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James Potter estava cansado.
Sentia uma extremidade de cansaço percorrendo por tudo seu corpo e seus ossos doíam de tanto esforço. Seu esforço que todo dia parecia em vão, para nenhuma função além de risadas das garotas e reviradas de olhos vindas de Lily Evans: a garota dos seus sonhos.
Se apaixonou quase imediatamente quando viu no vagão; seus cabelos ruivos e chamativos, seus lábios adoráveis e bochechas rosadas. Não a conhecia e tampouco, sabia seu nome, mas Potter apenas sabia que ela seria a mãe de seus filhos. Desde daquela dia, seu coração pertencia completamente a Evans, mesmo que, ela odiasse por completo.
Lily era dura e sempre clara com ele na relação de seus sentimentos. Suas palavras sempre eram direitas para Potter e suas bochechas sempre ficam vermelhas quando ele falava com ela. Era divertido no mínimo. Mas James sabia que seria uma tarefa nada fácil conquistar Lily Evans, assim como tornar-lá sua namorada - e futura esposa - e ser o seu príncipe encantado.
Mas de forma quase patética, James sentia fraco e quase sem forças para essa tarefa tão simples. Lily odiava cada passo que ele dava em Hogwarts e cada trocadas de olhares sem querer. Seu peito doía de amor quando percebia que estava desistindo aos poucos. Lentamente, o príncipe encantado virou o sapo.
Então, naquele dia, James Potter decidiu que Lily Evans não era mais a garota dos seus sonhos.
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Remus Lupin era um ótimo observador e quando sua mão tocou o ombro de James, ele soube que não estava tudo bem com o maroto. James franziu os lábios e balançou a cabeça com sua garganta seca.
— Eu cansei, Moony — murmurou com as palavras doendo na sua língua.
Remus Lupin entendeu de cara.
Seus olhos analisaram Potter e percebeu que suas palavras foram verdadeiras, não uma mentirinha ou meia-verdade. Seu peito doeu quando Remus apertou seu ombro e passou um olhar compreensível, seu rosto estampava confusão clara juntamente compreendendo situação. Fazia anos que ele tentava e continuava invisível no coração de Evans.
James estava triste e isso era transparente, os dois sentaram juntos e ninguém proferiu nenhuma palavra. Ele estava sentindo seu coração bater rápido e uma amargura na sua língua; Remus ficou ao seu lado e esperou para que iniciasse uma conversa. Ele esperou e escutou atentamente Potter como sempre fazia.
— Eu não sei, o que eu fiz de errado? — perguntou olhando para o loiro — Eu fiz de tudo para tentar conquistar e não consegui nada, além de tabefes e xingamentos. Remus, eu nunca nem sair com ela.
Lupin estudou suas palavras e tentou dar um sorriso que saiu muito engraçado, Potter riu e sacudiu a cabeça.
— Eu sinto muito, James, sei como você ficou obcecado por ela por anos e anos.... — comentou vagamente — Talvez fosse criou expectativas demais.
— Talvez, — murmurou — até pensei o nome do nosso primeiro filho e no segundo, terceiro, e quarto–
— Quantos filhos você planejava?!
— Seis. — seus lábios franziram e ele piscou. — Eu preciso beber, Remus! Preciso tirar ela da cabeça, se não vou ficar louco!
— Bebidas? Comigo mesmo! — Sirius Black apareceu na comunal sorrindo na direção dos bruxos e caminhado na sua direção. Ele deu um sorriso e sentou no meio dos dois fazendo separarem. — Então, você quer beber James? — riu beijando a bochecha de Remus e depois olhando para o melhor amigo.
— Pads, eu te pago o quanto galeões você quiser para arranjar bebidas!
— Nada de bebidas! — Remus estreitou os olhos — Amanhã você tem jogo de quadribol, senão lembra e você não quer ganhar da Corvinal?
— Eu esqueci o treino! — Potter saltou do sofá e olhou para Sirius que ria.
— Bem lembrado, Moony, Marlene estava que nem uma maluca te procurando por aí! — Sirius riu passando o braço ao redor de Remus que balançava a cabeça — Ela vai ter matar quando encontrar, boa sorte cara!
— Vamos conversar mais tarde, James! — Remus gritou vendo o bruxo desaparecer de sua visão.
James correu e sentiu seu pescoço ficar quente. Estava atrasado e seu problema com Evans atrapalhou sua mente de suas atividades, Marlene iria decapitar sua cabeça por não treinar e apressou o passo ao pensar. Correu e não deu importância para os outros bruxos que atropelava, ele esbarrou em alguém e escutou um resmungo de uma voz mais do que conhecida:
— Olha por onde anda, Potter! — Lily Evans reclamou e seus olhos miraram furiosamente na direção de Potter. Ele encarou ela e depois desviou o olhar um pouco magoado, não respondeu nada e apenas correu até seus pés não aguentaram mais.
Lily, por algum motivo do universo, estranhou o fato de Potter não ter falando com aquele charme falso e com suas cantadas horríveis. Ele apenas encarou de um modo estranho e fingiu não escutar suas palavras. Seu coração bateu rápido e suas bochechas ficaram vermelhas, no entanto, Evans não soube responder se era de raiva ou tristeza.
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Um riso escapou de seus lábios e sentiu todos os olhares sob si. Havia ganhando mais uma vez e não existia sombra de dúvidas. Marlene balançou a cabeça e aproximou de si enquanto andava juntos.
— Toma cuidado com o balanço da próxima vez, maluco — a loira riu — Tá pensando no que? Você tá muito avoado pro meu gosto.
James riu com seu rosto vermelho.
— Vitória, Marls! — riu — Vitória!
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Uma sensação estranha percorreu o corpo de James Potter quando bebeu cerveja amanteigada. Sirius Black riu alto e bateu no seu ombro, Remus Lupin balançou a cabeça em reprovação. Os três estavam juntos comemorando devidamente a vitória do jogo, a bebida estava sendo de graça e não existia o amanhã para James que estava um pouco bêbado demais.
Ele sentia borboletas no seu estômago e era engraçado, mas a bebida era divertida na sua língua e a música era alta.
— Rapazes, poderia compartilhar uma dança? — Mary apareceu rindo e Sirius revirou os olhos rindo com ela.
— Eu não vou poder dança, porque eu só danço com uma pessoa — ele disse fazendo Mary estreitar os olhos. Ela olhou para Remus e riu com o tom das bochechas dele.
— Bobeira, Pads. — ele deu de ombros e balançou a cabeça. — Podem dançar, não me importo e além do mais, eu tenho que conversar a sós com James.
Sirius Black balançou a cabeça, ele beijou os lábios do namorado e Mary beijou a bochecha do loiro puxando o outro amigo para dançar. Nessa hora, Potter esgueirava para sair e escapar da conversa com Lupin, porém ele estreitou os olhos na sua direção e suspirou.
— Vamos conversar, Moony — murmurou um pouco cansado. — Então...
— Você considerou pensar na sua decisão novamente, caro Progns? — perguntou pacientemente olhando para o amigo — Ontem escutei você chorando.
— Remus! É tão difícil! Não é qualquer paixão, é a minha primeira paixão! — confessou fechando os olhos e massageando as têmporas. — Ontem acabei pensando nela de forma exagerada. Sempre imaginei meu futuro ao lado dela e perceber que desisti foi estranho, é uma parte minha que no fundo ainda não aceita completamente que sou invisível para ela.
— Invisível?
— Invisível. — James confirmou. — Lily nunca me viu como uma chance, nunca levou sério minhas investidas e sabe que estamos próximos de acabar os estudos só prova o fato de não existir nós. — ele falou e sentiu suas bochechas vermelhas. — Nem nossos seis filhos.
— James — Lupin murmurou tristemente e parecia querer falar, porém ele olhou por de trás de Potter e percebeu que alguém aproximava. Marlene estava acompanhada por Evans. — Ei, garotas.
Elas deram um sorriso bonito na sua direção. Marlene assobiu quando viu Black dançando junto com Mary.
— Eles estão arrasando — riu — Quem quer dançar comigo?
— Não sou de dançar, — Remus sacudiu a cabeça — Desculpa Marls.
— Eu vou com você — Potter disse fazendo os olhos verdes de Lily arregalaram, Remus estremeceu os lábios e riu alto.
— Você está muito bêbado, cara — comentou e James puxou a mão de Marlene que riu muito alto. Os dois aproximaram de Mary e Sirius, risadas abafadas eram ouvidas e Lupin apenas sentiu seu peito aquecer com a felicidade de seus companheiros. Ele então, olhou para Lily que estava com seus olhos intensos e confusos — Está tudo bem, Lils?
Ela balançou a cabeça sentado no lugar de James e observando com seus olhos atentos os amigos dançando, Remus notou e franziu o cenho quando viu ela encarando especificamente James. Ele ria com a loira e estavam dançando muito perto. Lupin sentiu sua língua coçar e mordeu a bochecha.
Percebeu suavemente que James Potter não era tão invisível como imaginava que era para garota.
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