🍉39🍉
—Seja onde for e como for, jamais perca sua essência, jamais esqueça de onde você veio!
—N.Whipe
Tudo rodou rápido demais em minha cabeça e uma explosão de sentimentos, fez com que eu desse dois passos para trás.
Eu sabia que iria vê-lo mas agora e diferente, todo sofrimento se passa rapidamente em minha mente e as decisões que tomei....
Londres...
—O que está acontecendo aqui?— perguntei assim que entrei em casa, tudo estava estranho, os móveis as cortinas, tudo estava sendo mudado.
Mamãe dava ordens as empregadas a todo instante, vi que o os portas retratos não estavam mais ali, onde estavam as fotos de papai?
—Sua voz me dá dor cabeça sua insolente, fale baixo— mamãe disse me olhando com raiva.
—Onde está o papai?— perguntei sentido um mal pressentimento.
Estava estudando em uma escola para freiras a dois anos, vinha somente para ver meu pai e passar o fim de semana era os melhores do mundo
me lembro de tomar sorvete de baunilha enquanto assistíamos qualquer coisa na tv, mas há duas semanas ele não ligava, não foi me ver e algo de ruim estava acontecendo.
—Oh querida, venha aqui— mamãe me disse indo se sentar no sofá fiz o mesmo me sentando ao seu lado- seja forte.
—Forte?- perguntei sentido minha garganta queimar— o que aconteceu, ele está doente?
—Pobre Hyna- sua voz saiu fingida- seu amado papai morreu— foi as palavras que fizeram meu mundo desabar.
Morreu
—Deixa de brincadeira mãe, hoje não é dia para isso— ri nervosa me levantando- vou ir até seu escritório- bati a mão na saia de pregas preta que fazia conjunto com a blusa social branca com uma gravata vermelha, e o logotipo da escola, e sai andando.
—Ele MORREU AGORA CHEGA—ela gritou de uma forma assustadora— aquele velho se foi—se aproximou de mim.
E com uma só mão agarrou meus cabelos que estavam em um rabo de cavalo, apertando fazendo minha cabeça ir para trás junto com seu movimento.
—Acho melhor ir se acostumando com a ausência daquele inútil, pois muitas coisas irão mudar por aqui mocinha— disse entre dentes, em um só puxão me jogou no chão, bati com as costas no piso gelado e senti uma dor aguda.
Eu não sabia mas essa seria a primeira dor de muitas, muitas que viriam sem eu ao menos saber.
Mas naquele momento a única dor que me fazia, realmente sofrer, era a morte dele.
—Como?— perguntei sentido lágrimas cairem—por que?
—Ja estava na hora— sorri maldosa— ele estava doente pegou uma pneumonia e MORREU, simples assim.
—Quero me despedir dele—seco as lágrimas me levantando do chão.
—Não perca seu tempo, mandei queimar, as cinzas estão no mais profundo do mar, agora vai—e foi assim que aprendi que somente ele me amava.
Nunca entendi seu ódio por mim
Pensei em falar para ela, mas não iria adiantar naquele mês chorei o que jamais pensei em chorar, sofri o que jamais sofri e iria sofrer ainda mais.
Eu estava sozinha.
—Pai —falo alto vendo os seus olhos se encontrarem com os meus—sou eu— dou passos até ele.
Ainda com as mãos na frente do corpo ele não se moveu um centímetro, me fazendo questionar se ele sabia quem eu era, o receio de chegar perto foi grande mas ele é meu pai não é, vai me reconhecer.
Andei aínda mais rápido na sua direção mas senti as mãos de Ivi me segurando, encaro seus olhos com dúvida.
—Pode ser perigoso, calma—a voz calma dele me fez pensar mas não ouvi suas palavras.
Apenas sai do seu aperto e fui em direção ao homem, que me deu a vida que me deu a luz e que me fez ser a mulher que hoje eu sou.
Me aproximei de seu corpo e joguei meus braços em volta dele, seu corpo gelado não se moveu apenas fico parado o abracei ainda mais com força matando a saudade de todos esses anos, e sussurrei apenas para que ele me ouvisse.
—Sou eu paizinho, sua Hynina— lágrimas quentes senti em meu pescoço e me afastei.
Seus olhos estavam vermelhos e lágrimas grossas cortavam seu rosto com o polegar limpei uma por uma ,mas isso só faz com que ele chore mais.
—Não chora por favor—disse sorrindo- está tudo bem?— perguntei querendo ouvir aquela voz que eu tanto gosto.
—Desde que ele chegou aqui, ele não fala com ninguém—o Dr. que estava acompanhado ele disse me fazendo ter um susto.
—Não fala?—peguei suas mãos frias na minha tentando aquece-las.
—Hyna, acho melhor você ir com seu pai para o carro enquanto eu termino tudo aqui—ele disse sério e ali não estava mas o meu Ivi e sim Aaron, o homem de negócios.
—Eu posso—perguntei para o diretor Louveira que olhava a cena com deboche, apenas balançou a cabeça.
Peguei suas mãos e o puxei para fora da sala, enlacei meus braços em sua cintura e caminhei a passos lentos com ele, e senti que alguém se aproximava.
—Eu os acompanho— o Dr, que levou ele disse com calma e não sei se e impressão mas ele me parece ser uma boa pessoa.
Analiso ele por alguns segundos, alto de olhos azuis, barba rala queixo fino vestindo uma calça jeans e seu jaleco no canto esquerdo do jaleco seu nome.
Dr.Daniel.
Não disse mais nada apenas me acompanhou até o lado de fora me ajudando a levar papai ao chegarmos no carro o Dr. Daniel chama de ele que se vira devagar para prestar atenção.
—Senhor Millano— ele se aproximou do meu pai e vi um sorriso de amor— aproveite sua liberdade meu amigo, eu sei que não fiz muito todo esse tempo, mas saiba que o que tudo o que estava em meu alcance me empenhei em fazer pelo senhor— lágrimas ameaçaram a cair mas ele piscou— minha casa está lá sabe disso não é ?
Meu pai balançou a cabeça e sorriu, ergueu os braços para um abraço e o Dr.Daniel o abraçou, uma voz fraca se fez presente e eu não soube o que fazer.
—Eu quero menino, obrigado por tudo do fundo meu coração eu te agradeço, e manterei minha palavra— sua voz saiu baixa e rouca e acredito que meus olhos não estavam normais pois o doutor sorriu para meu pai e se dirigiu a mim.
— Este é meu cartão— me entregou um papel branco, mas não consegui olhar— me ligue assim que chegarem.
—Voce disse que ele não falava— me engasgo ao falar, e o doutor com um sorriso sedutor me responde com a voz rouca.
—Eu disse que ele não falava, mas não disse que ele não falava comigo— piscou sorrindo e senti minhas bochechas pegarem fogo.
—Atrapalho alguma coisa— Ivi chegou, respiro fundo tentando manter a postura.
—Não — digo rápido.
—Sim— meu pai responde me fazendo querer um buraco no chão, meu Deus ele não mudou— eles estão conversando sobre ele ir na casa da minha filha— sorri inocente.
—Senhor Apollo— o doutor diz.
—Já entendi, mas temos que ir nossos filhos já ligaram umas 500 vezes— Aaron diz sorrindo, e vejo meu pai analisar ele de cima abaixo e torcer o nariz, o doutor apenas sorri.
—É...sim..vamos..— perco a fala
—Passar bem doutorzinho— Aaron diz e vai em direção ao carro, entrando e se sentando enquanto nos olhares focam na imagem dele.
—Acho que é um até logo Apollo— mais uma vez abraça meu pai— até logo meu guerreiro.
E com isso ele se vai nos deixando para trás, e me deixando sem entender absolutamente nada.
—Vamos pai, temos muito o que conversar— digo com carinho o ajudando a subir no carro.
Assim que entro vejo Ivi com uma cara nada boa e minha vontade é rir, mas se eu fizer ele ficará ainda mais irritado, assim coloco o cinto, ele liga o carro e da partida.
O silêncio domina o ambiente então resolvo falar algo para quebrar esse momento desconfortável, fico pensando em dizer alguma coisa mas nada me vem a mente até....
—Como meu filho está, você conseguiu falar com ele?— me viro para emcara-lo.
—Morrendo de saudades e perguntando do avô— ele acelera um pouco mais— Lara não dormiu a noite inteira e o Noah quer minha cabeça— ri de forma alegre.
—Ah não vejo a hora de chegar— digo sonhadora— sabe pai sei que temos muito o que conversar mas você já e vovô— sorrio olhando para ele que nada diz, apenas olha a paisagem se passar.
—O que aquele doutorzinho queria com você Hyna?— ouço sua pergunta e não entendo— Ah não faca essa cara de quem não entendeu, acha que eu não vi o sorrisinho maroto e aquele olhar em você, o que esses homens tem— desabafa de uma só vez— na verdade acho que ele esta a muito tempo sem ver uma mulher, sabe minha vontade era quebrar a cara dele.
—Ivi se acalma— dou risada do jeito como ele ficou, e de como seu pescoço avermelhou.
—Voce poderia ter me dado um genro melhor, como o Daniel— meu pai disse me fazendo arregalar os olhos.— Que decepção Hyna Millano.
Mais um, bom como sabem não revisei esse e o anterior mas logo logo.
O que importa e que vou deixar os cap já que estou muito tempo sem postar.
Mas vou recompensar.
Ahhh votem e comentem😍
Obrigada maravilhosas (os).
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top