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Porque vocês estão e são uns amores, pidonas (Estão a aprender com Andrómeda, non? Uhauahuahuah)do meu coração. Aqui vai mais um capítulo para as melhores leitoras do mundo. Obrigada por acompanharem e por estarem aí.

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Melina estava sentada no colo de Diego e fazia muitas perguntas, enquanto Dona Gilda beijava a mão do neto e fazia carícias no cabelo dele. O médico de família já tinha ido avaliar e aconselhou algum descanso e calmantes para estresse, uma vez que tudo parecia dentro dos conformes.

Charmila tinha ido dar uma conferência de imprensa, sem muitos detalhes até porque não sabia muito, apenas o que lhe tinha sido dito: Que fora resgatado e acolhido por uma pessoa do bairro que ficava do outro lado da cidade à beira mar. De resto nada mais fora acrescentado, só que queria esquecer o acontecido e seguir em diante. Porém quando voltou para o apartamento ainda não tinha conseguido estar a sós com ele, visto que as duas familiares não pareciam querer sair de perto.

─ Estou tão feliz. Nem imaginas, Diego. Que bom que voltou para nós! ─ Melina adorava o primo, não restavam dúvidas. Eles tinham uma ligação fraterna muito forte e ele fazia quase tudo para agradá-la.

─ Aqui o teu anel. ─ Dona Gilda colocou no dedo do neto. ─ Isso simboliza nossa família. Os Saltzman. Foi do meu pai e passou por geração.

─ Obrigado, avó. ─ Ele afastou a prima para o lado e se levantou para sentar junto de Charmila. ─ A ti também. Já sei que cuidaste de tudo muito bem e que foste forte.

─ Não precisas agradecer. Sei que farias o mesmo em meu lugar. ─ As bochechas dela coraram. ─ Não queres mesmo entrar em detalhes de como foi a tua estadia lá na dita casa?

Não. ─ Negou prontamente. ─ Sabes o que quero mesmo? ─ Se inclinou para falar no ouvido da loira que ficou ainda mais corada. Depois se afastou e se levantou. ─ Preciso tomar um bom banho e me deitar numa cama como deve ser.

─ Eu vou lá contigo. ─ Charmila sorriu em toda sua alegria, deu a mão ao companheiro e foram a conversar até subirem para o quarto. Ela contou sobre a empresa e o novo investimento que estava a ser feito para as pesquisas, entre mais coisas.

Tomaram um banho e fizeram amor com muito prazer. Diego tinha uma fogosidade louca que a dominava por completo. Adorava como apertava seus seios grandes e como gostava de dizer palavrões que acabavam por soar bastante eróticas. Ele estava duro e cheio de desejo, tanto que só terminaram na cama.

Na manhã seguinte mesmo a contra indicação do médico, Diego foi trabalhar e foi abordado por inúmeros paparazzis que tentavam ter respostas para as várias perguntas que ele não estava disposto a responder. Foi logo rodeado pelos seguranças e depois encontrou os directores e chefes de departamentos, teve duas reuniões pela manhã e depois visitou os laboratórios principais, ocupando sua mente que insistia em recuar para o dia do assalto e o deixar em alerta.

Durante a tarde almoçou com Melina, o que deixou Charmila chateada, mas depois regressou ao escritório e pediu para que chamassem por Carlo.

─ Algum problema? ─ O moreno de olhos azuis entrou na grande sala um pouco preocupado.

─ Preciso que faças algo por mim. ─ Pediu em toda sua calma. O terno preto lhe conferia todo um ar executivo, embora demarcasse seu corpo perfeito.

─ A tua barba por exemplo?

Diego riu e passou a mão pelo rosto. Apenas tinha aparado, mas tinha gostado de a deixar por fazer. Lhe garantia todo um ar mais excitante.

─ Leva esta mala para a casa onde eu estava. Entregue a Dior. ─ Tomou nota de que era a primeira vez que dizia aquele nome em voz alta. Um estranho incómodo o envolveu. ─ E compre uma boa garrafa de vodka também. Cortesia da casa.

Carlo estreitou os olhos, mas não reclamou, pois não era seu trabalho. Apenas abriu a mala e pestanejou.

─ É tudo?

─ Não mencione meu sobrenome. Ela não sabe e prefiro que fique assim. ─ Pediu com precisão e sentiu como o sotaque inglês ainda o perseguia desde Oxford. Sabia que apesar de Dior ser tão alheia ao mundo que corria a sua volta, talvez algum dia se esbarrasse com a imagem dele em qualquer lugar.

─ Desculpa a indiscrição... Vocês tiveram algum... envolvimento? ─ Carlo não resistiu a perguntar e fixou a cara de estranheza que o amigo fez.

─ É claro que não. Eu nunca me envolveria com uma negra, sabes disso. E gosto da Charmila também. ─ Volveu de rosto torcido.

─ A pensar em dar o nó?

─ Quem sabe? ─ Diego deu de ombros. ─ Agora vai. Tuas perguntas me incomodam.

Carlo fez uma leve reverência em provocação e saiu da sala do presidente da Saltzman Corporate. Não gostava de deixá-lo sozinho, mas seria rápido. Desceu o elevador e fingiu não ver as duas secretárias que cochichavam e deixavam sorrisos convidativos enquanto olhavam para ele. Foi até ao parque buscar o carro e seguiu pela estrada de olhos atentos.

Sabia bem qual era o problema de Diego em relação aos negros, não concordava porque achava que estava a colocar todos no mesmo prato só por causa de um grave problema do passado e que tinha sido bem resolvido, mas estava cansado de debater com ele sobre isso e principalmente por não contratar nenhum para a Saltzman Corporate.

O caminho era distante e quando estacionou em frente a porta, percebeu que era um bairro perigoso para quem vinha de fora, mesmo sendo fim de tarde, tratou de deixar o coldre a vista no caso de algum grupo duvidoso pensar em se aproximar. Ainda se viam os estragos da chuva forte com árvores caídas e águas mal escoadas, mas tratou de ignorar isso e bater na porta.

─ Ela não está! ─ Uma mulher apareceu do outro lado do muro. Parecia se exercitar, pois não parava quieta no lugar. ─ Eu sou a Pops, quer deixar recado?

─ Não. ─ Carlo foi grosso, mas depois se consertou. ─ Obrigado. Vou esperar.

─ Tudo bem. ─ Pops piscou o olho e voltou para o pequeno pátio onde fazia ginástica com todo o afinco, mostrando que estava em plena forma. O segurança não resistiu a espreitar vez ou outra, era notável que tinha um corpo firme e esbelto.

─ Oi? ─ Dior apareceu visivelmente cansada e parou a meio do trajecto, um pouco receosa.

─ Olá, Dior. Vim a pedido do doutor Sal... Diego. ─ Esticou a mão para a apertar. Lhe passou a mala preta.

─ O que é? ─ Ela estranhou. Usava um vestido simples e antigo, assim como sandálias. Carlo lhe incentivou a abrir e ela o fez, mas congelou ao perceber.

─ Cinquenta mil dólares e uma garrafa de vodka. ─ Ele sorriu, mas voltou a fechar a boca quando a viu fechar a mala e jogá-la aos seus pés.

─ Agradeça-o pela vodka! ─ Disse a tomando de suas mãos com força. Era rebelde! Carlo se perguntou como teriam convivido naqueles dias em que estiveram sozinhos. Conhecia bem Diego para imaginar que a tinha levado ao extremo.

─ Tem certeza? ─ Apanhou a mala e por muito estranho não ficou desiludido com aquela atitude. Na verdade seus olhos se iluminaram.

─ Eu ia mentir que não imaginei mil coisas que podia fazer com esse dinheiro todo e como ia me dar uma folga imensa na vida. Tenho trabalhado muito e em tantos lugares, cada dia com patroas mal-humoradas ou na menopausa. ─ Abriu os olhos rasgados ao máximo que conseguiu e depois abanou a cabeça. ─ Que feio deixá-lo aqui na porta. Venha.

─ Não... ─ Carlo ia negar, mas já Dior entrava em casa. Correu para preparar café enquanto abria a porta para Pitty sair para a praia. ─ Sente-se.

Ela voltou com duas xícaras de café que estavam fumegantes.

─ Obrigado. ─ Recebeu e agradeceu por dentro. Alguma coisa quente era sempre bem-vinda. ─ Se precisa assim tanto deveria aceitar. Garanto que não lhe faz falta.

─ Eu avisei para ele que não ia querer dinheiro algum. Isso me diminui como pessoa. Devemos ser pagos por fazer o bem? Acho que não. ─ Bebeu um gole do seu café, fez uma careta e encheu de açúcar. ─ Preferia um emprego.

─ Não conte muito com isso. Diego é uma pessoa fria, diferente. ─ Conseguiu dizer da melhor forma que encontrou. Não queria ser indelicado e usar a expressão verdadeira.

─ Ele deixou isso bem claro. Apenas quero que fique claro o que eu disse quanto ao dinheiro. ─ Dior completou. ─ Leve-o de volta.

Carlo pensou que Dior era bonita, mas que a atitude só a deixava ainda mais. Era simples e comedida, algo que apreciava numa mulher.

─ Tenho que ir. ─ Ele achou melhor e levantou-se.

─ Fique bem...?

─ Carlo Davis.

─ Carlo. ─ Apertou a mão dele. ─ Sinto muito que tenha feito uma viagem tão longa para nada.

─ É o meu trabalho e pelo menos a vodka ficou. ─ Sorriu e se despediu antes de sair com a mala até ao carro. Ligou o carro e viu ela parada na porta a acenar, não podia negar que era um ser humano espectacular.

Dois meses se passaram e Diego ainda se corroía por dentro só de pensar no dinheiro que tinha sido devolvido. Engolira seu ego e nunca mais tocara no nome dela, no assalto ou na sua estadia naquele bairro de quinta categoria. Era tudo um passado distante, mas por muito tempo Carlo o tinha escutado murmurar indignado: Ela negou o meu dinheiro? Não tem onde cair morta! Quem ela pensa que é?

Era um domingo de sol escaldante, o último mês de Melina na cidade. O verão tinha sido magnífico, tinham viajado e ido a festas requintadas e festivais famosos. Embora tivesse sempre que colocar um basta nas brigas entre Charmila e a prima, podia dizer que tudo estava fenomenal.

Estavam no Court de Ténis, Melina era um ás profissional e saltitava atrás da bola não dando oportunidade para a sua adversária. Sua jovem prima era bastante competitiva e cheia de uma força que seu corpo pequeno parecia esconder. Dona Gilda estava sentada perto da grande piscina sob a supervisão de Irene e apanhava raios de sol, quanto mais insistia em ficar bronzeada sua pele se transformava num pimentão assustador.

Carlo estava sentado na mesa deles e volta e meia emitia ordens para os seguranças que estavam responsáveis para verificar o perímetro. Sempre estava atento a qualquer eventualidade e jurou que não ia mais deixar que nada de errado acontecesse. Provavelmente tinha sido um assalto ocasional, mas todo cuidado era pouco.

─ Melina está a pensar em se mudar para cá, visto que só falta defender a licenciatura, talvez pudesse trabalhar connosco na Saltzman. ─ Diego estava bonito, com uma camiseta às ricas branca e azul, uns calções que mostravam suas belas pernas e uns ténis de marca. Bebia uma taça de vinho e desfrutava do ar condicionado dentro do belo restaurante do lugar de luxo.

─ Não! ─ Charmila tomou um susto só de imaginar. Já não bastava na última viagem que quase foi presa em Itália por dona Gilda no meio da praça começar a gritar que não a conhecia e tinha sido sequestrada. ─ Er... quer dizer...

Diego tinha uma expressão inquisidora, mas foi rapidamente distraído por um barulho que vinha da porta de entrada. Virou o rosto para ver uma senhora gritar com a empregada que limpava o chão.

─ Sua idiota! Deixou a placa de aviso deitada e quase escorreguei aqui porque não vi. ─ A mulher era toda de uma elegância ridícula, com vários colares de ouro pendurados no pescoço.

─ Desculpe, mas eu coloquei em pé e a senhora deitou abaixo quando quase tropeçou aqui. ─ A empregada da limpeza respondeu enquanto apanhava a placa amarela mesmo junto aos pés da mulher irritante.

─ Atrevida! Vou chamar o gerente. ─ Ameaçou. ─ Peça desculpas e engula a sua prepotência. Como ousa em me responder?

─ Eu pedi desculpas. ─ Aquela voz roubou toda atenção dos homens da mesa de Charmila, pois tanto Carlo como Diego reconheceram Dior naquela situação.

─ Conhecem? ─ Ela perguntou curiosa, pois viu como os dois homens se encararam em olhares que diziam muita coisa.

─ Peça de novo. Não ouvi! ─ A senhora continuava a gritar alto e a chamar atenção das outras pessoas. Dior mordeu os dentes como se estivesse em conflito consigo mesma, mas precisava daquele trabalho porque era fixo e pagavam bem em relação a todos outros juntos.

─ Desculpa. ─ Acabou por dizer e engoliu a seco a ofensa que a mulher deixou antes de seguir para o seu destino. Sentiu uma vergonha e tratou de apanhar o balde e a vassoura com cerda de pano.

Sentiu um olhar a fulminar com todas as forças e deixou os olhos marrons irem de encontro a mesa onde Diego a fitava sem pestanejar. Seu coração encolheu.

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P.S -Ainda vou responder a todos comentários. Hoje foi um dia agitado de atualizações. Uhauahauhau. Bem, boa noite amadas. Por hoje é tudo, nem com declarações de amor. Só amanhã... Talvez.

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Beijos de amor.

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