Please
Deitados no chão do quarto, sentindo o carpete na palma de suas mãos, os dois olhavam o teto e escutavam a chuva caindo sobre as telhas e o chão. A chuva estava intensa, o vento forte fazia com que algum galho de uma árvore próxima arranhasse a parede externa. O silêncio entre eles era gostoso e recente.
Eles estavam deitados com os pés jogados em direções opostas, as suas cabeças estavam lado a lado. Suzan fechou os olhos e virou o rosto, encostando sua bochecha na de Emmett. Ele ergueu a mão e afundou os dedos entre os fios ruivos dela, afagando-a. Suzan sorriu, estava tão confortável.
— Queria poder congelar o tempo para ficar sempre aqui, sabe?— ela sussurrou como se o contasse um segredo. Emmett sorriu.
— É bom me ter por perto, né?
— Você calado é poesia, Mett.— ela riu baixinho e Emmett adora o som da risada dela. O silêncio se estendeu mais um pouco e ele ouviu a banda que havia dentro dela, através dela.
— Eu também.— Emmett admitiu. Ainda está a devendo as alianças mas nenhum dos dois se dá conta da falta disso. Um mero objeto.
— Terei uma folga essa semana. Quer sair?— ela oferece— Seria bom dar uma volta, só eu e você.
— Sabe que eu estou livre a qualquer hora por você, Heloise.— ele riu baixinho.
— É bom ser rico, não é? Toda hora é hora de aventura.— ela zomba.
— Bom demais. Jasper e Carlisle que cuidam da parte do dinheiro, o resto de nós só aproveita fingindo que eles não estão fazendo nada ilegal.— ele diz, quase que em um tom inocente. Suzan ri e balança a cabeça. Espreguiça-se e joga as mãos acima da cabeça, pousando as costas das mesmas no peito do namorado.
— Eu acho que não vou querer saber muitos detalhes disso também, sabe, filha de delegado e tal...
— Puts, tem isso também, né?— Emmett arregala os olhos mesmo que ela não possa ver sua cara, sabe que ela prevê seu cinismo— Temos um problema, pequena sereia, meio que não dá para ser imortal e andar dentro da lei.
— Eu deveria te denunciar.— ela diz.
— Tenho uma ideia melhor.
— Ah, é? E qual seria?
— Me deixa pegar o computador, eu vou procurar uma música da Britney Spears para você ouvir...
Suzan gargalha.
— Idiota!— ela segura o rosto dele de ponta cabeça e o aperta.— Como pode ser tão bobo, querido?
— Uh, ela me chamou de querido— gemeu ele, provocando mais risadas na humana. Emmett rolou no carpete creme e levou a mão ao peito, dramaticamente— Que tiro mais bem vindo.— ele se deitou de bruços e cruzou as mãos para colocá-las sob o queixo. Suzan fez o mesmo e teve que recuar um pouco para que pudessem se encarar. A posição era desconfortável e engraçada, eles estavam próximos demais e isso os deixava vesgos.
— Então gosta que eu te chame de querido, querido?— ela sussurrou e o rosto dele se suavizou, o ápice da serenidade reinou em seu semblante admirado.
— Poderia ouvir mais vezes.
— Eu posso dizer mais vezes.— ela levantou as sobrancelhas e inclinou um pouco a cabeça para o lado. Desceu os olhos para os lábios do vampiro e abriu um sorriso meigo. Que horror, estava tão perdidamente apaixonada por aquele rosto e aquele ser. Era como se estivesse em casa só de olhar para ele. Ela jamais quer ir embora. Eles colaram as testas e ela depositou um beijo nos lábios dele, depois outro. O toque suave nunca era demais. Emmett precisava dela mais perto e foi quando se obrigou a se afastar para se sentar corretamente. Suzan sorriu e não demorou nada para ir para cima dele. Ela ficou de quatro e engatinhou até o colo do moreno, tornando a beijá-lo com carinho e desejo.
O mundo poderia explodir e não faria diferença. Emmett a abraçou e a puxou para si, Suzan o envolveu com as pernas e se sentiu excitada ao sentir os braços fortes dele se fechando ao seu redor. Tem um limite que ela não deve passar com ele, e é nisso que ela pensa quando (quase que) involuntariamente rebola no colo dele, desejando juntar mais seus quadris. Emmett a aperta com um pouco mais de força e quando o calor dos braços dela envolve seu pescoço, as coisas começam a mudar. O clima meigo fica distante e os pensamentos respeitosos já abandonaram o navio. Eles já estiveram nessa posição antes, mas Emmett demora cada vez mais para recuar.
Para certas coisas, ele não chega ser nem de ferro. Resistir é difícil. Uma missão quase impossível.
Quando as mãos de Emmett descem para agarrá-la com perversidade, Suzan deixa escapar um gemido com a pegada dele no meio de um beijo intenso. Ela começa a rebolar mais e o seu corpo vai se aquecendo, reagindo à ansiedade e euforia. Quando ele a aperta, Suzan tem certeza que ficará com hematomas, mas não se preocupa com isso no momento. Quando o fôlego acaba, ela vira o rosto para escapar dos lábios dele e relaxa enquanto Emmett desce os lábios para seu pescoço. Ele sente mais de um tipo de sede enquanto ouve a pulsação dela se acelerar e o cheiro mudar.
— Ah, querido...— Suzan arfa e um sorriso cresce nos lábios do vampiro, ele precisa controlar. Pensa, mas não age.— A gente não pode...— ela sussurra, mal escuta a própria voz. Emmett para de beijá-la e se afasta um pouco para encarar o rosto corado da humana. Ele tem uma ideia. Essa pode ser a coisa mais estúpida que ele já fez, e olha que a lista é longa.
Ele se perde nos olhos azuis dela, o seu cheiro o deixa alucinado em mais de um jeito. A sede queima em sua garganta e em seu peito. Ele tem que parar. Não podem ir longe demais. Emmett está tenso e isso é evidente, mas pela primeira vez os dois relutam em se afastar. Suzan já foi mais responsável, mas... sei lá, antes ela não sentia que tinha alguma vampira lunática por aí querendo matar sua irmã e ela.
Ela sabe que não corre perigo, mas tenta se enganar pensando que pode morrer a qualquer segundo, o que realmente pode acontecer enquanto ela for humana.
— A gente não precisa fazer tudo.— ele dá de ombros, o coração dela martela em seus tímpanos e Emmett é fisicamente incapaz de não sorrir diante do nervosismo crescente da humana.
— Mas podemos... fazer alguma coisa.— o rosto dela se aquece e ela engole em seco, olha os olhos dourados do moreno, as mãos dele estão nos lugares perfeitos para deixarem-na sem palavras ou ações. Suzan sente que perdeu os escrúpulos, seu coração sairá pela sua boca em breve.
— É. Podemos.— ele sussurrou e desceu os olhos para a boca dela— Se você quiser…
A oferta revira o estômago dela de um jeito louco e muito bom. Suzan desvia o olhar timidamente e passa as mãos nos ombros fortes e largos dele.
— E se a gente só continuar para ver até onde...?— ela deixa a voz morrer, sente-se muito envergonhada mas igualmente indisposta a recuar.
— Tudo bem por mim.
Eles estão sozinhos na residência Swan. Teriam o dia todo pela frente mas Emmett só precisaria de uns minutos.
— Tudo bem por mim também.— ela consegue dizer e sacode a cabeça. Engole em seco mais uma vez e se ajeita no colo do vampiro.
E então, eles voltam a se beijar. Emmett se levanta com ela no seu colo sem a menor dificuldade e Suzan estremece sentindo frio na barriga.
Emmett a deita na cama lentamente, ficando por cima e leva as mãos para a calça moletom que a mulher está usando. Suzan emaranha os dedos nos cabelos negros e curtos do vampiro e os puxa com força sabendo que não vai doer nele. Depois de dar uns selinhos suaves, Emmett a encarou ao puxar a sua calça e nenhum dos dois soube para onde mais poderia olhar, encantados com a visão. O olhar dela e o dele diziam coisas muito parecidas. Emmett pescou os lábios quentes dela outra vez e a calça da ruiva foi parar no chão.
Ela emana calor e tesão enquanto o aperta entre as coxas. Os lábios frios de Emmett vão para o pescoço dela, provocá-la como se tivessem todo o tempo do mundo para beijá-la. Suzan fecha os olhos com força, o coração descompassado de ansiedade, ele para e passa a língua no pescoço dela, sentindo sua pulsação acelerada e todas as outras reações do corpo dela.
— Por favor, Emmett.— ela murmurou. Ele deu um sorriso sacana sem que ela pudesse ver e apertou sua cintura antes de fingir que iria mordê-la. A pele dela ficou entre seus dentes mortíferos e ele decidiu puxar a calcinha dela. As pernas nuas da garota estavam mais arrepiadas do que nunca.
Parando de agir como se fosse fazer dela uma refeição, Emmett desceu os beijos para o meio dos seios da ruiva, ironicamente impressionado com a rapidez com a qual seu coração batia. Era difícil dizer quem estava se queimando mais pelo contato da pele com o outro. Ele está morrendo de sede.
Os dedos de Emmett correram suavemente pelo corpo dela como se um toque mais firme pudesse quebrá-la. Suzan arfou e o ajudou a levantar sua blusa. Outra vez, eles se olharam ardentemente. Os olhos dele brilharam com uma perversidade que Suzan nunca tinha visto antes e o ar se encheu de sacanagens não ditas.
Enquanto a encarava, Emmett passou a língua em seu seio e chupou seu mamilo, ao mesmo tempo levando a mão para o meio das pernas dela.
Suzan gemeu e revirou os olhos, se segurando nele como se sua vida dependesse disso.
Talvez dependa mesmo.
Ela não se lembrava da última vez que havia sido tocada e beijada de tal forma, talvez nunca tenha sido desse jeito com seu primeiro namorado, Isaac. Mas que bom que se livrou daquele cara, porque agora, pode ser todinha de Emmett McCarty.
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