(2) i missed u

[P O V   P A R K  J I M I N]

Era um alívio mais do que grande aterrar naquela ilha, tanto que eu deixava toda a minha vida para trás quando isso acontecia. Pelo caminho eu culpava-me, mas quando chegava ali, a minha mente gritava JEON JUNGKOOK e o meu corpo almejava por ele. 

Foi por isso que foi inevitável o sorriso discreto estampado no meu rosto enquanto me aproximava dele no centro daquele aeroporto. E de todas as vezes que eu o via ele parecia melhor, o corpo dele parecia ter crescido mais, mais treinado, e o meu continuava igual, pequeno e milimétricamentre igual. E os cabelos dele eram sempre os mesmos, os olhos escuros que não me largavam de longe. E a pose era sempre a mesma também, com a mala pousada do seu lado, a mão insistente no bolso da calça do fato que ele trazia, mas deixava a gravata de lado. Dessa vez a camisa branca vinha dentro das calças, com o cinto bem apertado. 

E o maxilar dele estava travado enquanto ele olhava para algum ponto longe entre o meio das pessoas e depois voltava com o olhar para o celular que segurava nas mãos. 

Apenas a alguns metros de distância ele viu-me, e quando me viu ele guardou o telemóvel e esperou que eu chegasse lá. Mas dessa vez ele não se conteve, tirando a mão do seu bolso para me puxar pela cintura e usando a outra para segurar a minha nuca enquanto os seus lábios se juntavam aos meus e não perdiam tempo em buscar pela minha língua. 

E era isso que eu não sentia com Taemin, mesmo que ele não tivesse a vantagem de um ano esperando, ele deveria me mostrar coisas como aquelas, aquele desejo insano. 

Nós estavamos sim no meio do aerorporto, mas saímos tanto da nossa área que não importava muito. E eu segurei o tecido da sua roupa entre os meus dedos, o trazendo para perto e querendo mostrar que eu o queria ali, que tinha sentido saudade também. 

Mas ele não costumava fazer isso. Limitava-se a pegar a minha mala e apenas no hotel, dentro do nosso quarto, é que ele resolvia alguma coisa. 

''Ah, senhor Jeon...'' Eu acabei murmurando, puxando-o com mais brutalidade contra mim. E ele acariciou os cabelos da minha nuca, completamente arrepiada, para depois os puxar discretamente e com cuidado. 

''Você acha que o check-in demora?'' Ele perguntou, e era bom ouvir a voz dele depois de tanto tempo. 

Eu não pude de deixar de gargalhar com a pressa dele, cachoalhando a cabeça para trás, mas rapidamente ele me trouxe para a sua boca mais uma vez, sem me beijar. 

''Não ria.'' Mandou-me. 

''Não deve demorar.'' Eu bati de leve no peito dele, como sinal de que me afastaria, e foi isso que eu fiz. ''Mas quanto mais depressa formos...'' Eu deixei a proposta no ar, logo pegando a minha mala e fazendo o caminho que eu já sabia de cor. 

Nós normalmente não saíamos muitas vezes do quarto, limitando-nos à companhia um do outro, que por si só já era bastante produtiva. Não estávamos ali como turistas, mas sim como amantes e os dois o sabíamos. 

Dali em diante os dois mantivémos a distância, mas eu via que toda a gente nos olhava como se fossemos um casal e de todas as vezes eu nunca entendia o porquê. 

No guichê, a mulher era a mesma que a do ano passado e o que me fez perceber isso foi a forma como ela se dirigiu a Jungkook. 

''Mais um ano, hein, senhor Jeon?'' Ela sorriu de lado, verificando a nossa reserva. ''Senhor Park.''  Então ela sorriu também para mim, ao ver-me atrás dele. 

E Jungkook não pareceu feliz sobre isso, logo me puxando para ficar do lado dele e não atrás. E a sua mão não saiu dali até que ela nos entregasse as chaves e ele me as passasse, logo segurando o meu pulso e puxando-me pelo hall, deixando as nossas malas para que alguém as levasse mais tarde. 

E ao contrário do que eu pensava estar ditado desde o início, ele levou-me pelas escadas, coisa que ninguém ali devia usar, e quando eu bati a porta ele puxou-me de novo, dessa vez contra ele, logo dando um passo em frente e fazendo as minhas costas baterem na porta de metal. Então ele atacou os meus lábios com furor, com os dedos marcando bem o meu quadril e os meus correndo os cabelos da sua nuca. 

''Algo me diz que você teve mais saudade dessa vez.'' Eu sorri sacana, antes de ele me puxar mais uma vez, com as suas mãos descendo até às minhas coxas e me erguendo, logo me deixando suspenso no ar, com as pernas do lado do seu quadril enquanto os dedos que antes apertavam a minha pele agora não hesitavam apalpar a parte interna da minha coxa. E eu acabei gemendo quando o quadril dele foi pressionado contra o meu. ''Aqui?'' Eu acabei murmurando, e então ele me largou, e eu não estava pronto para suster o peso do meu corpo, mas lá teve que ser. 

E então, como o louco que ele era, segurou a minha mão e puxou-me para correr pelas escadas. E eu ia gargalhando, sentindo-me um adolescente ridículo, mas feliz. 

Quando nós chegamos ao piso certo, Jungkook apenas retomou a sua pose, sem largar os seus dedos entrelaçados nos meus, e esperando que eu usasse uma das chaves que me tinha dado antes. Foi o que eu fiz, e em algum momento essa mesma chave deslizou pelo mesmo chão do quarto de hotel onde sempre ficávamos. 

A minha camisola saiu em algum momento da cena, mas ao contrário dele eu ficava completamente hipnotizado quando a dele saía, notando que os seus músculos estavam mais definidos a cada ano. Eu passei as minhas unhas curtas por lá, sabendo que ele só me deixava fazer isso nos primeiros dias, porque depois as marcas poderiam ficar por mais tempo do que pretendido. 

E, talvez, lembrando-se disso, ele chupou a minha clavícula, porque ele era um tanto conservador e de algum jeito não gostava que alguém visse marcas no meu pescoço na minha roupa casual. 

A verdade é que não tinhamos falado nada até então, mas nem parecia ser preciso entre nós. Que sentiamos atração um pelo outro estava na cara de quem quisesse ver e parecia que qualquer momento entre nós era cheio de tensão sexual que nem ele nem eu aguentávamos por muito tempo. 

O meu corpo caiu em cima do colchão extremamente confortável, logo tendo o dele sobre o meu, puxando a minha perna para que abraçasse o seu corpo. 

Ele gostava de deixar beijos por toda a minha pele, mesmo que eu só estivesse exposto da cintura para cima até ali, e foi o que ele fez em seguida, sugando levemente em volta dos meus mamilos e logo voltando para a minha boca, enquanto as suas mãos apressadas tratavam do zíper das minhas calças. 

Jungkook acabou por morder o meu lábio numa tentativa de eu não procurar mais os dele, e depois disso ele ficou de joelhos, com o corpo erguido e sorriu de canto, com o peito dele subindo e descendo graças à respiração acelerada. Eu pousei os braços do lado da minha cabeça, aproveitando para ganhar algum ar também. 

''É verdade.'' Ele disse. ''Eu tive saudade sua.'' 

''Nem deu para ver, Jungkook.'' Eu resmunguei, alcançando a sua mão e puxando-o para baixo. E ele deixou-se vir com uma gargalhada sacana, segurando os dois lados dos meus jeans pretos e puxando-os para baixo. 

A sua boca traçou todo um caminho contra a minha pele até chegar ao meu maxilar, onde ele beijou e afiou os dentes, logo juntando os lábios húmidos ao meu ouvido. 

''É porque você está mais bonito esse ano.'' 

Dessa vez quem deu lugar a uma risada fui eu, afastando-o dali e deixando a sua cara em frente da minha, para olhar em seus olhos. 

''Te deram bebida no avião, meu amor?'' 

Ele negou com a cabeça, terminando de tirar as minhas calças e mordendo-me o pescoço em seguida, beijando o pequeno ardor depois e investindo o seu quadril contra o meu, voltando com toda aquela pressa habitual. 

Os gemidos apressados dele sempre foram música para os meus ouvidos, mostrando o quanto ele me queria naquele momento, e o mais interessante disso é que nunca era suficiente, nós sempre queríamos mais e sabíamos aproveitar isso até ao último segundo, sempre soubemos.

E tê-lo ali mais uma vez, tão disponível para mim, só provava isso. 

''Ouça, você não vai sair vivo dessa.'' 

A sua boca, ainda contra a minha orelha, proferindo tais palavras, só me deixaram ainda mais excitado, e ao perceber isso ele riu-se, porque era mais um objetivo cumprido. E era uma provocação em tanto que vinha aliar-se às minhas suspeitas de que ele precisava tanto daquilo. 

No fim eu soube que ele fazia valer e honrava a sua palavra tanto quanto tinha investido tudo dele naquele momento. 

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