🌻 23 🌻
A vida não se acaba quando deixamos de viver e sim quando deixamos de buscar algo nela!
—Tio Loah vamos no gila-gila— olhei a pequena com seus cabelos loiros jogados ao lado toda suada e com os olhos brilhando— tem aqui tod-god— paro analisando sua palavras o que seria tod-god.
—Cabelos de sol explica aqui para o tio— me agacho ficando na sua altura segurando seu unicórnio de pelúcia que ela me fez ganhar no tiro-alvo.
Claro que eu ganhei sou ótimo além de ter uma mira certeira, andamos no carrinho de bate-bate no gira-lata e até no carrosel.
Uma coisa legal em sair com a sua sobrinha é, ela te faz rir te suja, e as mulheres ficam babando quando vêem um cara lindão como eu cuidando da minha suposta filha.
Claro que eu não nego ne, sou louco?
Ainda não, se elas me querem eu também vou querer.
—O que seria esse tod-god pequena?— seus lindos olhos azuis encaram os meus.
—Aquele pão com sasixa tio— cruza os braços fazendo bico— você nunca comeu um tod-god?— sua expressão é seria, tão seria que parece uma minions furiosa e a vontade de rir só aumenta.
—Ja sim, mas não e tod-god é hot-dog— falo e vejo ela revirar os olhos.
—Foi o que eu falei— sorri— agola vamos quelo solvete, você disse que ia me dá solvete — segura na minha mão e puxa, por pouco não cai de cara no chão.
O dia ta ensolarado não muito quente, o vento sopra as folhas para longe, no parque a criançada corre de um lado para o outro, algumas mães desesperadas saem correndo atrás outras gritam algumas apenas ficam sentadas junto com seus filhos nos banquinhos de madeira.
O dia realmente está magnífico para um passeio, logo ao lado tem um tipo de pesqueiro onde podemos pescar e andar de pedalinho.
Se dar tempo quero levar Lara lá, quem sabe ela gosta, a procura do seu abençoado "solvete" como diz ela, encontramos a sorveteria, ela solta minha mão e sai em disparada para dentro do local sem eu perceber estou com esse unicórnio do tamanho do mundo tentando passar pela porta, olho mais uma vez e ela está na fila de pedidos.
"Da onde essa menina saiu, senhor".
Forçando a pelúcia com força para passar não percebo quando em um ato, ela passa com força me arremessando para frente caindo em algo duro e me estabacando no chão.
Todos que estão em volta começam a rir, até a Lara essa pequena traíra ri de minha situação constrangedora, nunca na minha vida fui tão azarado assim ouço alguém espraguejar algo mas não muito nítido, ate perceber que o elemento duro em que levei ao chão junto comigo tem um par de olhos castanhos claro que me fitam com raiva.
—Você não olha por onde anda não, droga no meu primeiro dia— ainda em transe continuo com os braços ao redor dela— aí meu Deus minha mãe vai me matar — volta a me encarar— da para sair de cima ou vou ter que te alejar?— sua boca se curvou para baixo e sua testa franziu, quando eu continuei na mesma posição, então com o antebraço me empurra fazendo com que eu caia de bunda no chao— até que fim.
—Me..me..des...culpe— ela se levanta tirando todo o sorvete que está grudado no seu avental.
—O senhor e gago né, não quis lhe ofender— sem jeito se agacha juntando a taça de sorvete que quebrou no chão, e eu?Ainda contínuo sentando olhando a cena.
—Tio Loah você vai ficar aí babando na moxa ou vai pegar o meu solvete— meu Deus me esqueci de Lara, me levanto rapidamente ainda sem jeito.
—Me desculpe, eu realmente não te vi— falo sem jeito.
—Nao foi nada acidentes acontecem mas tenha mais cuidado. — dito isso ela sai andando passando um guardanapo no uniforme.
—O que você tem tio Loah— segura minha mão — você ta estranho acho que está ficando glipado né.
A inocência dela é o que me faz amar ela ainda mais, nunca pensei em olhar para um tico de gente desse e sentir meu coração bater.
Ela é o que faltava para me tirar do inferno.
—É acho que o tio ta ficando gripado, agora vamos se não vamos chegar tarde em casa.
E assim a tarde passou tão rápido que nos não percebemos, fomos ao parque, tomamos sorvete, comemos crepe na pracinha, rolamos na grama, nos balancamos nos balanços de pneu de caminhão e por fim alimentamos os patos que estavam na lagoa, já são oito e meia e estou aqui convencendo Lara de que não e uma boa ideia ir ver sua amiga Hyna agora, está tarde.
Porém é mais fácil ensinar um elefante a dançar balé do que convencer ela de ir para casa, enquanto escuto o que ela fala com atenção avisto a casa de sua amiga a frente com jeito estaciono e retiro meu cinto de segurança, fazendo o mesmo com ela.
Saio do carro dando a volta e abro a porta, ela sai e eu a pego no colo depois do carro fechado saímos andando, até a porta que se mantém fechada.
A rua está escura, apenas algumas luzes dos postes clareiam e tudo está em completo silêncio.
Duas batidas na porta enquanto Lara me olha com expectativa, seu sorriso está tão largo que ela mal se contém parada.
"Se ela soubesse o quanto está pesada parava de se mecher assim"
Sorrio com isso, até a porta se abrir e a imagem da moça se materializar diante os meus olhos, só que dessa vez ela está diferente.
Suas roupas mais abatidas do que a primeira vez, seus cabelos estão bagunçados seus olhos avermelhados como se tivesse chorado, e muito abatida ouso dizer que emagreceu muito até.
—Atrapalhamos?— lanço meu sorriso branco e vejo seus olhos se iluminarem ao olhar para Lara.
—Unicórnio — grita retirando Lara do meu colo e a abraçando assim que a segura em seus braços, beijando abraçando e apertando.—Que saudade, quanta falta eu senti de ti minha pequena.
—Eu também tia Ryna— esfrega o nariz uma na outra carinhosamente.
—Eu também ganho abraço?— pergunto cinicamente — em em, ganho?
So porque fez minha noite feliz—as duas me abraçam e sinto o cheirinho de bebê de Lara e um cheiro leve e doce que vem da mulher que me abraça, seu corpo e quente e aconchegante. — Que tal entrar?— diz depois do fim do nosso abraço triplo.
_Não podemos demorar— falo e olho Lara que balança a cabeça em sim.
Entramos e tudo continua do mesmo jeitinho, nada fora do lugar até o cheiro de lavanda é o mesmo.
Tudo está perfeitamente em seu lugar exceto por uma cabeleira que está no sofá, meus olhos tentam focar o que é mas não consegue.
—Você tem um cachorrinho— pergunto olhando, mas não consigo entender o que é.
—Não é um cachorro, é meu filho tenha mais respeito — diz séria.
—Oh me desculpe, eu não queria..— ela se agacha ao lado do menino que não tive o prazer de conhecer e sorri, me deixando sem graça.
—Não tem problema— retirando o cobertor do menino alisa seu rosto com carinho— amore mio, acorda temos visita.
—Tio Loah, polque tem um neném aqui?— ao meu lado puxa minha camiseta duas vezes, fazendo eu olhar para baixo.
—É o filho da tia Hyna meu amor_ falo baixinho no seu ouvido.
—Ela não me ama mais?— choraminga.
—O que vocês cochicham— o menino se levanta e senta ainda de olhos fechados, claramente sonolento uma culpa me bate.
—Polque você tem um neném tia Ryna?—lagrimas caem dos olhos de Lara.Mas a surpresa toma conta de mim quando o menino abre os olhos, um azul e outro verde.
—Não precisa olhar assim para ele— seu tom me diz que fiz algo errado.
—Meu Deus— ando até ele me agachando, sinto a moça ficar rígida— você é lindo meu amigo— estendo a minha mão na sua direção que invés de pegar ele coca seus olhos.
—Você também me acha uma aberração?— pergunta com a voz sôfrega, e algo dentro de mim se quebra sua voz me lembrou de um garoto que era rejeitado por todos, e uma lágrima caiu sem que eu percebesse — porque está chorando, mamãe?
—Eu não te acho uma aberração, você é raro é lindo, e muito amado— passo a mão direita em seu cabelo— quer ser meu amigo?— como se eu estivesse dito algo errado ele arregala os olhos e no automático questiona a mãe com apenas um olhada, ela confirma e ele sorri.
—Meu nome é Ryan— abre a boca mostrando suas janelinhas.
—O meu é Noah, e ela é a Lara— aponto para a pequena com cara de raiva.
—Eu sou a Lara, tenho tudo isso de anos e meu pai é o melhor pai do mundo, e minha mamãe é a Hyna, então somos ilmãos?
Todos se entre olharam tentando buscar um fundamento para o que ela disse, e tenho certeza que nenhum de nós entendemos o que ela quis dizer.
—Vocês querem alguma coisa?_ a moça pergunta sem jeito, seu rosto está em brasa, o que me faz acreditar que Lara conseguiu tocar em um assunto delicado.
—Não, nos já estamos de saída.
—A gente só veio te ver tia Ryna— sorri_ polque os seus olhos são coloridos?
—A mamãe disse que quando eu nasci, Deus me deu super poderes, e me fez assim.
—Ah—para e pensa em uma resposta— eu também tenho super poderes, sou filha da mamãe e do papai né mamãe?
—Sim unicórnio é sim— abraçando Lara com os olhos fechados seu peito sobe e desce em uma respiração pesada.
—Sabe Ryan eu tenho uma moto super veloz— os olhos brilhando, a boca entre aberta.
—De verdade? — pergunta incrédulo.
—De verdade — sorrio com a empolgação dele.
Enquanto Lara e Hyna conversam animadamente, pego meu celular e mostro fotos da minha bebê preferida, conto que um dia ainda montarei uma oficina e percebo que ele não entendê muitas coisas, então tenho que descrever para que ele entenda.
_Você um dia me leva, se a mamãe deixar?— pergunta tristonho — eu não tenho amigos eles me acham uma aberração, sabia que fui expulso?
—Como assim expulso?— passo meus olhos pelo local e não vejo Lara e Hyna, me fazendo ter coragem para perguntar— me diz o que aconteceu.
...— a mamãe disse que eu não podia ir mais por isso, e veio o homem hoje e disse que a gente tem que mudar— tira um cacho que caiu no rosto — acho que a mamãe ta triste, você é namorado dela?_ se eu fiquei em choque, sim e muito.
—Não eu não sou o namorado dela, apenas um amigo— penso um pouco— eu vou resolver a questão da sua escola você quer voltar?
—Não, ninguém lá gosta de mim e eu gosto de ficar com a mamãe.
—Entendo, vocês já sabem onde vão ficar?
—Tio Loah olha, olha— Lara corta a resposta dele— eu ganhei duas pulseiras da mamãe Ryna.
—Que lindas em— pego em seu pulso olhando, realmente são bonitas não chegam perto de uma jóia de verdade mas é bem delicada, uma correntinha dourada com um pequeno fecho, e a imagem de um anjinho tão pequeno que só percebe quem vê de perto.—Temos que ir, outro dia voltamos.
—Obrigada por trazer ela aqui, sei que o Ivi anda muito ocupado, não quero atrapalhar mas se puder mande lembranças minhas— um brilho especial ao falar dele se apossou de seus olhos, e aí percebi que ela sofre, e sofre também por amor.
Se ela soubesse o cara que ele é, ou ao menos era ela não chegaria perto.
O que estou falando, eu sou tão pior quanto ele, e ela só.
Estou andando com uma criança de cinco anos, prometendo levar outra em um passeio de moto.
Estou sendo legal, esse também não sou eu!
—Eu mando — digo seco— Lara vamos já está tarde.
—Me desculpe se for atrapalhar não diga nada— deitando o menino novamente no sofá cobrindo ele.
—Não vai me atrapalhar, só está ficando tarde e me lembrei que Aaron deve está colocando o FBI atrás de mim — digo meia verdade— tchau campeão, até o nosso passeio.
Indo até a porta nos despedimos, enquanto ela abraça e conversa com Lara olho ao redor um comichão na nuca me faz ficar alerta, vejo um vulto atrás do meu carro pego a arma nas minhas costas e fico olhando.
—As duas entrem, Hyna pegue as criancas e se esconda em um lugar seguro.
Tiros vem em nossa direção o barulho alto assusta as duas que correm para dentro de casa, entro também fechando a porta, olho pela janela e são mais ou menos cinco.
—Droga meu cartucho ficou no carro— miro em um dos alvos mais próximos já que minha arma não é de longo alcance, acerto o primeiro.
O barulho começa a ficar ensurdecedor, os vidros estracalham cortando meu braço, a madeira da porta se transformou em lascas pequenas.
Atiro mais uma vez e erro, se eu estivesse sozinho seria mais fácil, a adrenalina correndo em meu corpo me faz ficar em choque e pela primeira vez na minha vida tive medo.
—Porra, eu não deveria estar aqui— Ouço o choro de Lara e mil pensamentos se passam— alguém pegou eles.
Me jogo no chão e saio me arrastando o mais rápido que posso, apago a luz do quarto e dos outros cômodos será mais difícil nos pegar no escuro meu coração bate descompassado quando o choro dela sessa, o pânico me tomou.
Pego o celular no meu bolso, e disco um número, mesmo assim não consigo achar eles de imediato.
—Onde vocês estão? — pergunto gritando até ver uma cortina de fumaça tomar conta do local, meu medo cresceu ainda mais, eles vão invadir.
—Aqui— ouço uma voz baixa, então ainda rastejando chego no quarto.
Encontro eles atrás de um guarda roupas que estava fora da parede, Hyna abraça Lara com força, não consigo ver muito por causa da escueidao e fumaça.
—Precisamos sair daqui, tem outra saída?— as lágrimas dela caem em minha mão quando toco em seu braço.
—Não, só um terreno no fundo do quintal que da saída para a rodovia expressa.
—Otimo— pego minha arma e entrego a ela que nega furiosamente — eu preciso que você confie em mim, eu vou sair com os dois mais você tem que me da cobertura e atirar em qualquer coisa que se mexer na nossa frente.
—Eu...não .._ soluça alto olhando para a arma, a luz que entrava pela janela fina me deixou ver claramente seus olhos opacos como se um medo terrível de armas dominasse aquela mulher.
—Olha aqui, nos meus olhos, precisamos sair em alguns segundos eles vão entrar e matar todos nós, você tem que me ajudar, você não quer salvar o seu filho?
—Eu vou— Ryan diz sem titubear— me ensina.
—Campeão você e só uma criança, não aguentaria o peso dela OK, sua mamãe consegue.
—Tio Loah, porque ta tudo balhulhento eu num consigo ouvir, que lo o meu papai— Lara chora.
Droga mil vezes droga, porque eu não podia estar sozinho agora ia ser muito mais fácil.
Mas tive uma ideia, desbloqueando a tela do meu celular novamente disco um número.
—Cara até que fim, to te ligando que nem louco alguém vai fazer uma emboscada— Raul fala rapidamente.
—Ja fizeram, preciso de um carro na rodovia expressa 90° ao norte Km mais ou menos 354 em cinco minutos.
—Entendido— desliga.
—Hyna vamos— pego Lara em meu colo e Ryan no outro— meus amores aconteça o que acontecer não soltem o pescoço do tio Noah me prometam?— os dois concordam com a cabeça — Hyna você e forte tem um coração maior que o mundo em tão lute pelo seu filho, temos apenas três minutos e meio para chegar na rodovia.
—Mas só podemos fazer em dez, é muito longe.
—Confie em mim.
E assim saio andando com os dois nos braços e Hyna atrás de mim, começo a correr quado vejo o muro do quintal que faz a divisa com o terreno baldio.
Como pular com os dois no colo?
—Hyna— grito alto por cima dos sons de tiros que não cessam— suba e pule, vou passar Lara ela e mais leve e você aguenta.
Ela pulou o muro, deixei Ryan no chão e subi com a Lara, a todo momento olho ao redor só ouço os tiros— pega ela — digo e jogo Lara da atura de três metros Hyna com muito esforço a oega sem deixar cair no chão, e o medo que tinha sumiu por alguns segundos.
Desco novamente e pego Ryan subo no muro e quando estou me concentrando, fazendo o cálculo do meu peso e o de Ryan sinto algo perfurar meu ombro, olho para trás um cara encapuzado atirando, pego minha arma disparando duas vezes fazendo o babaca cair no chão.
"Menos "um"
Pulo sem pensar caindo no chão com o Ryan por cima de mim, amorteci a queda, ainda bem.
Pego os dois de novo e saio correndo pelo terreno ao longe vejo a rodovia, Hyna corre rápido seus cabelos ao vento mostra sua determinação, ao fim do terreno nos deparamos com uma espécie de barranco cheio de grama e mato nos jogamos nele, Hyna sai rolando barranco a baixo e eu com os dois no colo deslizo no barranco ouvindo os dois gritarem com puro medo, deslizo de bunda no chão sentindo as pedras perfuraram o meu bumbum.
Maldição
Amorteci o impacto do nosso corpo no asfalto e vejo Hyna me olhando sem saber o que fazer.
—Norte— consigo dizer ofegante— corre na frente.
—Não, eu não vou deixar você.
—Confie em mim, corre — digo me levantando— os dois estão bem ?
— balançam a cabeça mas meu braço começa a perder força.
— Leve a Lara por favor — falo mas não digo o motivo — duas sombras se deslocam na escuridão no barranco.—Hyna agora— grito começando a correr também, até que avisto um carro preto uma BMW parado na estrada.
Corro ainda mais rápido, Hyna está com dificuldades em carregar Lara.
—Ta vendo aquele carro?
— Es.. tou— diz sem fôlego.
—Me de a Lara, vá até ele e abra as portas do lado esquerdo entre e me espere lá, sem questionar por favor — a corrida está ficando difícil, meus braços começam a dar câimbras meus músculos tremem e eu esforço as minhas pernas a continuarem.
Ela faz o que eu digo correndo com uma velocidade anormal para uma mulher, ela abre a porta do lado esquerdo e entra, corro ainda mais ouvindo os disparos zunirem ao meu lado.
—Eu vou matar todos vocês seus desgraçados — falo assim que chego no carro colocando as crianças no banco de trás e entrando no banco do motorista.
—Vai vai vai, cara vai vai—Raul grita me fazendo pisar o pé no acelerador enquanto as crianças gritam.
—Se abaixem —Raul diz se pondo para fora pela janela atirando.
O vidro traseiro do carro se quebra fazendo todos gritarem eu grito de raiva, ódio por não matar nenhum filho da puta que quer minha cabeça.
Quando saímos da cidade diminuo a velocidade olhando se não estamos sendo seguidos, então paro no acostamento.
—Pega a direção — falo e Raul entende o que eu digo.
—Merda você ta sangrando— saio do carro dando a volta e me sento no passageiro.
—Nos leve para casa— foram minhas últimas palavras antes de apagar.
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