🌺42🌺
Invisível
Bom antes de qualquer coisa quero me desculpar, fiquei esses meses sem postar nada. E não minto que o bloqueio criativo me castigou mais do que devia.
Pretendo voltar a postar, e espero que minha mente tão perturbada com os acontecimentos diários me de uma folga, e deixe-me fazer o que amo.
Escrever...
Hyna
Alguém bate a porta com três batidas leves, estou separando uma roupa para levar Ryan ao parque.
—Filho atende pra mãe meu amor— grito do quarto enquanto ele está sentando no sofá assistindo com papai.
—Tio Noah — ouço Ryan gritar, saio do quarto e o vejo abraçar Noah — nunca mais veio me ver.
—O agente secreto estava em missão— Noah diz fazendo com que Ryan sorria.
—Ah por isso não veio— diz ao largar o homem.
—Oh, entre, por favor—falo enquanto ele está parado na porta.
Ele entra olhando o ambiente e nota papai deitado no sofá dormindo, me abraça forte como se não nós víssemos há muitos anos.
Porém só faz um mês, aproveito seu abraço caloroso afinal sempre é bom um abraço.
Mas noto que ele está mais magro um tanto abatido e sua pele antes dourada de sol está amarelada, me pergunto se aconteceu alguma coisa.
— Você está bem?— ele assente sorrindo.
—Podemos conversar Hyna?— fala sério me causando um arrepio— lá fora?
—Filho— desvio minha atenção dele para Ryan, que voltou a assistir um filme qualquer— vou conversar com o tio Noah, olhe o vovô tá bom?
Ele balança a cabeça e volta sua atenção para a televisão, Noah sai pela porta e vou atrás dele parando do lado de fora sigo ele ate a rua e o vejo se encostar em um carro preto.
Faço cara de interrogação ao ver que ele não veio com sua moto, sempre achei que ele amava aquela coisa mais que tudo.
—Respondendo sua pergunta não posso sair de moto ao menos enquanto tudo não se resolver— franzo o cenho não entendendo o que ele quer dizer.
—Você não veio até aqui só pra falar que não pode andar de moto não é?
—Sem rodeios— se encosta ainda mais no carro cruzando os braços na frente do peito.
A luz do sol batendo em sua jaqueta de couro preta lhe dá um ar ainda mais misterioso, um sorriso de lado e o cabelo bagunçado me faz ver a diferença dele e Aaron, podem até ser irmãos idênticos no físico, aparência, mas não em personalidade.
—Acredito que saiba que Aaron está em uma nova lua de mel— me pega desprevenida já que eu não sabia que era uma nova lua de mel.
—Na verdade não, ele disse que seria uma viagem para por as coisas em ordem— abaixo o olhar ao dizer.
—Sinto muito— soa sincero— mas não vim aqui para falar dele, embora seja por causa daquele bastardo— rimos da forma como ele chama o irmão.
—E o que seria?— pergunto já sabendo que boa coisa não é.
—O líder dos Scorpions foi preso ao delatar que teria atentado contra você— solta os braços colocando as mãos no bolso da calça.
—Isso é maravilhoso— falo feliz— agora posso sair sem medo.
—Não, vim pedir para que não saia — seu semblante antes despojado se torna duro e frio— ele entregou a mandante, sua mãe está sendo procurada. Aaron disse que Violet te entregou alguns documentos.
Paro me lembrando do dia que ela entregou os documentos a Ivi, porém nunca tive curiosidade em saber o que era.
—Sim entregou— meus pensamentos ao longe.
— Eles contém provas de todos os crimes cometidos por sua mãe, Apollo é um dos sócios da empresa do meu pai e após seu suposto falecimento sua mãe controlava as ações dele.
—E isso quer dizer o que?— não entendo onde isso vai chegar.
—Você já sabe— diz misterioso.
Coloco minha mente para funcionar e tentar entender o que ele quer dizer, e a única coisa que se passa é...
Com a volta do meu pai ela não tem como usufruir dos bens dele, e ele sumindo ela teria de volta o que está perdendo.
—Acho que entendi, se ele sumir novamente ela pode continuar como sócia e responsável pelos bens do meu pai— falo convicta.
—Não!— Não?
—Como não?— estou sem entender.
—Trouxe alguém que pode explicar melhor a você— anda até a porta do passageiro e abre revelando Violet.
Meus olhos enchem d'água meu coração se alegra ao vê-la bem ela sorri e vem em minha e me abraça tão forte eu me sinto tão segura, tão amada.
—Graças a Deus você está bem menina— me solta me olhando de cima a baixo— senti tanto a sua falta.
—Eu também— minha voz sai embargada.
—Não que eu queira acabar com o momento feliz de vocês, mas quero saber se ela pode ficar com você Hyna?
—Que pergunta Noah, é claro que sim— a abraço novamente— vamos entrar vamos—meu sorriso no rosto reflete a felicidade que sinto.
—Então vou colocar a mala dela lá dentro— pega a mala de Violet e sai andando na nossa frente.
Paramos na frente da porta, ainda abraçadas esperamos Noah voltar.
—Bom já vou, qualquer coisa me liga Hyna— me dá um beijo no rosto e sai vai.
Vendo-o ir em direção ao carro com uma postura cabisbaixa me dou conta do quanto Noah é um cara legal e não merece essa tristeza tão profunda. Sinto uma vontade de abraça-lo forte, porem uma sensação estranha toma conta do meu corpo, um vento gelado passa quase despercebido por minha coluna.
Um presságio?
Uma intuição?
—Noah— grito me separando de Violet e indo até onde ele está.
—Oi— sorri ao se virar em minha direção.
— Tem algo que queira me dizer?— pergunto aquilo que meu coração grita.
—Não—só isso?
—Então tá— coro de vergonha.
—Apenas não saia procure seu advogado e entregue os documentos para a polícia, vou deixar um dos meus cães fazendo guarda— passa a mão nos cabelos.
—Eu não preciso de segurança— pisco os olhos várias vezes tentando conter o nervosismo.
—Vão vir atrás de você Hyna e agora você tem seu pai e ele também corre risco— aperta o alarme do carro— apenas se cuide!
Aquele formigamento na nuca crescendo conforme seus olhos me encaram, me diz que tem mais do que eu imagino.
—Por que tenho a sensação de que você está se despedindo?
— Existem momentos na vida de um homem que ele deve tomar certas decisões Hyna, o ser humano não aguenta uma dor constante— fala sério fazendo com que seu semblante se torne triste.
E a dúvida é de quem ele está falando?
Dele? De Ivi? De Mim?
—Apenas se cuide e qualquer coisa só ligar— me abraça de repente me pegando desprevenida, deposita um beijo casto em minha testa e se afasta entrando em seu carro— Raul daqui algumas horas estará de vigia, não saia. — Avisa de forma firme.
E dizendo isso entra no carro liga o motor e sai em disparada pela rua me deixando com uma sensação de vazio, como se eu acabasse de perder algo importante pra mim.
Novamente volto pra casa e entro com Violet a apresento a Ryan e papai se emociona ao ver sua velha amiga e confidente, falta apenas alguns minutos para Levy e Crys chegar então ignoro o aviso de Noah e volto a arrumar as coisas.
—Você sabe as intenções de Mary não sabe?— faço que não com a cabeça, Violet adentra o cômodo— É pegar os documentos, e sair do país não podemos deixar minha menina.
—Vamos deixar isso com a justiça Violet, ela não seria maluca de... — Ela me interrompe de forma esquisita.
—Ela vai matar vocês— diz tão rápido que mal consigo acompanhar o que diz— ela matou o chefe dos Scorpions.
Como assim ela matou o Eithan?
Noah disse porém não tinha ligado o nome a pessoa, eles são primos.
Por isso o Noah estava tão pra baixo com aquele ar de tristeza, mas como isso aconteceu?
—Como.. a.ac.aconteceu— gaguejo.
—Lyne estava saindo com ele e não sei como conseguiu fazer com que os próprios homens dele fizessem o trabalho— o semblante cansado da idade mostra que Violet lutou muito pra chegar aqui.
—Temos que tomar cuidado— falo pensando em um jeito de não deixar ninguém sozinho em nenhum momento.
—Apollo acha melhor ir para outro lugar— meus olhos quase saem das órbitas.
—Eu não posso, minha vida inteira está aqui Violet, meu trabalho, meus amigos, meu filho...tudo— falo com aperto no peito.— E se vocês fossem? Estariam seguros?
—Sim e não!— faço cara de interrogação— ainda estaríamos preocupados com vocês dois.
—Entendo— me aproximo dela e a abraço.
—Cheguamos cambada— ouço Chrys gritar da sala— vamos vamos o dia está lindo e eu morrendo de vontade de comer crepe.
—Você não está na sua casa Crys tenha educação— Levy diz bravo.
Vou até onde eles estão e me espanto ao ver Levy sem seu terno vestido com um short de tecido fino, uma camiseta vermelha e um tênis esportivo.
Do seu lado esta a insuportável da
Lauren, não sabemos o que ele viu nela, sou uma pessoa que não julga ninguém e quem me conhece sabe que trato todos com devido respeito.
Mas quando a vejo com ele não sinto que são um casal, não tem amor entre eles não tem química não tem absolutamente nada.
— Cadê o afilhado mais lindo do mundo?— Crys diz enquanto abraça Ryan me fazendo sorrir.
—Eu sou seu único afilhado— Ryan ri de uma forma tão gostosa que aquece meu coração enquanto Crys bagunça seu cabelo.
—Será que eu também posso abraçar meu afilhado— Levy fala tirando Ryan dos braços d Crys.
É impressão minha ou esses dois disputam até a atenção do meu filho?
Era só o que me faltava.
—A Lauren que escolheu— Levy entrega uma sacola pra ele que sorri com os olhos mais especiais do mundo.
—Obrigado tia Lauren— agradece sorrindo o álbum de figurinhas que ganhou. — Eu amei.
— Que bom que gostou— posso até não gostar dela, mas ela não olha o meu filho como se ele fosse uma aberração.
Como muitos o olham dessa forma passei a fazer seleção de quem devo ou não devo respeitar e isso fez com que ele se sentisse protegido ainda mais.
Apresento Violet a eles e conto o que aconteceu não escondo nenhum detalhe, eles me ouvem com atenção assim como papai que parece pensar em algo.
—Deveríamos deixar esses documentos em um lugar seguro por enquanto— Levy diz depois de examinar casa documento minuciosamente.
—Mas para onde?— Crys pergunta.
—Eu acho que sei com quem deixar— todos me olham com atenção— por ora já sei o que fazer, no momento certo conto o que penso em fazer— falo isso para não dizer o que quero já que não confio em Lauren.
—Ótimo, já que sabe eu e Lauren podemos ir ao mercado comprar o que falta— ótimo é tudo o que preciso.
—Certo, pode me dar uma carona?— me olha de lado como quem pergunta o que vou fazer— vou comprar alguns itens pra casa, Crys pode vir comigo? — ela assente.
—Posso ir?— Ryan diz dando pulinhos.
—Agora não filho, vai ser bem rápido aí nos já vamos ao parque tá bom.
Ele entende o que falo e vai em direção ao banheiro para tomar seu banho, entro no quarto pegando minha bolsa, respiro fundo e volto pra sala.
—Violet pode fazer aquela pasta de amendoim que só você sabe fazer?— ela sorri e vai pra cozinha.
—Não demora filha, tome cuidado— papai fala com o olhar longe— amo você.
E com isso saímos os quatros faço minha parada enquanto Levy vai ao mercado.
—Hyna— me abraça ao abrir a porta— entrem.
Eu e Crys entramos e nos sentamos em seu consultório, novamente conto a história para Lotte sem omitir nenhum detalhe e ela me ouve.
Seus olhos se estreitam como quando ela está pensando em alguma coisa.
—Podemos fazer copias— segura o próprio o queixo— e deixamos o original no cofre, posso fazer isso agora.
—Então devemos fazer duas— Crys que até então estava quieta se pronuncia. — Se caso alguma coisa acontecer vamos ter garantia.
Concordamos e vamos até o notebook colocar nosso plano em prática depois de tudo feito tenho que voltar para casa.
—Obrigada Lotte sabia que podia contar com você— a abraço.
—Obrigada por confiar em mim— seus olhos marejam.
Com isso voltamos para o ponto de encontro e esperamos Levy.
—Acho melhor seu pai ir passar um tempo com Adrian, ele pode nos ajudar— Crys sugere de forma seria e pensativa.
Reflito o que ela diz e faz sentindo ele pode ajudar além de que ele tem que se esconder, mas no fim de tudo eu ainda não sei o que realmente esta acontecendo e isso me deixa com medo.
—Tem razão Crys, vou ligar pra ele— ela afirma com a cabeça enquanto me afasto para fazer a ligação, mas tenho que saber o que realmente esta acontecendo.
Disco os números no celular enquanto olho a rua movimentada, carros indo em direções diversas, pessoas caminhando com sacolas do supermercado de lojas as pessoas parecem tão indiferentes a tudo.
Elas não se olham não se tocam parecem que cada uma é importante e que a dor do próximo não é nada.
— Acho que não nasci para viver em um mundo tão egoísta— falo enquanto ouço a chamada, ate ouvir a voz feminina do outro lado.
—Alo— respiro fundo, não esperava que ela atendesse.
—Oi Angel é a Hyna— digo sem graça— eu poderia falar com o Ivi?
.....Ouço sua respiração ficar pesada do +outro lado da linha e me arrependo de ligar, mas já que liguei não tem mais o que se fazer.
—Ele está no banho, quando ele sair peço para ele ligar— desliga após dizer isso.
Fico com cara de paisagem era óbvio que ela não iria deixar eu falar com ele.
Então disco o número de Adrian e espero que ele atenda, não e preciso muito no terceiro toque ele atende.
—Hyna— diz surpreso.
— Tudo bem?— penso em como eu começo a contar o que sei.
—Sim e você, algum problema? O que aconteceu?— sua voz rouca e grave me faz notar preocupação.
Conto tudo o que sei em detalhes sem esconder nada e a cada vez que falo ele fica mais preocupado, tento não deixar ele ainda mais apreensivos mais não adianta.
—Mas é óbvio que eu vou, quem ela pensa que é pra ameaçar vocês eu vou— somos interrompidos pela buzina do carro de Levy.— Hyna amanhã estarei aí, tenha cuidado— fala tão sério que me senti desconfortável.
Perdão cap não revisado então ignorem os erros em breve reviso o livro todo.
Bjos.
Não deixem de acompanhar
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