🌻21🌻

-Quem é homem de bem, não trai o amor que lhe quer seu bem. (Vinícius
de Moraes)





Sabe quando tudo o que sempre quis começa a dar certo?
Então, eu estava sendo o homem mais feliz do mundo, claro que ainda sinto o luto pelo meu jardineiro ter nos deixado tão cedo e por não ter coragem de ter ido a seu enterro, porém as coisas estavam indo bem demais.

E sempre que isso acontecia eu tinha medo muito medo, tanto medo que me faltava o ar Aaron está na empresa aprendendo tudo do 0, não tão do 0 assim já que ele sempre teve um dom natural para liderar e confesso que ter ele de volta me alivia.

Eu não nasci para comandar um império eu nasci para ser livre, e ser livre é exatamente o que quero montar uma oficina onde posso montar e desmontar máquinas em duas rodas, mas isso no momento não é possível em outro momento explico.

Na mesa do café vejo Angel se esforçando para conquistar meu irmão novamente, o que não será difícil já que ele sempre a amou com sua alma.

Sempre fez de tudo para ter ao seu lado a mulher que ama, e nunca, nunca se importou com os comentários onde diziam que ela tinha colocado uma coleira nele, eu por minha vez sempre achei lindo o amor que um tinha pelo outro.Sempre imaginei os dois envelhecendo juntos e esperando o beijo da morte enquanto via seus dias se findarem.

Já eu não tenho sorte com mulheres sempre que me interesso por alguém, ela faz questão de quebrar meu coração aos pedaços então e melhor ter uma boa fod** do que o coração partido.

Seis meses foram o suficiente para trazer a alegria que sempre reinou em nosso lar e Lara nos mostra como ser criança é uma tarefa fácil.
Sem preocupação, sem contas sem responsabilidades, sinto um amor descomunal pela pequena cabelos de sol e sou capaz de matar qualquer bastardo que ouse chegar perto dela.

Mas antes de qualquer coisa sinto que essa paz está perto de acabar, toda vez que olho para o meu IRMÃO sinto que há algo de errado ele não está presente, como deveria está.

-Aaron podemos conversar depois do café- beberico o meu leite com mel.

O olhar de todos na mesa se vira para mim e como se eu já soubesse o que pensam, apenas sorrio de lado fingindo inocência.

-Você não está pensando em voltar para aquela droga de buraco não é Noah? -Sua pergunta o corta o silêncio. Enquanto ele me olha com raiva.

-Não é possível -Mamãe entende o que ele quis dizer, e por um momento amaldiçoou esse bastardo desgraçado por lembrar de coisas que não devia, então coloco minha máscara do deboche e rebato.

-Você não costumava dizer isso irmão - com um gesto dou um grande gole no meu leite e seguro a xícara ainda na direção do meu rosto e sorrio - talvez o filho prodígio não se lembre de tudo- vejo seus olhos com fúria e um gelo de outro mundo.

-Talvez entrar e te derrotar era a única forma de te tirar de lá- um mini sorriso estampa seus lábios.

-Ah merda Aaron - me levanto deixando mamãe e Angel me olhando estranho- você é um fudido.

Saio andando percebendo que aos poucos o novo Aaron da lugar ao seu antigo eu, e por mais que eu ame meu irmão aquele antigo Aaron não pode voltar, ele será um maldito novamente.

Andando para fora da cozinha saio pela porta dos fundo me deparando com o cômodo que me faz aliviar a tensão, adentro a sala de vidro e vejo meus aparelhos de musculação.

Retiro a camiseta ficando de calça jeans, vou até o aparador pegando minhas luvas, com muita dificuldade em respirar inspiro e expiro logo em seguida, parando no único cara que aguenta minha raiva, meu amado saco de areia chamado "brutus".

-E ai garotão sentiu minha falta- sorrio maldoso antes de começar minha sessão dessetresa desfiro socos e mais socos, cada um com uma sequência que de tanto usar acabei gravando e no automático faço sem nem perceber, a cada sequência solto um urro e me lembro da maldita vida que eu tinha antes desse fodido sumir.

-Está lento- ouço ele falar, estava tão mergulhado em pensamentos que não vi ele se aproximar como?
Não sei ele sempre teve o dom de chegar e sair e não ser notado.-Mantêm a respiração está irregular isso faz com que fique lento.

-Eu te ensinei essa porra Aaron, não vem querer ensinar a missa ao vigário - falo ainda dando socos no brutus.

-O que tem para falar?- pergunta sério, seu terno bem alinhado ao corpo sua barba feita e seus cabelos totalmente perfeitos sem um fio fora do lugar, me mostra que o homem de negócios voltou.

-O seu sumiço - falo parando de fazer carinho no brutus- andei investigando por conta própria.

-E?- pergunta cruzando os braços na frente do corpo.

-Peças não se encaixam Aaron.

-Por exemplo?- ele levanta a sobrancelha.

-O que se lembra daquele dia?- pergunto encarando seus olhos procurando, procurando algo que me faça entender.

-De estar em hospital somente, nada mais, é como se tivesse um buraco na minha mente - ouço ele dizer também confuso. -Charlotte disse que é um bloqueio emocional, algo que me traumatizou tanto por dentro que minha mente trabalha para que eu não lembre- faz uma careta estranha.

-Entendo- limpo o suor com as mãos - mas tem uma coisa ainda que não me deixa dormir, como um comboio com três carros blindados com 15 homens fortemente armados e treinados pelo exército foi abatido tão rapidamente?

-Não foi um acidente?- sua testa enrruga, sinal de preocupação.-Mamãe disse que foi um acidente.

-Você já foi mais esperto - dou uma risada deixando ele levemente irritado, a veia na sua testa do lado direito denúncia.- Um acidente onde só o seu carro ficou intacto, so você não morreu, suas marcas Aaron - ele me olha ainda mais estranho - as marcas no seu corpo foram feitas por profissionais, alguém que sabia onde podia marcar e te fazer sofrer sem deixar um ninho de machucados, isso não é marca de acidente.

-Eu já pensei nisso, eu me lembro de tudo o que já vivi mas não importa quantas vezes eu passe isso na minha cabeça- supira descruzando os braços- eu não consigo me lembrar, o fato mais importante e eu não consigo.

Seu telefone toca fazendo com que seu olhar saia do meu, ele suspira.

-Aaron Schoemberger- encaro meu irmão e presto atenção em sua fala- Hyna?- fica pálido.

Hyna não e aquela menina?
Ah sim é sim.

-Hum é, que eu não posso - diz e me olha sério- tenho que ir para empresa e depois passar no cartório - silêncio - consegui sim, agora Lara é oficialmente minha filha - sorri ao falar da cabelos de sol e sem perceber também estou com um sorriso no rosto ao lembrar o que aquela diabinha fez no meu quarto- Hyna você pode vir me vê quando quiser sabe disso, além do mais já disse que não posso me ausentar por muito tempo - novamente silêncio - não precisa agradecer a cada vez que nos falamos, já disse que tudo o que mais quero e te ver feliz, e não tenho como agradecer tudo o que já fez por m...- ele fica vermelho feito um pimentão - tudo bem depois te ligo- desliga o telefone- onde estávamos?

-Você gosta dela?- pergunto estranhando o jeito como ele está vermelho como se ela tivesse chamado ele para trepar.

-Ela é minha amiga e- fecha os olhos- eu não sei como posso gostar tanto dela ela - interrompido por uma Angel furiosa.

-Então gosta dela não é? - sua pele branca está vermelha seus olhos estão vermelhos sua respiração ofegante.

-Como amigo Angel -se justifica.

-Bom vou deixar vocês terem a DR de vocês, mas já digo aqui não é lugar de trepar não, isso aqui não é zona, é meu santuário - falo fazendo esforço para não rir ao ver os dois me olhando com cara de assasinos- to falando sério, eu sei que depois dessas brigas vocês se reconciliam transado todo casal faz isso.

-Você é um bastardo Noah - Aaron diz entre dentes.

-Somos irmão, somos, na verdade dois bastardos não esquece. -Ele sorri.

-Noah antes de ir me diga- concordo com a cabeça - o que eu tenho de errado?

-Nada- franzo a testa não entendendo o teor da pergunta.

-Sou feia?- nego- gorda?- novamente nego- então me diz porque ele não me ama- suas lágrimas grossas caem me dando uma dorzinha, bem pequena, sei do que mulheres bonitas são capazes e sei o que uma mulher com nome de Anjo deve ser ainda pior que as outras.

-Quem disse que eu não a amo?- Aaron fala cortando meus pensamentos.

-Ama?- eu e ela falamos juntos sem acreditar.

-Amo. Do meu jeito mas amo- sorri.

-É já vi que logo teremos outro cabelo de sol na casa, fui familia- saio pela porta mas volto colocando minha cabeça na porta de vidro transparente- não transem no meu tatame e difícil limpar, vai por mim eu sei o que eu digo.

-Bastardo - Aaron diz quando já estou do lado de fora.

-Dois bastardos - digo rindo.

Bom acho que é hora de fazer uma visita a psicóloga do meu irmão, mas não antes de ver a rainha dos olhos dele.

Hyna Millano.

Sorrio com esse pensamento, entro na casa indo direto para o banho mas não antes de quase ter um ataque cardíaco com a figura vestida de branco sentanda na minha cama, com as perninhas cruzadas olhando para a porta como se me esperasse.

Eu jurava que a loira do banheiro ficava no banheiro, mas depois dessa to quase acreditando na loira do quarto.

Faço um sinal da cruz em pensamento.

-Tio- fala chorosa.

-O que foi meu cabelo de sol?-falo percebendo não ser a loira do quarto, mas sim minha sobrinha vestida de branco com um vestido grande, chego perto dela me agachando, ficando assim na altura dela na verdade um pouco mais alto.

-Aqui doi tio Loah - me preocupo a ponto de olhar a direção que ela aponta no peito.

-O que você tem, onde doi, e como doi meu amor ?- pergunto tentando não deixar ela nervosa com minha preocupação.

-Meu colação doi tio, quero -lagrimas escorrem de seus olhos pequenos e azuis.

-Quem foi o maldito que quebrou seu coração - falo tremendo de raiva me levantando e andando pelo quarto.

-O papai disse que é saldade- cruza os dedos das mãos.

-Eu vou matar ele eu já imagino várias formas de fazer ele sofrer.

-Você vai bater na tia Hyna tio Loah- pergunta com a boca tremendo, sem entender o que eu disse, a inocência das crianças é linda, pera aí não é um menino?

-Hyna?- pergunto confuso.Agora entendi ela está com saudades da Hyna Millano, e eu aqui querendo matar um garotinho que não existe- pelo amor Noah ela só tem cinco anos- dou uma risada pela merda que acabei fazendo e falando.- O tio Noah vai sair, você quer ir?

-Podemos tlomar solvete?- diz secando as lágrimas e sorrindo.

-Podemos sim, o tio vai te levar em um lugar legal - ela se levanta fica em pé na cama e abre os braços para que eu a pegue e assim faço. Cheiro seus cabelos e deposito um beijo em sua cabeça -Vai lá se arrumar e espera o tio ir te buscar- ela sorri fazendo o que peço mas ao chegar na porta ela diz.

-O Bentinho pode ir tolma solvete tio Loah-? Bentinho é o urso que ela não larga por nada na vida.

-Claro que ele pode, acho que ele vai gostar de sorvete ne?

Ouço seus passos no corredor, e vou para o meu banho quentinho mas algumas dúvidas me faz ficar nervoso Aaron foi pego no dia em que saiu sem a minha proteção o que quer dizer que tem merda das grandes por trás do seu sumiço, e o meu estômago diz que quando a merda voar no ventilador muita gente vai sair suja.

Claro que não eu.Pois vou está com meu guarda-chuvas bem aberto.


Espero que estejam gostando, caso o contrário peço desculpaas, como eu disse no começo sou um ser humano e tenho erros.

E para quem ta empolgado ksksk
Obrigada por ler, agradeço imensamente a leitura de cada um.

Perdão pelos erros ortográficos, por mais que tente revisar sempre acaba passando um ou outro.

Bom é isso, obrigada mais uma vez e não deixe de comentar e de deixar o seu voto.
Não cai o dedinho RS

Beijos.

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