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—Anda logo menino, quando é pra mim é sempre assim, uma lentidão aposto que se fosse pra ir para um racha, uma luta super sangrenta você andava mais rápido que isso— reclamo vendo Noah andar a 01 km/h, ele apenas suspira e solta o ar, está quieto demais— filho aconteceu algo?— pergunto preocupada.
—Não, só estou cansado demais— algo em suas palavras me diz que tem algo a mais.
—Você sabe que eu te amo, que faria o possível e o impossível para não te ver infeliz— ponho a mão em seu joelho e aperto mostrando que sempre estarei com ele.
Meu filho pode ser um desajuizado, louco inconsequente, irresponsável e vários outros adjetivos que poderia se encaixar perfeitamente em seu perfil.
Mas não posso negar que ele é,
bondoso, sensível tenta carregar o mundo inteiro nas costas, não pensa duas vezes antes de tomar decisões, ama profundamente e se magoa rápido demais.
O completo oposto do Aaron, que é centrado, responsável, pensa milhões de vezes antes de tomar uma decisão, põe os fatos na balança e é racional demais.
Dois filhos ligados mas com toda certeza um é emoção a flor da pele, e outro é a razão.
—Eu sei não precisa me olhar desse jeito, quer um babador— sorrio apertando suas bochechas— para mãe olha o mico não sou mais bebê.
—Sempre será— sorrio.
—Estamos andando já faz dez minutos, aonde é que vamos mesmo?— esqueci de dizer que ele também é tapado as vezes.
—Galpão— digo e ele freia o carro me fazendo dar um solavanco com o corpo para frente.—Ta doido, que me matar antes de me dar netos, fique o senhor sabendo que antes disso eu me recuso a morrer— falo brava e vejo ele tremer a boca tentando não falar um palavrão na minha frente— e anda logo que eu não tenho o dia todo.
—Você sabe o que vai acontecer comigo se o papai descobrir que eu ajudei— para olhando para frente com se estivesse hipnotizado— dessa vez ele arranca meu couro, ou melhor o Noah Jr, mamãe você não pode ir lá— fala sério me fazendo rir.
—Primeiro que se seu pai descobrir já vamos estar em casa, segundo que eu me ajeito com ele a noite— sorrio imaginando a guerra de travesseiros que meu homem fará.
—Ai que nojo, não me faça imaginar você dois juntos— reclama e volta a dirigir.
—Terceiro que ele não é louco de capar você antes de você me dar um neto— pronto falei— agora sem mais conversas.
Ele fica em silêncio e a cara de nojo é substituída por uma de preocupação total, tadinho do meu bebê mal sabe ele o que vira a frente.
O silêncio é cortado com o celular dele no porta luvas tocando, ele me encara assustado, e eu encaro o porta luvas.
—Mamãe— seu tom é de repreensão, abro o porta luvas e pego o celular, no visor aparece um nome que nunca ouvi antes. Karen, quem é Karen? Já não gostei do nome.Então atendo sem pestanejar.
—Pois não Karen— digo ríspida— Ah sim, ele está só não pode atender porque está dirigindo, sabe como é celular e direção não combinam— ouço ela dizer se o encontro hoje às sete da noite está de pé— ah se encontro está de pé, sim está mas será um jantar em nossa casa— ela diz que não entendeu— ah querida, perdoe minha falta de educação, prazer Aurora mãe do príncipe Sherek Noah— Noah fica vermelho de vergonha, e ela diz que será um prazer— ah então está perfeito as 19hs, te espero seja bem vinda— ela sorri agradece e desliga.
—Por que fez isso?— ele pergunta emburrado— e agora como desmarco?— fala bravo, e para o carro lentamente ao lado da entrada do galpão.
— Chegamos — desvio da sua pergunta, afinal eu sou a mãe e ele o filho, quem faz as perguntas sou eu.
Saio do carro e vou andando até a entrada do galpão, ele é todo feito em aço ou é alumínio?
Bom não importa, sua área é equivalente há um campo de futebol, eles poderiam usar isso aqui para algo melhor, algumas árvores estão ao redor da entrada pintada em verde musgo, e na mini porta está dois armários fazendo a segurança.
Deixo Noah para trás e ando até os dois brutamontes, que mais se parecem com estátuas.
—Boa tarde— lanço um sorriso educado— estou aqui para falar com o Eithan, por favor saiam da frente— ouço eles riem da minha cara.
—A dondoca está no lugar errado acho melhor voltar para sua torre— debocham.
—Olha como fala com a minha mãe seu idiota, antes que eu lave esse chão com o seu sangue—Noah fala ainda se aproximando.
—Desculpa aí coroa, não sabíamos que era a mãe do campeão— o mais baixo diz, sua pele branca seus olhos escuros, cabelos ondulados que caem por cima dos olhos ao se movimentar, uma regata suada escrita maromba, o que me fez rir da cara dele, um short jeans, com estampa do exército o deixa ainda mais engraçado ao meu ver.
O outro é negro, com uma barba grande branca e dreds coloridos no cabelo, ele é mais alto que o outro, e mais forte também, com um óculos escuro no rosto me lembrou aquele rapaz do filme X-Men, ciclope acho que é esse o nome.
—Bom para não dizer que eu sou uma velha mal educada, vou me apresentar— estendo a mão na direção dos dois— prazer viúva negra.
Os dois começam a gaguejar e eu a rir da situação toda, Noah me cutuca me avisando que fui longe demais, mas e daí?
Nunca mais eles chamaram uma mulher linda, decida maravilhosa, empoderada, mãe de dois príncipes, como eu de velha ou coroa.
—Agora me deixem passar anda— empurro os dois para o lado e abro a porta entrando no muquifo do crápula.
Mesas de jogos espalhadas por todos os cantos, luzes baixas em vermelho, muitas barras de ferros, acho que é aqui que as garotas se apresentam e um maravilhoso bar a esquerda com milhares de bebidas, algumas cadeiras ainda estão em cima da mesa sinal que eles vão demorar para abrir.
—Mamãe eu não posso ficar aqui, se me virem com você adeus "Campeão"—Noah fala.
—Você liga mais para um título do que para a sua própria mãe— digo me virando para ele que caminhava atrás de mim— também o que esperar de alguém que não consegue me dar um neto, anda some daqui— me viro de costas para ele e continuo a caminhar em linha reta sem olhar para nada.
E não é que o bastardo foi embora mesmo, vou jogar um praga nele, andando com calma passo por um corredor longo, ao meu lado direito uma sala muito grande, com um tatame um ringue e vários aparelhos de boxe e musculação e outros que não sei para o que serve, olho através do vidro azul e dois rapazes estão quase se matando.
Suados, grudentos aposto que até, fedorentos estão, qual é a graça de uma luta onde um agarra o outro?
Sigo novamente meu caminho e ouço uma voz feminina gritando, apresso meus passos e seja lá quem for eu não devo me meter, apenas vou ver se está tudo bem.
Foi esse meu pensamento até chegar na porta de aço cinza chumbo e ouvir, nitidamente a conversa calorosa que se tinha ali, fico parada do lado de fora e grudo meus ouvidos a porta para ouvir melhor.
Que feio Aurora, maldita consciente
—Você sabe Eithan, você sabe o maldito inferno que eu vivi durante esses dez anos?— a voz feminina sai abafada, aguço mais minha audição— você sabe que nada daquilo aconteceu, não era eu e você vai contar por bem ou por mal.
—E quem vai me obrigar— Eithan fala rindo da garota— você é burra e Noah ainda mais— seu riso sai alto, estão falando do meu filho, mas quem eles pensam que são— eu não tive culpa se ele acreditou e eu não vou dizer nada então se me der licença faça favor de voltar pelo mesmo caminho que veio, e arrume um jeito de se acertar com o patinho.
—Admita Noah, foi armação sua— a voz reconheço, o som estridente de quando esta nervosa, minha pequena Charlotte— você fez isso porque sabia que ele ia ficar sem rumo e te entregar isso de mão beijada.
—Acredite no que você quiser— fala tão alto que sinto arrepios.
—Você é um verme, maldito deveria morrer— o som de algo se quebrando me faz ficar em alerta, me posicionando para entrar.
—Eu sempre amei você, sempre— a rispidez que as palavras saem me dão medo— porque ele Lotte, me diz eu poderia te dar o mundo— um estalo alto e ouvido.
—Me solta seu maldito miserável eu vou matar você— grita com desespero na voz.
Adentro o local com tudo que posso e a cena que vejo me dá náuseas, Eithan está beijando ela a força enquanto ela se debate em seus grandes musculos.
Sem pensar pego o meu xodó e atiro no pé dele calmamente, ele grita soltando Lotte e eu sorrio por ainda ter uma boa mira.
—MAS QUE MERDA É ESSAAAA— grita pulando em um só pé enquanto se senta na cama segurando o pé que sangra.
—Teve sorte que esse foi de raspão— falo séria.
—Ti..tii..— não consegue falar, seus olhos esbugalhados, espero que seja medo.
—Eu mesma meu querido sobrinho— Lotte apenas está parada me encarando com a boca aberta sem reação— olá querida lotte— meu sorriso some ao olhar para ela.
—Aurora eu posso explicar, não é nada disso— volta a realidade e tenta se aproximar, mas me desvencilho do seu toque— droga, eu sabia, eu sabia que tudo ia dar errado— anda de um lado para o outro em seu lindo salto preto, passa as mãos no cabelo retirando do rosto, a cada movimento o mesmo cai em seus olhos— não mas porque eu tive que vir até aqui, maldição tudo só piora— encara Eithan com um olhar assasino— tá vendo só, você acaba de estragar tudo de novo eu te odeio ainda mais— continuo parada observando seu desespero, estou rindo internamente— que se dane ah cansei— grita e vai em direção a porta irritada.
—Espere Becker— no mesmo instante ela para e seu corpo treme, ela ainda tem os mesmos costumes— fique, vai ser rápido e assim poderemos conversar.
—Sim— diz e fica parada na porta.
—Bom vamos lá— sorrio para o meu mais querido sobrinho, ainda segurando o meu lindo Xodó.
Todas as mulheres na face da terra teriam que ter uma Walther PPK, essa arma além de linda é uma ótima companheira contra homens babacas como Eithan.
—Já pode fechar a boca, vim em missão de paz— digo com muita calma.
—To vendo, imagina se estivesse com raiva não é mesmo?— ele diz debochado.
—Nomes Eithan— me aproximo da cama onde ele está sentado, passo os olhos pelo ambiente e realmente ele tem um ótimo gosto.
Uma cama imensa que cabe uma oitos pessoas, forrada com lençóis em seda vermelho, travesseiros na mesma cor dos lençóis, um guarda roupas grande de madeira invermizadas, um tapete preto de pêlos macios uma tv na parede a frente de sua cama e o que é aquilo? Um pole dance?
—Vai ficar aí olhando a minha decoração, se quer saber além de um pole dance eu também tenho uns brinquedos para torturar— seu sorriso é doentio, e eu entendi perfeitamente bem o que ele quis dizer com o "tortura"
Cadê o menino que brincava com meus filhos, aquele gordinho de cabelos castanhos claros com olhos cor de mel?
Onde foi que seus pais erraram?
Se transformou em um homem grande e bonito, mas o que tem de beleza tem de podridão.
Cabelos lisos e longos até a metade de suas costas, amarrados em um rabo de cavalo baixo, estatura alta maior que Noah e menor que Aaron, olhos cor de mel com leves pintas de verde, rosto quadrado boca vermelha e carnuda, barba grande bem feita e aparada, veste apenas um short jeans e está sem camisa.
Enrolando no pé uma toalha vermelha.
—Eu quero nomes Eithan, hoje pela manhã Aaron quase morreu— falo séria e seguro a arma ainda mais forte— mas garanto que seus homens não regressaram não é mesmo— dou um risadinha baixa.
—O que?— pergunta confuso— o Aaron?Olha tia eu sei que tô errado tá legal, mas eu jamais mataria o Aaron — começa a tremer.
—Enquanto ao Noah?— ergo uma sombrancelha.
—Nòs temos nossa rivalidade mas ele é meu primo, e eu não faria isso— parece falar sério, porém eu não acredito.
—Qual era a encomenda— me aproximo lentamente, enquanto ele abre a boca ainda mais e os olhos ficam vermelhos.
—Millano— se atrapalha um pouco— quer dizer Hyna Millano.
—Por que— levanto a arma um pouco mais mirando sua testa.
—Não sei, mas algo com uma herança algo assim— sobe ainda mais na cama tentando se proteger com o travesseiro.
—Quem — subo na cama devagar— quero um nome— anda logo, aproveita em quanto ainda estou perguntando— chego bem próximo e faço ele abrir a boca, colocando o cano da minha linda Walther na boca desse imundo.
—Mau...ly Miuano— fala babando o cano da minha arma.
—Otimo, agora vamos conversar, meu filho não voltará a entrar nesse ringue maldito— minha voz sai ameaçadora— você vai deixar ele e aquela linda donzela em paz, e apartir de hoje isso aqui vai pelos ares, vamos fazer disso aqui um orfanato, tem muito espaço, e você vai me ajudar estamos entendido?
—Hlum hlum— balança a cabeça nervoso.
—Nada de drogas, prostitutas, lutas e tráfico, eu vou sair por aquela porta, e qualquer um que se por no meu caminho vai pelos ares, e amanhã quero você na delegacia depondo tudo— retiro a arma de sua boca sorrindo, aproximo meus lábios de sua testa e deposito um beijo leve— você sempre foi um bom garoto Eithan, sabe que sempre terá um lugar na família, não se acabe dessa forma seus pais devem ter vergonha— me levanto e saio da cama ainda encarando ele que está mais branco do que o normal.
—Eu não posso ir na delegacia— o suor que estava em sua testa rola pela sua fronte silenciosamente.
—Eu sei, mas você faz parte dos Allenkar, e nenhum Allenkar vai preso se eu não querer— falo sorrindo, e dou as costas para ele— e não ouse em pegar a arma que estava em baixo do seu travesseiro, sinto em dizer mais essa belezinha agora é minha— faço sinal para que Lotte saia, passamos pela porta e ouço ele gritar.
—Como fez isso?
—Viuva Negra— é o bastante para que eu saia andando pelo corredor diretamente para fora.
Espero que tenham gostado da Aurora, ela é um doce não é?
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