(21) and that time is ours

[P O V    P A R K  J I M I N] 

Depois de mais uma semana com Jungkook todo o meu corpo gritava para que eu nunca o largasse, mas eu queria acreditar que quando eu estivesse de volta a mim mesmo, à minha vida, eu não necessitaria assim tanto dele. 

Eu nunca lhe diria que estava na hora daquilo acabar, nunca seria capaz. 

E eu não sentia que devia simplesmente chegar nele e jogar na sua cara que naquele momento eu estava noivo, porque eu não via o porquê. 

O que nós fazíamos, um com o outro, nunca envolveu o conhecimento da vida um do outro. Sabíamos o que havíamos descoberto no dia em que nos conhecemos, e, de resto, se houvesse informação partilhada era por puro acaso. Então não era meu dever contar-lhe que no próximo ano eu casaria algures em um mês qualquer que Taemin escolhesse. 

E, mais uma vez, naquele dia, naquele mesmo dia, eu sentia, mais do que nunca, que eu não queria deixar aquela ilha. 

Estava na altura de ditar todos os meus sentimentos para fora e os meus sentimentos dizia-me para eu gritar a todos os pulmões que eu estava sim noivo, como um pedido desesperado por socorro, para que ele me salvasse. Mas parte de mim, como o turbilhão que eu era, sempre dividido, dizia-me que estava apenas entregue às sensações que o Jeon me causava, deixando-me preso nele apenas até eu estar de volta a casa. 

Não era algo duradouro, nunca fora, e nunca tinha sido planeado ser. 

E se as minhas ideias não estavam claras, eu não poderia pô-las em palavras nunca. 

Eu não diria a Jungkook, porque Jungkook, e eu, não podíamos fazer nada sobre. Não havia um objetivo. Então eu não diria a Jungkook. 

Quando nós estávamos fazendo check-in no aeroporto, depois de entregar as nossas malas, e esperar numa fila para que nos revistassem, Jungkook estava rindo, enquanto eu passava pelo sensor de metais e o mesmo apitava e ficava vermelho. 

Eu fiquei do lado dele quando ele me puxou, levando os dedos à minha orelha e mexendo no meu brinco e no piercing que ele mesmo me oferecera. 

Eu pedi desculpa ao segurança do aeroporto, logo os retirando e passando-os para as mãos de Jungkook. 

''O cinto também.'' O homem disse-me. 

Jungkook sorriu-me de lado, enquanto eu puxava a fivela do objeto e o colocava na pequena caixinha, semicerrando o olhar na sua direção, como se o julgasse, antes de finalmente voltar a passar o sensor e ter o meu cinto me esperando do outro lado. 

Jungkook veio logo a seguir, sem qualquer problema, ainda rindo enquanto eu apertava de novo o cinto em minhas calças. Dali em diante Jungkook caminhou do meu lado, com a mão no final das minhas costas, segurando a pasta pequena, preta, que eu levava comigo, apenas com o meu celular e mais algumas, poucas, coisas necessárias. Ele nunca levava nada, limitando-se aos seus bolsos. 

''Ainda falta um pouco, não é?'' Perguntou-me, passando o braço agora pelos meus ombros. 

''É.'' Eu concordei. 

''Então fique por aqui.'' 

O meu corpo foi pego totalmente de surpresa quando ele me puxou para o lado, deixando-nos num corredor pequeno, aparentemente vazio. 

''Você está doido?'' Eu ri baixinho quando ele encostou o corpo na parede, abrindo as pernas e puxando-me para o meio delas. Mesmo assim eu pousei as minhas mãos nos seus ombros, olhando em volta, quando ele levou a mão ao meu rosto, virando-o para o seu. 

Negou a minha pergunta com um aceno, com a mão no final das minhas costas me puxando contra si, me fazendo ir em um tropeço, com a minha pasta bem espalmada no meu cóccix, que ele ainda segurava. 

''Você está agindo doido.'' Comentei, risonho.

''Ainda temos tempo.'' Foi o que ele disse. ''E esse tempo é nosso.'' 

Eu sorri, porque ele sabia sempre o que dizer, sabia sempre o que fazer para me prender. 

Eu encostei a minha testa na sua, sorrindo largo, porque mesmo que estivéssemos indo embora... Ainda estávamos ali. 

''Isso mesmo.'' Ele sorriu também, referente. 

Depois veio com o corpo contra mim, afastando-se da parede e girando-nos, fazendo as minhas costas baterem na superfície. Eu ouvi o som da minha bolsinha a cair no chão, mas não me importei, mesmo que meu celular pudesse estar partido naquele momento. 

Tudo ao mesmo tempo, as suas mãos entraram nos bolsos de trás dos meus jeans pretos, mantendo-se esticadas, os meus braços rodearam o seu pescoço, e os nossos lábios encontraram-se. Através daquele contacto, ele puxou-me contra si, afastando-me da parede e chocando os nossos quadris. 

A sua língua vinha contra a minha de uma maneira demasiado enlouquecedora, levando-me a puxar de leve os fios dos seus cabelos, lembrando-o que ainda estávamos algures no aeroporto. 

Um gemido escapou dos meus lábios quando ele segurou com força a minha bunda, fazendo-me ficar na ponta dos pés enquanto a sua boca se separava da minha, apenas para que alcançasse o meu pescoço, agora na sua frente. As minhas costas encontraram a parede mais uma vez, servindo-me de apoio, enquanto ele deixava inúmeros beijos pelo local, mordendo de leve, sem realmente deixar marcas. 

''Jungkook!'' Eu acabei exclamando, em um murmúrio perdido, porque quanto mais ele me puxava para cima mais as minhas calças se apertavam no meio das minhas pernas. 

As minhas costas estalaram de novo contra a parede e eu não pude evitar gemer mais uma vez, segurando-me nos seus bíceps. Ele estava um pouco fora do controle, porque aquilo nunca tinha acontecido antes, mas era bom demais para eu o parar. 

A sua coxa foi pressionada entre as minhas e eu desci a mão, porque estava na altura, apertando-lhe o membro entre os dedos. 

Ele gemeu contra o meu pescoço, com uma risada sacana saindo com a sua respiração, encostando a testa na parede, acima do meu ombro, suspirando pesado, ainda com o seu corpo contra o meu. 

Não era minha intenção que aquilo resultasse, mas resultou. Ele apoiou uma mão na parede, e eu ri baixinho contra o seu ouvido, com um de meus braços rodeando todo o seu pescoço e a minha boca de encontro à sua bochecha. 

''Foi bom, Jungkook.'' Eu murmurei, baixando-me na frente do seu corpo, entre ele e a parede, apanhando a minha bolsa e voltando para cima depois, quando ele me deu espaço. 

No entanto, quando eu estava pronto para sair dali, a sua mão alcançou o meu pulso, empurrando-se sobre mim mais uma vez, juntando a sua testa à minha, ainda com a respiração ofegante. 

O seu olhar prendeu-se no meu, e eu sustive a respiração, com medo do que ele ia dizer, quando o seu olhar desceu para os nossos lábios, que se tocavam inocentemente, e ele finalmente disse: 

''Eu vou sentir a sua falta.'' 

Mas não era para ele sentir a minha falta, tanto como não era para eu sentir a dele. 

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top