18
Crystal part II❤
Um beijo na testa, apenas um beijo na testa e se foi, partindo para Berlim como se eu não importasse.
Tudo bem que eu o magoei, magoei de verdade mas ele não pode saber dos meus sentimentos ele não pode saber que sou vulnerável a ele, que essa vingança idiota pode acabar com a nossa amizade uma amizade que eu não posso perder de jeito nenhum ele e Hyna são as únicas pessoas que eu tenho nessa vida e não me vejo sem eles, perder um deles é como perder minha alma, a minha identidade o meu EU.
Eu deveria ter dito a verdade pra ele jogar o orgulho de lado, e gritar que me importo que não vivo sem ele, que não respiro sem ele mas não eu tinha que deixar essa mágoa me consumir, essa dor que nunca sai que não sara, eu fico revivendo essa humilhação dia e noite e não consigo esquecer.
Mas seja como for eu vou ter que me virar sozinha, seja lá o que ele foi fazer não me importa ele é maior de idade e dono do seu próprio nariz da sua própria vida, não sei se eu farei falta na vida dele como ele faz na minha.
Ele disse que te ama, não disse?
Meu inconsciente me alerta.
—Mas à dez anos atrás ele disse a mesma coisa e veja só no que deu, rebato meu próprio pensamento.
Sentada no sofá encolhida abraçando meus joelhos deixo as lágrimas que me sufocam rolarem, eu não sou uma boa pessoa eu não mereço ser amada eu não mereço nada.
—Por favor sai— grito aos prantos enquanto o bêbado do meu pai sobe em cima de mim — mamãe socorro — grito ainda mais, mas ela não vem na verdade ela nunca vem.
Apertando minhas pernas de encontro uma na outra com força, luto para que ele saia de cima de mim com seu hálito podre e nojento.
Uma garota de 12 anos com cabelos cacheados na altura das costas, com uma blusinha branca fechada e por cima uma de lã amarela em uma saia rodada até os joelhos de cor creme e sapatilhas Disa claro.
Acabou de voltar da igreja com sua mãe quando encontra o pai, bêbado rindo como um lunático assim que elas passam pela porta.
Ele sempre bate nela, todos os dias são assim e depois me bate me bate muito eu não consigo entender, porque ele nos odeia não é mais fácil nos abandonar e deixar a gente viver em paz?
Eu já disse para mamãe para fugirmos, falar com o pastor da igreja e nós esconder por um tempo porém seu amor é cego, ouzo dizer que até doentio.
Quando ele me bate muito ele me dá beijos no corpo, o que eu não entendo direito só sei que sinto nojo.
Ele me bate e me beija, me bate e me beija eu sempre quis contar a alguém contar o quanto eu sofro aqui. Já pensei em pegar uma mochila e sai dessa porcaria caindo aos pedaços que se chama de casa, mas nunca tive coragem de fazer isso por mamãe ela não merece, e se eu fizer isso sei que ele vai matar ela.
Ele sempre para quando eu peço pra ele parar de bater nela, quando meus gritos já não saem mais, quando minha alma sufoca de dor ao ver ela esticada no chão quase morta, depois ele vêm me abraça e e tenta me beijar dizendo que me ama, que amor de pai é esse eu não entendo.
Ele nunca fez mais que me beijar no pescoço e o corpo nunca passou disso, nunca passou desse limite até essa noite!
—Mamãe por favor me ajuda, socorro mamãe — gritei ao máximo que pude dando socos e mais socos no peito do cara bêbado e nojento.
Ele me deu um soco no rosto que fez com que eu ficasse tonta com o impacto e um pouco desnorteada, foi o bastante pra que ele rasgasse minha roupa e mordesse minha barriga com tanta força que um grito de dor dilacerante saísse de minha garganta, ele ficou só de cueca se esfregando e dizendo palavras sem coerência.
—Você é minha baby, minha somente minha— riu um riso maligno— ninguém vai tocar em você a não ser eu— forçou minhas pernas que se abriram com violência e algo estranho ficou na minha região que mamãe dizia para não deixar ninguém tocar, então lutei mais uma vez— facilite baby já esperei tempo demais.
—Sai seu nojento eu te odeio, te odeio sai, mamãe por favor me ajuda— mas quando ele rasgou minha calcinha eu entrei em desespero lágrimas começaram a descer pelo meu rosto.
O pânico entrando em meu sistema nervoso me fez parar de chorar e lutar pela minha vida, me debatendo com tudo o que eu tinha embaixo dele coloquei toda a força que eu tinha, nada adianta a muralha em cima de mim parecia ficar cada vez mais pesada e quanto mais eu me batia mais ele ria, mordi seu braço sem pena sem dó, arranquei um pedaço de carne e vi ele gritar de dor saindo de cima de mim, foi aí que vi mamãe me fazer sinal de shhhi com um abajur e acertar sua cabeça com total força.
Nós estávamos no quarto deles e eu não sabia o que estaria por vir o máximo que ele ficou foi tonto dando dois passos para trás enquanto eu me encolhia no edredom com medo, ele foi na gaveta do lado que ele dormia e pegou sua arma apontando na direção de mamãe, paralisei.
Papai era um policial bom, bom para os seus companheiros jamais abandonava um colega na hora do perigo e por isso sempre foi reconhecido, mas ninguém sabia o monstro que ele era em casa para sua família.
A única coisa que vi mamãe fazer foi balançar a cabeça para o lado da sua escrivaninha onde ela guarda seus livros ao lado de sua cama, e entendi enquanto ele a ofendia com diversas palavras frias e feias me rastejei pela cama sem fazer ruído e abri a gaveta.
Nela estava uma faca de cozinha de tamanho médio e sei que ela me mostrou para que eu me defendesse.
Me levantei ficando em pé na cama com a faca atrás de mim, mas antes que eu pudesse fazer algo cinco disparos foram dados na sequência, três no rosto e dois no peito, ele pareceu gostar disso e tudo o que pude fazer foi deixar as lágrimas caírem sem pensar me joguei no chão próximo a ela, mas ele agarrou os meus cabelos me fazendo cair na cama por cima dele e foi o seu maior erro.
Com o mesmo sangue frio que ele matou mamãe eu o matei, diversas facadas no seu peito e a cada subida e descida de minhas mãos de encontro ao seu peito um grito rouco saia de meus lábios.
Não me contentei e dei mais e mais e mais até meus braços cansarem e eu me sentir exausta, seus olhos abertos e sua boa em forma de O, me disse que ele iria reagir mais o álcool estava tão presente em seu organismo que não o ajudou.
Sai de cima dele, peguei o celular do seu bolso e liguei para a polícia enquanto não chegavam me deitei ao lado da mulher da minha vida e chorei, chorei tudo o que tinha para chorar pedi perdão a ela por não ter feito nada, e deixei o cansaço me tomar, pela primeira vez na minha vida eu iria dormir sem medo.
—Burra, burra, burra Crystal você é burra— agarrando a garrafa que estava próxima ao sofá levei ela a boca e dei goles e goles e mais goles até secar ela inteira.
Tentei me levantar mas estava bêbada demais para ir para qualquer lugar, com dificuldades fui até a cozinha e peguei um isqueiro, abri a gaveta de facas e me lembrei do noticiário.
Menina de 12 anos mata o pai com 92 facadas para salvar sua vida.
Tiro um cigarro do bolso da calça e vou para a varanda, ascendo o mesmo e dou uma grande tragada sentindo a nicotina tirar um pouco o efeito da bebida, e olhando a rua e a cidade em seus grandes prédios iluminados vejo o dia amanhecer calmamente, enquanto os pássaros começam a dar o seu bom dia.
— Me perdoe Levy você é o homem que eu amo mas não posso— dou mais uma tragada forte e solto a fumaça densa no ar— você não foi o homem que um dia jurou me amar e me quebrou de todas as formas possíveis.
Acho quê é Game Over para nós dois!
Ahhhhhh que isso a autora ficou louca ksksksks
Mais um?
Sim meus amores, mais um, tenho que aproveitar a inspiração dos céus e escrever o máximo que posso para, deixar vocês contentes.
E aí o que acharam da história da Crys?E por que ela não pode dizer ao Levy que o ama também?
E que vingança é essa?
Deixem seus comentários e me digam, aliás o avatar do Levy o que acharam?
Bom é isso boa leitura e não deixe de comentar e voltar beijinhos até o próximo...
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