CAPITULO I - Segredos Descoberto
Luna Stuart
Saio daquele lugar asqueroso com dores físicas e mentais, jamais pensei que a minha primeira vez fosse daquele jeito e o pior de tudo com aquele homem. Por mais que a sua beleza me encantou, o seu jeito me enganou e no fundo ele é um ser humano podre, me sinto dolorida em meu íntimo e cruelmente ferida, tanto fisicamente como psicologicamente. Ando as pressas e avisto um táxi parado no outro lado da rua, já dentro do táxi sinto que meu corpo não para de tremer, abraço o meu corpo e sinto as lágrimas escorrem em minha face, mas nem por um momento consigo levantar o rosto, tenho vergonha do olhar de pena do motorista e além de tudo me sinto suja e usada.
Assim que o taxista avisa que cheguei no destino final, pago a corrida com alguns trocados do meu bolso e saio do carro carregando uma maleta cheia de dinheiro rente ao peito.
Destranco o portão da casa de Mila e entro, mas paro na porta da casa e vou de encontro ao chão. Deveria entrar, mas a minha vergonha está estampada em meu rosto e não quero que ela me veja assim, destruída.
Meu choro aos poucos ficam altos e vejo alguém destrancar a porta e me abraçar fortemente.
_ Já passou Lu. _ Diz alisando os meus cabelos.
Ela tenta me levantar e eu a ajudo, assim que entramos na casa ela me abraça mais uma vez.
_ Eu não queria que passasse por isso desse jeito. _ Diz enxugando as lágrimas dos meus olhos.
_ Tudo bem Mi, afinal de contas se não fosse por esse modo eu jamais conseguiria pagar a dívida do papai. _ Falo encarando os fatos de cabeça erguida.
_ Ele foi muito duro com você? _ Pergunta minha amiga preocupada.
_ Não quero falar disso agora, eu preciso de um banho, preciso limpar as marcas daquele homem do meu corpo. _ Falo esfregando o meu braço.
_ Tudo bem, pode subir eu vou te levar alguma coisa depois, descansa um pouco tá. _ Diz preocupada.
_ Mi... muito obrigada. Sei que esse não era o jeito certo, mas eu não tinha como arranjar um milhão da noite para o dia. _ Falo tentando justificar o meu erro.
_ Não estou te condenado amiga, sei que você faria tudo pela sua família e sei também que esse é o nosso segredo. _ Diz simpática.
_ Obrigada novamente. _ Falo subindo as escadas, levando comigo aquela maleta amaldiçoada.
Assim que viro a maçaneta do quarto da Mila, coloco a maleta no chão ao lado das minhas coisas e caminho até o banheiro.
Retiro as minhas roupas e ligo o chuveiro deixo a água quente percorrer por todo o meu corpo tirando assim um pouco da marca daquele homem. Fecho os olhos por alguns minutos e aquela cena infeliz vem em minha mente de uma maneira incapaz de controlar.
"_ Uma Vadia atrás de dinheiro. _ Diz me jogando na cama e eu o encaro assustada.
_ Você está me machucando, para. _ Falo com lágrimas em meus olhos.
_ Você não viu nada ainda sua cadela. _ Diz continuando seus movimentos em mim. "
Abro os olhos assustada e começo a esfregar o meu corpo com as minhas próprias mãos, meu choro mais uma vez fica alto e a minha pele fica irritada e começa a arder, mas eu não quero parar, saber que ele me tocou me mata aos poucos, e percebo que acabei virando prisioneira dos meus próprios pensamentos.
_ Lu... Para. _ Diz a Mila entrando no chuveiro e me abraçando.
_ Eu quero limpar as marcas dele de mim. _ Falo como um desabafo.
_ Não é assim Lu, olha para mim... Já passou, aquilo que rolou naquele quarto ficou no passado, já é passado. _ Diz olhando nos meus olhos.
_ Mas porque está tão claro aqui. _ Falo batendo na minha cabeça _ Por que Mi? me diz... eu quero tanto esquecer. _ Falo e ela segura o meu pulso, e assim que ela alcança um roupão, ela me veste.
Na manhã seguinte saímos para a faculdade, eu não queria levantar. Tudo o que eu mais queria era morrer depois de ontem, mas o destino não quis assim, e me levantei para mais um dia na faculdade a qual me esforcei tanto para conseguir. Ao meio dia deixo a mala aonde foi combinado, o meu único pedido feito ao dono do casino foi sobre o meu pai nunca saber quem pagou a sua dívida, e pedi para eles não o deixarem entrar mais naquele local. Eles não me deram garantia a isso, e de alguma maneira tudo isso me preocupa.
Volto para casa logo depois de pegar as minhas coisas na casa da Mila, evito a todo momento de tocar novamente no nome naquele homem com ela. Toda vez que ela me pergunta algo simplesmente mudo de assunto e assim se passaram por duas longas semana. Chego na porta da vila mais uma vez depois do trabalho, precisamente as 18h da noite e dessa vez encontro algo diferente, as minhas coisas estavam todas jogadas na rua.
Assustada com um possível acontecimento ruim a minha família corro para dentro de casa, mas a porta estava trancada. Grito pela minha mãe e a vejo pela janela a me olhar tristonha.
_ Mamãe o que aconteceu? deixe-me entrar. Porque as minhas roupas estão todas na rua? _ Pergunto olhando para cima, mas precisamente para janela, porém logo vejo a porta se abrir dando passagem para o papai totalmente transtornado.
_ Você não sabe o porque? Pois eu lhe digo...Eu não quero vadia em minha casa. _ Diz ele vindo ao meu encontro segurando o meu braço, me colocando para fora a força.
_ Papai o senhor está me machucando... O que aconteceu? _ Falo com lágrimas nos olhos.
_ Eu não sou o seu pai. Não sou pai de uma qualquer, uma que se vende por dinheiro. _ Diz me jogando na calçada.
_ Papai não faz isso. _ Falo chorando.
O meu medo acabaria de ganhar vida própria, e isso tudo era visto pela vizinhança inteira.
_ Quero que todos presente aqui saibam do seu caráter, você é uma qualquer e quero que todos sejam testemunha desse dia que a sua irmã descobriu provas da sua falta de vergonha. _ Diz me olhando nos olhos e pela porta vejo a Margot me olhar com um sorriso debochado.
_ Papai eu fiz isso para te ajudar, eu não queria que tomassem a nossa casa. _ Falo me levantando do chão.
_ E vocês o que fazem aqui? Estão gostando de vê a miséria dos outros, não estão? _ Falo olhando em volta e todos ficam cochichando.
_ Querido não faz isso com a nossa filha, ela sempre foi a sua bonequinha. _ Diz mamãe tentando me defender.
_ Eu não a reconheço como tal, a partir de hoje ela não é mais a minha filha. _ Diz o papai.
_ Porque fez isso Margot, não está vendo o que fez com o papai?_ Falo olhando para a megera em minha frente.
Margot e eu nunca fomos melhores amigas, mas o que ela fez não tem perdão. Como ela pode fazer isso comigo sabendo que o que eu fiz foi para salvar a todos, inclusive a ela.
_ Não fiz nada com o papai irmãzinha, quem fez foi você quando foi para aquele hotel com aquele riquinho e saiu de lá com uma maleta, sendo que você entrou sem nada ou seja, você se vendeu. _ Diz a víbora da minha irmã.
_ Cala sua boca sua víbora. _ Falo limpando as lágrimas indo para cima dela, mas o papai me impede e me joga mais uma vez no chão.
_ Eu já falei o que acho de você, agora saia da minha casa e não volte nunca mais. _ Diz o papai rude com ódio em suas palavras.
_ Mas eu não tenho para onde ir. _ Falo me levantado mais uma vez.
_ Não é problema meu. _ Diz me dando as costas.
_ Sabe o porque eu acabei fazendo isso? Porque você é um bêbado inconseqüente e um viciado em jogo, a culpa e sua por eu ter feito o que fiz. _ Falo já cansada dessas humilhações e o vejo parar no mesmo instante.
_ Vamos mulher entre, entre as duas. _ Diz dando uma ordem a mamãe que lhe obedece submissa.
_ Eu te amo querida. _ Diz sussurrando e entra em casa.
_ O que vocês estão olhando? O teatro acabou. _ Grito com todos daquela rua e sinto as lágrimas molharem a minha face.
Me abaixo e assim arrumo a minha mochila que foi jogada com um pouco das minhas coisas. Me levanto relutante, mas de cabeça erguida e caminho em direção ao centro da cidade. A partir de agora serei apenas eu e o meu destino incerto.
Continua...
Oi Pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Como estão de festas? Espero que comam muito rsrsrs
Capítulo especial de final de ano
* O que acharam do capítulo?
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Agradeço a Deus e a vocês, e até o próximo capítulo.
Goodbye 👋👋👋
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