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Bônus Crys e Levy❤
Part. I

Enquanto isso no caminho em que Crystal e Levy seguiam deixando suas caronas, a senhora que mal se continha em pé conversava com os dois sentada no banco de trás do carro.

—E qual é o seu nome? — Crys pergunta sentada no banco da frente ao lado de Levy que dirige calmamente.

—Eva menina, e o seu?— pergunta soltando um bocejo.

—Ele é o Levy e eu sou a Crystal.

—É um prazer conhece-la—  a educação de Levy sempre fora um dos seus pontos mais fortes em sua personalidade.

—Conte dona Eva como a senhora foi parar na rua?— a voz de Crys saiu doce.

Ela começou a contar sua história pouco a pouco, Levy decidiu pegar o caminho mais longo até chegar no abrigo que a senhora ficava a noite.

Seus olhos marejaram ao ouvir o depoimento triste dela, e nesse momento ele pensou.

"Deus sabe mesmo o que faz não? "

—... E foi assim ele morreu de infarto fulminante ele era muito novo sabe— seus olhos deixam lágrimas cairem— mas era o filho que sempre pedi a Deus, nunca me deixou faltar nada e sempre fez tudo para me dar uma vida boa, mas assim que ele partiu— funga alto, e Levy teve certeza que essa era a hora que mais doía na senhora que chorava sem parar— ela me jogou para fora alegando, que eu não era nada dela— limpa o rosto com a mão— ela teve coragem de dizer que meu filho sentia pena de mim— riu — acreditam, mas eu não abaixei minha cabeça estou aqui sim, não tenho onde morar sim mas sou digna sabe— Crys se sentiu tocada com a história e pensou que podia fazer muito pela senhora que estava ali, ela também um dia fora pobre e sabe o quanto dói ouvir a barriga roncar.—Eu sou feliz aqui, não nego que gostaria de ter um lugar somente meu .Mas se Deus me quer aqui — riu alto.—Aqui menino, aqui disse acenando a mão mostrando o portão do abrigo que só comportava vinte pessoas acima de 50 anos.

E assim Levy a ajudou a descer com calma e segurando suas coisas, ele entrou no local com ela, estava tudo escuro mas ele conseguiu ver beliches em fileiras o cheiro era ruim, como mofo e comida estragada ela parou próxima a sua cama, alguém dormia no local de cima e ela segurou as coisas e colocou em cima da cama.

—Menino— sorriu para ele que pode ver por um feixe de luz que entrava pela janela do banheiro — nunca é tarde para se fazer o que é certo não perca a oportunidade outros podem chegar e pegar, em seu lugar— segurando as mãos dele ela disse— nem todo dinheiro do mundo é capaz de comprar o amor de verdade.

—Obrigado— foi apenas isso, ele não conseguiu dizer nada simplesmente sua voz sumiu e um bolo em sua garganta surgiu o fazendo sentir ela arder.

Entrando no carro ao sentar no seu lugar, suspirou alto fechando os olhos.

—O que foi?— Crys com o celular na mão perguntou.

—Nada, só estou cansado, podemos ir para casa?— ela acenou que sim e logo depois se enfiou no celular esquecendo que ele estava do seu lado.

Chegaram no prédio em que dividiam o aluguel em uma parte importante da cidade, ele abriu a porta e ela entrou tirando seus sapatos e jogando no chão assim que ele ascende a luz entra pela porta a fechando, anda recolhendo os sapatos da amiga que ficaram espalhados enquanto ela se deitava no sofá com uma almofada rosa no colo.

O apartamento era bem grande e moderno em tons claros como branco, rosa claro e verde água  a sala era grande com dois sofás um do lado do outro de couro preto, um painel digital onde uma TV de plasma de 60 polegadas acoplada a saída de áudio, tudo digital.

Ao fundo uma parede de vidro azul separava a sala e a cozinha dando saída, também para a varanda do prédio onde Levy em um canteiro improvisado cultivava rosas das mais variadas cores, um sinos do vento estava preso ao teto e a brisa da noite fazia eles irem de um lado para o outro chocando-se entre si e fazendo um som gostoso de ouvir.

—Vamos abrir um whisky? —Crys perguntou se levanto indo buscar sem ouvir a resposta de seu amigo, que estava deitado em outro sofá olhando para o teto pensativo.—Esse está bom— mostrou uma garrafa de um Whisky 18 anos sorrindo, abriu a garrafa dando um grande gole no gargalo e andando até seu amigo deitado.—Bebe aí.

Ele pega a garrafa se sentando no sofá, e observa ela se sentar ao seu lado o perfume dela invade suas narinas o deixando tonto, levando a garrafa a boca ele deixa a bebida entrar por sua boca descendo queimando por sua garganta, Levy se sentiu bem com a sensação a quanto tempo ele não bebia, a quanto tempo ele era o homem certinho que todos se orgulhavam de copiar, copiavam suas ações, seu jeito de andar, falar e até de se zangar, deu outro gole dessa vez um pouco maior que o primeiro.

Conversavam amenidades ate ela se levantar e colocar uma música dançante no aparelho de som, não muito alto para não acordarem os vizinhos é claro e começaram a dançar feito duas crianças pela sala, riam quando ele errava os passos o clima estava muito bom até que os dois foram se aproximando olhando um nos olhos do outro a música dançante foi substituída por uma lenta.

Ela estendeu a mão que ele pegou com vontade e grudando seus corpos eles dançaram, dançaram a sintonia da noite em passos lentos de dois para lá, dois para cá aos poucos a voz feminina foi se calando deixando apenas o som da respiração dos dois, aos poucos um beijo leve e sensual tomou conta do ambiente.

A dança das línguas uma contra a outra deixava o peito do rapaz subir e descer, seus batimentos cardíacos acelerados ele se sentiu feliz, como a muito tempo não se sentia até ela se separar dele com violência deixando em seu rosto um tapa estalado que fez o seu rosto queimar e seus olhos se encherem d'água.

—Nunca mais, nunca mais toque em mim ta entendendo— ela está brava, dizendo entre dentes com uma fúria gritante em seus olhos.

—Me desculpe — foi tudo o que consegui dizer.

—Pega a sua desculpa e vá para a ponte que caiu,  ah Levy, você consegue estragar tudo— vejo ela se sentar novamente no sofá e pegar a garrafa que estava no chão.

—Tudo bem — me sento ao lado dela e pego a garrafa.

—Tudo bem?— Ri alto se jogando para trás no sofa— da pra você ser uma pessoa normal ao menos uma vez na vida?— Volta o corpo a posição inicial—grita, fale um palavrão mas não concorde comigo droga.

—Eu sou assim Crystal, não posso mudar não consigo mudar.

—É por isso que ninguém te quer— solta um pouco baixo, mas ouvi.

—Vou me deitar— me levanto indo na direção do corredor.

—Claro que vai, essa é sua vida correr a cada vez que eu falo algo que você não gosta, se você não sabe eu não vou estar aqui com você para sempre um dia eu vou ir — doeu em mim, mas não demonstrei.

—Eu sei, não precisa me lembrar disso a cada vez que nos brigamos— parado começo a desabotoar minha camisa social azul claro— você vai se casar e vai embora.

—Com o Oscar — solta de uma vez tentando ler minha reação, meu corpo ficou paralisado ainda com as mãos no botão do meio da camisa, solto ele e ando em sua direção.

—Com o Oscar? — Hahaha solto uma risada alta de escárnio total— quer me dizer como você vai se casar com alguém que já é casado?— Encara seus olhos, ficando alguns centímetros do seu rosto sinto sua respiração irregular.—Você não está acreditando na história de que ele vai se separar porque não está dando mais certo, ou porque sua mulher é louca e faz questão de tornar sua vida um inferno.—Me afasto indo novamente para o correrdor— eu sempre soube que você era de tudo um pouco menos ingênua.

—Eu posso ser ingênua, mas ele tem o que você jamais vai ter— suas palavras cortaram o ar atingindo meu peito com um soco.

—Estou indo para Berlim passar alguns meses, trate de se cuidar.

—Pela primeira vez na sua vida seja honesto com você mesmo, você sempre faz isso e me deixa falando.—Foi o estopim pra que eu perdesse o controle.

—O que você quer que eu diga? Que eu não sou bom em nada, que eu não faço isso que eu não faço aquilo, ou que eu sou gay?Porque é o que você anda dizendo por aí, já que eu não trago nenhuma mulher para casa não é mesmo?—Grito alto sentindo minha garganta queimar— ou porque não sou como os outros homens que tratam as mulheres como lixo, quer ouvir o que Crystal me diz, que eu amo você, que eu sempre amei desde a faculdade ou falar os foras que você sempre me dá, ou que cada noite eu ouço a sua cama ranger de encontro a parede com um cara diferente?— meus olhos ardem e lágrimas caem— eu sempre amei— digo mais para mim do que para ela.

—Mas eu não te AMO!—suas palavras saem frias.

—Eu sei, estou indo me deitar e se eu não ter a oportunidade de te ver pela manhã, até.

—Eu não quero te magoar, mas eu não te amo e nunca poderei amar você é o irmão que eu nunca tive, então não crie ilusões.

—Irmãos não beijam daquele jeito Crys, talvez essa é a forma errada entre nos dois, na verdade eu sou o errado.Não tenho mais o que te dizer, apenas que se deite e descanse.

Dito isso saio andando pelo corredor até entrar em meu quarto, pego as roupas no guarda roupas e coloco em uma mala, arrumando elas escolho uma e separo.

Vou para o banho e lá deixo toda a dor que sinto ir embora junto com a água que escorre pelo ralo, choro tanto que meus olhos ficam pesados e a voz dela em meu ouvido não se cala é como um eco repetindo várias e varias vezes.

"Eu não te AMO"

Saio do banho me seco e me arrumo, pego minha mala em cima da cama e a carrego para a saída.

Ela está deitada no sofá dormindo, então paro ao seu lado e deixo um beijo leve em sua testa.

—Eu te amo Crys, mas vou arranca-la do meu coração.

Saio porta a fora descendo pelo elevador até a garagem, ligo meu carro e saio pelas ruas calmas e sem movimento,  os primeiros raios de sol começam a surgir então apenas fecho meus olhos e abro rapidamente fazendo uma promessa para mim mesmo.

O Levy que voltar será um novo homem!

E aí meus amores?
Como está sendo o primeiro dia de 2019 de vocês?
Curtiram muito?

Eu comi muitoooo ksksks, bom como estou de folga postei esses três dias porque vocês merecem, espero que consigam entender a situação de Crystal e Levy.

O que vocês arriscam como palpite, o que acham que vai acontecer?

Façam suas apostas e não deixem de comentar e deixar o seu voto.
Super beijos obrigada por tudo❤

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