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—Tudo passa não importa como, vai passar—N.Whipe


Com o notebook ligado encaro a tela a minha frente com as mãos trêmulas, eu não deveria está  me sentindo dessa forma algo dentro de mim está se quebrando eu sinto, sinto que não posso lutar contra, eu não deveria não deveria...

Como eu posso terminar o trabalho se eu mal consigo ficar perto dela e não me sentir uma adolescente novamente, ela me ajudou, me considerou um irmão que nunca teve devo isso ao pai dela mas também preciso de dinheiro quero jogar tudo isso para o alto  infelizmente ir embora, aquela frieza dentro do meu ser está se derretendo Mary  acaba de me enviar o pagamento para que  termine o serviço que os Scorpions não foram capaz, esse dinheiro me ajudaria durante um bom tempo e é com esse pensamento que eu fecho o notebook cruzo os dedos atrás da cabeça respiro fundo  e fico pensando  uma forma de me livrar dessa sujeira, a primeira delas e descobrir o motivo que leva Mary encomendar a morte da própria filha— eu vou conseguir.

flashback on

— Adrian venha aqui— ele  gritou enquanto eu brincava com Hyna no jardim.

Me levantei correndo e fui até onde ele estava sentado em um banco, brincando com uma flor na mão.

—Pode dizer chefe— mesmo sendo novo sempre me referi a ele dessa forma, sinto que assim eu o respeito.

—Vamos conversar— bateu sua mão no banco em um claro sinal para que eu me sentasse ao seu lado.

—Pode falar chefe— disse me sentando.

—Esta vendo aquela menina?

Me perguntou encarando a adolescente de quinze anos sentada na grama, comendo um sanduíche feito por Violet.

—Ela tem muitos obstáculos a serem ultrapassados durante a vida, e eu meu filho estou ficando velho e cansado.

É um homem novo, mas seus olhos mostram um cansaço avançando coisa que seu corpo não demonstra.

—Está chegando a hora de ir para o exército, não sei como as coisas vão ficar depois disso.

A palavra exército me deixou eufórico eu queria tanto ir, saber se era como nos filmes de ação que eu assistia.

—Quando voltar me prometa que cuidará dela— balancei a cabeça e sorri.

—Com a minha vida chefe— ele colocou sua mão em cima da minha e apertou levemente.

—Se um dia tudo der errado, em caso de uma grande emergência vá até a estação Neblon, o armário com o número 94° estará disponível, a chave estará onde todo mundo entra, mas ninguém vê— uma charada— nele tem tudo o que precisa para proteger minha filha, estou colocando um peso muito grande em suas costas mas somente em você posso confiar.

flashback off.

—O armário, como não pensei nisso — gritei me levantando.

Calcei meu coturno peguei a chave do meu velho Opala e sai para rua, entrei no mesmo e dirigi  em direção a estação Neblon que ficava na área central da cidade.

Deixei meu carro do outro lado da rua e entrei na estação de trem, estava cheia muitas pessoas indo e vindo apressadas, com mochilas, bolsas e malas eu queria correr queria saber por onde começar mas onde olho não faço a menor ideia de onde está essa chave.

Repassei novamente na mente a charada de anos atrás está onde todo mundo entra mas ninguém vê, onde todo mundo entra e ninguém vê foi essa pergunta que fica martelando a minha mente o tempo inteiro, conforme as pessoas passam por mim eu me sento estranho algo dentro de mim estava aquecendo era como se eu fosse explodir do nada, eu não sei até quando eu posso aguentar minha cabeça está prestes a explodir em mil pedacinhos então eu me sento em um dos bancos de madeira envernizado que existe na estação me concentro, o que aquele velho quis dizer muitas vezes ele sempre usava perguntas para responder as respostas era isso que mais eu admirava nele ele era sábio, esperto um bom jogador

O que um bom jogador faria neste momento me coloquei no seu lugar, e repensei  um lugar onde todos entram mas ninguém vê, me lembro muito bem que muitas vezes brincando de esconde-esconde com Hyna eu a pegava atrás da porta do banheiro do seu quarto a ideia veio na minha mente então me levantei e corri literalmente até o banheiro masculino da estação, abri a porta e adentrei com todo o cuidado vasculhei o local, abri as cabines e estava vazio.

Não encontrei ninguém dentro então peguei atrás da porta uma placa amarela de piso molhado e coloquei do lado de fora trancando a porta em seguida, parei no meio do banheiro onde havia quatro mictórios e uma pia para lavar as mãos e duas cabines com vaso sanitário.

Sussurrei novamente o lugar onde todo mundo entra mas ninguém vê a luz que estava no teto estava piscando lentamente, comecei a reparar no teto aparentemente tudo ok, lembrei de uma estratégia militar onde meu superior sempre dizia.

—"Não confie em seus olhos eles são traiçoeiros, confie no seu instinto de sobrevivência, está vendo esse campo?—Todos balançamos a cabeça— o que veem?"

—Um campo com muita grama senhor—  todos disseram em coro, ele sorriu, pegou uma pedra e atirou no campo, logo em seguida se deitado no chão, não entendemos até o estrondo ensurdecedor e o clarão de uma mina explosiva nos cegar e nos surdar nos levando também ao chão"

E foi com esse pensamento que comecei pelo lugar menos provável.

Tateando  com calma o azulejo da parede que um dia fora branco, a parede suja me faz franzir o nariz, imaginando o que já pode ter acontecido nesse lugar, dando leves batidas em cada com a mão fechada até sentir atrás da porta um que estava oco e sua ponta levemente  arrebitada, imperceptível ao olhos de qualquer pessoas, mas para quem foi treinando percebe com facilidade.

Arranco meu canivete do bolso do meu sobretudo preto, a ponta do canivete me ajuda a arrancar o azulejo que se solta com facilidade e para minha surpresa ou não, lá estava uma caixinha marrom muito pequena,
abrindo ela com cuidado a visão de uma chave comum me faz ficar duvidoso, guardo ela no bolso do sobretudo coloco o azulejo no lugar e saio do banheiro andando a passos rápidos até os armários que ficavam próximo a bilheteria.

Parando em frente do armário cinza com diversas portas, procuro o número 94, os armários não estão numerados em ordem isso dificulta, alguns minutos procurando encontro por fim, já está enferrujado com leves amassados, porém o cadeado e novo o que me faz pensar que alguém vem trocar.

"Mas quem?"

Coloco a chave e a giro o cadeado se abre, com cuidado dou um leve tranco na porta que se abre e dentro dele está uma bolsa grande na cor preta e um bilhete do lado de fora.

Pegue essa bolsa e saia da estação, procure um lugar seguro.

Leio com atenção e amasso o bilhete escrito com delicadeza e perfeição pego a bolsa passando a alça da mesma em meu ombro e sinto peso, fecho o armário olhando para os dois lados e vou para a saída, entro em meu carro jogando a bolsa no banco de trás, e dou partida algum tempo depois deixo ele na rua e entro no muquifo que estou.

Tranco a porta atrás de mim me sento na imitação que é o sofá, coloco a bolsa do meu lado e a abro por completo.

Meu coração erra as batidas diversas vezes quando meus olhos vão de encontro com o conteúdo dentro dela, com cuidado pego o dinheiro dentro dela e verifico se está rastreado ou coisa do tipo, é muito muito muito, mas muito dinheiro.

Então encontro outro bilhete um pouco maior que o outro, na verdade uma carta em um envelope amarelado abro ele deixando tudo de lado e leio as letras delicadas tão conhecida por mim.

"Menino Adrian  se está lendo esta carta as coisas não devem estar boas para o seu lado, entendo que você passou por poucas e boas mas saiba que sempre cuidei de você mesmo estando longe, se você está lendo isso quer dizer que coisas ruins vão acontecer então não se deixe enganar por Mary  Millano ela é bonita, mas fria e calculista e só vai querer o que é seu por direito, sempre o tive como um filho e desde já digo então, sempre estarei com você não sei se lembrará da promessa que me fez de  cuidar de Hyna mas peço que não quebre o seu juramento não seja corrompido pela ambição da humanidade eu gostaria de estar com você gostaria de te abraçar gostaria de ver o homem que se tornou e tenho certeza que seu coração jamais mudou.

O dinheiro da mala é a sua parte na herança, Hyna ficará com o que e de direito dela.

E conhecendo ela ela não aceitará, por isso peço que tome conta de tudo por ela e não a deixe nas mãos de Mary, sei do que aquele olhar maldoso é capaz.

No fundo da bolsa tem uma pasta com alguns documentos, leve eles até Violet e não deixe ninguém ver você, ela saberá o que fazer.

Prometi aos seus pais que cuidaria de você, peço perdão por ter te transformado em um ser sem sentimentos, e ter lhe causado tanta dor ao te mandar para no inferno que é o exército, você não sabe mas eu tinha relatórios diários do que ocorria.

E sinto muito por ter deixado você passar por aquilo na ilha, me perdoe
com amor seu pai de coração."

—Velho maldito, você sabia de tudo— dou uma gargalhada alta como a muito tempo não fazia.

Ela vai se tornando cada vez mais alta até que cessa dando lugar a lágrimas quentes que dessem do meu rosto e molham o papel em minha mão.

Abraço a carta me sentindo saudoso demais, toda a dor e sofrimento que tenho me faz chorar ainda mais.

Me recompondo pego a pasta com documentos no fundo da mala, está com um lacre e não sou eu quem vou abrir.

Eu não posso terminar o serviço que me foi pedido, e Mary vai ter que entender.

—Olha a hora— falo andando de um lado para o outro na sala— ele não me liga o celular está desligado, o que você acha que está fazendo — grito olhando o celular raivosa.

—Acho melhor se acalmar querida, não e como se ele fosse sumir novamente— a calma de Aurora e insuportável, e o movimento da agulha de crochê na linha só piora meu humor

—Diz isso porque não e o Leon que saiu com outra mulher— digo irritada e saio do local.

—Se não confia no homem em que está casada, por que ainda está com ele— meu rosto queima, queima de raiva e não vergonha se eu pudesse a mataria nesse momento.

—Eu confio — minto descaradamente— não confio é naquela mulherzinha, acha que não vi o jeito que ela olha para ele?

—Olhar não arranca pedaço minha querida Angel— com seu crochê em mão ela sorri, e juro que eu odeio quando ela sorri assim.

—Diz isso porque não é o Leon— falo e saio andando, q deixando para trás mas não contente ela ainda grita.

—O meu Leon não está apaixonado por outra mulher, você deveria saber que e recíproco o sentimento dos dois.

Não digo nada apenas abro a porta e bato atrás de mim com raiva, eu sei que aqueles dois se gostam só não vê quem e cego mas se acham que eu vou ser a corna mansa estão muito enganados.

Aaron esta tramando alguma coisa sinto isso, e como da outa vez eu preciso fazer alguma coisa antes que tudo, caia sobre minha cabeça novamente.

No jardim me sento em um local afastado da casa próximo a piscina, pego o celular e dígito um número, espero chamar e o no quarto toque atende, como de costume.

—Problemas no paraíso?— a voz firme do outro lado me faz sorrir.

—Ele saiu com ela, provavelmente só voltará amanhã— suspiro.

—Lugar de sempre?

—Mas é claro, porem temos um problema maior— segurando o celular com uma das mãos passo a mão no rosto com a desocupada.

—E o que seria?— mil pensamentos se passam em minha mente.

—Não sei se é sorte, mas ele não disse nada sobre aquele assunto, ou realmente ele finge bem.

—Quanta preocupação, está na cara que ele não sabe de nada.

—Mas pode ...— me interrompe.

—Não vai, continue dando a ele o que entreguei a você e tudo estará em ordem, agora preciso ir.

A ligação e finalizada me fazendo respeitar fundo, até que sinto mãos em meus ombros me fazendo da um pulo de susto.

—Assustada cunhadinha— Noah ri ao ver minha cara de desespero.

—A quanto tempo está ai!?— perguntou trêmula.

—Chegeui agora, vi você no telefone não quis interromper mas não aguentei depois que desligou sua cara de susto não tem preço— gargalha alto.

—Voce não tem o que fazer não?— falo brava cruzando os braços.

—Na verdade tenho, vim buscar os documentos da empresa no quarto do bastardo, será qu pode buscar?— se senta no mesmo banco que eu.

—Claro, já volto— saio a passos largos e apressados tentando manter meu coração no peito.

Acho que minha cunhada esconde coisas de você irmão— Cruzo os braços na altura da cabeça e sorrio ao ver Angel andando tão apressada, isso vai ficar interessante.


Bom vocês querem me matar eu sei, mas do lado de cá está tudo de pernas para o ar.
Para deixar vocês felizes essa semana sai o tão esperado capítulo da noite de Hyna e Aaron( ahhhhhh nesse vocês vão me matar sem dúvida)

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