totalmente frito.
Os braços estavam na frente do meu corpo quando ele veio direito a mim, com o braço esticado, segurando a pequena caixa do meu lado, enquanto me obrigava a dar passos para trás até a minha bunda bater na maldita madeira da secretária e ele ficar em frente a mim, colando os nossos corpos, pousando a caixa com um gesto nada importado em cima do tampo, usando a mão para segurar a lateral da minha blusa entre os dedos, perto do meu quadril.
Eu sustive a respiração, com ele tão perto e sem eu poder fazer nada.
''O que está fazendo aqui?'' Eu soltei, em uma respiração, batendo a palma da minha mão contra o seu peitoral.
E, assim, do nada, com apenas aquilo, eu estava em seus braços novamente, com a minha raiva dissipando-se de forma rápida.
''Vim entregar o seu presente.'' Ele sussurrou, e eu olhei por cima do ombro para a caixa pequena ao nosso lado. O seu nariz roçava no meu quando ele encostou os nossos lábios, sem se mexer. ''Feliz aniversário atrasado.'' Ele desejou-me, mas eu apenas neguei com a cabeça, baixando a minha mão e cruzando os meus braços de novo, sendo isso o que nos separava enquanto a sua outra mão subia para arranjar os meus cabelos atrás da orelha.
''Pode ir.'' Eu murmurei, como se alguma vez ele me fosse obedecer.
Ele deu um passo atrás, e eu quase me assustei, quando ele pegou a caixinha pequena e ma estendeu.
''Abra.''
Eu segurei o embrulho, receoso se eu deveria realmente abri-lo, olhando em seus olhos e tentando entender a intenção. Eu desfiz o laço vermelho sangue, deixando-o cair contra a palma da minha mão, puxando o topo da caixa negra e pousando-o na secretária, para depois olhar o conteúdo.
E eu puxei com delicadeza o anel ali inserido, deixando a caixa de lado, esquecido sobre a presença do maior ali, recostando-me melhor contra a secretária, avaliando a peça pequena de prata, com pedras brancas inseridas, que não davam muito nas vistas mas que tornavam a peça linda, e, no seu interior, cravado a flor mais linda de todos os tempos, com o seu pé fino e as pétalas abertas, como se recebessem o maior raio de sol.
Eu sorri torto, sem olhar Jungkook, relutando para colocar aquilo de novo na caixa, quase me virando para que conseguisse fechá-la, tendo então Jungkook segurando-me o braço.
''Não vai usar?'' Ele perguntou-me, e eu olhei-o, quase a parecer indignado, porque nunca na vida eu saberia como explicar aquele anel a Taemin, muito melhor e mais caro do que o mesmo me oferecera no Natal. ''Eu escolhi com carinho.''
Eu neguei com a cabeça, virando-me de costas e fechando a caixinha, com a peça dentro, esticando-me sobre a mesa para puxar uma gaveta e guardar aquilo lá dentro.
E claro que ouvi-lo dizer que escolheu aquilo com carinho me aquecia, mas o que me deixou mais quente no momento foi o seu quadril se encostando na minha traseira, fazendo-me deixar o peito cair contra a mesa em um resmungo.
''Jungkook!'' Eu empurrei-o, mesmo que fosse com a minha bunda indo de encontro ao seu membro, usando o curto espaço de tempo para me virar antes que ele me segurasse de novo.
No entanto, quando eu ajeitei a postura, Jungkook pressionou a minha cintura com os dedos em volta, com os seus lábios vindo de encontro aos meus, mordendo-os, tendo a certeza que eu não resistia antes de realmente me beijar.
Mas havia maneira de lhe resistir?
Ele apressou-se, envolvendo a sua língua na minha, fazendo ruídos da nossa saliva estalando uma contra a outra, e, consumido pela mesma pressa eu agarrei o seu pescoço trazendo-o para mais perto, quando, insistentemente, as minhas pernas roçavam-se na madeira, tentando alcançar o tampo. Jungkook apertou as minhas coxas, fazendo-me parar, puxando-me contra ele, agarrando a minha bunda, puxando-me para cima, comigo agora em bicos de pé, apenas para me fazer saltar e sentar na secretária, rodeando o seu tronco com as minhas pernas quando ele desceu.
Desceu a sua boca para o meu pescoço, subiu as suas mãos para a minha nuca, e naquela loucura apressada, eu mordia os lábios, contendo os meus gemidos abafados, sabendo que era errado, mas que era tão bom.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top