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"Agora você está em Nova York (bem-vinda à luz brilhante, querida)
Essas ruas vão fazer você se sentir novo em folha
As grandes luzes vão te inspirar
Salva de palmas para Nova York, Nova York, Nova York"

Empire State of Mind, Jay-Z (ft. Alicia Keys)

O aeroporto de Nova York estava extremamente lotado, eu mal conseguia andar sem esbarrar em alguém e aquilo me estressava profundamente.

Depois de pegar as duas malas despachadas, peguei meu celular e saí para o lado de fora, observando as pessoas andarem por ali como se estivessem em um shopping.

Disquei o número do celular do meu pai e na primeira chamada ele atendeu.

- Chegou bem? Como está aí? Frio? Está no aeroporto ainda? — ouvi a voz preocupada dele do outro lado da linha e dei um riso.

Claramente ele havia acabado de acordar, o fuso horário era diferente, óbvio, lá devia ser umas 04:00 da manhã enquanto aqui em Nova York era 20:00 da noite. Mas ele parecia afobado, o que eu achei engraçado.

- Pai, tá tranquilo, relaxa. — o tranquilizei. — Não está tão frio e, sim, vou pegar um táxi agora e ir até o Brooklyn.

- Cuidado, querida. Sabe que podem se aproveitar de você, ainda mais por ser noite aí, certo? — Nikolai perguntou.

- Sim, mas eu sei me proteger de qualquer forma, pai. Vou indo, mais tarde te ligo. — disse, colocando uma mecha de meus cabelos ruivos atrás da orelha.

- Ok. — desliguei assim que ouvi a confirmação dele, sem me despedir propriamente.

Fui até um táxi que estava estacionado na frente do aeroporto, assim como uma grande fileira, e após ver que estava livre, fui colocando as malas no porta-malas, entrei me sentando no banco de trás e logo entreguei o papel que meu pai havia escrito o endereço para o homem.

- Brooklyn, certo? — ele perguntou e agradeci as minhas aulas reforçadas de inglês avançado.

Soltei um breve pigarro. Fazia tempo que eu não praticava meu inglês, mas de qualquer forma, aqui eu teria que usar e bastante.

- Sim. — apenas confirmei indiferente para não ter que ficar conversando com um desconhecido.

Percebi logo que estava enferrujada naquela língua e suspirei comigo mesma, eu até conseguia dizer algumas coisas das quais eu tinha certeza me lembrar, mas eu não era 100% fluente, então eu sabia que meu russo ia dar umas boas travadas nas conversas.

Me encostei na janela do carro e ao longo do caminho fui observando as luzes da cidade.

Nova York com certeza não é um lugar feio, pelo contrário, se fosse em outra ocasião até traria meu pai para passar um tempo aqui quando eu de fato tirasse férias da faculdade.

Claro, o trânsito aquela hora estava infernal, o que me deu ainda mais dor de cabeça.

São Petersburgo, minha cidade natal, não ficava muito atrás quando a questão era "engarrafamento", mas porra, se nem lá eu me acostumei, quem dirá aqui.

Suspirei mais uma vez e quando me dei conta, o homem já havia parado o carro na frente do endereço que lhe foi solicitado.

Eu paguei, desci e peguei minhas malas.

Olhei o prédio que meu pai tinha conseguido arrumar para mim e respirei fundo para não terminar de quebrar aquele lugar, porque bom, ele já estava caindo aos pedaços.

- Não acredito que vou ter que ficar nesse fim de mundo por causa de uma megera. — murmurei para mim mesma, tentando ao máximo manter a calma.

Se aquela meretriz queria me tirar a paciência, ela tinha conseguido sem ao menos me ver. Mas eu não iria dar esse gostinho a ela, nada nunca foi o suficiente para me derrubar, nem mesmo o abandono dela, e mesmo puta da vida, eu iria ficar só para acabar com aquilo de uma vez por todas.

Entrei, troquei algumas palavras com o porteiro para me identificar e finalmente consegui pegar a bendita chave do apartamento que eu ia ficar temporariamente.

Escolhi subir pelas escadas apesar das malas, aquele elevador me deu a impressão de que ia cair a qualquer momento, e por mais que eu quisesse morrer só por estar ali, suicídio não era uma opção. Quatro andares de escada não eram muita coisa, afinal.

E por fim, quando cheguei, ao entrar senti o cheiro de mofo e maconha daquele lugar e me senti tonta.

Ao menos tinha alguns móveis. Acompanhados de baratas, mas eu daria um jeito.

Sob o mesmo teto que aquela mulher eu não ficaria, nem se me dessem a vodka mais pura e saborosa do mundo.

Puxei alguns plásticos que cobriam os móveis, vendo a poeira subir. Era um apartamento pequeno, a sala era colada na cozinha, o que as dividia era um simples balcão; não tinha corredor, somente duas portas na qual deduzi ser o banheiro e o quarto.

Que belo lugar meu pai foi arranjar.

Larguei as malas lá e saí do apartamento, trancando-o em seguida. Ainda tinha que me encontrar com o tal de Griffin, mas antes, eu tinha ir ver a querida megera.

Perguntei ao porteiro para que lado era o endereço indicado no papel, e depois da informação, fui andando até lá.

Ainda bem que não era muito longe de onde eu estava ficando, pelo menos nisso meu pai acertou. Bom, eu não devia reclamar, ele que conseguiu esse lugar para mim após conversar com o tal Griffin e ainda me arrumou um emprego no bar do mesmo, mas sempre que eu lembrava o motivo de tudo aquilo, eu ficava com uma raiva extrema.

Até porque, eu jamais largaria minha faculdade para trabalhar em um bar no Brooklyn, ainda mais sabendo que eu estaria respirando o mesmo ar que a meretriz.

Deus, o que eu não faria pelo meu pai?

Me perguntei isso quantas vezes hoje?!

Eu só queria pelo menos descansar depois da longa viagem que tive, mas cá estava eu, batendo na porta de uma casa comum, esperando uma mulher que eu não via há 16 anos abrir a porta.

- Sim? — ela me encarou de cima abaixo.

Abri um sorriso irônico.

- Nem me reconhece, né, megera?

Perguntei de forma retórica, sem perder o sorriso, e olhei para a cara de surpresa da meretriz.

Fui entrando na casa, observando o lugar de modo indiferente, era inegável que a casa dela era bem bonita, mas convenhamos, ela me abandonou para dar um golpe e ter aquilo tudo. Isso só me deixava mais enojada.

- É bom te ver, Katerina. — ela falou, e eu finalmente ousei encarar aqueles olhos que não via há anos.

Ok, ela estava com uma aparência péssima.

Olheiras fundas e escuras não deixavam seus olhos azuis bonitos, o cabelo preto despenteado, a boca com machucados pelo frio, o nariz vermelho. Fora que ela andava de um jeito torto, quase não se aguentando em pé, as mãos tremiam — ao que parecia ser constante — e ela estava terrivelmente magra.

Eu não sou nenhuma santa, e muito menos teria pena de alguém como ela, alguém que fez tanto sofrimento na minha família, mas até naquele momento eu tinha que admitir: a megera estava horrível e precisando realmente de cuidados.

Óbvio aquilo não era só uma gripe comum, como eu havia pensando inicialmente, porém, eu pensei que ela estivesse fazendo drama, mas quem disse que eu baixaria a minha guarda?

- Uma pena eu não poder dizer o mesmo. — cruzei os braços e retirei meu celular e carteira do bolso antes de me sentar no sofá da sala, sendo acompanhada por ela.

- Onde estão suas malas? — Martha arqueou as sobrancelhas, com a voz sempre séria e neutra.

- Não vou ficar aqui. — respondi simplesmente.

- Por quê? — ela, por fim, me olhou um tanto surpresa.

- Acha mesmo que eu ia ficar sob o mesmo teto que você? — franzi as sobrancelhas, em claro sinal de deboche. — Já não estou estudando por sua causa, ainda tive que perder meu tempo vindo até aqui, pelo menos em um lugar melhor que esse muquifo eu tenho direito de ficar.

- E como pretende me ajudar? Eu preciso de assistência 24 horas. — Martha falou grosseiramente.

- Então por que não contratou uma enfermeira antes de ligar pra encher o saco do meu pai?

- Não se preocupe, já me arrependi.

- Eu sou alguém que sabe dividir o tempo. — falei irritada. — Vou conseguir um emprego pra pagar o aluguel do apartamento que meu pai me arranjou e comprar comida, mas a maior parte do tempo eu vou ficar aqui pra "te dar assistência". Mas acho que você não sabia disso, né? — ironizei.

- Está insinuando o quê? — ela me rangeu os dentes.

- Não estou insinuando, estou afirmando que você sendo mãe, não sabe porra nenhuma da própria filha, nem ao menos quando é do seu interesse. — falei firmemente.

- Garota, eu só te chamei aqui porque não tenho como pagar alguém pra cuidar do que eu preciso, se eu pudesse, estaria bem longe de você como fiz nesses últimos 16 anos. — Martha falou friamente, encarando-me nos olhos.

Se a minha história com essa megera tivesse sido diferente, eu não me importaria de ficar mal ao ouvir aquelas palavras de minha própria mãe. Mas, claro, se sentir magoado com aquilo era inaceitável.

Machucava, não vou mentir. Ela me abandonou, mas infelizmente, ainda era minha mãe e eu não a odiava, por mais que a desprezasse, por mais que eu a quisesse longe.

Só que ao me lembrar de tudo o que ela fez a mim e ao meu pai, principalmente a ele, que sofreu por anos, eu me senti forte, porque para mim, aquela mulher doente sentada a minha frente não era uma mãe, era só uma desconhecida que acabou me colocando no mundo.

Ver a tristeza que meu pai sentiu — mais do que eu — quando ela nos deixou, foi ainda mais doloroso para mim do que ouvir aquelas palavras dela.

Ou seja, aquilo não era o suficiente para me derrubar.

- Como se você tivesse feito alguma falta. — respondi a altura, sem arrependimentos, enquanto ela me encarava em descrença.

Me levantei e caminhei em direção a porta, abrindo-a em seguida.

- Onde você vai? — ela questionou e eu quis dar uma baita voadora na cara dela.

- Você é surda? Tenho um trabalho pra conseguir. Não se preocupe, eu volto pra fazer o seu jantar, afinal, você está mesmo impossibilitada, né? — sorri falsa e ironicamente.

Sem esperar uma resposta, eu saí da casa batendo a porta e seguindo caminho contrário do apartamento onde eu tinha que ficar para ir até o tal bar.

Eu estava sem qualquer paciência e podia ter quebrado um daqueles vasos caros na cabeça dela, nunca me contive tanto.

Dei graças a Deus por ser 100% parecida com meu pai, tanto em aparência quanto em personalidade. A única coisa da qual eu tinha de semelhante com a meretriz eram meus olhos, que como diz meu pai, eram mais azuis que uma safira polida.

Tirando isso, meus cabelos ruivos eram exatamente como os de meu pai, nós dois também temos personalidades bem parecidas, o pavio curto é um exemplo ótimo, por mais que meu pai consiga manter a calma mais que eu em certas situações.

Senti o vento gelado bater no meu rosto e um arrepio correr pela minha espinha. Nova York era muito fria durante a noite, me amaldiçoei por não ter ao menos tomado um banho morno da viajem e colocado uma roupa mais quente.

Olhei para o lado e vi um grupo de homens andando despreocupadamente pelas ruas escuras do Brooklyn, arrastando um homem pelo braço que claramente se segurava para não chorar. Gangues, meu pai me disse que tinham muitas por aqui, talvez seja uma cobrança, vingança ou assalto mesmo.

Dei de ombros. Eu não me meteria com essa gente nem para uma transa de uma noite.

Atravessei a rua agradecendo ainda estar um pouco claro onde eu estava, e avistei finalmente o bar. Não ficava muito longe da casa da megera e nem do apartamento que eu estava alugando, batia com meus horários, então estava tudo certo. Bom, eu só precisava do emprego.

Ao entrar no estabelecimento, percebi que lá dentro não era tão pequeno quanto parecia do lado de fora, na verdade, parecia até mais espaçoso que um bar comum.

As luzes vermelhas neon eram o centro dali — apesar de ter alguma iluminação comum —, enfeitavam tanto a placa neon que tinha do lado de fora escrito "Griffin's Bar", quanto por dentro, em uma outra placa em cima de um pequeno palco brilhando o nome "karaokê" e uma outra dizendo "bebidas", acima de um balcão enorme com álcool em abundância.

O pessoal que estava ali, aproveitava-se de certos cantos escuros no bar abaixo das luzes neon para se pegarem, enquanto outras apenas bebiam e comiam tanto nas mesas espalhadas no lugar quanto no balcão ou dançavam bêbados nos espaços abertos uma música alta qualquer.

- E aí. — me aproximei do balcão, falando com um bartender. — Estou procurando o Griffin.

- É a russa? — o rapaz loiro perguntou e eu apenas assenti. — Ele tá nos fundos, pode ir lá.

Ele abriu a pequena porta do balcão para mim e após virar uma parte em um corredorzinho, encontrei uma sala onde tinha um senhor que parecia ter a idade do meu pai e uma mulher que aparentava ter a minha idade.

O "velho" estava sorridente diferentemente da moça, que mantinha uma postura séria em contraste com o rosto bonito que ela tinha. Até estranhei.

- Oh, você deve ser a Katerina. — o homem sorriu ainda mais quando notou minha presença. Ele com certeza era o tal amigo do meu pai, deve ter me reconhecido pelos meus "cabelos labareda", como alguns me chamavam.

- Eu mesma. — sorri amarelo. Lembre-se que você precisa desse emprego.

- É um prazer, sou Milak Griffin, mas todo mundo me chama apenas de Griffin. Essa é minha sobrinha, Alissa Bermont. — ele apontou para a mulher que deu apenas um aceno de cabeça. — Sobrenomes diferentes porque ela é parente de sangue só da minha esposa, mas ela é família e me ajuda muito aqui no bar.

- Sou jornalista, mas de vez em quando venho ajudar na contabilidade. — ela explicou.

- Pensei que tivesse minha idade. — a olhei um tanto surpresa. Ela parecia tão jovem, mas já era formada e trabalhando.

- Ao que parece sou uns 4 anos mais velha que você. — Alissa abriu um sorriso de canto.

- Seu pai disse que tem experiência como bartender... — Griffin iniciou a conversa principal, apontando para que eu me sentasse em uma cadeira. Assim que o fiz, ambos também se sentaram, apoiando as mãos em uma mesa que tinha ali.

- Sim, eu gosto disso, então li muitas revistas e até acompanhei alguns bartender's de perto, daí aos 18 anos, trabalhei com alguns drinks pra juntar uma graninha pra minha faculdade. — expliquei, tentando ser a mais simpática possível.

- Estuda o que? — ele perguntou curioso.

- Bom, é incomum, mas eu quero ser uma sommelier. — sorri, mais para mim mesma do que para os dois. — Eu estudo mais o empreendedorismo pra que eu possa abrir minha própria importadora de bebidas, a parte da degustação não é má ideia, mas acho que uma importação do álcool é mais lucrativa.

- Você é direta, gostei. — Alissa cruzou os braços.

- Nada melhor do que uma apreciadora de bebidas pra trabalhar no bar por um tempo, né? — Griffin sorriu ainda mais.

- Então... — arqueei as sobrancelhas. — Estou contratada?

- Claro, pode começar amanhã às 09:30. — ele se levantou estendendo a mão para mim, na qual eu retribui brevemente o aperto.

- Valeu mesmo, senhor Griffin, por absolutamente tudo. — agradeci de coração.

- Que nada, você é uma boa garota e eu sou um velho amigo do seu pai, por que não ajudar? — o senhor perguntou de modo retórico. — Só traga seus documentos certinhos amanhã mesmo e passe na prefeitura para conseguir uma licença de trabalho, afinal, você é estrangeira. Como você não vai ficar muito tempo, eles provavelmente vão aceitar, os impostos virão altos por isso, mas será por pouco tempo, né?

Concordei com um aceno e sorri em pensamento ao notar que meu pai ainda tinha amigos assim em uma cidade tão longe de nosso lar, amigos tão bons.

Ninguém que não fosse amigo de verdade, não daria essa oportunidade a filha de um conhecido; um apartamento alugado temporariamente, um emprego sem muitas exigências mesmo com o pedido de licença, e um salário relativamente bom.

Eu teria ficado feliz se a situação fosse diferente e eu não estivesse em Nova York por pura livre e espontânea pressão.

Me despedi do senhor Griffin e atrás de mim veio Alissa. Ambas paramos no balcão, ela passava os dedos pela estante de bebidas e eu observava tudo ali mais detalhadamente.

- Você vai precisar de sorte pra trabalhar aqui, estou acostumada porque eu cresci nesse lugar. — ela disse.

- Eu me adapto. — dei de ombros.

- Te dou umas dicas se me indicar um bom vinho. — a Bermont apontou para as poucas garrafas de vinho que tinham ali.

- Vinho? — franzi o cenho. — Não bebe algo mais forte, tipo, vodka?

- Você é degustadora dessas coisas mais fortes, e apesar de eu curtir, aprecio ainda mais um bom vinho enquanto escrevo e reorganizo matérias, sou uma das produtora de uma revista.

- É produtora?

- Da New York Visions. — ela disse e eu a olhei surpresa. A mesma sorriu orgulhosa. — Eu sei, eu sou boa.

- E convencida. — sorri.

- De fato sou, mas eu posso. — Alissa argumentou, me fazendo apenas dar de ombros. — Saí de casa aos 17, sempre fui muito independente, então trabalhei um tempo aqui no bar pra ganhar meu próprio dinheiro e me formar em jornalismo e publicidade.

- Deu bastante certo, queria ter essa sorte. — me encostei no balcão do lado de dentro ainda, vendo o único bartender que tinha ali, se virar para atender todo mundo. Bom, agora ele teria minha ajuda, ao menos.

- Por que veio pra cá? — ela perguntou curiosa, desviando o olhar da estante para o meu.

- A mulher que dizem ser minha mãe, está doente. Me colocaram como enfermeira particular dela. — revirei os olhos e ela aparentemente percebeu que eu tinha muitos problemas com a minha família.

- Que merda. — murmurou.

- Pra caralho. — dei de ombros e analisei a estante por alguns segundos até apontar o dedo para um vinho que tinha. — Aquele ali.

- O quê? — perguntou Alissa.

- O vinho que você tá procurando. — respondi. Claramente era um suave, porém, não tão doce, mas não tão amargo, perfeito para uma boa escrita relaxada, como ela queria. — É um dos melhores, garanto.

Ela sorriu e estendeu a mão para pegar o vinho, depois, foi saindo dali, me chamando para segui-la.

- Quando for servir alguma cerveja ou pegar alguma bebida, não pegue das prateleiras, deixe sempre as que mais pedem em baixo no balcão, porque caso algum tarado entre, e vão entrar, não irão ficar secando sua bunda ou sendo um bando de assediadores filhos da puta. — ela falou enquanto já estávamos do lado de fora.

- Valeu pela dica.

- Valeu pelo vinho. — ela ergueu a garrafa. — Se eu passar aqui amanhã pra fazer as contas do mês, a gente conversa. — Alissa falou e eu assenti, me virando para ir ao caminho oposto do dela, indo para a casa da meretriz. — Ah... — ela chamou minha atenção. — Bem-vinda à Nova York.

- Falou. — assenti.

No fim, ela era uma pessoa de postura séria e bem sucedida e o senhor Griffin era um bom homem com um negócio certamente lucrativo.

Ao menos algumas pessoas prestavam nessa cidade, e eu havia notado isso quando vi que tinha feito amizade com "colegas de trabalho".

Afinal de contas, acho que daria para suportar se tivesse gente inteligente para bater um papo.




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