Acordei mais ou menos 6:30 da manhã e logo me dirigi ao banheiro para fazer minhas igienes, depois de um demorado banho me vesti, escovei meus dentes e fui ao meu quarto para arrumar minhas malas.

-Merda - Diria pondo algumas mudas de roupas em uma mala preta com o zíper dourado - Sempre que minha vida toma um rumo alguma merda contece... Mas porque aqui seria diferente ? - Nesse momento algumas lágrimas escorreriam pelo minha boxexa ainda vermelha da surra de que eu havia levado de meu pai, desde que ele voltou a beber ficou mais agressivo e eu tenho tido menos paz, bem pelo menos minha mãe não precisa mais sofrer isso pois ela morreu ano passado, e foi nessa época em que papai recomeçou a beber - Por que me odeia tanto Deus ? - Dizia entre soluços sentindo mais lágrimas escorrem meu rosto porém não me demoro para secar-las e termino de arrumar as malas.

Descendo as escadas me deparo com meu pai desmaiado no sofá segurando uma garrafa de cerveja, então sem fazer barulho saio pela porta da frente me pondo a andar para a casa do meu melhor amigo Samuel cujo sabia de todos os meus segredos e principalmente sabia do fato de que eu não queria ir para o iternato que meu pai me matriculou.

15 minutos de caminhada depois bato na porta da casa de Samuel e não demora muito para que a mãe dele atenda com um sorriso simpático e convidativo, um sorriso que a uns 17 anos atrás devia ter conquistado muitos pretendentes.

-Ah... Erick, entre garoto está um gelo ai fora - Dizia a mesma já me puxando para dentro da casa de classe média com arquitetura antiga talvez fosse uma das casas mais antigas de Londres - Samuel está no banho mas logo irá descer enquanto isso fique a vontade.

Sentei um pouco e provei alguns biscoitos que a dona Helena(mãe de Samuel) havia me servido junto a um copo de leite, não demorou muito para que Samuel aparecesse no topo da escada me chamando para o quarto dele, me levantei do sofá e subi as escadas entrando no primeiro quarto fecho a porta.

-Samuel... Eu vou partir hoje... O engraçado é que depois de tudo eu estou nervoso por causa disso - Dou uma risada baixa e forçada - cara faz quanto tempo que nos conhecemos ? 10 anos ?

-Pois é Erick 10 anos... Parece que foi ontem quando nos conhecemos na segunda série... Porra o que aconteceu naquele dia foi muito sinistro e nós só tínhamos 6 anos - Disse-me Samuel mexendo em seu cabelo loiro e olhando para o chão - Tem algo que eu quero te contar já faz um tempo.

-Pode falar cara você é como um irmão pra mim - Diria dando um sorriso amigável eu havia passado muita coisa ao lado dele na verdade ele era a única pessoa que sabia oque eu via e que acreditava em mim porque ele também tinha conhecimento dos outros seres que viviam nesse mundo.

-Pra que falar se eu posso te mostrar ? - O mesmo se aproximou de mim lentamente tentei recuar porém Samuel segurou em meus ombros firmemente e aproximou seu rosto do meu e por um segundo fiquei ipnotizado por aqueles olhos verdes.

-S... Samuel ? - Eu disse ainda paralisado poucos segundos antes de receber um beijo daquele garoto animado e bagunceiro que conheci com 6 anos e desde então tem sido meu melhor amigo - E... Eu não posso - Diria me afastando e andando até a porta - Me desculpe se eu te dei alguma esperança m... Mas você sabe que eu gosto da Amanda - Saí do quarto de Samuel e desci as escadas rapidamente - Tchau dona Helena - Diria indo até a porta para sair.

-Mas vai tão cedo ? - Diria a mesma saindo da cozinha.

-Tenho que me despedir da Amanda ainda - Diria abrindo a porta.

-Ah... Você vai viajar para longe né ? Eu esqueci... Vai com Deus meu filho - Disse Helena depositando um beijo em minha testa e me deixando ir.

-Adeus - Eu disse e sai correndo para o apartamento dos pais de Amanda cujo não era muito longe, apenas 2 quadras, chegando em frente ao prédio apertei o botão do interfone e assim que liberado subi ao terceiro andar e entrei no apartamento de classe alta.

-Erick eu não quero que vá - Mau ouvi isso e senti o abraço daquela garota ruiva que eu havia me apaixonado - S... Se você for eu me mato !

-Calma Amanda - Diria retribuindo o abraço - Se você morrer eu morro e se nós dois morrermos o Samuel morre também -Dou uma leve risada apertando o abraço - Eu te amo minha pequena.

-Eu também te amo - Disse-me ela levantando o rosto cheio sardas e me dando um leve beijo entrelaçou seus dedos em minha nuca - Meus pais foram viajar mas me pediram pra te desejar boa viagem.

-Pois diga para eles que eu agradeço - Dei outro beijo em Amanda a segurando pela cintura e puxando para mais perto de mim - Quer dizer que hoje o apartamento é só nosso ? - Diria com um sorriso malicioso envolvendo-a em um beijo intenso.

-Isso mesmo - Amanda compartilhou de meu sorriso entrelaçando suas pernas em miinha cintura assim me fazendo pergar-la no colo - E oque você quer fazer amor ? - Amanda agora havia descido de meu colo.

-Oque você quer fazer ? - acariciaria o rosto de minha namorada olhando para seus olhos de um verde intenso, ah como essa cor me perseguia, aproximei meu rosto do dela o suficiente para sentir sua respiração.

-Porque você gosta de me torturar senhor Erick Grimm ?- Ela me perguntou aproximando mais seu rosto do meu, então segurei seu queixo a provocando mais.

-Me desculpe eu não entendi a pergunta senhorita Amanda Clarck... Poderia repetir ? - Dei um sorriso malicioso.

-Você entendeu... Primeiro me beija e para do nada ? É como se você me desse um beijo e depois um tapa... - A mesma insistiu no beijo só que dessa vez eu permiti a envolvendo em um abraço.

Algumas horas depois voltei para casa e infelizmente eu havia esquecido que havia saído sem avisar meu pai que me recebeu com um soco no estômago logo que entrei em casa, caí sobre meus joelhos sentindo uma dor em meu abdômen porém não tive tempo para lamentar pois recebi um tapa em meu rosto, um tapa que me lançou contra a porta e me fez cair deitado no chão, o sangue quente escorreu da minha boca e pingar no chão.

-Seu merdinha isso é para você aprender a me avisar quando sair - Ele se dirigiu até o carro e adentrou o veículo sentando-se no lado do motorista, com dificuldade me levantei e subi as escadas até meu quarto e peguei minha mala dando uma última olhada em meus aposentos antes de descer as escadas.

Ao sair de casa vejo Samuel encostado em sua moto olhando para mim.

-Senhor Grimm - Disse Samuel andando em minha direção - Eu queria pedir desculpas... Sabe.... Pelo oque aconteceu hoje de manhã.

-Tranquilo senhor Stark - eu disse dando uma leve risada e por fim dando um abraço em meu velho amigo, o mesmo me ajudou a por a mala no carro e me disse adeus.

Entrei no carro e coloquei meus fones logo que fechei a porta a viajem demorou cerca de 4 cansativas e entediantes horas até o carro parar em frente a imponentes portões de aço em um tom escuro assustador.

-Vai... Desce - Foi a única coisa que ouvi do meu pai e logo que peguei minhas malas ele acelerou o carro deixando-me para trás porém  ouso uma voz me chamar, logo viro-me e vejo uma senhora segurando uma sombrinha mesmo não chovendo nem fazendo sol.

-Você deve ser Erick Grimm eu sou Samantha a diretora do internato agora meu caro se apresse a entrar seu colega de quarto Edward está te esperando para mostrar o colégio - Depois de me jogar essa enxurrada de informações a mesma começou a andar para a entrada do internato, logo pus-me a correr atrás dela segurando minha pesada mala.

Já dentro do prédio esbarro com um garoto de aparência pálida e com um olhar estranho.

-ah me desculpe... Me chamo Erick....

-Grimm... Umpf eu devia saber... Então você sabe sobre as outras criaturas existentes e sabe que não deve mecher com vampiros como eu Grimm

-Eu sei que sem sua cabeça você não vai ter tanta coragem vampiro - Logo depois de eu falar isso um garoto provavelmente o tal de Edward chega para evitar a briga.

-Muita calma ai pessoal não quero  ninguém morrendo pelo menos não no primeiro dia de aula do Grimm - Logo que esse rapaz chegou o vampiro que me afrontara saiu e me deixou sozinho com garoto sorridente - Olá eu sou Edward Gray mas todo mundo de chama de Ed.

-Bem você já sabe meu nome pelo visto - Dou uma leve risada.

-Mano você caiu do carro ou oque ? - Ed me perguntou olhando meus ferimentos.

Toquei em meu rosto machucado e não demorei a falar.

-Isso é passado, agora vida nova, novos perigos.